When I Look At You escrita por Kamila Monteiro


Capítulo 19
POV ESPECIAL JACOB BLACK II


Notas iniciais do capítulo

Mas um cap gente ! Demorei porque estava acertando os últimos detalhes do cap. Esse cap está MUITO GRANDE ! Por tanto quero MUITOS REVIEWS ! A fic está na reta final, finalzinho mesmo, então quero a opinião de todas !

Boa leitura ...



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Depois que voltamos da lua de mel, eu e Nessie passamos alguns meses de paz, mas logo depois de nosso aniversário de um ano de casados, veio a crise. Os bancos do país entraram em declínio e as empresas começaram a perder seu capital rapidamente.

 

Não quis contar para Nessie que estávamos à beira da falência, os demais rapazes também preferiram não por suas companheiras a par desses acontecimentos. Os meses foram passando, com todos aqueles problemas me distanciei um pouco de minha esposa.

 

Estava sobrecarregado e não queria de forma alguma descontar nela meus problemas profissionais e financeiros. Sentia sua falta, mas sabia que Nessie me conhecia e que iria sentir algo estranho em mim. Tentava passar a maior parte do tempo trabalhando para evitar possíveis perguntas que ela pudesse me fazer.

 

Mas com o passar de mais alguns meses, notei que ela não perguntava mais nada. Sempre que chegava em casa o jantar estava pronto, e depois de arrumar a cozinha, Nessie tomava seu banho e se deitava.

 

Ela não me procurava mais, durante algum tempo, eu tentei ignora-la, dizendo sempre que estava cansado, com dores de cabeça, e cheguei mesmo a fingir que dormia para não ter de descontar as frustrações que tinha nela.

 

Nessie havia ficado seca comigo, e eu não a culpava, mas sentia sua falta. Algumas vezes quando chegava em casa, notava seus olhos vermelhos, ela sofria, estava chateada com o meu distanciamento.

 

Sentia-me culpado e frustrado. A crise não passava e logo, teria de contar a Nessie e pedir que ela diminuísse os gastos da casa. Não tinha condições de pedir à mulher que amo e que tanto sofria que não gastasse mais. Teria de dar um jeito naquela situação.

 

Certo dia no escritório, Quil me informou que vários de nossos investidores haviam se retirado dos negócios e com isso nosso capital se esvairia mais rápido ainda. Naquele dia Sam propôs um jantar para que discutíssemos o que faríamos para dar um jeito na situação precária em que estávamos.

 

Saí mais cedo do escritório e fui para casa, ao entrar não vi Nessie em nenhum dos cômodos por que passei. Talvez tivesse saído para fazer compras. Fui para o quarto e comecei a tirar o relógio e os sapatos.

 

Nessie passou por mim dizendo-me apenas um “oi” sem se quer olhar pra mim, e adentrou o banheiro. Ao sair do banheiro mais uma vez sem dirigir seu olhar pra mim, foi em direção à sacada e abriu as cortinas que se encontravam até agora fechadas.

 

- Chegou cedo. – comentou com a voz fria.

 

- Sim, vamos ter um jantar de negócios e quis vir cedo para me arrumar. – expliquei.

 

- Mas você não me avisou de nenhum jantar de negócios. – falou.

 

E agora? Eu não podia levá-la. Os demais rapazes já haviam posto suas companheiras a par da situação das empresas, mas eu não havia contado a Nessie, e nem queria.

 

- Sim, porque só eu vou. – improvisei.

 

- Só você? – perguntou com um tom confuso na singela voz.

 

- É! – limitei-me a dizer.

 

- E porque eu não vou também? – perguntou.

 

- É só para os empresários, as esposas não vão. – inventei.

 

- Ah sim. – disse com um tom desconfiado.

 

Depois de se trocar, veio avisar-me de que iria caminhar um pouco. Apenas lhe desejei boa sorte entrando no banheiro, estava tão mal por ter de mentir para ela.

 

Não achava justo mentir para a mulher que amava, mas no momento não tinha outra escolha. Tomei meu banho e saí do banheiro, ao sair vi Nessie sentada à cama, sua expressão cansada e triste, ela parecia chorar.

 

- Nessie, o que foi? – perguntei preocupado com o estado triste de minha linda esposa.

 

- O que foi? – repetiu em um tom agressivo. – Você me desprezar eu ainda aceito, agora mentir pra mim Jake? Por quê? – a fúria queimando em seus olhos junto à decepção.

