Bem Me Quer escrita por Maitê Miasi


Capítulo 6
Como Esquecer Tudo Que A Gente Fez?


Notas iniciais do capítulo

Oii meninas *-*

Mais um, espero que gostem, bjs!



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[...  “Metade de mim

Te ama e te adora

Outra metade de mim

Precisa ir embora

Estou com medo de ser

Feliz outra vez

Por que dói, dói

Ficar sem você aqui...”]

****

 

Chico.

Diana paralisou diante da pergunta que fiz a ela. Aqueles olhos verdes, que antes ardiam de paixão, agora me encaravam, assustados? Ou talvez fossem apenas surpresos, afinal, nem eu esperava dizer tais palavras. Aquela demora por qualquer reação que fosse dela se tornou torturadora. Eu queria alguma resposta dela, mas ela permanecia naquele maldito silêncio.

— E então Diana – dissipei a pequena distância que havia se formado após a pergunta, deixando alguns beijos molhados em seu pescoço – seja minha essa noite? – A olhei, e vi que seus olhos estavam distantes, um pouco indiferentes.

— Você ficou louco! – Ela teve alguma reação por fim, mas não a que eu queria. – Você tem noção do que acabou de me pedir? – Ela se afastou de mim, ajeitando a toalha que a cobria, e que por pouco não fazia companhia ao chão.

— O que há demais no meu pedido? Era isso que estávamos prestes a fazer Diana! – Eu tentei uma aproximação, mas ela estendeu a mão, e eu entendi que deveria parar ali mesmo.

— Eu não ia fazer amor contigo Francisco, não se iluda com isso – ela deu aquele sorriso cínico que eu detestava.

— E por que não? Você me quer do mesmo jeito que eu te quero, e não adianta mentir pra mim, porque o que acabou de acontecer ali – apontei para a porta, desejando imensamente que voltássemos logo onde havíamos parado – não foi mera encenação.

— Não duvide da minha capacidade de atuar. – Ela riu novamente, dessa vez em frente ao espelho mediano que havia no quarto, refazendo o coque no cabelo que eu havia bagunçado minutos antes. – Francisco – ela voltou seus olhos a mim – entenda uma coisa, você seria a última pessoa com quem eu iria pra cama, então, tire seu cavalinho da chuva caso tenha alguma esperança sobre isso, porque não vai acontecendo nunca!

Confesso que as palavras da minha prima me atingiram, e me machucaram profundamente. Não sei bem se ela havia feito isso de propósito, ou apenas tinha dito da boca pra fora, mas tinha certeza que não esperava ouvir isso dela.

— Engraçado que sua boca diz uma coisa, mas suas atitudes mostram outra totalmente diferente. – Disse com firmeza, sem deixar transparecer o que as palavras ditas anteriormente por ela haviam me causado.

Ela se calou, e me deu as costas, olhando pra escuridão que fazia depois da janela aberta consentindo com o que disse. Fui até ela, e toquei seu ombro com carinho, ela permaneceu da mesma forma, parada.

— Por que você tem que ser tão cabeça dura Diana? – Perguntei ao pé do seu ouvido, e vi sua pele arrepiar. – Por que não assume que você também me quer? – Beijei seu pescoço, e a abracei por trás, pensando que tinha finalmente conseguido domar a fera.

Dois minutos beijando-a, dois minutos deixando carícias cálidas em sua pele macia, dois minutos acendendo mais uma vez aquela paixão ardente, dois minutos se passaram, e eu estava prestes a fazê-la minha, só minha, inteiramente minha. Dois minutos incríveis rapidamente se transformaram num pesadelo. Diana estava entregue a mim, ela havia cedido, eu sentia que aquela noite terminaria da forma mais linda, mas do nada, alguma coisa ruim se apossou dela, fazendo virar outra pessoa.

— Sai daqui agora! – Ela falou um pouco alto, não tão alto pra não acordar nossas mães. – Sai daqui e nunca mais encoste em mim!

O que deu nessa diaba pra mudar de uma hora pra outra?

— Diana, eu fiz alguma coisa errada?

Ela nada respondeu, apenas foi até a porta, e abriu, esperando que eu deixasse ela sozinha.

