Somebody to Love escrita por Candy S


Capítulo 23
Capítulo 23




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Acordei algumas horas depois ainda no STAR Labs. Cisco havia me dado um calmante e Iris me colocou em uma cama no laboratório, para que eu pudesse descaçar.

Acordei um pouco tonta, mas ainda assim pudi ouvir algumas vozes.
— Harry, eu vibrei ele, no centro de uma tempestade, um vórtex.
— Ele está... Ele está na Força de Aceleração.
— Tire-o de lá, agora.
— Eu não sei...
— Do que vocês estão falando? - eu disse em pé, na porta do laboratório.
— O Barry, Daphne. - Cisco veio até mim. - Ele está vivo.
— Vivo? Mas... nós vimos ele desaparecer. Na nossa frente.
— Parece que ele foi para a Força de Aceleração. - Harry disse.
— Força de... - minha cabeça começava a doer. - Você pode tirar ele de lá?
— Era o que eu estava dizendo, não sei se consigo.

Minhas esperanças já estavam indo embora novamente.
— Mas eu posso tentar. Ao contrário do que você pensa, eu gosto do Allen, só queria o bem dele e não a sua morte. Cisco pode me ajudar lá em baixo? Temos trabalho a fazer.
— Claro.

Agora eu conseguia ver que Harry não era uma má pessoa. Talvez um pouco mal humorado, mas ainda sim uma boa pessoa.
— Ele é uma boa pessoa.
— O quê? - Iris disse, confusa. Quem?
— O Harry. Ele só... queria ajudar. E eu fui uma idiota.

Saí dali e fui até Harry. Ele estava explicando a Cisco o que ia acontecer quando eu cheguei.
— Quando você vibrar o Barry, suas ondas cerebrais vão me enviam os dados necessários para identificar qualquer bolsa dimensional ou canto no universo que o Barry esteja preso. E então nós estimulamos eletricamente seu córtex pré-frontal, enquanto abrimos a fenda que te dará acesso físico ao Barry.

Eu não entendia nada o que ele estava falando, mas ainda assim perguntei.
— E vai dar certo?
— Esse é o plano.
— Harry, eu posso falar com você?
— Já está falando. Mas se for dizer que a culpa de tudo é minha, polpe suas palavras, eu já sei.
— Não é isso, Harry. Eu queria te pedir desculpas, na verdade. Eu não sei... Ver o Barry sumindo ali na minha frente... Talvez eu precisasse colocar a culpa em alguém. Mas aquilo foi um acidente, a culpa não é sua. E agora o Barry está vivo e você está tentando ajudar...
— Dean, eu já entendi. E não precisa disso tudo. E parte da culpa realmente foi minha. Eu sinto muito por ter causado uma má impressão.
— Então vamos zerar tudo?
— Vamos.

Eu o abracei. Ele parecia relutante, mas ainda assim retribuiu.
— Vocês já acabaram aí? O Barry está nos esperando, lembra? - Cisco disse.
— Ok.

Joe, Iris e Henry também chegaram. E todos observamos.
— Está pronto, Ramon?
— Sim.

De repente algum tipo de tempestade estava em volta de Cisco. Todos nós estávamos apreensivos. Não sabíamos se ia dar certo.

E então, alguns instantes depois, a tempestade se dissipou e Barry apareceu.
— Barry? - falei confusa. - Ai meu Deus. Você voltou.

O abracei o mais forte que pudi.

Todos nós estávamos felizes com a sua volta.
— E a sua velocidade, cara?
— Eu consegui recuperar. Foi a Força de Aceleração.

Subimos todos para o salão principal. Henry queria examinar Barry. Fiquei com eles.
— Sabe pai, eu nunca entendi direito esse seu lance de ''fé'', e o ponto de vista de tudo que acontece por um motivo. Mas agora... Acho que talvez eu estivesse errado. Tudo que aconteceu com a gente... Bom e ruim... Nos fez quem somos. E não acho que eu mudaria mesmo se pudesse. Isso faz algum sentido para vocês?
— Muito, filho.
— Sim, meu amor.
                                                ...

No dia seguinte, eu e Barry fomos ao cemitério. Ele queria ir ao tumulo da sua mãe, levar flores.
— O Joe sempre quis me trazer aqui. E eu sempre achava uma desculpa para recusar.
— Barry, o que aconteceu lá? Na Força de Aceleração.
— Muitas coisas. Mas a principal delas é que estou vendo as coisas de forma muito diferente. Eu sei que o universo está conosco e não com o Zoom.
— Você realmente acredita nisso?
— Claro! 

Ao sairmos de lá, fomos para a casa dos West. Ao entrarmos, tivemos uma surpresa. Todos estavam lá, inclusive Caitlin.
— Caitlin? - Barry disse, surpreso. - Você está bem?
— Ela está em choque, mas vai ficar bem. - Henry falou.
— Eu estou bem.
— O que aconteceu? Como escapou?
— Ele apenas me deixou ir, pensei que era uma armadinha, mas não. Ele me disse que você estava morto.
— Não morri. Estou aqui. E você agora está segura.
— Ele vai dominar a cidade e vocês não podem impedir isso.
— Sim, nós podemos. Ele não vai conseguir, essa é a nossa Terra.
— Você não sabe.
— Eu sei, por estar na Força de Aceleração, que o universo está conosco, não com o Zoom, ok. Vai ficar tudo bem. Vou pegar um pouco de água para você.

