Nero DD Dark Diamond - Primeira Saga escrita por Samuel Stanford


Capítulo 6
Capítulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737516/chapter/6

O curandeiro após ter sido transformado em um demônio, ficou parado ao lado do corpo de José Alfredo pensando em um jeito de poder cura-lo, Ellen continuava de olhos fechados e mãos juntas. Ele fechou os olhos, ficou um tempo em silencio até que de repente veio até a sua mente uma intuição, agora ele sabia o que fazer exatamente, pediu para que Ellen viesse para perto do corpo de José Alfredo ajuda-lo na cura. Ellen chegou perto do corpo do rapaz deixando Ellen impressionada com o que ele explicava conforme seguia sua intuição.
Os dois colocaram as mãos sobre o tórax de José Alfredo recitando as palavras certas para a cura, uma luz rosa saia das mãos de Ellen e do curandeiro, assim, conseguindo curar Zé Alfredo por algumas horas. Após terem acabado a cura, e após Ellen contar mais detalhes da história para o curandeiro durante bastante tempo, Zé Alfredo foi acordando bem devagar se sentindo bem melhor, sem dores e sem descargas elétricas percorrendo por dentro e por fora de seu corpo. Ao abrir totalmente seus olhos, olhou para todos que estavam ao redor e se sentou olhando surpreso para o curandeiro e disse:

— Quem é você? Parece que já te vi antes, mas não estou conseguindo me lembrar direito.

— Sou o curandeiro que havia salvado sua vida tempos atrás. – O curandeiro respondeu. – Sua amiga demônio o trouxe até aqui.

Zé se lembrou do dia em que a policia federal havia invadido o Monte Roraima, por causa dos garimpeiros e o contrabando de diamantes, foi naquele dia em que teve que fugir e acabou sendo atingido por um tiro de revolver, mas graças a Josué que conseguiu tira-lo do local e leva-lo até o curandeiro, o homem de preto pode ser salvo.
— Sim! Eu me lembro de você! – Disse ele, mas estranha à aparência do curandeiro e pergunta. – O que houve com você?

— Sua amiga teve que me transformar em um demônio para poder cura-lo do efeito do ataque que recebera.

— Eu sou uma demônio curandeira, Zé. Agora eu e o curandeiro somos do mesmo sangue. – Explicou Ellen.

— Entendi. – Ele olha para o curandeiro novamente. – Obrigado mais uma vez por me salvar! – Após voltou a olhar para Ellen que o olhava corada e sorrindo. – E obrigado também, Eliane.

— Eu disse que eu era diferente dos outros demônios. Se eu fosse mesmo má teria o deixado morrer.

Zé Alfredo ficou um pouco sem graça sobre o assunto e diz:

— Me desculpe ter desconfiado de você...

— Está tudo bem Zé! Isso é normal, não tem como confiar em demônios de primeira, mesmo que diga que é bom. Para confiar, seja, humano, demônio, ou outro ser, devemos primeiro observar os seus atos para poder confiar.

José Alfredo sorriu para ela e disse afirmando:

— Tem toda razão!

Ele se levantou devagar, e olhou para o curandeiro perguntando:

— Qual é mesmo o seu nome?

— Me chamavam de Espinosa, mas agora pode me chamar de Hyler. Conte sempre com minha ajuda Comendador!

— Okay! Thank you very much! – O Comendador agradeceu dando um aperto de mão.

O curandeiro demônio rejeitou o dinheiro que Josué dissera que daria, agora que ele era um demônio achava que não iria mais precisar daquilo. Agradeceram mais uma vez ao curandeiro, despediram-se e voltaram ao local de antes com o teletransporte de Ellen. No centro do campo estava a grande cratera feita pela explosão, e quase tudo em volta estava meio destruído.

— Então foi isso que aconteceu? Aqueles malditos conseguiram nos atacar com um poder bem poderoso?! – Falou Zé após lembrar-se de tudo que havia ocorrido antes.

— Isso mesmo Zé! Eles... Conseguiram nos derrotar nessa rodada. – Falou Ellen abaixando a cabeça decepcionada com sua falha. – E sinto muito... Não consegui pegar seu diamante rosa de volta...

— Ei! Está tudo bem Eliane! – Falou ele erguendo a cabeça da moça que o olhou com lágrimas quase saindo de seus olhos. – Pelo menos estou vivo, mais uma vez escapei da morte graças a você... Eu disse que sou imortal?! E Nero não irá me matar tão fácil assim!

Ellen abriu um belo sorriso para ele, Zé tocou o ombro da moça enquanto ela continuava a escuta-lo atentamente.