— Vai ser assim? – Perguntei quando me aproximei da saída, ainda tentando entender sua atitude.

— Vai, vai sim. E só te peço uma coisa: só dirija a palavra a mim quando for algo importante. Aliás, duas coisas: nunca mais tente me beijar, e não mais se aproxime de mim com essas intenções eu queria distância de você Francisco, distância!

— Como eu queria entender o que se passa na sua cabeça.

— Não tente. – Respondeu fria. – Agora me deixe em paz.

Depois de dizer as últimas cinco palavras, ela simplesmente bateu a porta na minha cara, quase quebrando meu nariz. Só queria entender porque mulheres são tão complicadas, pelo menos a que eu queria, era, seria isso um teste de resistência?

Saí dali perturbado pelo que aconteceu, e mais ainda pelo que não aconteceu. Entrei no banheiro e deixei a água gelada cair no meu corpo, me fazendo voltar ao meu estado normal, já que, só em pensar na mulher que estava debaixo daquela toalha, meu corpo falava por si só.

Terminei o banho, e fui para o sofá que já devia estar se perguntando o porquê da minha demora, se ele soubesse, riria da minha cara.

Me joguei no meu companheiro de todas as noites, nada confortável por sinal, mas o sono não veio, e meus pensamentos foram diretos nela. Eu só queria entender o porquê de tais atitudes, porque ela se negava tanto a fazer algo que era notório que ela queria, mas deu pra trás. A filha da mãe só fez me provocar nos últimos dias, mas pelo que vi, era só isso que ela queria, me provocar. Tomara que a essa hora ela esteja com insônia, morrendo de arrependimento, essa era a única coisa que eu queria nesse momento.

...

Diana.

Alguns dias se passaram desde aquele dia. Chico cumpriu bem o acordo de me deixar em paz, para o meu azar. Se ele soubesse dos motivos que me levaram aquilo. Como eu queria estar nos seus braços, ser sua naquela noite, mas eu não perdoaria por magoar Flor, ela confiou seus sentimentos a mim, e eu me sentiria um monstro por pisar neles.

Nesses dias que se passaram, ela se soltou um pouco com meu primo, o chamou pra sair algumas vezes, e ele, prestativo como sempre, aceitou todas às vezes, e também a convidou outras, mas creio que ele fazia isso justamente pra me deixar enciumada, e se essa era a missão dele, ele havia logrado êxito, porque todas as vezes que eu via os dois juntos, queria sumir, mas fingia que não estava nem aí, e então ele ficava irritado por não me atingir, ou pensar que não.

Como Flor ainda não tinha sacado que eu tinha alguns pequenos sentimentos por seu amado, ela me contava sempre como tinha sido o último encontro dos dois, e eu sempre torcia pra que a conversa tomasse outro rumo, mas parecia que ela só sabia falar dele, e odiava quando esse assunto a tinha como acompanhante. Se ela soubesse como eu me arrependo por armar aquele jantar estúpido...

— E então Di, o que acha?

Oi? Do que ela tá falando?

— Diana, eu tô há um tempão falando com você, e você aí no mundo da lua.

— Ai Flor – me sentei cansada no banco da praça onde a gente estava – desculpa, mas eu realmente não prestei atenção em um A que você disse.

— Eu percebi isso. – Ela se sentou ao meu lado, meio de frente pra mim. – O que tá acontecendo? Há dias que você tá distante.

— Não é nada, ou talvez seja saudade da minha antiga vida, é, deve ser isso. – Menti.

— Tem certeza?

— Tenho. Mas me diz o que você tava dizendo, ou melhor, já sei que falava dele. – Me referi a Chico, tentando sorrir.

— Nossa, acertou! – Ela riu. – Eu tô tão feliz Diana, e queria que ele me pedisse em namoro logo, não sei o que o impede.

Ou quem o impede.

— Você gosta mesmo dele, né? – Ela assentiu com um sorriso sincero. – Flor, o que aconteceria se um dia ele dissesse que não é você a pessoa amada, e sim outra?

— Ah, eu ficaria arrasada, mas ficaria pior dependendo por quem fosse trocada.

— Eu por exemplo.

— É. Acho que se fosse o caso, eu não perdoaria você, porque você sabe o quanto o amo, e ainda sim teve a coragem, eu ficaria muito decepcionada. – Foi sincera.

