Sverdssen: Bastardos do Mar da Espada escrita por Sabonete
Notas iniciais do capítulo
Olá!
Cansei de escrever aquela história futurista - ok, não cansei. Mas tive outras ideias e resolvi deixa-las fluir.
Deu nisso aqui.
Esse é o primeiro Conto, mas não a primeira cena.
Vocês vão entender, quando novas cenas forem postadas. Então espero que vocês gostem.
[Cheiro de bebidas, ambiente mal iluminado, música ao vivo, muitas pessoas falando]
Sacou de sua bota um papel e procurou a imagem desenhada nele em alguma das placas nas tavernas locais.
A porta de madeira pesada se abriu, levando a claridade e o vento gelado para dentro, trazendo a atenção dos ocupantes para ele que entrava.
— Feche a porta quando entrar, homem alto.. — Comentou um orc, o garçom, atrás do balcão. Sua voz era rouca, grossa, mais que a do próprio soldado.
Fechou-a com cuidado, buscando com seus olhos um lugar para sentar-se.
— Você é o nortenho que estão comentando? — O mesmo garçom falou enquanto cortava alguma coisa por de trás do balcão.
— Devo ser.. — Respondeu o visitante um tanto desgostoso.
— Não quebre nada, certo? — Disse o garçom apontando para um banco a frente do balcão.
O soldado caminha até o lugar, reparando nos olhares curiosos que recebia.
— Não quero ser rude, mas de onde venho, orcs querem matar homens e não servi-lhes bebidas — Disse o recém-chegado em tom cordial.
O garçom sorriu com a ousadia do nortenho.
— Como dizem, todos vocês são ousados e não medem suas palavras — Falou com tom leve.
Pegou um barril e despejou o líquido escuro em uma grande caneca.
— Pegue, é por conta, pela franqueza — E entregou a caneca para o soldado, que a segurou estranhando a atitude da criatura.
— Pode beber, não é veneno, é a cerveja da casa — Olhou em volta - É uma merda, mas é a melhor da cidade — Terminou dando uma risada, acompanhada por um ou dois bêbados que estavam próximos.
Com calma, ele colocou a caneca na boca e começou a beber. Um segundo depois tossiu e, cuspiu parte do que tinha não engolido no chão.
— Por Niord! — Ele exclamou.
— Que espécie de mijo de cavalo é esse?! — Falou batendo com a caneca no balcão.
Depois de um segundo de espanto e silêncio dos clientes, e, do próprio garçom, uma gargalhada em couro fez até mesmo o flautista, bem desanimado, parar de tocar para rir.
— Bem vindo a Pafluth — Comemorou tocando o ombro do soldado, fazendo-o se afastar.
— Se acalme — Diz o orc com um sorriso simples no rosto.
— Não se preocupe, só Gurth que é idiota, o resto dos moradores são boas pessoas — Falou baixinho, enquanto pegava a caneca e completava com mais uma dose.
— Mas estão um pouco receosos contigo, você sabe.. seu povo saqueava essas terras.. — Comentou enquanto colocava a grande caneca em frente ao nortenho, que notando muitos olhares para a espada que carregava.
Ele via homens fechados, curvando-se, um pouco incomodados, mesmo aqueles mais sorridentes.
— Por que não me diz teu nome? — Voltou a falar o garçom - Eu digo o meu, e todo mundo vai ficar bem.. — Completou abrindo outro grande sorriso, expondo seus dentes proeminentes.
O soldado ficou em silêncio por algum tempo, nada além de um minuto. Pegou a caneca com força e com um ímpeto que assustou o garçom e alguns homens que estavam próximos bebeu-a em dois tempos, sem deixar sequer uma única gota da cerveja fedida escapar.
— Hadgard Sverdssen — Disse enquanto batia com força a caneca no balcão.
Os homens, todos eles, viraram-se de costas, e o recém-nomeado, Hadgard, pode sentir o clima mais leve.
— Prazer Hadgard Sverdssen, sou Gardak, mas todos me chamam de Thomas por aqui — O orc, tão grande quanto ele, estendeu sua mão esperando um comprimento.
O nortenho sorriu, e estendeu a mão em resposta.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O primeiro é sempre o mais esquisito de se postar. Por isso, se vocês leram, Valeu D:
Esse é o Hadgard, um "herói" que nasceu de uma aventura de RPG. Ele era um pouco diferente, mas não teve muito tempo em cena - ainda - para se mostrar.
O dia em que eu estiver inspirado, faço um rabisco dele - e do Thomas, e coloca em alguma das outras cenas. Vou acreditar que vocês lerão tudo e estarão ansiosos para ve-los!
Bem, muito obrigado se chegaram até aqui! Sábado ou Domingo, outra Cena desse primeiro conto vai aparecer por aqui.
Até lá gente boa!