— Irei derrotar Nero de qualquer jeito! Vou pegar meu diamante de volta e acabar com ele, nem que eu seja morto. Farei de tudo para continuar sendo um poderoso Imperador!

— Nem que tenha que acabar virando um demônio, anjo ou qualquer outra coisa? – Perguntou Ellen olhando nos olhos dele.

— Até mesmo se eu tiver que virar outra coisa. O Império é meu, o Monte Roraima é meu lugar de poder, e os diamantes são todos de minha propriedade. – Falou José Alfredo com muito orgulho do fundo de seu coração.

Ellen olhava para José Alfredo encantada e admirada por sua força de vontade, pela sua persistência e bravura. Ele era realmente como ela pensava, José Alfredo seria um dos Imperadores mais poderosos de todos.

— Te desejo muita boa sorte! – Disse Ellen com grande sorriso e brilho nos olhos. – Estou torcendo por você e sempre estarei ao seu lado, Zé!

— Obrigado Eliane. – Ele falou sorrindo para a moça.

— Sabe Zé, estava pensando em terminar por hoje, isso tudo que ocorreu me deixou meio desanimada... Vamos voltar outro dia?

— Claro! Tudo bem.

José Alfredo, Ellen e Josué retornaram ao carro, assim, saindo do local retornando de volta para a cidade. Por hoje daria uma pausa para descansar, e esquecer um pouco o que aconteceu e ficar um pouco mais tranquilos. O Comendador jovem estava de volta em sua casa acompanhado com Ellen, e por muita sorte não deram de frente com Maria Marta que se aparecesse com certeza começaria a fazer perguntas. Os dois ficaram a sós no quarto para conversarem, enquanto José Alfredo colocava uma camisa preta, Ellen falava:

— Você tem um quarto muito bem arrumado... Você mesmo arruma ou tem empregados que fazem isso?

— Nunca deixo os empregados arrumarem minha cama, meu quarto, nem mesmo deixo prepararem meu breakfast. Eu faço tudo sozinho, prefiro assim. – Disse ele virando-se para Ellen após colocar a camisa.

— Nossa! Que ótimo isso, gosto de homens que mesmo milionários continuam simples.

José Alfredo se sentou na beirada da cama e olhou para a moça dos olhos dourados de pé a sua frente, pediu para ela que se sentasse ao seu lado, e Ellen tímida diz:

— N-Não sei se devo...

Zé pegou a mão de Ellen delicadamente a fazendo se sentar ao seu lado na beirada da cama. Olhava bastante tempo para o rosto corado da moça até ela quebrar aquele silencio incomodo.

— E-Então... Não pudemos recuperar o diamante...

— É mesmo. – Ele encostou os cotovelos sobre os joelhos e apoiando o queixo sobre as mãos ficando com as costas um pouco curvadas, sua expressão era bem pensativa. – Aquele demônio parece que sempre consegue escapar. Precisamos dar um jeito de derrota-lo, o que você acha? – Perguntou virando a cabeça para Ellen.

— Temos que fazer um plano em que ele possa cair. – Falou Ellen ficando pensativa sobre o assunto por alguns minutos. – Também precisamos que você fique bem mais forte que ele, e também... Há um jeito de selar Nero.

— Selar? Como e onde? – Zé Alfredo perguntou curioso.

— Acho que... Terá que ser dentro de você...

— Dentro de mim? – Ele indignou-se e sua expressão se tornou de quem não gostou muito da ideia. – Está brincando, não é?

— É o único jeito dele não conseguir se libertar de novo!
 

— Não dá outro jeito de prender ele?

— Que eu saiba esse é o único jeito, Zé...

Enquanto a conversa caminhava pelo quarto, logo foram interrompidos por batidas na porta e uma voz de mulher chamava por José Alfredo.
José Alfredo bufou incomodado com a presença e perguntou em um tom bem alto:

— O QUE VOCÊ QUER MARTA?

— Poderia abrir a porta, só um minuto... Por favor? – Ela pediu.

Zé foi até a porta destrancando-a e abrindo-a para Marta, a madame entrou no quarto sem se importar com o que Zé Alfredo iria falar. Então, Zé fechou a porta com a expressão zangada, e encarou bem sério a mulher dos olhos verdes, perguntando:

— O que você quer agora, Marta?

— Quero saber quem é ela? – Perguntou Marta apontando o dedo para Ellen que ainda continuava sentada na beirada da cama com as pernas cruzadas.

