Somebody to Love escrita por Candy S


Capítulo 20
Capítulo 20




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Minha vida havia virado uma montanha russa. Descobri que meu namorado era o herói da cidade, que um cara que eu achava que era legal, na verdade era um monstro e o meu namorado agora não tinha mais tanto tempo para mim.
— E aí, como você tá?
— Bem... Só á quase uma semana sem o meu namorado, que está atrás de outro cara.

Eu e Iris rimos.
— Então, eu esqueci de perguntar. Como foi o ''café'' com o Scott?
— Na verdade ele pensou que era um encontro.
— Mentira! Mas e aí?
— Nós saimos ontem de novo, para um encontro de verdade.
— E como foi?
— Ele é um cara bacana. Ele é doce e inteligente... E...
— E...
— É que isso tudo me faz pensar no Eddie. Eu penso nele todos os dias. Parece tão errado...
— Iris, eu acho que o Eddie gostaria que você achasse outro amor.
— Eu sei, mas...
— Iris, olha só, você é a unica que sabe quando estará pronta para continuar. Eu sei que eu não sou o melhor exemplo pra falar de seguir em frente... Mas não se feche completamente... Você pode estar perdendo a chance de conhecer alguém muito legal. Pensa nisso, ok.
— Você tem razão...
                                                ...

Já no CCPN, Scott me chamou na sua mesa.
— Algum problema?
— Dean, nesse final de semana vai haver um evento fora da cidade e eu quero que vá cobrir. É a coletiva de imprensa sobre o escandalo de corrupção que foi noticiado esses dias.
— Sério?
— É. Agora, já pode voltar a trabalhar no blog.
— Obrigada, Scott.
— Dean, antes de ir... - ele falou baixo. - Sei que você e Iris são muito amigas... Ela falou algo sobre mim...? Sobre...
— O encontro?
— É.
— Ela disse que você é um cara muito legal e fofo.
— E isso é bom?
— Claro!

Scott ficou com um sorriso bobo no rosto.

Assim que voltei à minha mesa, Barry apareceu na porta.
— Oi, Bar. Aconteceu alguma coisa?
— Não. Eu só queria falar com você. Pode ir no Jitters agora?
— Posso...
— Então vamos.

Chegando lá, Barry pediu dois cafés e nos sentamos.
— Então, o que foi?
— É que... Eu voltei no tempo.
— Voltou... no tempo...
— É. Eu descobri um jeito de ficar mais rápido, então eu tive que voltar no tempo.
— Essa é nova pra mim... - falei comigo mesmo. - Então, conseguiu?
— Sim, eu consegui achar o que vai me deixar mas rápido. Na verdade eu já fiz alguns testes e deu certo. Eu consegui ficar mais rápido que o Zoom. - ele sorriu satisfeito.
— Que bom. - dei um gole no café.
— Daphne, eu sei que eu não tenho sido um namorado presente, mas eu preciso disso. Eu preciso acabar com esse cara.
— Eu sei, Barry, e vou te apoiar sempre. Quando escolhi voltar com você, eu sabia que era um herói e todo herói tem inimigos. 
— Então... É sobre isso que eu queria falar. Eu vou trazer o Zoom de volta, vou acabar com ele de uma vez por todas, mas para isso, eu preciso que você esteja segura. Vá para o STAR Labs amanhã.
— Eu não posso, Barry. Eu tenho uma coletiva de imprensa amanhã... Eu não posso...
— Mas o Zoom é perigoso!
— Eu sei, mas eu não posso. Olha só, eu vou estar em um evento fora da cidade, ele nunca vai adivinhar que eu vou estar lá. Eu vou estar segura, ok? Isso é importante para mim, Barry.

Barry não estava convencido.
— Eu preciso ir agora.

Barry pegou minha mão.
— Eu juro que quando isso acabar amanhã, vai ser tudo mais tranquilo.

Mas uma vez, uma promessa que não poderia ser feita.
                                                ...

No dia seguinte, viajei para a coletiva. Era a minha chance.

Chegando lá, encontrei muitos repórteres, todos sedentos por notícia, assim como eu.

A coletiva começou minutos depois, todos falavam ao mesmo tempo, todas as vezes que tentava fazer alguma pergunta, alguém tomava meu lugar.

No fim, saí de lá sem nada. Estava frustrada, até que vi o detetive que cobriu todo o caso. Respirei fundo e fui até ele.
— Detetive Blaine? Será... que eu posso falar com o senhor?
— Do que se trata?
— Do caso de corrupção.
— Eu acabei de dar uma coletiva sobre isso, senhorita. Com licença.

Ele me deu as costas, indo embora.
— Por favor, detetive Blaine! É a minha primeira matéria para um Jornal grande. Eu preciso disso. Por favor!

O detetive parou. Depois de alguns segundos virou para mim novamente.
— De qual Jornal você é?
— Central City Picture News.
— Central City... Eu sou de lá, sabia?
— Não podia imaginar.
— Você conheceu Eric?
— Sim. Era meu chefe.
— Ele era um grande amigo meu. Fiquei muito triste com a notícia de sua morte.

Ele ficou pensativo por alguns instantes.
— Eu vou te dar uma entrevista exclusiva. Aproveite, pois você não vai ter essa sorte novamente.

Eu não conseguia acreditar naquilo. Minha primeira entrevista ia ser exclusiva.

