La Dueña escrita por Chrisprs


Capítulo 37
Capítulo 37 - La Dueña


Notas iniciais do capítulo

Final parte !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737535/chapter/37

Bárbara olhava pela janela o horizonte, desde de sua chegada a Bella Cruz, sua vida teve rumos diferentes do que ela planejou, ele tinha ido para a cidade única e exclusivamente para destruir Arturo Romero Vargas, e tomar tudo que ele possuía. Mas na vida a vingança é algo que mesmo que planejando, articulado e executado, tudo pode dar certo ou tudo dar errado, naquele momento ela ali parada, pensava quando achava que tudo que passou nos últimos meses naquela cidade deu tudo errado, mas para todo final tudo deu certo.

Ela sentia-se bem, a mãe estava viva, tinha filhos lindos, três, Valentim que ainda tirava seus sono, Mireya, que tentava controlar o gênio, pois era igual ao da mãe, e o pequeno José Eduardo, que com seus poucos meses já era amado por todos. Seu pensamento voltou no tempo, no dia em que jurou que Arturo pagaria por tudo que ela passou. 

Flashback...

De volta ao avião...

Barb: Só espero não ter que cruzar com ele novamente, tenho que ser rápida em Bella Cruz.

Val: O que foi mãe? O que disse, não ouvi estou com os fones.

Barb: Nada meu amor, só pensei alto demais. – ela beija o filho com amor, quando ouve o capitão anunciando que chegariam na Capital Mexicana em 20 min..

Barb: Meu destino mudará em 20 min....

Barb: Rufino você está pior que beata fofoqueira de igreja, meus Deus homem, honre o que tem nem no meio dessas pernas, se é que ainda tem. – ela se levanta olhando para fora pela janela. – Está à venda a fazenda dele?

Ruf: Ela vai para leilão daqui a três meses se ele não pagar a dívida, a plantação está comprometida até a próxima colheita. Na associação a dívida é grande também.

Barb: Compre tudo, compre todas as dividas dele, ligarei no banco e comprarei, quero tudo que é dele, até a alma se ele vendeu para o Demônio, eu mesmo falo com o Tinhoso e compro. Agora me deixe sozinha, quero os relatórios completos de todos os negócios daqui e dos Romero Vargas, quero o financeiro daqui também, não pense que não sei que ganha muito mais que os administradores de fazenda.

Ruf: Está insinuando o que Barbara? Que roubo sua fazenda? Eu posso ser louco, mas sabe que não mordo a mão que me alimenta mulher.

Barb: É assim que eu gosto. – ela riu depois fez um gesto com a mão para que ele saísse. - Vai me pagar com sangue, tudo que chorei por você Arturo Romero Vargas, vai me pagar. 

Flashback....

Arturo se aproxima e a abraça, beija a nuca dela que estava a mostra, pois o cabelo estava preso num coque no topo da cabeça. Ela sorri, tinha se amado a pouco, o cheiro dele ainda estava na pele dela, assim como o dela na dele.

Arturo: O que fez acordada? O menino acordou?

Barb: Não, dorme sereno, estou pensando!

Arturo: Um beijo por seus pensamentos!

Barb: Arturo e se eu ainda quisesse te destruir, continuaria me amando mesmo depois que eu tirasse tudo de você?

Arturo: Que pergunta é essa Bárbara? – falou intrigado a virando para ele.

Barb: Responda o que lhe perguntei! Não com outra pergunta! – olhava para ela com olhar estranho, ela era ela, mas não era a mulher com quem ele acabava de fazer amor!

Arturo: Não! E sim! Poderia me matar, que mesmo assim continuaria te amando, poderia me mandar para o inferno que mesmo assim continuaria te amando. O amor que sinto por você é maior que dinheiro, que a minha vida, que o meu existir! Satisfeita! – largou aquelas palavras e a deixando sem seu abraço, voltou para perto da cama, vestiu a calça e saiu do quarto.

Bárbara sorriu, tinha deixado ele bravo, gostava quando ele ficava daquele jeito, o deixava mais sexy, ela voltou para a cama, pegou o robe, colocando por cima da fina camisola que usava e foi atrás dele.

