Sverdssen: Bastardos do Mar da Espada escrita por Sabonete


Capítulo 2
Contos de Espadas e Escudos - Novas Certezas


Notas iniciais do capítulo

Hadgard é um cara de um mundo bem diferente desse que existe em Pafluth; então ele tem alguns problemas em se entender com as coisas novas.

Mas ele lida bem com isso; apesar de tudo, a cidade é um lugar agradável.

Espero que gostem dessa Cena do conto (:
Obrigado por lerem!



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[Fim de tarde, tudo com tom alaranjado, som de muitas pessoas falando]

O mercado do porto de Pafluth está cheio, a praça circular foi completamente tomada pelas vendas, que expõem diversos tipos de mercadorias.

O orc, Thomas, também tem a sua. Preso em um poste de madeira, a placa com o nome da taverna - e da cerveja: "Saliva da Dríade”.

Junto dele, dois homens, um muito parecido com os moradores, de cabelos claros e olhos esverdeados, seu nome é Den. O outro é alto, de pele clara, corpo forte, cabelos negros, longos e trançados, é Hadgard.

Está satisfeito com esse trabalho, nortenho? — Pergunta Den, enquanto encaixa uma peça de madeira em um apoio.

O soldado segura em seu ombro um grande barril, esperando o outro homem terminar seu trabalho. Algumas pessoas passam e se impressionam com o feito.

É um trabalho digno — Responde sem dar muita bola. Ele está mais interessado numa apresentação circense, no centro da praça.

Mulheres, homens, seres pequenos, como crianças, mas mais velhos que o próprio soldado, fazem piruetas, saltos, malabarismo.

Thomas percebe o interesse do rapaz, e, com sou corpo largo esbarra propositalmente nele.

Se você deixar o barril cair, talvez uma daquelas mulheres venham aqui te ajudar — Diz ele em tom jocoso.

O nortenho balança, e quase deixa o barril cair. Depois de estabilizado, tenta fingir estar bravo, mas acaba soltando uma gargalhada.

Seria ótimo — Ele responde, com alguma animação.

Os três gargalham em meio ao trabalho e mais piadas.

Até uma senhora e uma menininha passarem.

Vovó, porque esse moço é tão grande e tããããããããão branco? — Perguntou a criança tomada pela curiosidade.

Den, vira-se para Hadgard, sem saber o que esperar. Thomas parece querer rir, enquanto o próprio nortenho finge que não notou a cena.

Ah minha querida..— Disse a senhora de forma gentil, mas agindo com muito receio.

Ele.. ele.. — Ela não sabia explicar.

Ele é um Hvitt — Intervém Thomas, com um ar cordial. A criança, no entanto se assustou com a aparência do orc e se acolhe entre as roupas da avó, tirando outro sorriso da criatura.

Na língua deles, isso quer dizer "branco". Ele mora lá do outro lado do mundo, no Norte gelado — Explica com calma.

Bem, ele morava não é? — Thomas olha para Hadgard de forma curiosa. A menina faz o mesmo, enquanto sua avó ainda temerosa, puxa gentilmente a neta para trás.

O soldado encara seu amigo com dúvida, mas ao olhar para a criança e ouvir o som da praça animada, responde.

Sim, agora minha casa é aqui — Diz com confiança.

A senhora tenta disfarçar seu incomodo empurrando sua neta.

Seu "ivrite", seu cabelo é legal — Fala a menina, encarando o soldado.  Enquanto isso, é puxada por sua vó. Indo embora, a menina mexe sua mão, dizendo "tchau" para ele.

Os três fazem silêncio por alguns minutos, focados em seus deveres imediatos.

Terminamos por aqui Thomas, vou levar o branquelão lá pro centro da praça — Comenta Den.

O orc olha para seu funcionário e olha para Hadgard, que não parece entender muito bem o que eles querem.

Vou mostrar pra ele a parte boa de Pafluth — Respondeu Den com um sorriso no rosto.

Enquanto Hadgard mostrava-se perplexo com a frase, os outros dois pareciam tramar seus planos apenas com seus olhares.

Só não deixe ele virar pai, ouviu, seu bastardo depravado! — Exclama o orc, batendo com a mão na barraca.

Den, um homem mediano, pega o grande nortenho pelo braço e o arrasta na direção da apresentação.

Pai? Vocês estão falando de reproduzir?— Dizia ele perdido naquela situação.


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Notas finais do capítulo

Pra ser sincero, não tenho uma imagem definida da senhora, da menininha e de Den.
Ele são meio que desenhos borrados na minha cabeça, mas quanto mais escrevo sobre eles - e penso neles, mais ganham traços mais fortes e reais.

Espero que vocês tenham gostado de ler, caso alguém tenha lido. Quarta feira devo postar outra Cena, desse Conto.

Obrigado por lerem!
Voltem sempre :3



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