La Dueña escrita por Chrisprs


Capítulo 36
Capítulo 36 - Verdades


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo



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Molina depois da conversa com Rubem e da documentação que estava em seu poder, começou a agir, mandou pedir a um juiz a quebra total  de privacidade de Pedro Montereal, Montero e Mercedes Montero, assim como os demais envolvidos.

Queria saber tudo o que realmente tinha acontecido, no mesmo momento, Rufino ligava para Molina, informando o que tinha acontecido com Vicente, o choque tomou conta de Molina, como assim o homem mais poderoso de Bella Cruz cometeu suicídio?

Ruf: Sim Molina, isso mesmo, ouvimos um disparo e Ruth foi a primeira a encontrar o senhor, venha logo, vou avisar Arturo, que traga a família, pois tem envelopes como os nomes delas.

Mol: Não toque em nada, uma equipe, junto com o legista vai até ai, preciso da lista de todos que estavam na casa, inclusive seu depoimento!

Ruf: Nada foi tocado, não sou idiota! Sei como funciona as coisas Branquinho. – falou com raiva, pois sabia que seria o primeiro a ser investigado caso o suicido fosse descartado.

Mol: Ótimo, logo estarei por ai! – ele desligou o telefone e olhou para o assistente. – Don Vicente está morto!

***

No apartamento que Catarina esta, ela e Bárbara conversavam, Catarina contou tudo para a filha, contou que a pequena Marcela era sua irmã.

Bar: Brincávamos quando criança, até o dia em que ela se machucou no estábulo.

Cat: Ela foi machucada meu amor, Pedro atiçou o cavalo que pisou nela, ela era igual a você adorava cavalos, mas elas pequena e por isso ficou em coma por muito tempo, sempre me doía quando a visitava, mesmo quando Mercedes me pediu para não entrar mais no hospital. Não sabia o motivo, mas agora tudo se encaixa.

Barb: Mas o que Pedro fez com os filhos de Mercedes?

Cat: Ela contou que ele os vendeu para uma família dos Estados Unidos, mas que até o momento não tinha nada concreto. Ela tem alguém buscando por eles, mas se bem conheço Pedro, ou melhor conhecia, ele deve ter dado um jeito de matar os meninos, seus irmãos!

Barb: O homem que tanto amei, que idolatrava, nada mais é que um mostro. Um homem perverso e mesquinho. Mãe o que ele fez não tem perdão, ele tirou tudo de todos. Mercedes era mãe dos filhos dele!

Cat: Ela nunca foi santa, nem ela nem sua amiga Josefina, essa eu quero dar uns tapas nela e deixar ela no chão!

Barb: Ela ajudou a Deus e o Diabo ao mesmo tempo para ganhar! Agora tem o que sempre quis, dinheiro.

Cat: Mercedes sabe onde ela está e vai atrás dela, não que eu queria isso, mas ela terá o que merece. Raúl não é filho dela e nunca foi, pelo que Mercedes e Norma apuraram depois que Pedro morreu, o menino é filho de uma moça que morreu no parto, mas ele é filho de Pedro.

Barb: Raúl é legitimo assim como Mireya. Ela é filha de Mariana, que por conta de Pedro agora vive em uma casa de repouso, dopada, pois a realidade é muito dura, tem poucos momentos de lucidez. Arturo, disse que ela fala de Pedro como se ele fosse o próprio mal.

Cat: E é, ele fez coisas que horríveis. Filha sei que muita coisa ainda está por vir, vamos descobrir muito sobre seu pai, os Montero e sobre Pedro, mas preciso de contar uma coisa! – ela respirou fundo, segurou as lagrimas e falou. – Marcella se matou por que no dia do aniversario dela Pedro a violou, a sodomizou, ela não aguentou, pois já vinha de crises de depressão, e por isso ela se jogou da janela.

Bárbara ficou branca, um arrepio gélido percorreu seu corpo, o medo que teve de Pedro voltou a tona, sentiu o coração se romper, sabia que ele faria o mesmo como ela se ainda estivesse vivo. Ela chorou nos braços da mãe, Catarina não conteve as lagrimas também, mãe e filha sofriam por tudo, por todo o mal do mundo daquelas famílias. Famílias essas com membros podres, pessoas que por obsessão, por ganância, por poder e status, foram capazes de fazer atrocidades, maldades e crueldades.

