Somebody to Love escrita por Candy S
* Barry:
Daphne estava perdendo a consciência.
— Daphne, olha pra mim. Vai ficar tudo bem, só fique acordada, ok.
Sua respiração ficava mais lenta a cada segundo, até que ela fechou os olhos.
— Não, não, não...
Peguei ela no colo e corri o mais rápido que pudi até o hospital.
— Por favor, alguém me ajuda. Alguém ajuda ela, por favor! - eu gritava.
Uma enfermeira veio até nós, com uma maca.
— O que aconteceu? - ela disse, colocando Daphne em cima.
— Ela foi atingida por um tiro.
— Ok. O senhor não pode passar daqui.
— Só salva ela, por favor.
— Vamos fazer o possível, senhor.
Eu estava muito nervoso. Coloquei as mãos na cabeça e foi quando percebi que estava encharcado de sangue.
Liguei para Joe, dizendo onde estava e pedi que me trouxesse algumas roupas.
Iris avisou aos pais de Daphne, que vieram imediatamente ao hospital.
Horas se passaram até que o médico viesse nos dar alguma notícia.
— Olá. Eu sou o Dr. Scott.
— Então doutor, como ela está?
— A cirurgia de remoção da bala foi bem sucedida, mas Daphne continua em observação. O estado dela é grave.
Verônica estava abraçada a Josh desde que chegou.
— Será que nós podemos ver ela? Por favor!
O Dr. Scott parecia relutante.
— Certo. Duas pessoas podem ir vê-la. Mas só pela janela.
Fiquei um pouco inquieto, pois não iria ver Daphne.
— Doutor, será que poderia ser três pessoas? - Sr. Dean disse, dando um acedo de cabeça para mim.
— Ok. Tudo bem.
Acompanhamos o doutor até o quarto em que Daphne estava. Vê-la daquele jeito, cheia de tubos e máquinas ao seu redor me fazia sentir completamente impotente. Eu não podia fazer nada para lhe tirar dali.
De repente Daphne teve uma convulsão. As máquinas começaram a disparar.
— Alguém, por favor, ajuda aqui, por favor, alguém! - eu gritava desesperado pelo corredor.
Uma fila de enfermeiros entraram no quarto. A sra. Dean agora abraçava seu marido e chorava.
— Eu não quero ver, Josh. A minha menina... A minha menina...
Eu estava completamente desesperado. Olhei pela janela os enfermeiros tentando fazer algo, foi quando uma máquina fez um barulho prolongado. O coração de Daphne havia parado.
— Não. Não. Por favor, não me deixe. - eu sussurrava pelo vidro, como se ela pudesse me ouvir.
Uma enfermeira agora tentava reanima-lá com um desfibrilador. Após a terceira tentativa, os enfermeiros começaram a se olhar. Eu sabia o que aquilo significava.
Saí ''correndo'' dali. Quando passei por Joe ele me fez parar.
— Barry, o que aconteceu? Aonde você vai?
— A Daphne... Ela... ela...
— Não! - Iris disse surpresa.
— Eu preciso sair daqui.
— Aonde você vai, Barry?
Quando saí do hospital, comecei a correr. Sentia que de alguma forma eu tinha falhado com Daphne. Eu não consegui protege-la do que ela tinha mais medo. Depois da morte dos meus pais, Daphne era o que me mantinha aqui. E agora eu ia ao único lugar em que ela estaria segura e viva. Não só ela, quanto a minha mãe e o meu pai. Eu ia voltar no tempo. Eu ia salvar a minha mãe na noite em que ela foi assassinada e tudo seria diferente.
— Fim.
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