A história de Sakura escrita por Hanako


Capítulo 5
Vida que segue


Notas iniciais do capítulo

Alerta de Gatilho!!!



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Quebrada. É o que posso dizer sobre mim no final do ensino médio. Uma pessoa em pedaços. Muita coisa mudou desde a menina feliz do fundamental até essa etapa da vida de uma jovem de 17 anos. Às vezes eu me perdia tentando encontrar uma razão para ser quem eu era. No começo eu tentei ir atrás de Sasuke, descobrir para onde ele tinha sido transferido, qual cidade ele tinha se mudado, mas não conseguir nenhuma informação foi se atrelando ao sentimento de culpa e me consumindo. Será que se nada tivesse acontecido naquele evento, se ele não tivesse socado aquele rapaz de cabelos loiros, o meu amor ainda estaria aqui?

Em casa, as coisas também não andavam as melhores. Meus pais tinham resolvido se divorciar e a minha mãe estava com um comportamento meio estranho. Primeiro, ela não queria mais sair da cama, dizia que o mundo tinha acabado e que não haviam mais razões para viver. Depois, começou a jogar a culpa dos seus problemas em cima de mim e que papai teria ido embora por eu ser uma péssima filha. Eu só fui parar na diretoria uma vez, minhas notas sempre foram as melhores e mesmo assim... Se eu soubesse onde ele estava, com certeza tiraria essa história a limpo. Aos dezesseis, comecei a olhar emprego, para que tivesse o mínimo de independência suficiente para conseguir sair daquela casa. Eu vivia no inferno.

A escola era o meu refúgio. Eu não ficava presa nos livros o dia todo, mas me escondia naqueles muros altos o máximo de tempo possível. Naruto tinha se tornado o meu melhor amigo e o único que sabia tudo o que eu estava passando. De vez em quando saíamos juntos sem rumo, em silêncio, só para eu não ter que ir para casa. Imagino como eram estranhos esses momentos para ele, tão falador e agitado, e o tanto que deveria se conter para ficar perto de mim e ainda manter um sorriso. O loiro estava se tornando uma pessoa muito boa.

Um dia, no final da aula, resolvemos sair com alguns amigos dele, misturados em outras turmas. Sentados em um bar próximo à escola, todos conversavam fervorosamente sobre um assunto que eu não tinha lá tanto interesse, mexendo distraidamente com um maço de cigarros em cima da mesa, pensando se seria um bom momento para pegar um e acende-lo ou não quando sinto uma mão gigantesca dando “um tapinha” nas minhas costas.

—E você, Sakura? – disse o dono da mão – Não tem?

—Sobre o que estão falando? – respondi.

Todos caíram na gargalhada. Já era conhecida por ser mais avoada que o normal, ninguém se importava (ou sabia que, na verdade, era falta de interesse). Naruto então saiu da ponta da mesa e veio até perto de mim para começar a explicar o que estava acontecendo.

— Estamos falando sobre Facebook – disse – Começou como uma rede social séria, mas agora todo mundo tem. Está todo mundo falando sobre como é legal lá e tudo mais. Você não quer ter uma conta lá? Seria legal para passar o tempo, não acha?

— Bem, - suspirei – vocês sabem que o meu acesso à internet é limitado. Não sei se poderia ter algo assim e ficar entrando todos os dias que nem vocês fazem, mas posso tentar.

Naruto abriu um sorriso com a resposta positiva e eu sorri de canto para ele. Qualquer escape da realidade era bom, o loiro sabia disso, ainda mais que significasse mais um motivo para me manter fora de casa.

— É bom para encontrar uns gatinhos, testuda – disse Ino, que também estava na mesa – Sua vida amorosa está às moscas mesmo, vai que alguém fica com pena e decide fazer um milagre.