— Ellen é um demônio, e ela está me ajudando no treinamento para lutar contra o Nero.

— Ela é um... Demônio? – Marta deu risada após escutar a resposta de Zé Alfredo.

Os brancos dos olhos de Ellen ficaram totalmente negros, provando a Marta que ela é mesmo um demônio.

— Cruzes... – Marta se espantou. -... Meu Deus, Zé, você trouxe um demônio para dentro de casa?!

— Ela é boa, não é igual aos outros demônios. – Ele respondeu.

Os brancos dos olhos de Ellen logo voltaram ao normal, e sorriu com o espanto e surpresa de Marta.

— E se ela for sua amante ao em vez de ajudante? – Perguntou Marta bem desconfiada.

— Uma amante demônio, Marta? – Falou Zé com indignação.

— Sei lá! Já vi de tudo mesmo... Nunca se sabe se você não pratica atos de demonfilia.

— O que...? Por favor, Marta, se retire do quarto se já acabou as perguntas. Esta atrapalhando minha conversa e planos com Eliane! Você não vai ajudar em nada mesmo.

— Eu até ajudaria sim, mas acho muito perigoso do que as outras coisas em que já te ajudei! – Falou Marta jogando na cara dele o que já fez quando contrabandeava diamantes. Caminhou até a porta e se retirou do quarto – Seu demonfilo!

Assim que Marta se retirou totalmente do quarto, José Alfredo respirou fundo e trancou a porta para evitar mais incômodos. Voltou então a se sentar ao lado de Ellen, ele olhava de um jeito para a moça que acabava deixando ela mais corada. José Alfredo foi aproximando seu rosto para perto ao de Ellen, ela olhava para a boca do Comendador sentindo vontade de beija-lo, suas bochechas estavam completamente avermelhadas. Um repentino beijo é dado por José Alfredo e Ellen não conseguiu resistir a aquele beijo apaixonante.
Ao lembrar-se de tempos ruins, Ellen parou os beijos toda constrangida e atordoada, em seguida virou o rosto para o outro lado ficando de cabeça abaixada e silenciosa.

— O que foi Eliane? – Perguntou Zé meio confuso e preocupado.

— A-Apenas uma má lembrança... – Respondeu Ellen totalmente sem graça e ainda de cabeça abaixada.

— Você não quer me contar?

Ellen olhou para José Alfredo um pouco triste, mas mesmo sentindo-se incomodada em ter que lembrar daquilo, ela acabou achando melhor contar para ele o que realmente aconteceu, o porquê dela ter se transformado em um demônio, e o motivo dela se incomodar tanto com Nero, Zé Alfredo precisava saber da história dela.

— Feche os olhos. – Disse Ellen colocando as mãos de cada lado das têmporas dele. – Te mostrarei tudo agora!

José Alfredo fechou os olhos e a história de Ellen começava a ser projetada como se fosse um filme na mente do Comendador.

Em outro Mundo paralelo ao Mundo do Comendador que conhecemos, a história e o destino mudam dependendo de qual multiverso for. Era ano de 1982, o irmão mais novo de Evaldo havia acabado de chegar ao Rio de Janeiro e em Santa Tereza para visitar seu irmão e tentar arrumar algum emprego por lá. Chegou em frente à porta da casa de Eliane e bateu a porta. A primeira pessoa a aparecer para atendê-lo foi Cora, irmã de Eliane que o olhou de cima a baixo logo perguntando:

— Quem é você?

— José Alfredo.

— José Alfredo? Não conheço não.

— Claro que não, é a primeira vez que nos encontramos. – Disse olhando para Cora com um olhar sedutor.

Cora olhava fixamente para aquele rapaz de olhos e cabelos castanhos, vestido com uma jaqueta azul um pouco esfarrapada; camisa branca simples de gola; calça jeans e mochila pendurada no ombro. Cora tinha cabelo castanho escuro preso á um elástico, e estava usando uma blusa simples rosa desbotada quase branca.
Sem dizer nada Cora olha para Eliane que vinha em direção aos dois.

— Ele é o irmão de Evaldo, Cora. Tem até uma foto dos dois guardada no quarto. – Disse a moça com um sorriso e brilho nos olhos, abrindo a porta da frente da casa. – Sou Eliane, mulher de Evaldo. – Apresentou-se olhando nos olhos de José Alfredo que olhava para ela, mas desviava o olhar para Cora.

— Viúva na verdade... – Cora meio que corrigiu a irmã.

— Viúva? Como assim? – Ele perguntou.