Ela desceu as escadas a casa da fazenda, pois desde que Vicente tinha morrido, ali todos estavam, Catarina inclusive. Ela foi até a sala, ele não estava, sorriu, pois sabia exatamente onde ele estava. Abriu a porta e foi até a varando, negou com a cabeça e foi caminhado até uma arvore que tinha perto da casa, era o local deles.

Arturo, estava com a mão em cima do coração com as iniciais deles, e a outra estava no seu peito, sentiu medo das palavras dela, pois sabia que ela era uma mulher de palavra e que cumpriria o que jurou fazer. Seu medo era de perder ela novamente, por isso estava ali.

Bárbara passou as mãos nas costas dele, a pele fria, pois saiu em camisa, ela esfregou até sentir as mãos quentes.

Arturo: Quando você vai? – falou com os olhos fechados, sentindo o coração partir.

Ela o abraçou, sentiu a respiração tensa dele, beijou suas costas e passou por debaixo do braço dele que estava apoiado na arvore, ficando entre ele e a arvore.

Barb: Vou para onde? – respondeu sorrindo

Arturo: Me deixar?

Barb: Quer que eu vá?

Arturo: Não, claro que não!- falou colando o corpo dela ao dele e a pressionando contra a arvore. – Então por que me perguntou aquilo lá no quarto. – falou tão raivoso que ela podia sentir o hálito quente dele junto ao seu rosto.

Barb: Arturo, quando eu cheguei aqui sabia que no minuto que eu te visse, tudo que planejei fazer seria em vão, Norma tinha me falando isso assim que contei que estava vindo para Bella Cruz. E foi exatamente o que aconteceu. Quando te vi, no bar, torto de bêbado, e saber que estava daquele jeito por mim, por um amor que nunca vivemos, me deixou em pedaços, pedaços esses que só se juntaram quando dormirmos juntos. Na nossa cama, na nossa casa. – ela fez uma pausa, queria ser o mais clara e sincera com ele.

Arturo recuou um momento, olhou para os olhos dela e via a verdade, via amor, aquele era o olhar dela de verdade. Então ela continuou.

Barb: Quando resolvemos nossos perrengues, percebi que era só isso perrengues, e que nosso amor é de verdade, para a vida toda! Em alguns momentos tive dúvidas, quando ouvi de você que Branca estava gravida, e que você quase bateu nela, quando meu pai voltou, quando tudo estava desabando, você estava ao meu lado, só você e eu!

Arturo a abraçou forte e beijou-lhes suave os lábios, depois olhou para ela novamente com amor, e a deixou falar.

Barb: Quando me trouxe nosso menino, vi que nosso amor era eterno, e que nada, nem ninguém iria atrapalhar mais! – ela pegou a mão dele e colocou em cima de seu coração. – Esta sentindo bate por ti, só por ti, agora para de ser tonto e vamos entrar, estou com frio e você gelado, quem vai me aquecer assim? Hum!- ela passou as mãos no rosto dele, que estava molhado pela lagrimas que insistiam em cair seu a permissão dele, sorriu e depois o pegou pela mão e juntos caminharam para a casa de volta.

Arturo: Baby?

Barb: Hum. – respondeu ela singela.

Arturo: Eu te amo!

Barb: Eu sei!- respondeu sabendo que ele pediria outra tipo de resposta.

Arturo: E?- ela sorriu e cochichou no ouvido dele, dando a resposta que ele queria e algo mais. – Como assim? Bárbara me conta isso direito volta aqui! – falou com ela que soltou a mão dele e apressou o passo para entrar na casa. – Bárbara eu estou falando com você, volta aqui.

Barb: Já falei, tá frio, quer saber mais entre em casa e para de gritar na escuridão da madrugada. – entrou rápido em casa e foi direito para o quarto.

***

Depois do final das investigações Molina ainda lia os relatórios e reportes dos agentes, Mercedes ainda não havia se entregado, nem encontrado sinal de Josefina, ele tinha até pedido para um juiz para rastrear ela através do irmão padre, mas claro pedido lhe foi negado, pois a igreja ainda era mais poderosa que as leis, mesmo em uma cidade pequena. Eram quase 3h da manhã quando Norma entrou em sua sala em busca do delegado Molina, ou o seu namorado.