Todos gargalharam. Porém, o que ela tinha dito era verdade. Depois do sumiço de Sasuke, eu não tinha me interessado por mais ninguém. Sinceramente, com tantos problemas, meu foco principal estava bem longe disso, mas as outras pessoas da nossa idade estavam com os hormônios à flor da pele e a maioria namorava. Até mesmo Hinata já tinha tomado uma atitude e saía com meu amigo de vez em quando. Nunca gostei da ideia de ficar para trás, mas também não me sentia pronta para nenhum relacionamento no momento.

Resolvi me levantar e ficar um pouco mais distante, para finalmente fumar um cigarro. Lá fora encontrei Shikamaru, também fumando, e olhando para as nuvens.

— E aí, Sakura – ele disse – Que eu saiba você ainda não tem dezoito anos para fumar isso aí.

— Você não parece se importar o suficiente para dedurar – eu sorri enquanto ele assentia – O que está fazendo aqui? Pensei que tivesse preguiça de multidões.

Shikamaru era conhecido por não se importar com nada e ninguém. Mesmo muito inteligente e com um humor sarcástico, eu nem sabia se ele tinha interesse em entrar em uma faculdade, por exemplo.  

— Quanto a isso... – ele começou – Eu gosto desses caras. Então, não vejo problema em ficar com eles, é divertido. E você? Parece um pouco... Desconectada. Para ser sincero, toda vez que te vejo tenho a impressão que está prestes a chorar.

— Você é muito bom em ler pessoas – disse desconcertada com seus acertos – Mas eu só não quero focar em nada agora que não seja em meu futuro. O resto parece um pouco embaçado. Estou procurando um trabalho, tem a faculdade chegando também e... Eu quero seguir o meu caminho o mais rápido possível.

— Olha, eu tenho um pouco de preguiça de falar as coisas para as pessoas, você sabe – Shikamaru disse – Mas pensando sobre futuro, será que não seria legal para você aproveitar um pouco o caminho até lá, pelo menos?

Assim que o seu cigarro terminou, ele entrou e voltou a se sentar com seus amigos. Fiquei pensando em tudo o que ele disse enquanto ainda tragava o meu. Eu não sabia o que era aproveitar completamente e nem como poderia fazer isso. Só que a semente estava plantada e eu falei comigo mesma que tentaria ser mais aberta às opções que viessem. Apaguei a bituca na parede e entrei também.

Quando todos resolveram que estava na hora de sair do bar, acompanhei Naruto até a sua casa, com a intenção de criar o tão falado perfil de Facebook. Mesmo em meu quarto, eu não teria tanta acessibilidade a um computador, visto que minha mãe não permitia que eu usasse tais tecnologias.

O loiro morava sozinho e, de vez em quando, recebia a visita de seu padrinho para verificar se tudo estava nos conformes, se ele precisava de algo do mercado ou se havia alguma conta para pagar. Por mais atrapalhado que fosse, o garoto tinha aprendido a ser independente desde muito cedo e a casa sobrevivia, mesmo que aos trancos e barrancos.

O maior problema de Naruto era culinário. Além de ser péssimo na cozinha, ele sempre preferia refeições rápidas como lámen, ao invés de fazer sua própria comida. Em muitas das minhas fugas de casa, eu ia para lá e fazia alguma refeição decente para nós (ou acabava caindo em tentação e comíamos fast food).

Hoje era justamente um desses dias. Vidrados na tela do computador, comemos pedaços de pizza sem nem olhar para qual sabor era. O jovem preenchia um formulário, escolhia uma foto minha que tinha no computador e seguia murmurando sem que eu conseguisse ouvir muita coisa. Eu não estava entendendo nada. Depois de muitos cliques e uma confirmação em e-mail, ele sorriu. Estava pronto.

— Agora você só tem que adicionar vários amigos! – ele se animou – Começando por mim, claro, que já vou colocar aqui para ser o primeiro mesmo!