 

- Do que você está falando? – perguntei confuso e surpreso por sua atitude. Ela era sempre tão calma e doce, não entendi o motivo de sua fúria repentina.

 

- Você disse que o jantar era só para os empresários. – começou. – Disse que as esposas não iriam, mas acabei de encontrar a Kim, e ela me disse que estava indo se arrumar para o tal jantar. – gritou. Me surpreendi, não esperava que ela encontrasse alguém na rua.

 

- O que foi Jake? É porque eu to gorda? Você está com vergonha de mim? – perguntou com a voz chorosa e dolorida.

 

- Gorda? Que historia é essa meu amor? – perguntei sem saber do que ela falava, ajoelhei-me a sua frente.

 

- É por isso que você não me quer mais, eu engordei e estou feia e você arranjou outra. – falou chorando. – Outra que provavelmente vai nesse jantar no meu lugar.

 

De onde ela havia tirado aquelas idéias loucas? Eu com outra mulher, ela gorda, feia? O que eu havia perdido, minha mulher estava sem auto-estima e eu nem ao menos sabia o que estava acontecendo.

 

- Nessie, de onde tira essas coisas? – falei. – Mas é claro que não existe nenhuma outra, e de onde você tirou a idéia de que está gorda? Meu amor você continua linda e perfeita.

 

- Então porque você não me quer mais? – perguntou chorando compulsivamente.

 

Aquilo me cortava o coração. A mulher que amo, ali chorando, sofrendo por minha causa, eu havia dado motivo para que sua imaginação viajasse pensando coisas que não existiam.

 

- Não querer você? Meu amor, que historia é essa?

 

- Você está sempre cansado, com dor de cabeça, nunca me quer, não como antes. Não me deseja mais, não me ama mais. – disse ainda chorando.

 

- Meu amor, o que é isso heim? Mas é claro que eu te amo, e que te quero. – falei sentando-me ao seu lado, lhe abracei querendo tirar toda aquela dor que ela sentia.

 

- Então porque não me procura mais, e porque não quer me levar no tal jantar? – perguntou.

 

- Meu amor, nós temos que conversar sobre algo sério. – disse olhando-a tentando tomar coragem para contar a ela a verdade sobre a crise financeira das empresas.

 

- Sobre o que? – indagou.

 

A pobrezinha me olhava com uma carinha assustada. Tentei imaginar o que se passava em sua mente, mas nada que eu pudesse pensar faria a sua expressão de medo ir embora.

 

- Meu amor, eu estou com sérios problemas nas empresas. – falei com pesar.

 

- Problemas nas empresas? – perguntou confusa.

 

- Sim, com essa greve, a bolsa de valores caiu e o capital da empresa está indo embora, vários sócios já se retiraram dos investimentos e tive de demitir muitos empregados. – resumi.

 

- Então as empresas estão à beira da falência? – perguntou depois de alguns segundos de silencio.

 

- É quase isso! Se essa greve dos bancos não acabar logo, nos iremos falir! – expliquei.

 

- Mas não existe nada que possamos fazer? – perguntou.

 

- Não tenho de onde tirar dinheiro para manter as ações, nem mesmo temporariamente. – respondi.

 

O que eu diria agora? Não poderia pedir para que deixasse de comprar, seus vestidos, suas maquiagens, como iria chegar e dizer que em seu aniversario não lhe daria uma bela jóia de presente.

 

- De quanto você precisa? – perguntou.

 

- Vinte milhões. Isso ajudaria até a greve acabar, o que está previsto para meiados do ano. – respondi, ponderando.

 

Onde eu iria arrumar tanto dinheiro em tão pouco tempo? Nessie levantou-se da cama e entrou no closet. Voltou segundos depois com sua caixa de jóias nas mãos. Ela jogou a caixa na cama ao meu lado.A principio não entendi, mas ela empurrou a caixa na minha direção, como se me desse a caixa.

 

- Meu amor, não! São suas jóias! – falei.

 

- Servirão mais a você agora! – respondeu.

 

Fiquei emocionado com seu gesto. Nessie sempre fora apaixonada por suas jóias. Lembrei-me das que dei a ela, seus olhinhos castanhos brilhando ao ver cada colar, cada pulseira que dediquei a ela, e agora ela abriria mão de todas as suas jóias para que eu salvasse as empresas.

 

- Mas meu amor, você adora suas jóias. – comentei.

 

- Adoro você muito mais. – respondeu com sinceridade.

 

Meu coração se inflou naquele instante. Apesar de eu tê-la ignorado durante meses, ela ainda me amava, ainda queria meu bem. A abracei forte, queria que sentisse todo o amor que tinha para dedicar a ela.