As irmãs se entre olharam, Eliane o convidou para entrar e contar tudo sobre o ocorrido com o seu irmão. Ela contou toda a história sobre o acidente com o ônibus, Evaldo tinha bebido muito, havia ficado muito bêbado e quando foi atravessar a rua não viu o ônibus que estava desgovernado e acabou batendo de frente com ele. José Alfredo na verdade não estava se importando muito com a morte de Evaldo, mas soube fingir muito bem estando muito triste com a morte do irmão.

— Eu não soube de nada... Sinto muito pelo meu irmão... Acho melhor eu descansar e amanhã irei visitar o tumulo dele. – Falou ele parecendo o mais abalado possível.

— Tudo bem, eu entendo... Deve estar mesmo cansado da viajem e triste pela morte de Evaldo. – Falou Eliane compreensiva.

José Alfredo enxugou as falsas lagrimas, respirou fundo e olhou para Cora com um olhar misterioso.

— Poderia me levar até o meu quarto, por favor?

— O que...? Eu...? Por que...?

— Por favor, Cora! Faça o que o moço pediu, seja gentil. – Disse Eliane chamando a atenção da irmã.

Cora bufou um pouco incomodada, mas mesmo assim levou José Alfredo até o quarto, enquanto subiam os degraus da escada ele olhava para as curvas do corpo de Cora principalmente para o seu bumbum. No quarto antes que Cora saísse, Zé olha para a moça agradecendo-a e também dizendo:

— Você é linda! Gostei de você... Cora.

— V-Você acha? – Pergunta ela meio sem graça e envergonhada.

— Mas é claro que sim! Você... Ainda é virgem?

Furiosa e perplexa, Cora falava:

— O QUE? Como ousa pergunta uma coisa dessas...? Não é da sua conta! Seu abusado! – Incomodada e mais envergonhada do que nunca, Cora sai do quarto como um furacão.

José Alfredo olhava Cora sair com um sorriso e olhar malicioso no rosto, fechou a porta e logo se deitou na cama. Ao anoitecer, Cora e Eliane já haviam ido dormir, eram três da manhã e Zé Alfredo era o único acordado no meio da noite, então, ele resolveu dar uma saída do quarto para outro cômodo da casa.
Ele estava na cozinha pegando um copo d’ água, quando viu Eliane descendo os degraus da escada e caminhando em direção à cozinha, ela ao ver Zé no local rapidamente se virou envergonhada voltando ao quarto e pedindo desculpas.

— Fique tranquila! Sou seu cunhado, não sou? Além disso, a casa é sua. – Falou Zé Alfredo se aproximando de Eliane que permanecia de costas pra ele.

— B-Bem... Sim! É sim! – Ela se virou olhando nos olhos dele. – Então? Você veio em busca de emprego, não é? – Perguntou o olhando meio sem graça.

— Sim! E também pra visitar meu irmão. Assim que eu arrumar um emprego vou morar em outro lugar do Rio de Janeiro.

— Ah sim, Entendo. Mas fique a vontade o tempo que quiser a casa também é sua. – Disse ela caminhando em direção a escada. – Boa noite e durma com os anjos, cunhado. – E subiu os degraus para retornar ao quarto.

— Hum... Anjos é? – Falava ele em um tom de voz bem baixa. – Prefiro uma diabinha. – E sorriu diabolicamente.

No instante em que Eliane subia os degraus, bate de frente com a irmã que logo perguntou o que ela foi fazer.

— N-Nada demais Cora, fui apenas beber água, mas aí... Não nada, esquece! Boa noite, Cora. – Disse ela subindo rapidamente.

Cora ficou olhando para a irmã com uma expressão bem desconfiada, após, viu José Alfredo subindo os degraus logo após Eliane já ter subido e foi aí que Cora entendeu tudo que estava rolando, suspeitava se a irmã e Zé Alfredo estavam se pegando lá em baixo antes. Nesse mesmo instante dando de frente com Cora ele fala:

— Ah, e falando em uma diabinha.

— O que foi que você disse? – Perguntou Cora o olhando de cima a baixo séria e ao mesmo tempo confusa.

— Nada não, Cora... Só havia descido para beber água e acabei encontrando Eliane na cozinha por coincidência.

— Ah, sim! E que coincidência, nossa. – Disse cruzando os braços e com uma expressão de ironia no rosto. – Nunca se sabe se vocês já não planejaram isso...

— Planejamos o que?

— Levantar os dois e ficar de pegação na cozinha ou em outros cômodos da casa. Pelo amor, né, o corpo de Evaldo mal deve ter esfriado no caixão.