Peguei mais uma fatia da pizza enquanto ele adicionava todo mundo que gostava da escola (incluindo professores e pais de alunos). Agora ele falava em alto e bom tom sobre todas as vantagens da nova rede social e como ele se divertia jogando e conversando com as pessoas do mundo mágico da Internet. Trocamos de lugar e eu comecei a aprender como realmente funcionava, clicando aqui e ali, vendo atualizações das pessoas que em um instante já tinham me adicionado. Eu não podia negar, era realmente mágico ter tanta gente ali, a um clique de distância. Naruto continuava falando das vantagens, como grupo de estudos e coisas que ele achava que me interessariam.

—Naruto... – o interrompi – Você consegue encontrar qualquer um aqui?

—Bem, não quero me gabar- ele sorriu – mas já achei até de umas gatinhas que pegam ônibus comigo. Eu sou o mestre da Internet!

—Então... – eu continuei com um pouco de receio de ter entrado neste assunto – Acha que encontraria o Sasuke?

Ele pareceu um pouco surpreso com a pergunta e coçou a cabeça meio sem graça.

— Eu já procurei ele, Sakura – disse – Não encontrei em lugar algum. Acho que ele é como você, meio desligado para essas coisas. Se um dia eu achar o perfil dele, pode ter certeza que eu te falo, está bem?

—Sim – suspirei fundo – Está bem.

Decidimos parar com o computador por um tempo e finalmente terminar aquela pizza. Como sempre, resolvi que estava na hora de ir embora, mesmo que relutante. Por mais que meu amigo insistisse para me acompanhar, eu sabia que era melhor sozinha. Assim que cheguei, por sorte, a casa estava em silêncio. Me aproveitei disso para ir direto para o meu quarto. Sem brigas, ufa.

Assim que comecei a me despir para um banho quente e demorado, eu comecei a ouvir os passos. Abrindo a porta do meu quarto com força, provavelmente para me lembrar que nenhuma porta deveria ser fechada, ela me olhou em silêncio por alguns segundos antes de fazer seus comentários ácidos, como de costume.

— Chegou tarde de novo, né – minha mãe começou – Não fique pensando que vou sustentar uma vagabunda como você por muito tempo. Trate de arrumar dinheiro e pagar as contas dessa casa ou então arrumar outro canto.

Não comentei nada. Já sabia que ela não perderia a oportunidade de me agredir verbalmente. Me mantive preocupada com as minhas roupas enquanto ela continuava:

— E vê se dá uma olhada nessa alimentação sua – disse me olhando de cima e embaixo, encarando meu corpo seminu – Está cada dia mais feia, Sakura. Desse jeito ninguém nunca vai te querer.

Suspirei e fui ao banheiro. O banho quente e demorado teria que ficar para outro dia. Eu sabia que ela ficaria à espreita, cronometrando cada segundo e analisando se sairia muita fumaça, para reclamar do preço da conta de luz. Eu odiava o poder que ela tinha de destruir cada momento bom do meu dia.

Olhei meu corpo no espelho. Estava cada dia mais magra. Meus seios que nunca foram muito proeminentes, se tornaram mais escassos. Talvez nisso ela tivesse razão, mesmo se eu me interessasse por alguém, ninguém gostaria do que tenho coberto por essa pele, que parecia mais fina e seca por quanto mais eu observasse. Liguei o chuveiro e esfreguei meus braços e barriga com força, como se pudesse fazer alguma diferença. Ouvi uma batida forte na porta sinalizando que eu teria que me apressar e corri para colocar meu pijama.

Era assim todos os dias, às vezes pior, dependendo do humor dela. Eu tentava ao máximo me isolar, me proteger, só que cada vez mais eu me sentia sufocada, anulada pela minha própria mãe. No quarto, já deitada e de luz apagada, eu deixei as silenciosas lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas e molharem o travesseiro.

No dia seguinte, me esforcei para levantar sem fazer qualquer ruído e começar o dia bem. Fui para o ponto de ônibus, onde o loiro já me esperava com o tradicional sorriso no rosto e um pacote em mãos que geralmente continha o nosso café da manhã. Nos sentamos em um banco ali mesmo e comemos.

— Seu rosto está inchado, Sakura – ele disse de boca cheia – Teve insônia de novo?