 

Minha linda amada, a beijei o rosto e ela pareceu vibrar com isso, sua pele se arrepiou como eu gostava daquela sensação e como havia sentido falta de sua pele formigando em reação a meus toques.

 

- Eu te amo muito meu amor. – sussurrei em seu ouvido, sentindo novamente sua pele macia e cheirosa se arrepiar.

 

- Eu também te amo. – respondeu com um grande sorriso no rosto, o sorriso que eu tanto amava e que há tanto tempo não via. Finalmente toquei seus lábios.

 

Aqueles lábios doces e macios, os lábios que eu tanto amava beijar. Sua boca carnuda se movimentando junto a minha em uma dança sincronizada. Não haviam duvidas, havíamos sido feitos um para o outro.

 

- Não vou fazer isso com você meu amor. – falei desgrudando nossos lábios. – Não vou tirar suas jóias de você.

 

- Jake, eu não preciso delas. – falou. – Peço que apenas me deixe ficar com a correntinha do morango.

 

Lembrei-me de nossa primeira noite nessa casa, dei a ela uma correntinha igual a que usava. Havia posto dentro de um morango. Aquela noite fora maravilhosa, uma das melhores noites que já passei ao lado de Nessie. Definitivamente, um dos momentos mais especiais e bonitos da minha vida.

 

- Meu amor, não vou lhe tomar nenhuma de suas jóias. Elas são suas! – teimei.

 

- Tudo bem, mas se precisar, você sabe que pode pega-las se quiser. – falou.

 

- Sim, agora se arrume para o jantar. – recomendei.

 

- Pensei que não me quisesse lá com você. – disse com os olhinhos cabisbaixos.

 

- Apenas não queria que descobrisse da crise, mas você começou a falar sobre eu não te querer mais, tive de contar, mas por mim você não saberia, não queria lhe preocupar. – expliquei.

 

- Meu amor, somos marido e mulher. Seus problemas são meus problemas também. – falou acariciando meu peito desnudo com suas mãozinhas finas e macias.

 

- Tem razão. – concordei. – Vamos?

 

- Não quero ir. – disse.

 

- Mas porque não? – indaguei.

 

- Minhas roupas estão apertadas, nada me cai bem depois que engordei. – falou.

 

- Mas você não está gorda. – retruquei.

 

- Ahan, sei. – caçoou.

 

- Estou dizendo a verdade. – falei. – Você esta mais redondinha, mas nada com que se preocupar, continua linda minha amada.

 

Era verdade, Nessie não estava gorda. Ela havia mudado, agora suas curvas eram mais redondas, seus seios estavam maiores, suas coxas mais grossas, mas ela continuava impecavelmente maravilhosa, e me excitava muito.

 

- Redondinha? – perguntou diante de meu termo peculiar de lhe qualificar.

 

- Sim, suas formas estão diferentes, mas ainda sim está maravilhosa como sempre. – expliquei meu ponto de vista.

 

Ela foi para o banheiro se banhar. Fui ao nosso closet e peguei um vestido branco que ela havia usado em nossa lua de mel.

 

Lembrei-me de como seus cabelos balançavam aos ventos de Veneza, seu sorriso estonteante, sua pele a luz do luar... Nada que existisse poderia ser mais belo do que minha esposa. Quando saiu do banheiro e viu o vestido sobre a cama me olhou sugestivamente.

 

- Você ficará linda! – falei sorrindo.

 

E eu não errei, ela ficou uma verdadeira deusa, com aquele vestido. Afrodite que me perdoe, mas mulher nenhuma chega aos pés de minha amada Nessie. Ela era a coisa mais linda e preciosa que eu já havia visto e às vezes chegava a duvidar que um anjo daqueles pudesse ter se apaixonado por mim.

 

Eu era um homem de muita sorte, tinha uma mulher linda, meiga, doce, forte e corajosa. O que mais poderia querer?

 

(...)

 

Chegamos ao jantar e Nessie se juntou as outras mulheres, elas conversavam em um canto da sala, Sam me cumprimentou e eu e os rapazes nos pomos a tentar encontrar uma solução para os problemas que estávamos enfrentando.

 

- Meus parabéns Nessie! – Kim disse ao abraçar minha mulher.

 

- Meus parabéns por quê? – perguntei me juntando a elas.

 

Tentei sorrir para não deixar Nessie preocupada, ela parecia ponderar algo. Ela me olhou nos olhos. Aqueles olhos tão lindos e perfeitos, através deles eu podia ver todo o amor que aquela doce e ingênua criatura dedicava a mim.

