Lies in the Blood escrita por Ryan Mikaelson


Capítulo 1
Prologue.


Notas iniciais do capítulo

Apenas o prólogo, espero que vocês gostem.



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 Acordei dentro de uma banheira encardida, em um banheiro desconhecido com azulejos cor de rosa. Havia uma pilha de revistas perto do vaso sanitário, manchas de pasta de dente azuis na pia e respingos brancos riscando o espelho. A janela mostrava um céu escuro e uma lua cheia. Que dia da semana seria? Onde eu estava? Em um tipo de república estudantil da universidade do Arizona? No apartamento de algum garoto que fiquei na noite anterior? Eu mal conseguia me lembrar que o meu nome era Alex Baker ou que eu vivia nas redondezas de Londres, Inglaterra. Não fazia ideia de onde estava minha mochila, nem imaginava onde meu carro poderia estar estacionado, aliás, qual era o meu carro? Eu tinha um carro?

— Melissa? – chamou de outro cômodo, uma voz feminina. – Está aí?

— Estou ocupada! – gritou outra voz ali por perto.

Uma garota alta e magra abriu a porta do banheiro, seu cabelo preto e embaçado caindo no rosto.

— Ei! – Levantei-me rapidamente. – Tem gente! – Minha voz mostrava um tom de indignação.

Meu corpo estava dolorido, como se eu estivesse acabado de acordar. Quando olhei para baixo, eu parecia tremeluzir, como se tivesse uma áurea luminosa ao redor de mim.  Bizarro, alguém definitivamente batizou a minha bebida.

A garota não pareceu me ouvir, ela seguiu em frente cambaleando, seu rosto estava coberto de um tipo de creme verde.

— Olá-a? – cantarolei, saindo da banheira. Ela não olhou para mim em nenhum momento. – Você é surda?

Nada. Ela pegou um frasco de creme com aroma de baunilha, colocou um pouco na mão e espalhou pelos seus braços.

A porta se abriu novamente.

—Ah, não sabia que você estava aqui, Melissa. – A voz feminina falou, e fechou a  porta lentamente, ao ver a outra mulher em frente ao espelho.

— Deve ser por isso que a porta estava fechada... – A tal de Melissa falou, ela soava arrogante. – De qualquer forma, estou saindo já. – Ela saiu e deu espaço para a outra garota entrar, ela logo ficou em frente ao espelho e eu me posicionei bem atrás da mesma.

— Ei!  – Chamei novamente.

Finalmente ela levantou os olhos. Meu olhar disparou em direção ao espelho para encontrar o dela. Mas, quando fitei a superfície de vidro, soltei um grito.

Porque Spencer era exatamente igual a mim. – Adivinhei seu nome devido ao colar em seu pescoço.

E outra coisa... eu não estava refletida ali.

Emma se virou e saiu do banheiro, e eu a segui como se alguma coisa estivesse me puxando junto a ela. Quem era aquela garota? Por que éramos idênticas e por que eu estava supostamente invisível? E por que eu não conseguia me lembrar de absolutamente nada? Lembranças importunas entravam em foco doloroso e nostálgico – o cintilante pôr do sol  atrás da torre de Londres, o cheiro de limoeiros no meu quintal de manhã... Mas outras coisas como, com quem tinha sido o meu primeiro beijo ou como era sentir o sol no rosto, qual era a minha música favorita... A cada segundo as coisas ficavam mais e mais confusas.

Talvez havia uma explicação para que Spencer não me visse ou ouvisse, que eu não aparecesse no espelho. Eu na verdade não estava ali.

Eu estava morta.


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Notas finais do capítulo

Comentem, me contem suas opiniões, quero saber tudo.



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