— A verdade Cora é que a alma de Evaldo já deve estar em outra dimensão astral, as possibilidades dele estar nos observando é caso ele não conseguiu encontrar a luz para o Paraíso, ou, a escuridão para o Inferno. – Falou Zé em um tom arrepiante, e Cora sabendo que aquele horário não é um horário bom isso meio que a deixava assustada.

— Cruzes... – Cora faz um sinal de cruz com os dedos.

— Como eu disse Cora, tudo passou apenas de coincidência. Eu fui pegar água e Eliane apareceu, como percebi que ela é bem tímida, ela resolveu subir novamente para o quarto. – Ele explicou olhando nos olhos de Cora hipnoticamente. – Então, fique tranquila! Não farei nada com sua irmã. – Subiu os degraus, mas parou no mesmo instante para olhar Cora mais uma vez. – Por mim, eu faria algo que você estava pensando com uma outra pessoa. – Zé sorriu misteriosamente e voltou a subir para o seu quarto.

Cora ficou alguns minutos em silencio em duvida e cochichou para ela mesma:

— O-O que será que ele quis dizer com isso...? – Rapidamente ela começa a subir dirigindo-se ao quarto de José Alfredo. – Ei! Espera!

Rapidamente a moça entrou no quarto dele perguntando com excitação sobre o que acabara de escutar. – O que você quis dizer com “Faria o que você estava pensando com outra pessoa’’? E sem mentir! Quem seria essa outra pessoa?

José Alfredo percebia que Cora estava com um pouco de ciúmes dele, percebia que pela primeira vez a moça havia se apaixonado de verdade por alguém.

— Quantas perguntas Cora. – Disse ele se aproximando da jovem, quando chegou perto dela tocou em seu rosto e olhou nos olhos dela. – Está apaixonada, posso ver em seus olhos, também posso sentir... – Ele dizia aquelas palavras deixando Cora em silencio também olhando nos olhos dele como se estivesse hipnotizada, cada palavra, cada dedução que ele fazia sobre ela ia deixando-a mais corada. – E não é por qualquer um que você está apaixonada, não mesmo... É por mim que você está apaixonada! Não é mesmo, Cora?

Ouvindo aquilo tudo Cora se afasta sem graça e sem saber o que fazer ou dizer, estando totalmente encabulada. Brava por escutar aquelas coisas e de ter ficado envergonhada, ela diz:

— Do que está falando? Ficou maluco? Mal conheço você!

— Eu posso ver Cora! Quando você sempre me vê suas pupilas aumentam, quando chego perto de você sua respiração fica ofegante e seu coração começa a bater mais forte, quando estou perto de sua irmã você sente ciúmes, sim! Você sente medo de que sua irmã possa conseguir ficar comigo, me ter como ela teve o Evaldo. Isso também pode gerar inveja, pois, você pode ver que sua irmã consegue qualquer hom...

— Okay Sherlock! Eu já entendi... – Ela interrompeu. – Mas... Isso não pode ser verdade... – Fala Cora horrorizada e desacreditada em tudo que acabara de escutar.

Zé deu uma risada sarcástica, segurou Cora com força e disse olhando bem fixamente para os olhos da moça:

— Eu nunca me engano, Cora! E sabe de uma coisa...? Você também me encantou pela primeira vez!

Sem deixar Cora dizer mais alguma coisa, rapidamente Zé dá um longo beijo na boca de Cora. A moça se debatia batendo no tórax dele tentando se libertar de seus braços, mas Cora não consegue mais resistir aos beijos ardentes e apaixonantes de José Alfredo, deixando ser levada totalmente por aqueles lábios irresistíveis e principalmente ser levada pela paixão que sente por José Alfredo.
Eliane havia escutado um pouco uma conversa vinda do quarto de Zé Alfredo resolvendo ir até o quarto do rapaz. Ela estava perto do canto da porta espiando os dois sem que percebessem, olhava para a irmã querendo estar em seu lugar, então, saiu dali o mais de pressa antes que acabassem a vendo e ela tivesse problemas. Os beijos foram parando bem devagar, Cora olhou para José Alfredo com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
Zé podia ver que Cora chorava por estar emocionada, ele a dera um beijo que a faz se emocionar por algum motivo interessante.

— Por que está chorando...? – Perguntou limpando as lágrimas do rosto da jovem.

— É que... Ao você ter me beijado, eu não sei, mas senti um sentimento de realização, emoção... – Explicou Cora sentindo seu coração batendo fortemente de emoção e paixão.