 

Chegava a ser doentio o que sentia, queria abraçá-la ali mesmo, na frente de todas aquelas pessoas e dizer o quanto a amava se é que existiam palavras suficientes pra isso.

 

- Bom meninas, vamos deixá-los sozinhos. – ouvi uma das moças dizer, mas não me preocupei em reparar quem era, o mais lindo anjo estava a minha frente e eu não conseguia enxergar nada além dela.Uma lagrima escorreu por seu belo rosto, mas seus olhos tinham um brilho que me dizia que não eram lagrimas de tristeza ou de dor.

 

- O que houve meu amor, porque está chorando? – perguntei.

 

- Nada! Depois conversamos. – respondeu passando seus dedinhos no rosto na tentativa de secar as lagrimas.

 

Jane nos chamou dizendo que o jantar já fora servido, nos encaminhamos para mesa e no percurso me aproximei de seu ouvido dizendo que depois ela iria me contar.

 

Durante o jantar eu e os demais rapazes tentávamos achar alguma saída para fugir do declínio que viria se não resolvêssemos logo nossa situação nas empresas. As mulheres somente ouviam como de praxe.

Elas chegaram até a se assustar quando Sam lhes pediu que opinassem.

 

- Bom se houver qualquer maneira de ajudarmos. – ponderou Emily.

 

- Sim, eu posso começar a dar aulas, e ajudar na despesa de casa, assim Quil não precisará tirar tanto dinheiro das empresas. – sugeriu Claire.

 

- Eu já ofereci minhas jóias a Jake, mas ele não quis. – comentou Nessie.

 

- Sim, nossas jóias. – completou minha irmã mais velha Rebecca.

 

- Imagine o que todas juntas poderiam dar, seria uma grande quantia. – concordou Kim.

 

- Não! Mas de jeito nenhum deixaremos que usem suas jóias. – falei. – São de vocês, não podemos usá-las.

 

- Sim, imagine o que diriam de nos se usássemos as jóias de nossas companheiras. – concordou Jared.

 

- Mas que outros meios vocês encontram? – retrucou Nessie.

 

- Nessie, por favor. Nos não podemos fazer isso! – pedi.

 

- Sim, senhoras. É um gesto muito nobre de suas partes, mas encontraremos outra maneira. – agradeceu Quil.

 

- Tudo bem, mas se não encontrarem outro jeito, sabem o que fazer. – disse Rachel.

 

Após o jantar fomos para nossa casa. No trajeto de volta não falei, estava tão absorto em pensamentos sobre como salvaria as empresas que acabei por me esquecer de que eu e Nessie tínhamos de conversar. Ao entrar em nosso quarto lembrei-me desse fato e lhe perguntei.

 

- Nessie, você disse que iríamos conversar lembra? – lembrei-lhe enquanto tirava os sapatos e ela as jóias que estava usando.

 

- Oh, sim. Jake lembra que eu lhe disse estar gorda? – perguntou.

 

- Meu amor, já lhe disse que você continua perfeita. – respondi. Ela teria de tirar aquela idéia ridícula da cabeça, ela continuava perfeita e eu não admitiria que se menosprezasse daquela forma.

 

- Sim, mas eu estava conversando com as meninas e elas me disseram algo e me pus a pensar. – comentou.

 

- O quê? – indaguei preocupado.

 

- Bec me perguntou há quanto tempo meu ciclo não vinha. – falou.

 

- É uma coisa um tanto particular para se perguntar não? – comentei. Não era de muita educação perguntar algo assim tão particular.

 

- Sim, mas ela me fez lembrar que já fazia três meses. – continuou. – Um tempo considerável não?

 

Sim era um bom tempo, pelo pouco que entendia parecia que todos os meses as mulheres tinham esses sangramentos, eu não sabia o motivo ao certo, mas ao que parecia era normal, já não era tão normal assim ficarem tanto tempo sem. Será que minha Nessie estava doente? Algo estava errado com ela?

 

- Sim, será que tem algo errado com você? Temos de ir ao medico rápido. – falei.

 

- Jake, Kim disse que talvez eu possa estar grávida! – completou.

 

Meu coração se encheu de alegria naquele momento. Estávamos a tanto tempo querendo uma criança para alegrar a casa. Lembro que no inicio de nosso casamento Nessie achou estar grávida, mas os médicos diziam que ela não estava.