— Claro, não tem como não ser assim. – Concordei. – Eu sei como é ser trocada, afinal, passei por isso, bom, menos mal que Pedro não escolheu uma amiga minha. – Ri, achando meu comentário engraçado. – Mas fica tranquila, não está nos meus planos furar seu olho. – Juro que queria acreditar nas minhas palavras.

 — Eu sei que não, confio em você de olhos fechados. – Minha amiga acariciou minha mão, me fazendo ficar com um grandíssimo peso na consciência.

Me despedi dela ali mesmo, e comecei a caminhar em direção a casa. No caminho de volta, mas uma vez me amaldiçoei por ter inventado aquela história de jantar, se eu não tivesse inventado isso, esses dois não viveriam grudados pra cima e pra baixo, e eu não me sentiria tão mal por me envolver com Chico.

O pior dessa história toda era que Flor me via como uma amiga fiel, na verdade, era isso que eu queria ser pra ela, mas às vezes meu corpo queria contradizer o que meu cérebro ordenava. Eu estava vivendo nessa guerra interna, entre meu cérebro, meu corpo e meu coração, mas felizmente, o cérebro estava levando a melhor, só não sabia ao certo até quando.

Quando cheguei perto de casa, um aroma gostoso me fez esquecer todas as paranoias que me rondavam, tinha certeza que era mais uma obra prima da tia Valquíria, e eu ia me deliciar muito durante o almoço.

Pronta pra entrar em casa, com a mão na maçaneta, uma voz me fez parar, aquela voz.

— Posso saber até quando você vai agir como se eu não existisse? – O olhei, e dei dois passos até o topo da pequena escada.

— Esse não foi o nosso combinado?

— Eu não tenho nada combinado contigo. – Ele se aproximou, e eu comecei a ficar nervosa por dentro.

— Por que a gente não continua como estamos? Está bom pra ambas às partes, você fica longe de mim, como eu pedi, e você se aproxima da sua querida Flor. – Não consegui esconder o ciúme nas minha palavras, só esperava que ele não tivesse notado.

— Eu não aguento mais essa distância entre nós Diana, está me consumindo.

Ele não devia ter dito isso, minha vontade de me jogar em seus braços e acabar com aquela distância só crescia.

— Problema é seu, a mim está fazendo muito bem, espero que continuemos longe um do outro. – Sorri, e vi que isso o deixou irritado.

— Isso tudo foi por causa daquele pedido?

— Pedido?

— Não se faça de desentendida, você sabe muito bem do que eu tô falando. Você está assim só porque eu quis fazer amor contigo.

— Você – ri – você é louco.

— Ah, já sei! Você não vai pra cama sem estar casada, não é mesmo? – Ele perguntou como se houvesse descoberto a solução pra todos os problemas do mundo. – Então – um susto ficou visível em minha face quando ele me puxou pela cintura, deixando nós dois próximos demais – casa comigo Diana, casa comigo, e acabamos com esse problema!

— Você ficou louco, não é? Tem noção do que você acabou de me pedir?

— Sim, eu tô louco por você Diana! Te quero, te desejo como nunca quis outra mulher, por favor, diz que sim.

— Não! E me solta! – O empurrei, e por pouco, ele caía da escada. – Eu aconselho você a procurar um psiquiatra, você tá completamente fora de si.

— Você me deixa assim. Diana – aquela voz grave, e ao mesmo tempo doce, me deixava flutuando – eu seu que eu não vou te dar a vida de luxo que seu ex marido te deu, mas eu juro que nunca vou te abandonar, e que você será a única na minha vida.

— Nós nunca vamos dar certo juntos Chico. -

— E por que não Diana?

— Nós somos diferentes demais, será que ainda não percebeu?

— Esse é o único motivo que você me dá pra não ficarmos juntos?

— É o suficiente. Eu não sou mulher pra você, a Flor sim é, ela se encaixa perfeitamente em você.

— Mas não é ela que eu só quero, e sim você.

— Eu só lamento, de mim você não terá nada.

“Eu só quero você.” Entrei com essas palavras na minha cabeça, e passei direto para o quarto, deixando tia Valquíria falando sozinha.