— Sim – menti. Eu sempre acordava com olheiras devido ao choro na noite anterior – Vou passar uma maquiagem no ônibus e vai disfarçar, não se preocupe.

— Sakura... – Naruto parecia prestes a dizer mais alguma coisa sobre meu semblante quando se assustou e mudou de assunto – Lembrei de algo importante! Lembra aquele bar que fomos ontem com a turma?! Estão aceitando bicos de garçonete! Você queria tanto um dinheiro extra, talvez esse te ajude... Não é nada formal, mas pelo menos ajuda a segurar as pontas.

— Ajuda demais! – sorri – Vou passar lá hoje mesmo e conversar com eles. Muito obrigada, de verdade!

— Vou com você – ele continuou – Conheço o dono e posso te ajudar a conseguir. Me fale também os dias que for trabalhar lá que vou te dar uma moral!

Combinamos de ir juntos assim que a aula terminasse. Aquele era o primeiro passo para que eu conseguisse a tão sonhada liberdade. O dono do bar se chamava Ichikaru. Ele era bem simpático e me aceitou prontamente. Tudo o que eu precisaria fazer era atender bem as mesas, anotando os pedidos e entregando corretamente. Já no primeiro dia fui muito bem e cheguei até a receber boas gorjetas (que não eram dos meus amigos, diga-se de passagem).

Naruto ficou comigo até o bar fechar. Ele chamou Hinata para passar a noite e aproveitou para ficar de olho em mim enquanto curtia seu encontro. O suporte dos dois foi muito bom para me motivar a fazer as coisas direito. No final da noite, além de receber um valor pelo dia, ganhei um sanduíche como refeição e entreguei para ele como agradecimento.

Combinamos que eu trabalharia todos os dias, exceto domingo, que era justamente quando o bar não abria. Poderia ser muito puxado, mas eu realmente precisava do dinheiro. Minha mãe cobrava as contas, eu precisava para o meu futuro... Era assim que tinha que ser. Eu teria o direito de dormir entre três ou quatro horas por noite, era mais que suficiente.

Ichikaru me deu algumas blusas de uniforme, para que me encontrassem em meio aos alunos e me recomendou sempre prender o meu cabelo, para não cair nos alimentos, o que não me importei em seguir. Eu tinha parado de cortar o cabelo havia algum tempo e ele já batia na cintura nessa época.

Depois de uma semana trabalhando lá, tudo parecia perfeito. Eu atendia bem os clientes, em sua maioria estudantes, e recebia gorjetas cada vez maiores. Meu melhor amigo estava lá todos os dias, seja acompanhado ou sozinho, e me acompanhava de volta para casa. Eu ficava bem cansada durante o dia, mas nada que umas sonecas entre uma aula e outra não ajudassem.

Quando chegou domingo, chamei Ino para sair comigo e me ajudar a escolher um presente para mim mesma pelo meu primeiro trabalho. Como ela não pensa duas vezes quando o assunto é sair, é lógico que concordou. Nós nos encontramos em um shopping.

Ino, como sempre, estava deslumbrante, com um conjunto preto bem colado e com fendas, como se estivesse pronta para uma festa. Ela já chegou me empurrando direto para uma loja de roupas e me fazendo experimentar diversos vestidos. Juntas, no provador, a loira começou a falar comigo:

— Testuda... - começou – Você sabe que geralmente eu não costumo a conversar sério assim com você, mas acho que esse trabalho está te fazendo muito bem. Por mais que possa estar cansada, há muito tempo não te vejo sorrir desse jeito.

—Sim – eu assenti – É um sentimento muito bom estar lá. As pessoas me tratam muito bem e sinto que estou começando a traçar meu caminho para ser quem eu quero ser.

— Você está muito mais bonita, Sakura – ela sorriu – Seus olhos estão até mais brilhantes!

Nós duas rimos juntas. Ela pegou mais alguns vestidos e me fez experimentar. No segundo, a loira parou e colocou a mão nos meus ombros.