Ao escutar tais palavras, José Alfredo sorriu, um sorriso de que havia conseguido encontrar o que ele queria, a sua rainha. Após todo aquele acontecimento durante o meio da noite, Cora voltou ao seu quarto mais apaixonada do que antes, ela sentia um sentimento forte como se Zé Alfredo tivesse lhe dado um sentimento de ter conseguido o que ela tanto persistiu a vida inteira, mas ela não conseguia entender como podia sentir algo que deveria estar no futuro. No quarto de José Alfredo o rapaz lembrava-se daquele beijo que dera em Cora e sempre que lembrava sorria misteriosamente.

— Quem diria que uma humana como ela me faria ficar desse jeito. – Disse ele ainda com o sorriso misterioso no rosto.



Na manhã seguinte em Santa Tereza, Eliane preparava o café da manhã, eram mais ou menos 8:30 da manhã. José Alfredo observava a moça colocar o bule de café para esquentar no fogão, ela olhou para ele meio sem graça por estar sendo observada, de certo dava-se para perceber que ela também estava gostando dele, a moça volta a olhar o que estava fazendo e pergunta tentando quebrar aquele silencio:

— Você quer café?

— Não, não gosto muito de café, e também não estou com fome. – Respondeu ainda observando-a atentamente.

— Sério? – Ela se espantou um pouco. – Nossa, tudo bem. – Disse a mesma tirando o bule de café do fogão e despejando o café em uma caneca, ao mesmo tempo olhava para ele. – Você já teve alguma namorada? Ou já se apaixonou por alguém?

— Não... Nunca...

— Poxa... Um rapaz bonito assim, deveria ter arrumado uma namorada ou várias.

— Sou um pouco antissocial. – Diz ele dando uma curta gargalhada. – Bem... Enquanto ao caso de eu ter me apaixonado... Talvez eu tenha me apaixonado sim... E por duas aqui do Rio.

— D-Duas? E quem seriam elas? – Perguntou Eliane nem percebendo que o café dransbordava para fora da caneca.

— Uma delas não revelo, mas a outra... – Ele falava chegando perto de Eliane e olhando nos olhos da moça. -... É você!

— E-Eu? – Ela gaguejou totalmente sem jeito e corada, até perceber que derramava o café na pia. – Oh, meu Deus!

Zé ajuda Eliane a limpar a sujeira que fizera na pia, mas neste mesmo instante ele a vira para sua frente logo calando as palavras de Eliane com um beijo quase igual ao que dera em Cora no meio da madrugada. Eliane deixou ser levada pelos beijos de José Alfredo, mas ao lembrar que havia visto Cora e Zé Alfredo aos beijos ela ligou os pontos de que a outra pessoa com o qual ele também estava apaixonado era sua irmã. Rapidamente ela se afastou dele sem jeito.

— N-Não posso fazer isso...

— E por que não? – Perguntou ele com um olhar sedutor.

Eliane se virou de costas para ele não respondendo a pergunta, ela sabia que não podia fazer aquilo com sua própria irmã, ela sabia que Cora estava apaixonada por Zé Alfredo e ele também estava por ela, e o problema é que ela também estava gostando de José Alfredo igual a sua irmã. Eliane não queria causar uma competição, uma guerra entre ela e sua irmã.

— Ah, entendi! Você me viu beijando sua irmã, não foi?

— C-Como você sabe se eu vi ou não? – Ela se virou para ele tentando não parecer surpresa, mas ele já havia percebido.

— Senti sua presença... O cheiro do seu perfume. – Respondeu olhando para a moça com um olhar misterioso e ao mesmo tempo tenebroso. – E você estava espiando tudo no canto da porta do meu quarto.

Eliane o olhava em silencio sentindo um pouco de medo, o irmão de seu falecido marido às vezes era muito esquisito e misterioso, às vezes ele há deixava um pouco assustada. Ela queria conhecê-lo melhor, e pior, ela estava realmente apaixonada por ele.

— Mas se você quiser... Deixo sua irmã de lado pra ficar apenas com você. – Ele disse sorrindo enquanto acariciava o belo rosto da moça.

Eliane não sabia o que dizer ao certo, sempre que ele a tocava a deixava sem jeito.

— Você não pode fazer isso com ela... Ela está tão feliz... Ela realmente gosta de você. – Falou Eliane se sentindo tensa e ao mesmo tempo sem graça, colocava a mão na nuca, olhava para baixo e voltava seu olhar tímido para José Alfredo.

— Isso não importa! Agora já escolhi...! E será apenas você a partir de agora! – Afirmou o cunhado segurando a mão de Eliane.

