Sverdssen: Bastardos do Mar da Espada escrita por Sabonete


Capítulo 8
Contos de Espadas e Escudos - Conflito


Notas iniciais do capítulo

Com algumas semanas de atraso por motivos de:
1) não tinha nenhum conto guardado, precisa escrever.
2) tava viajando fingindo que não tinha faculdade.
3) Tava com uma puta vontade de escrever outra coisa, então deixei esse de lado por um pouquinho.

Mas tá aqui, espero que gostem!



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[Tempo nublado, chuva fraca, vento forte e gelado, cheiro de sangue no ar]

Um grande homem coberto por uma capa de peles sobe em uma torre ostentando seu grande machado.

No nível do chão, homens lutam. Homens matam homens.

Para a morte! — Exclama um entre tantos combatentes.

Homens mortos.

A chuva se mistura com o sangue transformando a lama em poças vermelhas.

A linha de soldados vestindo amarelo se rompe. Apesar de um número maior, mais deles caem com os golpes precisos das espadas e machados dos invasores.

Trajando uma armadura de couro escura o guerreiro, tão branco quantos os demais, abate mais uma vítima. Sua espada perfurou o peito do soldado. Ele trata tudo com naturalidade quando retira sua lâmina e a limpa no corpo da própria vítima.

Flechas cruzam o céu. O guerreiro de armadura escura apara uma com seu escudo e avança contra os atiradores.

Um soldado de capacete arredondando se choca contra seu escudo, mas é arremessado longe. O guerreiro é nitidamente maior.

Os dois se entreolham.

Presa e Predador.

O grito de um segundo soldado amarelo chama a atenção do guerreiro. O atacante desfere golpe seguido de golpe, todos sendo defendidos, por espada ou por escudo.

Hvitt bastardo! — O soldado grita enquanto ataca mais vezes.

O guerreiro Hvitt apenas defende.

Você não é um guerreiro.. — Ele diz antecipando outro ataque do soldado, ferindo-o gravemente.

Nenhum de vocês é um guerreiro... — Reclama apontando sua espada para a batalha que acontece desapontado.

Seus aliados matam um por um dos soldados de amarelo. Os gritos e o som das espadas colidindo tomam o ambiente.

O nortenho é interrompido antes de falar quando o soldado que havia sido derrubado o ataca. Seu escudo o salva, mas se quebra. Ele reage com velocidade ao penetrar sua lâmina no corpo do atacante. Ao retira-la as tripas também saem pelo ferimento. 

Ele grita em dor excruciante.

O guerreiro branco como a neve, o observa. A chuva cai sobre seu corpo, o vento o atinge ferozmente. Fecha seus olhos e abre seus braços. Apenas sente o momento.

Irmão, você não vai invadir?— Outro homem com a mesma armadura escura e de pele muito clara fala. Ele monta um cavalo.

Os Tildos não são guerreiros— O guerreiro de pé comenta enquanto guarda a espada em sua bainha - Não vejo glória nenhuma matar camponeses que não sabem segurar uma espada — Ele comenta dando as costas para o cavaleiro que o encara consternado com a resposta.

Nosso pai nos ordenou que matássemos todos eles! — O cavaleiro grita gesticulando com uma das mãos.

Por Niord Thorengard, como matar crianças, mulheres e velhos fará sua canção chegar até o banquete dos Deuses? — Brada o guerreiro que agora encarava seu irmão.

Os dois se entreolham. O que monta o cavalo é nitidamente maior, seu cabelo castanho balança com o vento forte enquanto a longa e escura trança do outro quase não se move.

Você nem parece um de nós, Hadgard.. — Diz com raiva o cavaleiro - Deveria ser punido pelo pai — Ao terminar, cospe na direção do irmão, demonstrando seu desapontamento.

Hadgard vira as costas para o cavaleiro, outra vez, que parece ficar ainda mais irritado. Ele caminha na direção da praia.

É isso que nós fazemos Hadgard! — O irmão montado grita enquanto vê o outro indo embora - É o que nos faz ser reais! — Ele grita - Invadir, pilhar, Matar! É o que nos sempre fizemos! — E termina, mas seu irmão parece ignora-lo totalmente.

Hadgard caminha olhando a praia, a dezena de barcos parados na linha de areia escura.

Estou cansado disso— Ele fala.

Estou cansado de ser o cão que meu pai incita para atacar..— Seus olhos fitam o horizonte, mas suas palavras são para um homem que chegou há pouco tempo. Mais alto, com o cabelo louro, trançado como seu. Sua barba é o que mais chama a atenção em sua figura.

— Luto desde que sou uma criança.. mas a quantos anos não vamos atrás de uma luta digna?— Cerra seus punhos ao falar.

Não vou mais matar camponeses— O tom de sua voz se torna mais triste.

A pausa abre espaço para a resposta do guerreiro que ouvia.

O que você fará então?— Sua voz é mais rouca e cansada que a de Hadgard – Somos Hvitts, lutamos, matamos e morremos— Ele comenta com bastante seriedade.

O jovem Hvitt vira-se e encara seu tio. Está sério, decidido.

Vou honrar Niord— Diz.

Seu pai não vai permitir isso— O tio rebate.

Ele não é meu dono— O jovem responde.

Todos nós somos os cães de seu pai..— O veterano diz não demonstrando nenhum sentimento.

O vento grita, como poucas vezes antes. Um sussurro furioso de uma das Damas dos Nove Ventos. Os dois olham para cima, como se compreendessem o que aquilo significava.

Eu não sou mais um cão— Diz Hardgard com vontade.

Seu tio desce seus olhos lentamente a tempo de ver seu sobrinho caminhando para a areia escura.

O veterano solta um leve sorriso.


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Notas finais do capítulo

Essa é uma dos últimos contos do arco "Contos de Espadas e Escudos", dez é um número que me agrada, mas é possível que mais rolem.

Espero que esse cena dê alguma ideia de alguma coisa. Mais informações sobre o protagonista e suas motivações vão sendo apresentado.

Se você que leu gostou, dá um pitaco ai!
Bem.. se não gostou também!

Até a próxima!



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