— Garota, para de se esconder nesse tanto de cinza que tem usado nesses últimos tempos – disse me encarando pelo espelho – Essa cor combina com sua pele, seu cabelo... Você é linda, pare de tentar se anular!

Era um vestido vermelho vivo que chamava muita atenção. Não por ter decotes nem nada, era mais como um blusão largo e comprido, mas a cor deixava meus olhos ainda mais verdes e minhas bochechas coradas. Não sei se era o momento de felicidade em que estávamos ou se eu realmente estava fantástica naquela peça simples, só sei que eu comprei a roupa.

Ainda passeamos um pouco, nos divertimos. O dia estava muito agradável e eu consegui, mesmo que por algumas horas, esquecer de todos os problemas. Cheguei em casa toda sorridente, coloquei a sacola com a roupa nova em cima da minha cama e fui direto para o banho.

Eu realmente estava com sorte. Além de tudo, neste domingo ainda consegui tomar um banho quente e demorado, sem interrupções ou batidas na porta. Lavei o meu cabelo massageando bem a cabeça, aproveitei para passar um creme em minha pele áspera dentro do próprio banheiro e secar um pouco das minhas madeixas na toalha.

Porém, eu tinha me esquecido quem eu era e isto é sempre um erro. Assim que entrei no meu quarto, ainda cantarolando, fiquei petrificada. Minha mãe estava lá, sentada em minha cama, com meu vestido novo em mãos e minhas blusas de uniforme esticadas ao seu lado, me olhando com... nojo?

— Sabe, Sakura, eu tinha percebido que você andava diferente mesmo – ela disse enquanto esticava a malha aqui e ali entre seus dedos – Sempre saindo cedo e chegando tarde, nunca falando comigo, algumas coisas aparecendo na casa, com xampu novo, perfumado... Isso significa que está com dinheiro né?!

Eu não consegui responder. Mamãe tinha dito que era para eu comprar as minhas coisas, que não iria me sustentar e, desde que arrumei meu emprego, comprei o essencial para mim. Isso significava itens de higiene básica, para não usar os dela e algumas coisas para comer, já que ela sempre brigava comigo se comia algo da geladeira que tivesse guardado. Então por que agora que ela falava parecia que eu estava fazendo algo errado?

— Eu sabia, eu sabia! – ela se levantou de supetão e veio para cima de mim – Você puxou ao seu pai! É uma puta, uma vagabunda! Uma garota imprestável que eu tenho vergonha de ter tirado de dentro de mim! Eu odeio você, Sakura! Queria que nunca tivesse nascido!

Juro para você, quando ela me bateu, não doeu. Quando ela rasgou meu vestido novo ou cuspiu em minhas camisetas de uniforme, não doeu. Quando mamãe disse que queria que eu nunca tivesse nascido, doeu tanto que parecia que um raio tinha caído do céu e entrado pela minha cabeça e estourado todos os meus nervos. Aquele para mim foi o fim, a gota d’água de um oceano que eu já tinha aceitado passar.

Só que nessa hora, eu fiquei calma. Segurei o braço dela bem na minha frente e a impedi de continuar batendo em meu corpo desnudo em meio a gritos de reclamações, olhei bem nos olhos raivosos e finalmente consegui dizer algumas palavras:

— Mãe – respirei fundo – Eu te amo muito, mas esse relacionamento não é bom para nenhuma de nós. Eu... Eu acho que é melhor ir embora.

Ela foi tomada por uma onda de fúria ainda pior que a anterior e correu para o fundo da casa gritando que eu iria sim. Aproveitei para me vestir correndo, antes que voltasse para meu quarto e me expulsasse de toalha para a rua. Ela escolheu algumas roupas minhas, encheu um saco de lixo e me entregou.

— Você vai mesmo! – me empurrou para a rua – E vai apenas com isso porque eu também não vou sustentar vagabunda! Se vira, Sakura! Não quero te ver mais aqui!

Descalça, com o cabelo e os olhos molhados, eu abracei a sacola e fui andando para o único endereço que eu sabia de cabeça, o de Naruto.


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