Mãe e filha por horas ficaram juntas, Bárbara contou de José Eduardo, que lamentava a falta da mãe com os irmãos, que chamaram Arturo.

Val: Veio, serio esse menino é fominha, traz minha mãe logo, ele não para de chorar!

Arturo: Mas ela deixou duas mamadeiras na geladeira é só esquentar no micro-ondas moleque!

Val: Ele já tomou, ele quer a mãe cara, seu filho é chorão! – Arturo riu do jeito que ele falou.

Arturo: Venham para o hotel, estamos aqui com sua avó, ela quer te conhecer sabia. Tem o bebê conforto na sala, prenda ele bem com o cinto no carro e venha até aqui.

Alguns momentos depois os três chegavam ao hotel, juntamente com Norma e Molina, que foram para o quarto dela para conversar sobre o processo Montereal e Montero.

***

Em um determinado lugar na Irlanda, Raúl caminhava e sentia que alguém o observava, caminhou mais rápido, até que entrou na recepção do prédio onde estava morando, o “vallet” da recepção entregou um recado a ele que dizia.

De agora em diante está por ti, seja feliz, não o gerei mais sempre o amei, com amor, mamãe!”

Ele olhou e ficou parado até que alguém tocou seu ombro, ele se assustou e virou, era ela, Mercedes, queria conversar, queria saber de Josefina. Ele falou até o que sabia, e depois mostrou o bilhete a ela.

Merc: Ela é mais ardilosa que pensei, ela conseguiu o que queria e agora está livre.

Raúl: ela sempre me amou, mas tinha uma forma estranha de agir, quando sua filha Norma esteve em casa ela começou a agir mais estranho ainda, queria sair da cidade do pais o mais rápido possível, agora eu entendo o motivo. A senhora sabe quem é minha mãe de verdade?

Merc: Sim e não! Ela faleceu no parto, estava muito machucada, foi atropelado e por isso não resistiu ao parto, os ferimentos foram graves!

Rául: E quem fez?

Merc: Seu pai!

Rául saiu do prédio e caminhou pelas ruas de Dublin, era seu pior dia, saber quem era a mulher que sempre amou como mãe, saber que seu pai era o responsável por tantas mortes, e que Josefina era uma de suas comparsas. Sua vida foi toda uma mentira, mas que ele iria fazer se tornar real, queria ser diferente, e resolveu voltar a Bella Cruz e falar com Arturo e Bárbara.

***

De volta a cidade Molina e Norma conversaram, ele falou quem era Mercedes e o que ela tinha feito e por qual motivo o fez. Norma não se abalou, levantou foi até o cofre do quarto pegou uma pasta e entrou a Molina.

Norma: Ela me deixou um bilhete e isso, ela sabia que você viria falar comigo, eu não sei o que tem ai, mas o bilhete dizia que quando chegasse a hora eu saberia, e acho que chegou. Ela falou também que voltaria para que a justiça seja cumprida.

Mol: Ela vai se entregar ?

Norma: Eu acho, pois falou que na pasta tem tudo o que você irá precisar, e que os advogados dela farão o necessário, mas que ela ainda tem coisas para fazer antes de voltar!

Mol: Isso está ficando mais sinistro do que eu imaginei. – nesse momento o celular dele toca, ao atender seus assistente fala que o suicídio foi confirmado pelo legista e que ele deveria ir até o local. – Amor, tem mais uma coisa, don Vicente se matou!

Norma: Covarde! – exclamou ela com raiva. – Fez tudo o que fez e agora sai assim impune.

Mol: Tenho que avisar os familiares, isso se eles já não sabem!

Norma: Vem vou com você!

Os dos foram até o andar do quarto de Catarina, e quando chegaram Ruth e Rufino já estavam ali conversando com todos. Bárbara tinha seu filho nos braços quando Ruth contava o que aconteceu, depois Rufino completou, Arturo estava ao lado da mulher, Valentim era aparado por Catarina e Mireya, querendo ou não para ele o avô era tudo, o homem que amava como pai, como amigo, e que estava sempre para ele. Mas ele sabia que agora tudo era diferente.

A verdade dói, mas não mata. A mentira agrada, mas não cura. A verdade dói, a duvida corrói e a mentira destrói, quem mente também rouba, rouba o direito do outro de saber a verdade!


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