Detetive Blaine respondeu a todas as minhas perguntas, revelando até alguns detalhes sobre a investigação. Ocorreu tudo inesperadamente bem.

Cheguei em Central City já a noite. Quando desci do carro, vi Wally carregando algumas malas e caixas.
— Ei, precisa de ajuda aí?
— Não, está tudo bem.
— Ok, eu te ajudo.

Ajudei Wally a levar algumas caixas ao que parecia ser seu novo quarto.
— Você vai vir morar aqui?
— Sim, o Joe me convidou. - Wally falou sorridente.
— E você parece ter gostado muito.
— É... Você sabe, eles são minha família agora.
— Eu fico muito feliz que vocês, finalmente, tenham se entendido.
— Eu também! Quer comer alguma coisa?
— Ahm... Acho que vou aceitar...

Quando íamos saindo do quarto, ele apareceu. Zoom estava bem na nossa frente.
— Olha só... Parece que eu tenho um bônus a mais. - falou com sua voz aterrorizante.

Em um piscar de olhos ele nos tirou dali. Acordei em uma cela. Eu e Wally estávamos acorrentados. Na nossa frente, tinha um homem com uma máscara de ferro, dentro de uma cela de vidro.
— Ei, sabe onde nós estamos? - Wally perguntou a ele.

O homem apenas batia no vidro.
— Alguém, por favor, alguém nos ajude. - Wally gritava na esperança que alguém o escutasse. Mas eu sabia que aquilo não seria possível.

De repente, Zoom apareceu na nossa frente.
— Só há uma pessoa que pode ajudá-los agora. O Flash.
— Flash? Por que ele me ajudaria? Ele nem sequer sabe quem eu sou. - Wally disse assustado.
— Alguém que é importante para ele se importa com vocês. - Zoom disse com sua voz aterrorizante e saiu correndo logo em seguida.

Wally olhava para mim aterrorizado.
                                                ...

Algumas horas já haviam se passado quando Zoom voltou.
— Vamos dar um passeio.

Ele pegou a mim e Wally, e nos tirou dali. Nos levou até o STAR Labs. Joe, Iris, Caitlin, Cisco Harry e Barry, todos estavam lá. Tinham armas apontadas para Zoom.
— Pai. - Wally disse.
— Filho, aguenta aí. Deixe-os ir. - Joe falou, agora se direcionando a Zoom.
— Tínhamos um acordo. - Zoom dizia a Barry, que se aproximava no seu traje de Flash.
— Minha velocidade pela vida do Wally e da Daphne. - Solte-os e é sua.
— O quê? Não, você não pode fazer isso! - eu dizia a Barry.

Zoom, finalmente, nos soltou.
— Você está bem, Wally? Tem que sair daqui agora.
— Não posso.
— Vá, depressa. E leve Daphne. - Joe disse.
— Eu não vou. Eu não vou sair daqui.
— Cisco, leve Wally.
— Mas e a...
— Agora, Wally.

Cisco tirou Wally de lá. Finalmente pudi abraçar Barry.
— Você está bem?
— Sim...
— Vamos acabar com isso logo, ok Jay.

Fomos para a sala ao lado. Zoom estava sem a máscara agora. Era estranho ver que aquele homem gentil que eu conheci no natal na verdade era um monstro.
— Esse era o seu plano esse tempo todo? - Barry disse ao meu lado.
— Desde quando os céus abriram e me mostraram outro mundo com outro velocista. Quando te vi, vim aqui e descobri o que tinha de fazer.
— Como ainda está vivo? - Iris perguntou. - Te vimos morrer.
— Viram sim. Na verdade eu sabia que não podia estar em duas Terras ao mesmo tempo. Então, voltei no tempo e conheci outra versão de mim mesmo.
— Seu remanescente do tempo. - Cisco disse.
— Também sabia que a única maneira de deixar Barry mais rápido era se todos vocês testemunhassem seu velho amigo, Jay, morrendo.
— Por que a farsa? - Joe disse. - Correndo por aí vestido como o Flash.
— Para dar esperança às pessoas, detetive. Para depois arrancar delas. É tão divertido ser um herói. - ele ria, se deliciando com suas próprias palavras.
— Você não é um herói, você é um monstro. - eu disse com raiva.

Harry chegou no mesmo instante. Estava tudo pronto para tirar a velocidade de Barry.
— Bar, você não pode fazer isso. Você ama ser assim, ama ser o Flash.
— Está tudo bem, ok? - Barry disse, dando um beijo na minha testa.

Barry entrou na sala onde tinha a esteira e a ligou. Começou a correr. Para mim era apenas um borrão vermelho. Alguns segundos depois, ele começou a desacelerar.
— A Força de Aceleração está deixando o corpo dele. - Harry disse.
— E o que isso quer dizer? - perguntei.
— Ele está voltando a ser humano.

De repente Barry caiu da esteira. Todos fomos até ele.
— Barry, você está bem?
— Estou bem. - ele parecia cansado. - Eu estou bem.

Jay aplicou a velocidade de Barry em si. Logo em seguida, entrou na sala e o segurou pelo pescoço. Ele iria mata-lo.
— Obrigado, Flash.
— Jay, pare. - Caitlin disse. Por favor. Se qualquer coisa que tivemos foi real, então, por favor, não faça nada com ele. Por favor, deixe-o em paz.

Jay hesitou, mas acabou cedendo ao pedido de Caitlin e soltou Barry. Mas logo em seguida, foi embora, levando-a consigo.


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