Fiquei pensando naquele pedido de casamento inusitado, e rindo feito uma boba. Mas ainda sim, não ia quebrar a confiança que Flor tinha depositado em mim, eu não ia traí-la pra satisfazer a minha enorme vontade de ficar com meu primo, eu não era esse tipo de pessoa.

Fiquei deitada até que ouvi batidas na porta. Era minha mãe. Vinha para cumprir seu papel.

— Estamos te esperando pra almoçar. – Ela se sentou na cama, mastigando alguma coisa.

— Comam sem mim, tô sem fome.

— O que houve hein? Você não está sendo você. – Disse a voz da verdade.

— Mãe – me sentei na cama a fitando – vamos embora daqui, vamos voltar pra cidade, por favor! – Pedi desesperada.

— Diana, você enlouqueceu? Não temos dinheiro pra sair daqui, você não trabalha, eu também não, como vamos nos sustentar?

— Chagando lá, eu posso procurar um emprego pra sustentar a gente. – Sugeri como se isso fosse à coisa mais simples do mundo.

— Até você encontrar um emprego, e nos estabilizarmos... Esquece isso Diana, e agradeça sua tia por nos dar um teto. A não ser que tenha algo te incomodando.  Aconteceu alguma coisa grave Diana? – Perguntou com certa preocupação.

— Não – me deitei de novo – não aconteceu nada grave, eu só queria ir embora daqui.

— Você tem certeza?

Minha mãe queria insistir na conversa, e eu queria que ela saísse de perto de mim com suas inúmeras perguntas, então, somente balancei a cabeça confirmando, e quando ela viu que não tiraria mais nada de mim, saiu do quarto, preocupada, claro, mas pelo menos me vi livre do seu interrogatório.

...

Chico.

Almoçamos em silêncio, quer dizer, eu calado, e minha mãe e tia Ana num bate papo animado. Claro que Diana não comeu com a gente por causa da conversa que tivemos.

Depois do almoço, minha mãe se dispôs a arrumar a cozinha, enquanto tia Ana se prontificou a estender a roupa na corda, foi então que me vi sozinho com a minha mãe, uma ótima oportunidade de conversarmos, algo incomum, já que eu não costumava conversar sobre determinados assuntos com ela.

— Mãe?

— Hum?

— Eu sou feio? Ou cheiro mal?

Ela me olhou com uma cara estranha.

— Não, por que essa pergunta maluca filho?

— Mãe, você acha alguma mulher teria repulsa de mim? – Devolvi sua pergunta com outra.

— Chico – ela veio até mim – claro que não, você é o tipo de homem que as mulheres brigam pra ter. Quem é ela? – Ela se referia a tal mulher.

— É alguém que quer distância de mim.

— Uma doida varrida, aposto. – Nós dois rimos. – Ela sabe que você gosta dela?

— Sabe, e me disse com todas as letras que me quer longe. Eu não sei o que fazer mãe.

— Acalma seu coração filho – ela colocou sua mão meio molhada da louça que lavava, no meu peito – deixe o tempo agir, e se for pra ser, será.

Diante da filosofia de vida da minha mãe, relaxei um pouco, um pouco.

...

Finalmente mais um dia, e por sorte consegui dormir a noite toda, sem sonhar, ou pensar muito na diaba antes de pegar no sono, acho que as palavras da minha mãe ajudaram mesmo.

Tomamos café, os quatro, como de praxe, e logo que terminaram, minha mãe e minha tia Ana foram fazer compras, elas adoravam isso, deixando nós dois ali, sozinhos. Há uns dias atrás, seria até tentador ficar sozinho com ela, mas agora...

Pronto pra sair, e resolver o que tinha que resolver, ouvi sua voz me chamando, o que me deixou surpreso, já isso não acontecia há dias.

— Chico?

— Que foi?

— Hoje você vai cumprir a promessa que você me fez.

— Promessa? Que promessa? Eu não me lembro de ter te prometido nada!

— Mas eu me lembro. – Respondeu naturalmente. – Você prometeu me ensinar a nadar quando crianças chegou a hora.

— Você quer que eu te ensine a nadar assim, do nada? – Eu não acreditava no que ouvia.