 

Fomos a vários especialistas e todos diziam a mesma coisa, Nessie não iria ter um bebê. Ate que procuramos um especialista no ramo da psicologia e ele nos disse que era uma gravidez psicológica.

 

Disse que varias mulheres a tinham quando queriam muito engravidar, o organismo delas agia como se realmente houvesse um bebê, mas no fim das contas não tinha nada.

 

Nessie ficara tão deprimida, chegava a dar pena vê-la segurando uma roupinha de bebê aos prantos implorando a Deus que lhe concedesse o dom de ser mãe.

 

Era um sofrimento grande, ela chorava quase todas as noites, até que com o tempo passou e sua depressão se foi, mas acho que ela jamais se recuperou totalmente daquele golpe, e que se culpava muito por não poder me dar um filho.

 

- Grávida? – perguntei ainda sem acreditar no que ouvia.

 

- Sim, isso explicaria minha sensibilidade extrema, o aumento do sono e do apetite e os enjôos que tive com o manjericão semanas atrás. – explicou. – E também eu ter engordado.

 

- Enjôos? – pedi. Ela nunca me falou de ter tido enjôos ou coisa parecida.

 

- Sim, parei de por manjericão na comida, pois estava me dando vertigem e vômitos. – respondeu.

 

- Porque não me falou nada antes meu amor?

 

- Nem eu sabia. – respondeu. – Estava tão preocupada com seu desinteresse em mim que acabei por não assimilar tudo isso.

 

Pobrezinha, fantasiando que eu talvez não a quisesse mais, nem ao menos se deu conta de que talvez pudesse estar esperando um bebê.

 

- Oh, minha fada. Tentando não lhe preocupar acabei te causando sofrimento. Desculpe-me. – pedi. – Eu jamais perderia o interesse em você. Você é minha esposa amada, tudo em você é atrativo pra mim. Deixei-me levar pelos problemas e acabei por descontar tudo em você, me perdoe.

 

- Sem problemas meu amor! – disse sorrindo. – Sei que talvez essa não seja a melhor hora para um bebê, mas...

 

Como assim não seria uma boa hora? Era nosso bebê, nosso filinho, qualquer hora seria maravilhosa para que ele viesse.

 

- Como assim não é uma boa hora? É claro que é! – falei. – Esse é o maior presente que um casal pode receber um bebê!

 

Estava quase dando pulos de alegra, meu coração já quase saltava do peito de tanta emoção, era felicidade demais, achei que não agüentaria que sairia por ai gritando na rua como um desse malucos.

 

Agora eu tinha mais outro motivo para resolver logo à questão das empresas, agora eu teria um filinho para criar, ou filinha. A envolvi em meus braços e me pus a beijar toda a extensão de seu rosto de boneca.

 

- Um bebê! Você não poderia me fazer mais feliz! – comemorei, pegando-a em meus braços e nos girando como loucos pelo quarto.

 

(...)

 

- Amanhã mesmo iremos ao medico bem cedo. – falei me deitando na espreguiçadeira da sacada e abraçando a minha linda esposa.

 

Estava tão feliz que comecei a falar com nosso bebê. Já me sentia tão intimo dele, e queria protegê-lo de tudo. Era uma sensação tão gostosa, estar com minha mulher e logo, logo com meu filho ou filha.

 

Eu não sabia ainda o que eu preferia menino ou menina, mas isso pouco me importava. Eu amaria do mesmo jeito, e daria todo o meu carinho e a minha atenção. Seria o melhor pai do mundo.

 

Já podia me imaginar ensinando meu menino a jogar futebol e a andar de bicicleta, ou então brincar de bonecas com uma linda princesinha. O primeiro dentinho caindo, e também um ser pequenininho pedindo pra dormir conosco quando tivesse pesadelos com o monstro de debaixo da cama.

 

Nessie acabou por adormecer em eu levei-a em meus braços para nossa cama, deitei-me ao seu lado e me pus a acariciar seus sedosos cabelos ruivos vendo a noite passar, minha euforia era imensa e não conseguia de maneira alguma dormir.

 

Lembro-me de perder a consciência algumas vezes, mas logo a recuperar. Olhei no rosto de minha mulher e vi um belo sorriso, ela parecia estar tendo um sonho, um sonho que eu imaginava ser muito bonito, tão bonito quanto o sorriso que ela tinha agora.

 

- Hum, que maravilhoso acordar com esse sorriso. – falei.

 

- Estava sonhando. – falou se aconchegando mais em meu abraço.

 

- Com o quê? – perguntei.

