Somebody to Love escrita por Candy S


Capítulo 18
Capítulo 18




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 No meio da noite, quando todos já estavam dormindo, desci para tomar um copo de água. Ainda sem sono, fui para sala olhar algumas coisas no notebook.

Alguns minutos já haviam se passado, e escutei um barulho na rua. Fui olhar pela janela, mas me escondi atrás da cortina, pois a cena que eu vi foi a seguinte: Flash correndo em volta de um meta humano metade homem, metade tubarão. O meta jogou, com um soco, Flash longe, que caiu deitado no chão.

O homem tubarão falou algo para ele, que não consegui ouvir, e saiu correndo. Logo em seguida, alguns carros pretos passaram pela rua, pareciam perseguir o meta, mas apenas um parou. De dentro saíram duas figuras, me pareciam conhecidas. O homem deu a mão ao Flash, que se levantou e fez algo que me deixaria a noite sem dormir. Ele tirou sua máscara. A rua estava escura, mas eu poderia jurar que vi alguém conhecido ali, eu tinha visto Barry.

Atordoada com o que tinha visto, peguei o notebook para olhar algumas matérias de Iris sobre ele. Vendo tudo aquilo, me lembrei de algumas situações, como na primeira vez que ele me salvou. O olhar dele, quando Mardon me achou, era de desespero. No meu aniversário, Barry não chegou a tempo, dizendo que teve muito trabalho, mas já era muito tarde para ele estar trabalhando. O dia do museu, quando Barry me deixou sozinha e logo em seguida Flash apareceu. Não, não podia ser. Barry, definitivamente, não era o Flash.
                                                  ...

Não consegui acreditar em mim mesma. Por isso, no dia seguinte fui até a casa dos West.

Iris atendeu a porta.
— Oi, Iris. O Barry tá aí?
— Oi! Não. Faz algum tempo que ele saiu.
— Você sab... - Tive vontade de perguntar se ela sabia que Barry era o Flash, mas ela nunca diria. - Você sabe onde ele tá?
— Não, ele não me disse nada.
— Ok.

Fui para o carro, e enquanto dirigia, lembrei que uma vez Barry disse que trabalhava com o STAR Labs em alguns casos.

Chegando lá, não encontrei ninguém na recepção, por isso fui entrando. Passei por alguns corredores e comecei a escutar algumas vozes. Uma eu, com certeza, conhecia.

Quando cheguei na entrada de um pequeno salão, de onde vinham as vozes, me deparei com todos virados de costa para a porta e Caitlin explicando algo em um monitor, mas uma coisa me chamou mais atenção. Um traje vermelho com um raio no peito.

Caitlin virou-se para a entrada e quando me viu ficou paralisada. Todos olharam para o que a deixou assim. Foi quando Barry me viu.
— Daphne?
— Então é isso, você é ele Barry? - disse apontado para o traje.
— O quê? Não, não. Eu só estou ajudando a Caitlin e o Cisco.
— Você vai continuar mentindo para mim? Eu te vi ontem, Barry. Você se lembra que tirou a máscara, Flash?
— Você... viu o que aconteceu ontem?
— Vi, e não consigo acreditar que mentiu para mim esse tempo todo!
— Daphne, eu posso explicar...
— Não, não, Barry - disse com lágrimas nos olhos. - Eu não quero mais ouvir.

Saí dali querendo apenas ir para casa  e chorar o quanto eu pudesse.

Escutei alguns passos atrás de mim.
— Daphne, espera. - Barry disse me puxando pelo braço.
— Me deixa ir embora. - falei chorando.
— Não quero que você vá. - disse me abraçando forte, mas com delicadeza. Eu nunca quis que você fosse embora.
— Mas isso não é você que decide, Barry. Apenas... me deixe ir...

Ele parecia relutante, mas antes de me soltar, deu um beijo em minha testa e disse:
— Eu te amo.

Saí dali despedaçada. Por mais que eu soubesse que Barry me amava, ele nunca me disse e nem eu à ele.

Quando cheguei em casa, fui direto para o meu quarto. Meu pai sempre sabia quando algo estava errado comigo, por isso foi atrás de mim.

Ao chegar em minha porta, se deparou comigo no chão do quarto.
— Filha? - ele se aproximou de mim. - O que aconteceu?

Vendo que não falaria nada, apenas me abraçou. Eu retribui o abraço e chorei em seus braços.

Passado algum tempo, estava mais calma, por isso ele perguntou.
— Quer falar sobre o que aconteceu?
— É complicado, pai...
— Estou ouvindo.
— Se a mamãe tivesse mentido para você, te escondido algo, o que você faria?
— Hum... Eu não sei! Acho que converaria com ela para tentar entender o que aconteceu.
— Mesmo se fosse algo muito importante?
— Sim. Aconteceu isso com você e o Barry?

Balancei a cabeça em positiva.
— E você não quis conversar, acertei?
— Eu deveria?
— Minha pequena, você o ama?
— Com todo o meu coração!
— Então acho que deveria dar uma chance para o Allen se explicar. Talvez ele tenha os motivos dele, do mesmo jeito que você tem os seus para não contar sobre Alex.
— Talvez você esteja certo...
— Sabe... Uma vez, quando ainda éramos namorados, eu e sua mãe brigamos feio... Mas não conseguimos nem passar um dia separados. Conversamos, pedimos perdão um ao outro... Porque amar é isso filha, perdoar, ter cumplicidade, parceria... o resto é ilusão. Então, acredite. O amor, o amor completo é quando você quer o outro sempre perto.

Sempre que meu pai falava sobre a minha mãe, seus olhos brilhavam.
— Todo casal briga, filha. Mas quando existe amor de verdade, tudo se resolve... Mas agora, tente descansar um pouco, ok. Boa noite. Eu te amo, minha pequena. - disse me dando um beijo no rosto.
— Eu também te amo, pai. Boa noite!

Mais uma vez, passei a noite em claro. Ia até a sala, mas quando cheguei na escada, ouvi uma música, muito romântica por sinal. Desci alguns degraus para ver o que estava acontecendo e me deparei com minha mãe e meu pai dançando na sala. Com os rostos colados e com um sorriso no rosto, os dois pareciam mais apaixonados do que nunca.

Voltei para o meu quarto com aquela cena na cabeça e ali eu percebi que eu não sabia nada sobre o que realmente é o amor, mas que eu queria aprender e descobrir junto à Barry.


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