Quando Barry saiu, Cisco e Iris se aproximaram de mim.
— Certo eu vou falar. Não acham que ele está sendo um pouco...
— Confiante demais? - Iris completou Cisco.
— Isso.
— Sim. Acho que foi a ida a Força de Aceleração. - eu disse. - Ele está agindo como se fosse invencível.
— Acho que alguém precisa falar com ele antes que se machuque. - Cisco disse, preocupado.

Barry voltou com a água de Caitlin. Mas nos surpreendeu logo em seguida.
— Ok. Já que estamos todos reunidos, eu queria dizer uma coisa. Na verdade, fazer um pedido.

Barry se colocou na minha frente, tirando uma caixinha preta do bolso e se ajoelhando.
— Daphne Julie Dean, você aceita se casar comigo?
— Barry... - falei surpresa e feliz. - Sim, eu aceito. Claro que eu aceito. - eu estava eufórica.

Barry se levantou e tirou o anel da caixa, colocando no meu dedo direito. Nos beijamos e eu queria que o mundo parasse ali.
— Eu sei que a Força de Aceleração está do nosso lado. Por isso, eu sei que tudo isso com o Zoom vai acabar bem e logo, e nós vamos nos casar.

Talvez Barry estivesse se iludindo com a Força de Aceleração, mas a minha felicidade era tão grande que eu não conseguia parar de sorrir.
— Devíamos brindar a isso, não acham? - Joe disse.

Foi quando ele entrou. Zoom estava lá, novamente, quando menos esperávamos. Estava segurando Henry.
— Nossa história continua, Flash.

Ele saiu de lá correndo com Henry e Barry foi atrás.

Eu não conseguia acreditar naquilo. Ficamos todos paralisados, em silêncio. Até que Wally o quebrou.
— O Barry... é o Flash? O Barry é o Flash.

Joe tomou um pouco da sua bebida. Ele estava nervoso.
— O que será que está acontecendo...

Ninguém tinha a resposta.

Depois de horas Barry voltou.
— Filho, o que aconteceu? Cadê o Henry?

Barry abraçou Joe. Eu nunca o vi chorar daquele jeito. Todos nós já sabíamos o que aquilo significava.
— Eu sinto muito, Bar!
— A culpa é toda minha, Joe.
— Não, Barry, você não tem culpa! - Iris falou, se aproximando dele.

Eu estava parada perto da janela. Não sabia o que dizer, nem o que fazer. Eu sabia o quanto Henry significava para Barry. A sua vida inteira foi em prol de libertá-lo da prisão, achando o verdadeiro assassino da sua mãe.

Barry olhou para mim. Os seus olhos me diziam tudo. Toda a dor e sofrimento estavam ali. Ele veio até mim, me abraçando forte. Eu não pudi conter a emoção. Chorei junto à ele.
— Eu sinto muito! Eu sinto muito!
— Zoom mantou ele. Matou meu pai atravessando sua mão no peito dele. - Barry sentou no sofá, colocando as mãos na cabeça. - E a culpa foi minha. Eu que trouxe Zoom à este mundo.
— Barry olha pra mim. Você não tem culpa! Esse cara é um monstro e você não tem culpa disso.

Barry estava distraído. De repente, ele levantou.
— Eu vou subir. 
— Quer que eu vá com você?
— Não. Eu preciso ficar sozinho.

Barry subiu para o seu quarto e logo depois eu fui para casa.

Quando entrei, minha mãe estava na cozinha.
— Daphne? É você?
— Sou eu, mãe.

Fui até a cozinha e a abracei forte. Chorei em seus braços.
— O que aconteceu, filha?
— O Henry, mãe. O pai do Barry morreu.
— O quê? Como?

Eu não podia contar a verdade a ela.
— Eu não sei.
— Eu sinto muito. - mamãe pegou minha mão e na hora viu a aliança. - Você está...
— Estou. O Barry me pediu em casamento hoje. - Comecei a chorar novamente. - Como em um mesmo dia pode acontecer dois momentos tão distintos, mãe?
— Eu não sei, meu amor. Sabe, eu sempre sonhei em te ver com alguém que te fizesse feliz. E você encontrou. Você e o Barry são um casal incrível. E Daphne, eu preciso te dizer uma coisa. Eu sei que você e seu pai são cumplices, você confia muito mais nele do que em mim. 
— Por que você está dizendo isso agora, mãe?
— Porque a vida passa rápido, não é? No começo, quando vi que você falava certas coisas muito mais com ele do que comigo, eu sentia ciúmes. Eu sentia porque a maioria das meninas tem a mãe como sua melhor amiga e a minha filha não. Mas, depois de alguns anos, eu só podia agradecer a essa amizade de vocês. Seu pai sempre foi mais maduro que eu. Eu era mãe de primeira viagem sabe, e depois veio a Octávia, com aqueles problemas na gestação, e depois que ela nasceu eu fiquei tão grudada nela, por causa de todas aquelas complicações, deixando você um pouco de lado, mas eu não sabia o que fazer. Seu pai tomou as redias da situação e hoje eu só agradeço por isso. Mas o que eu realmente quero dizer é que você pode contar comigo sempre, ouviu, minha menina.
— Eu sei, mãe. E eu te amo por isso!

Nós ficamos abraçadas ali, por um longo tempo e eu só conseguia pensar o quanto nós tínhamos sorte em tê-la em nossas vidas.


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