 

- Com nosso bebê. – respondeu. – Ele corria pela praia, e ria, ria alto, e nos dois corríamos atrás dele.

 

Como queria ter participado desse sonho também, aposto que fora lindo, imaginei o que ela havia dito. Sim era lindo e eu tinha fé de que hoje o médico nos diria que Nessie esperava um bebê e que logo, logo este nosso sonho seria realidade.

 

- Aposto que foi um sonho muito bonito. – falei.

 

- Sim, o mais belo que já tive. – respondeu.

 

- Em breve se tornará realidade. – falei beijando-lhe a testa com carinho.

 

Naquela manhã antes do trabalho acompanhei Nessie ao médico. Estava confirmado, eu e Nessie seriamos pais. Ainda não dava pra saber o sexo do bebe, mas isso pouco importava, eu seria pai, isso era a única coisa que parecia vir a minha cabeça.

 

Liguei para o escritório e contei para Sam do ocorrido, ele disse que era melhor que eu tirasse o dia para ficar com Nessie. Ela pegou um dinheiro que tinha guardado o dinheiro de seu trabalho na escolinha aqui perto, comprou algumas roupinhas para o bebê.

 

Como não sabíamos o sexo de nosso pequenino compramos roupinhas amarelinhas ou brancas. Depois de voltarmos para casa tentei improvisar um almoço para Nessie, ela insitiu que deveria fazer o almoço, mas eu queria que ela tivesse muito conforto nessa gravidez por isso decidi que contrataria alguém para ajudá-la.

 

- Mas Jake e a crise das empresas... – lembrou-me. – Como fará com mais uma despesa, eu não posso trabalhar estando grávida, não posso ajudar.

 

- Darei um jeito meu amor, eu darei um jeito. – revidei.

 

Uma semana após sabermos que Nessie esperava um filho meu, Nessie quis dar um jantar lá em casa, para comunicar a nossa família e amigos do acontecido, já que o único, a saber, era Sam.

 

- Ai, estou tão ansiosa para saber qual comunicado é esse. – disse Alice vibrando de expectativa.

 

- Eu também, o que será? – perguntou dona Bella.

 

Antes da ceia eu e Nessie pedimos a atenção de todos para darmos nosso comunicado. Quando revelamos que Nessie estava oficialmente grávida, todos foram ao delírio, era uma noticia e tanto.

 

Depois de sermos muito parabenizados, Alice já chamava Nessie para as compras disse que o bebê teria de ser muito bem vestido. Naquela mesma noite o senhor Cullen pediu para dar uma palavrinha a sós comigo.

 

- Então, o que o senhor deseja? – pedi quando já estávamos sozinhos em meu escritório na casa.

 

- Eu soube da crise devido à greve bancaria. – informou.

 

- Ah sim. O senhor pode ficar despreocupado que de forma alguma deixarei Nessie e meu filho desamparados. – afirmei. – Darei um jeito, mesmo que tenha que virar ambulante e vender de porta em porta.

 

- Não duvido disso. – falou. – Queria que me explicasse melhor sobre a situação das empresas. – pediu.

 

- Pois sim, nós estamos enfrentando muitas dificuldade na bolsa, o dólar caiu por cinco vezes o valor, e nossos investidores internacionais se retiraram das vendas com medo de perder o capital. – expliquei.

 

- Mas se caso alguém investisse, perderia seu capital? – perguntou.

 

- Nesse momento, não estamos aceitando investidores. – falei. – Temos primeiro de reestabilizar as contas, só depois é que vamos aceitar investimentos.

 

- Oh, sim. E de quanto precisam para acertar as contas? – indagou.

 

- Vinte milhões. Isso ajudaria a manter as ações até o fim da greve que deve acontecer daqui há uns quatro ou cinco meses. – respondi. – Eu e os demais diretores estamos procurando talvez uma ilha fiscal que nos empreste o dinheiro, mas está difícil. – terminei.

 

- Eu lhe empresto trinta milhões. – falou serio.

 

- Co-como? – perguntei atônito com sua proposta.

 

- Lhe empresto trinta milhões, em troca você me dá algumas ações nas empresas, isso me dará mais capital. – repetiu.

 

- De quantas ações estamos falando? – indaguei.

 

- Dez talvez? – retrucou.

 

- Só dez? Por trinta milhões o senhor compra sessenta. – falei.

 

- Quem é o sócio majoritário? – perguntou.

 

- Eu. – respondi.

 

- Compro dez ações e mais todas as suas. Coloque um terço em seu nome, e o resto em nome de meu neto. – falou.

