Runaway Love escrita por Saturn


Capítulo 2
Aquele sobre o sonho impossível


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá Pessoas, aqui estou eu dando um tempo na festa pra postar um capítulo para vocês.
Aliás, esse é bem curtinho, mas espero que gostem!



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Nós rimos novamente, era fácil rir perto dele, e nos sentamos novamente na mesa, ele puxando a cadeira para mim, como um cavalheiro, fazendo jus a sua personalidade facilmente percebida. Ele era um conquistador.

Esquecendo totalmente meus objetivos anteriores de pegar mais drinks, nós sentamos e ficamos conversando, a conversa fluía naturalmente como se nos conhecêssemos a anos, até que o assunto chega em nossos planos para o futuro:

— Então Ginny, qual seu sonho?

Eu penso por uma fração de segundo antes de responder;

— Queria viajar, conhecer o país, só entrar no carro e sair por aí, sem uma rota definida, sem rumo e sem hora para chegar.

Ele me olha, como se estivesse surpreso com a minha resposta quase instantânea, então diz:

— É um belo plano, quando você pretende sair para essa viagem?

Eu ergo os olhos da toalha de renda e o encaro espantada, e respondo rapidamente:

— O que? Não! Eu não vou viajar, é só um plano tosco, um sonho aleatório que eu não vou realizar.

— E por que não? É simplesmente entrar no carro, acelerar e sair por aí.

— Mas nada pode ser tão simples assim.

— Claro que é, tudo é simples, são só as pessoas que fazem tudo da forma mais complicada.

— Mas neste caso, é realmente complicado, você não entenderia, e esta festa já está deprimente o suficiente sem eu ficar divagando sobre meus problemas.

Ele ergue uma sobrancelha charmosamente e diz:

— Sou um bom ouvinte. Tente explicar.

Eu reviro os olhos, sabendo que ele não ia aceitar uma mudança de assunto sem saber do que eu estava falando, eu suspiro e desato a falar sobre a situação:

— Meus pais sempre me deram de tudo, em troca, eles querem que eu siga os passos de um deles e faça algo que tenha futuro, não quero desapontá-los.

— Ainda não entendi o porquê de você não ir. Seus pais querem outra coisa para sua vida? E daí? Se você quer uma aventura, talvez deva começar por aí, fazendo o que você quiser ao menos uma vez.

Eu olho para o arranjo de flores na mesa, pensativa, e lhe respondo;

— Sabe Blaise, talvez você tenha razão.

Ele me dá uma piscadela.

— Weasley, eu sempre tenho razão.

Eu reviro meus olhos para cima.

— Convencido.

— Ei, convencido não, realista. – Eu solto uma gargalhada debochada e ele continua- Sabe Ginny, já que eu sempre quis viajar e você também. Nós deveríamos unir o útil ao agradável.

Eu o encaro confusa, com meu raciocínio lento e não entendendo em que ponto ele queria chegar, ele vê minha expressão confusa e continua:

— Deveríamos viajar juntos, se é que algum dia você vai.

Ele se levanta e desamarrota a blusa social, então estende para mim um pedaço irregular de guardanapo dobrado ao meio e diz:

— Aqui, tome. Se algum dia resolver ir, já sabe para quem ligar.

Eu sorrio para ele, e ele vai embora, não sem antes me lançar uma piscadela. Eu dou uma risadinha e encaro o papel, pensando na loucura que acabara de acontecer, e em um impulso, eu guardo o guardanapo cuidadosamente dobrado dentro da minha bolsa, e então ouço minha mãe chamar meu nome. Eu me levanto desanimada e vou até ela, que me apresenta para umas dez pessoas diferentes, eu fico apenas com um sorriso no rosto, parecendo interessada naquele monte de besteiras que eles falavam, mas na realidade, eu estava pensando no que o dono dos olhos verdes havia me dito.

Depois de umas duas horas sendo arrastada de um lado para outro e sendo apresentada a dezenas de pessoas que pareciam todas iguais para mim, todas esnobes e influentes, eu resolvo ir embora, digo a minha mãe onde vou e saio daquele lugar insuportável, sem escutar ela me chamando pelas minhas costas.

Eu saio da festa e vou caminhando pelas ruas silenciosas até chegar em casa, quando abro a porta branca, já vou tirando os sapatos que estavam machucando meus pés, subo as escadas de mármore até meu quarto com o par de armas letais de salto na mão, chego em frente a porta do quarto, abro e jogo os sapatos em um canto qualquer, sem ligar se um deles foi parar debaixo da cama e que provavelmente ia ficar lá por muito, muito tempo. Vou tomar uma ducha quente, que relaxa os músculos doloridos das minhas pernas, que ficaram esforçando-se em cima de saltos o dia todo. Coloco uma roupa confortável, que se resume a um calção e um moletom velho.

Deito na minha cama de lençóis verdes e prateados, fazendo contraste com meu cabelo, usando meus fones de ouvido e um bom livro nas mãos.

Quase uma hora depois, eu ouço a porta de entrada bater com um forte estrondo, e eu até já sei o que vem por aí. Eu arranco os fones, jogando-os em cima da cama, marco a página do livro, e então escuto “a voz” me chamando:

— GINEVRA MOLLY WEASLEY! DESÇA JÁ AQUI.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu espero que sim!
Deixem comentários, recomendem, favoritem, acompanhem! ( Eu escrevi isso cantando no ritmo de "pegue o pombo" eu tenho probleminhas.)
Beijinhos e até logo!



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