— Não tem nada que nos impeça. O tempo está lindo, e o que você tiver de fazer, pode deixar pra depois.

— Diana...

— Ah, você não vai? Então vou procurar quem queira, porque aposto que tem várias pessoas que adorariam me ensinar.

— Você não é nem louca! Vamos!

De nenhuma maneira deixaria outro cara se aproximar dela nessas condições, só por cima do meu cadáver, apesar de que ela só disse isso na intenção de me convencer, mas no fundo, gostei dessa ideia de ensinar ela a nadar.

...

Alguns metros andados, e logo estávamos num riacho, o mais próximo de casa, o mesmo que costumávamos nadar quando criança, bom, eu nadava, ela olhava.

Ela cortou qualquer possível assunto logo de cara, e eu não insisti, segui quieto, como a madame sugeriu. Logo que chegamos, ela tratou de se despir, e eu fiquei embasbacado olhando-a tirar cada peça de roupa, e mais ainda quando a vi de roupa de banho, tive que ter muito autocontrole pra não agarra-la.

— Vai ficar aí olhando?

“Se eu não posso tocar, posso pelo menos olhar dondoca?” – Pensei.

Em dois tempos eu já estava dentro da água que tinha uma temperatura bastante agradável, enquanto ela me olhada da beira, cena que costumava ver quando criança.

— Não vai entrar? A água tá ótima!

— Tô com medo.

Naquele mesmo instante, vi não essa Diana com quem convivia e discutia diariamente, mas vi aquela garotinha ingênua, a minha amiga, aquela que compartilhava segredos comigo, foi então que me dei conta que, qualquer sentimento que eu sentia por ela, não veio a existir agora, mas já existia há tempos, só estava escondido.

— Eu nunca te deixei afundar, e não faria isso agora. Vem.

Eu fui até a beira, onde ela estava, e ajudei ela entrar na água, e logo, estávamos os dois ali, com pouca roupa, molhados, e tentadoramente, próximos.

Como Diana havia dito, ela era uma bela atriz, ou ela simplesmente não estava sentindo nada com aquela proximidade, e então tratei de ignorar todos os pensamentos indecentes que me cercavam, e foquei no motivo que me levou ali.

Mostrei a ela tudo o que sabia, as técnicas, as melhores formar e posições, e ela, como boa aluna, pegou tudo de primeira, e deu suas primeiras braçadas sem medo.

— Essa sensação é maravilhosa Chico! – Ela disse maravilhada, a uma certa distância de mim.

Eu mergulhei, e fui ao seu encontro.

— Melhor do que imaginava? – Perguntei tirando o excesso de água do meu rosto.

— Muito melhor, obrigada. – Novamente vi aquele sorriso doce dela.

— Não me agradeça, faria tudo de novo só pra ver esse sorriso. – Instintivamente, toquei seu rosto molhado.

— Chico... – Ela tirou minha mão.

— Por favor, Diana, não faz assim, me deixa estar perto de você – minha mão tocou sua cintura por baixo da água – me deixa eu te querer.

Procurei uma brecha para me aproximar mais um pouco, e a deixa perfeita foi quando seus olhos se fecharam, recebendo o carinho que fazia em seu rosto. Queria toma-la num beijo, pois sentia saudades do gosto da sua boca, mas ela era arisca demais.

Ela me queria, eu sei que ela queria, mas por que diabos não assumia?

Após perceber que eu a beijaria, ela arregalou seus olhos verdes, e mergulhou até a margem, e eu a segui. Ela saiu às pressas do riacho, como se tivesse fugindo de alguém, na verdade, estava mesmo.

Depois de catar sua roupa, e continuar correndo naqueles trajes, me vi obrigado a para-la de qualquer jeito, não ia aguentar ver um bando de marmanjo babando em cima dela, não quieto.

— Qual o seu problema hein? – Segurei seu braço com força quando a alcancei.

— Me deixa em paz!

Ela se soltou bruscamente, e quando estava há uns dois metros de distância de mim, ela deu um grito que pareceu ser de dor, e logo em seguida, ela caiu no chão desmaiada, um desespero tomou conta de mim no mesmo instante, parecia que meu mundo estava prestes a desabar.

— Diana!

Continua.


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