Norma: Branquinho, ainda ai? – falou com as mãos na cintura.

Mol: Eu estava finalizando e não vi a hora passar. Mas vamos para casa!

Norma: Alguma notícia?

Mol: Seu pai está preso na polícia de Madri, esperando o julgamento, como manter a senhora Catarina, foi em solo espanhol, ele ficará por lá. Sua mãe nem sinal, Josefina essa sumiu, virou fumaça! E o resto você já sabe!- se levantou pegou as chaves a arma e carteira e foi até ela.

Ela o beijou nos lábios, sorriu, abraçou seu amor, e juntos caminharam até o carro, foram para a casa nova deles, iriam iniciar uma nova vida de casal.

***

Rufino estava no bar da cidade, era sua nova modalidade, tomar até esquecer a desgraçada da Josefina, era a mulher da sua vida, a amava, mas depois do que descobriu, passou a beber, mas naquela noite algo mudou, ele resolvei ir para casa, antes que a bebida o tomasse a vida,

Caminhava cantarolando quando percebeu um carro com os faróis piscando na estrada, quando chegou mais perto viu que era uma mulher com um rapaz de mais ou menos uns 15 anos, ambos tentavam trocar o pneus do carro.

Ruf: Boa noite, perdão, precisam de ajuda? – a mulher se assustou e segurou o filho mais próximo dela.

XX: O pneu, furou e estou sem estepe! – falou assuntada.

Ruf: Posso ajudar, trabalho para a senhora Bárbara Montereal, na fazenda ali. – apontou mostrando que tinha boas intenções em ajudar.

XX: Ufa quem bom, sou Letícia, a nova agrônoma contratada pela senhora, Nos perdemos na noite escura e não sabia mais o que fazer.

Ruf: Prazer senhora, Rufino Santacruz, administrador da Fazenda Montereal. – falou estendendo a mão para cumprimentar a mulher que o encantou.

Let: Prazer Letícia Perez, esse é meu filho Matias! – o menino sonolento sorriu aliviado para ele.

Ruf: Vem vamos eu mando alguém buscar o carro depois. -  os três caminharam por alguns minutos até a casa onde ele ficaria. – Aqui ficaram, essa casa foi mandada ajustar para a senhora, tenho que avisar no portão a chegada do seu marido, quem devo permitir a entrada.

Let: Não sou casada! E ele não deve entrar nem chegar perto de nós, ordem de restrição.

Ruf: Se me deixar cuidar disso, ele não chega na cidade. – ela sorriu agradecida, e Matias aliviado.

Matias: Meu quarto? Desculpa mas to cansadão.

Ruf: Final do corredor segunda porta a esquerda! – apontou.

Let: Muito obrigada, está sendo gentil.

Ruf: Que isso senhora.

Let: Só Letícia! – sorriu para ele.

A madrugada foi longa para muitos e curta para outros, Norma e Molina ficaram conversando na casa nova, planejando o futuro, Rufino e Letícia também conversando. Catarina, Valentim, Mireya e o pequeno José Eduardo, dormiam o sono dos anjos.

Arturo: Vai me contar essa história direito! – falava segurando ela debaixo de seu grande corpo.

Barb: Contar o que, já falei! Agora me solta.

Arturo: Bárbara como pode se assim tão, tão.... está me provocando. – falou com o cenho fechado para ela. – Vamos mulher me conta quando isso aconteceu?

Barb: Oras como se faz um filho homem de Deus? – ela se contorcia debaixo dele. – Quando tomei a tal injeção para amamentar José, o medico avisou que eu poderia produzir óvulos férteis, e você é um toro reprodutor o que quer que eu faça? To grávida!

Arturo: Mulher não brinca com isso!

Barb: Acha que estou brincando, me solta, ou pega na gaveta o exame, ficou pronto hoje.

Ele a soltou e começou a beijar, beijos em meios a apertões e a cocegas, ele estava radiante demais.

Arturo: É verdade, nosso filho! - beijava o ventre dela, e deixava as lágrimas molharem a fina camisola dela. – Mulher você é minha, e vai ser para sempre, sou tu dueño!

Barb: Eu sou La dueña, Tu dueña.

Arturo: Casa comigo?

Barb: Não!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La Dueña" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.