Após Zé dizer aquilo para Eliane, ele saiu da casa deixando Eliane totalmente sem palavras e lembrando-se daquele beijo, colocou a mão no peito tentando se recuperar do impacto do ocorrido naquela manhã. Do lado de fora da casa, José Alfredo sorria diabólico e pelo jeito daquele sorriso parecia ter um plano em sua mente.
Cora havia saído para fazer algumas compras no mercado, ela tinha saído as 8:25 da manhã e voltou mais ou menos cinco para as nove da manhã, quando ela chegava em casa viu José Alfredo encostado na parede da casa, ele percebeu Cora se aproximando com algumas sacolas na mão, então, pegou um cigarro ascendendo e começou a fumar apenas para ver Cora começar a implicar com ele. E foi o que ela exatamente fez assim que chegou perto dele.

— O que você está fazendo aqui? Não deveria estar procurando por emprego?

Zé Alfredo nada respondeu e continuou a fumar seu cigarro como se nem estivesse vendo Cora parada a sua frente, mas ele sabia que ela estava ali, apenas queria provoca-la.

— Ei! – Cora chama a atenção dele. – Estou falando com você!

Ele olhou para Cora e assoprou a fumaça do cigarro em direção ao rosto da moça. A moça que nesta manhã estava de cabelos soltos, sentiu a fumaça e o cheiro ruim do cigarro entrar em suas narinas e dirigir até os pulmões, a mesma começa a tossir e resmungar por causa do cheiro.

— Não sabia que fumava. – Disse ela logo pegando rudemente o cigarro da mão de Zé Alfredo, então, jogando o objeto no chão começando a pisotear.

— Nossa! Quanta ousadia! – Disse o rapaz com um sorriso debochado no rosto. – Mas... – Antes de terminar a frase o mesmo pega um cigarro que tira atrás da orelha de Cora. –... Eu tenho outro cigarro. – Disse colocando o cigarro na boca, e ascendeu o cigarro com a ponta dos dois dedos, logo assoprando a fumaça para o alto.

Cora passou a mão atrás da orelha impressionada e tentando descobrir de onde saiu aquele cigarro, mas estava tudo normal com a sua orelha, então, arregalou os olhos ao ver Zé ascendendo o cigarro com a ponta de seus dois dedos. Havia chamas saindo da ponta dos dedos dele, como se os dedos dele fossem isqueiros.

— O que foi isso? – Ela deu uma risada nervosa. – Você é mágico? Mago? Bruxo ou algo do tipo? – Seu olhar e sorriso eram de nervoso e ao mesmo tempo assustado.

Zé gargalhou com o que acabara de escutar e logo respondeu com um olhar muito mais misterioso do que antes:

— Não posso lhe dizer sobre isso... Ainda. – Ele logo aproximou seu rosto para perto da orelha de Cora cochichando. – O que acha da gente dar uns amaços?

Cora se afastou olhando séria e ao mesmo tempo envergonhada para Zé Alfredo.

— Por favor, sou uma mulher pura e de respeito! – Respondeu ríspida. – Não sou dessas coisas, seu tarado! – E após dizer o que queria, Cora entrou em casa batendo a porta.

— Sim... Sei. Você não me engana, Cora! – Disse o rapaz com um sorriso irônico.

Eliane colocava as roupas no varal quando se assustou ao ouvir a batida da porta. Ela se dirigiu até a cozinha vendo Cora colocar as compras na mesa, e perguntou o porquê daquela braveza toda.

— Não é nada! Estou calma, e estou me sentindo muito bem! – Respondeu a irmã respirando fundo e disfarçando a braveza.

— Ah, tudo bem então... – Disse Eliane achando melhor nem tocar no assunto.

Cora fechou os olhos e os abriu novamente virando-se para Eliane enquanto apoiava uma das mãos na mesa e a outra agarrando a cintura.

— Você tem certeza que aquele irmão do seu falecido marido é de confiança? Tem certeza de que ele veio pra cá arrumar emprego?

Eliane estranhou a pergunta de Cora, e responde tendo certeza sobre José Alfredo:

— Que pergunta é essa, Cora? É claro que ele é de confiança, por que esta me dizendo uma coisa dessas?

— Hum... – Cora coloca o dedo sobre os lábios pensativa. – De onde ele veio?

— De Pernambuco, ué, igual ao irmão dele.

Quando Cora ia abrir a boca para falar algo á mais, foi interrompida ao ver José Alfredo entrando e vindo em direção à cozinha. Brava ao vê-lo, Cora sai da cozinha quase o derrubando e logo subiu a escada.