 

- O senhor está dando a empresa para meu filho? – perguntei surpreso.

 

- Quero um futuro brilhante para essa criança, - respondeu. – e assim você terá mais motivos para que a empresa deslanche. Aproveite esse momento de crise nos bancos para que as pessoas queiram depositar seus capitais nas empresas, isso fará o dinheiro crescer, meu filho. – explicou.

 

- Não sabia que o senhor entendia de negócios senhor Cullen. – falei.

 

A família Cullen era muito rica, mais isso devia ao sucesso de doutor Carlisle no ramo medicinal, ele havia feito varias descobertas e muitas curas para doenças que antes matavam. Senhor Edward havia seguido seus passo e também havia feito grandes descobertas.

 

Já Emmett era um grande esportista, competia em varias partes do mundo. Era o numero um no atletismo. E nas horas vagas era instrutor de ginástica e natação no clube das redondezas.

 

- Não entendo meu caro. – respondeu. – Só estou dando um palpite. Tive sorte nesse meu palpite?

 

- Sorte não. – falei. – Teve muita astúcia e inteligência.

 

- Então negocio fechado? – perguntou.

 

- Só tenho de falar com os outros sócios, mas duvido que recusem tal oferta. – respondi.

 

Era certo que os rapazes iriam adorar essa noticia. Com todos os bancos de greve, as pessoas investiriam em nossas empresas e cresceríamos internacionalmente. Voltamos para a sala onde todos conversavam animadamente, e a gravidez de Nessie era o ponto alto dos debates.

 

- Eu vou ensinar a gostar de esportes assim como fiz com Roger. – disse Emmett.

 

- Mas e se for menina querido? – indagou Rosalie.

 

- O que tem demais nisso? Mulheres não praticam esportes por acaso? – retrucou Emmett.

 

- É Rose, nos dias de hoje temos muito mais liberdade. – observou mamãe.

 

- Ainda prefiro leva-la para as compras. – comentou Alice. – Imagina a pobrezinha toda suada e fedida de praticar esportes. – completou balançando a cabeça de forma negativa.

 

- O bebê fará o que quiser. – falei sentando-me e depositando um beijo na testa de minha mulher.

 

- Ah, deixe de ser chato, o bebê vai praticar esportes sim. – reclamou Emmett.

 

- Ok tio, o bebê pode praticar esportes. – disse Nessie vencida.

 

É com Emmett não tinha conversa, ele conseguia que qualquer um fizesse o que ele quisesse isso claro na base da perturbação, perturbava até que a pessoa desistisse de discutir.

 

Depois do jantar Nessie tentou arrumar as coisas, mas claro eu não deixei, depois da proposta do senhor Cullen, que eu duvidava muito que os outros rapazes recusassem, daria para eu contratar alguém para fazer as tarefas da casa pela Nessie enquanto ela precisasse.

 

- Meu amor, - chamou-me. – como cuidaremos do nosso bebê? – perguntou.

 

- Como assim?

 

- Ah, eu não tenho nenhuma experiência com bebês, só dei aula para crianças maiores de quatro anos. – explicou.

 

- Daremos um jeito, tantas pessoas são pais de primeira viajem e conseguem, porque conosco seria diferente? – falei.

 

- Tem razão. – concordou. – Mas e se eu não for a mesma depois do parto?

 

- Como assim Nessie?

 

- Muitas mulheres engordam durante a gravidez e não conseguem voltar ao normal. – falou.

 

- Pare de se preocupar com sua aparência. – pedi. – Você é naturalmente linda!

 

- Mas e se eu ficar gorda, quer dizer mais ainda?

 

- Nessie, pare com isso. Você está mais linda do que nunca. – falei. – Você fica a cada dia mais maravilhosa.

 

A abracei recostando minha cabeça na curva de seu pescoço, seu cheiro de maçãs e hortelã tomou conta de minhas narinas e adentrou meu corpo inebriando-me. Aquele cheiro tão maravilhoso e atrativo para mim.

 

Meu corpo amoleceu diante daquela fragrância dos deuses. Beijei seu pescoço e senti sua pele delicada se arrepiando e Nessie ofegou. Ri com isso, era inacreditável que eu ainda tivesse esses efeitos nela. Era incrível que depois de tudo o que passou ainda se sentisse atraída por mim.

 

- Você ainda me ama? – perguntei.

 

- Que pergunta é essa?

 

- Depois de eu ter te ignorado todos esses meses, algo mudou? – pedi preocupado com sua resposta.