— Ela está bem brava hoje, não é? – Falou Zé observando Cora subindo.

— Sim... Parece que ela pegou implicância com você... – Eliane de um suspiro um pouco preocupada. – Não contou a ela sobre a gente, não é? Eu só acho que ela não entenderia.

— Não, não contei nada a ela. Pode ficar tranquila... – Ele dá um sorriso para a moça a sua frente. – Não tem problema, não me importo com as implicâncias da sua irmã.

Ele se aproximou bem perto de Eliane olhando nos olhos dela e pede:

— Me beija?

— A-Agora? E aqui? – Eliane parecia exasperada.

— Qual o problema? Estamos juntos mesmo.

— Não, não é isso. É que Cora pode nos ver...

— Ela não irá nos ver, eu posso lhe garantir isso. Agora... Relaxe.

Zé Alfredo não deixou que Eliane falasse mais nada e tascou um beijo ardente nos lábios dela, a moça tentava se afastar só que deixou ser levada pelo mar de paixão que sentia por José Alfredo.

Os dias foram passando, José Alfredo ficava as escondidas com Eliane quando a moça não trabalhava, e ficava junto de Cora quando Eliane ia trabalhar sem que as duas percebessem que ele estava mentindo para uma delas. Mas qual das duas estava sendo enganada?
Chegou certa noite em que Cora entra em seu quarto e se depara com José Alfredo sentando na beirada de sua cama, ele estava à espera da moça.

— O que está fazendo aqui? – Perguntou Cora um tanto desconfiada.

— Sua irmã vai demorar pra voltar do trabalho hoje. – Diz ele levantando ao ver a amada e se aproximou da moça continuando a falar. – Quero uma noite de amor com você Cora! – Disse Zé perto do ouvido de Cora, o tom de sua voz era incrivelmente sexy e sedutora.

Cora ao escutar aquilo fica realmente surpresa, nenhuma palavra conseguia sair de sua boca naquele momento, seu coração estava começando a acelerar, seu rosto começava a queimar de vergonha. Aquela seria sua primeira noite de amor com quem estava apaixonada, um sonho dela iria finalmente se realizar.

O tom de voz do rapaz saia bem sedutora conforme ele falava:

— Eu sei que você quer muito isso. Aproveite! Pois você pode se arrepender depois.

Cora olha para os olhos de José Alfredo, ela estava totalmente encabulada, mas logo sorriu maliciosa ficando excitada e disse:

— Eu quero! Quero muito isso!

A virgem colocou os braços por volta do pescoço do rapaz, chegou com o rosto bem perto ao dele enquanto deslizava a mão nos fios de cabelo castanho dele, e ela falava:

— Eu quero! Pois era isso mesmo que eu sempre quis realmente. Que você tirasse minha virgindade, José Alfredo.

Eliane terminava seu trabalho e ia pegar o ônibus para voltar para casa, enquanto Cora e José Alfredo beijavam-se loucamente de prazer na cama. Aos beijos ardentes tiravam a roupa, o desejo de possuírem o corpo um do outro aumentava a cada instante, Cora sentia o prazer e a excitação em que Zé dava á ela, sentia seus lábios caminhando entre seus seios e em todo o seu corpo. Assim, Cora ia perdendo totalmente sua virgindade, a moça estava adorando fazer amor com quem realmente amava, de sentir toda aquela sensação de prazer e excitação, ela gemia e gozava ao sentir Zé Alfredo tirar cada vez mais sua pureza.
E ao termino daquela noite de amor, os dois estavam deitados na cama abraçados e bem agarradinhos como dois casais. Cora estava muito feliz por ter tido sua primeira noite de amor, mas também estava bem pensativa sobre quem José Alfredo era realmente, ela ficava pensando e pensando enquanto sentia as caricias de José Alfredo, e ele percebendo o silencio da moça logo olhou sério para ela perguntando:

— O que foi Cora? Algum problema?

— Eu posso te fazer uma pergunta?

— Claro que pode.

— Você gosta da Eliane?

Ele olhava fixamente para os olhos de Cora, e com um tom de sinceridade e sério ele respondeu:

— Não! Apenas amo você, Cora!

Cora se levantou bem devagar da cama olhando fixamente nos olhos dele.

— Quem você é realmente e por que tanto mistério? – Perguntou ela em um tom de voz calma e duvidosa.

— Certo! – Disse ele também se levantando da cama. – Irei te contar toda a verdade! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nero DD Dark Diamond - Primeira Saga" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.