 

E se fosse sim? Eu com certeza ficaria sem chão, e jamais me perdoaria por ter perdido o amor da minha vida por puro orgulho.

 

- Nada mudou. – respondeu. – Eu te mo mais que nunca.

 

Sorri com sua resposta em meu ouvido. Beijei de novo seu pescoço e senti minha linda amada sorrir. Subi meus beijos indo para sua boca, seus lábios carnudos se movimentavam junto aos meus numa perfeita sincronia, suas mãozinhas correndo por minhas costas e também por meu peito, fazendo-me arrepiar e ansiar por mais daquela maravilhosa mulher.

 

Deitei-a em nossa cama, hoje a teria pra mim, depois de alguns meses sem possuí-la. Minha boca não conseguia se concentrar em apenas um lugar, eu a queria completamente, queria ter cada parte do seu maravilhoso e atraente corpo pra mim.

 

- Como senti falta dos seus lábios em minha pele. – ela sussurrou.

 

- Eu quero você pra mim. – falei.

 

- Não se pode querer o que já se tem. – respondeu, seus lábios se moldando em um sorriso.

 

- Eu te amo! – falei.

 

- Eu também te amo, - respondeu. – me faça sua.

 

Não precisava pedir duas vezes, eu jamais negaria aquele corpo, nem sei de onde tirei coragem para ignorá-la por tanto tempo, minhas mãos caminhavam por aquelas curvas e tiravam rapidamente suas peças de roupa. Ela também não ficava pra trás, arrancou minha camisa arrebentando todos os botões.

 

- Isso tudo é desejo? – perguntei rindo.

 

- Isso tudo é saudade. – respondeu nos girando na cama, sentando-se em meu quadril.

 

Seus movimentos me levavam a loucura. Meu membro já estava rígido e meu corpo pedia imediatamente por aquela mulher, a dona de tudo o que eu era. Tratei de tirar as únicas peças de roupa que ainda me impediam de tê-la completamente para mim.

 

Introduzi-me nela da forma mais delicada que pude, era tão apertada, tão quente. Fazia-me perder a razão. O prazer era imenso quando estava com ela.

 

Tudo com ela era perfeito e na medida certa para me fazer perder todos os sentidos, a única coisa que eu podia sentir era o prazer de estar dentro da mulher que amava.

 

Ela pedia por mais entre gemidos, queria mais de mim, me desejava. Eu não poderia pedir mais nada, ela era tudo que eu poderia pensar em desejar.

 

Fazia questão de passear com minha boca por cada milímetro daquele maravilhoso corpo, e depois de chegarmos ao prazer a preenchi com minha língua, acariciando sua intimidade e ouvindo seus gemidos.

 

Ela chegou ao prazer novamente, nossos sussurros e gemidos ecoavam pelos corredores da casa. Meu suor se misturando ao dela, minha respiração com a dela, os dois ofegantes, era maravilhoso, e eu sentira tanta falta daquilo.

 

Do seu toque em meu corpo, de sua voz gemendo em meu ouvido, sua pele em contato com a minha. Tudo o que eu mais precisava na vida. Eu poderia perder tudo, agora eu sabia que não me importava, se eu tivesse Nessie comigo, eu estaria bem e feliz.

 

Ela era tudo o que eu precisava e muito mais.

 

N/Kamii: 

            Ao contrario do primeiro cap do Jake, que foi pequeno esse está bem grande, então acho que mereço muitos reviews por esse presente nér ? ;D

 

           Meninas recomendem a fic, dêem estrelinhas ... Eu juro que dou pontinhos de popularidade pra vocês, sou uma boa autora ! *--*

 

           Só não posso dar pontinhos pra àquelas que já dei ! HAHA

 

           Fic na super reta final, acho que depois desse só temos dois caps, depois confiro isso... Então, me digam o que acharam da fic como um todo ! 

 

Leiam: http://fanfiction.nyah.com.br/historia/84628/Stay

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/84297/Mortified

 

          Stay que é uma one-shot, então nem vai encher o saco ! HAHA

 

          Já Mortified sim, fic com vários caps e muita ação e aventura ! Pra quem gosta de expectativa ! kkk

 

 

          Espero que tenham gostado desse cap grandão que fiz pra vocês !

          Gentem eu chorei em duas partes do cap, na em que o Jake lembra da Ness chrando com a roupinha de bebê, e na em que ele se imagina brincando com os filhos !

          Eu estava muito inspirada quando escrevi ! HAHA !

 

Beijinhos !


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