Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 58
Então é Natal


Notas iniciais do capítulo

Stelfs
Oi gente linda do meu Braseil! Estamos na reta da reta final da nossa Laços e agora foi dada a largada MESMO! Kkkkkk E para animar a nossa quarta com muito amor, carinho e confusão (~não não), abriremos os epílogos individuais com nosso casal "tapas e beijos" Castiel e Stelfs, kkkkk. Espero que gostem bastante desse último capítulo dos dois. Tenham uma ótima leitura :3

Ester
Hello hello peps! Prontos pra mais uma parte do natal de nossos amiguinhos da Laços (masq?). Então vamos lá com esse menino, com suas madeixas vermelhas e que treta muita e que agora sabe falar inglês (ui!).
Boa leitura ;)

Bia
HEI POVO! Voltei! Mas nem devem ter sentido minha falta :~~
As meninas já falaram tudo. É natal mas sempre terá as tretas típicas da fic xD
Boa leitura!



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Eu enfiei a chave na porta do apê, já escutando as músicas do Roberto Carlos daqui de fora.

— Ah, não, você tá de brincadeira — falei, abrindo a porta e sentindo o cheiro do pernil assando. — Tia Simone tá assistindo o especial de natal de novo? — sussurrei pra minha mãe, fazendo ela rir.

— Uai. — Fez sem saber ao certo como me responder e eu abri um sorriso engraçado.

Entramos no apê.

Tinha uma pancada de gente sentada conversando: Lys, Rosalya e Leigh, Tamires e o namorado e, claro, Nathaniel. A tevê tava ligada lá no show do “Rei”, mas pelo visto, ninguém tava a fim de ouvir ele. Tia Simone conversava com a galeres junto com Tio Gustavo e meu pai tava na cozinha.

Quando abrimos a porta, meu pai olhou pra gente.

— Vão passar do céu desse jeito — debochou como sempre porque a gente tinha resolvido ir pra igreja antes.

Olhei pra ele com cara de tédio e me aproximei.

— Affe, pai — falei engraçada pra mexer com ele, chegando e o abraçado pela cintura e ele me abraçou pelos ombros. — Agora, que negócio cheiroso tá essa carne, hein? — perguntei, olhando o forno.

— Tá achando o quê, minha filha, aqui é Master Chef. — Brincou comigo, dando uma gargalhada e eu acompanhei.

— Que que foi que vocês tão rindo? — Minha mãe se transfigurou ao nosso lado.

Soltei meu pai e a abracei dessa vez, mexendo no cabelo dela.

— Meu pai aí, se achando — respondi com um sorriso nos lábios e minha mãe riu.

Tínhamos decidido que, além do que já tava planejado, assaríamos um pernil, faríamos rabanadas (clássico!) e vinagrete pra alegria do povo e da Bia.

Soltei minha mãe com um beijo no alto da cabeça e sai da cozinha.

— Vou ali cumprimentar o povo — falei com meus pais e eles concordaram.

Cheguei na sala, dando um aceno pra geral e sorrindo. Fui até a ponta do sofá onde tava Lysandre sentado com o braço no ombro da Ester, conversando com o irmão e a cunhada.

— Lys, — chamei em um sussurrado, me abaixando ao lado e Ester, junto com ele, inclinaram a cabeça, me olhando. — Você sabe do Castiel? — perguntei, me segurando no sofá pra não cair.

— Quando saí, ele ainda estava em casa — me respondeu.

— Hum, entendi — falei a esmo.

— Acredito que não deva demorar a chegar — comentou com um sorriso da amizade e sorri também.

— Tô sendo ansiosa, né? — Fiz uma careta.

— Claro que não. — Lys mexeu os dedos no sofá. — Vocês estão há muito tempo sem se ver, é compreensível — explicou, fazendo eu rir.

— Tem razão — disse em um riso. — Eu vou esperar mais um pouco. — Levantei, apoiando no ombro do Lysandre por brincadeira e ele riu.

Me sentei no sofá pra conversar com o povo, mas confesso que tava super ansiosa com a chegada de Castiel. Fiquei ali por um tempo, depois fui ajudar meu pai a trazer uns comes e bebes pro pessoal, vi a Bia fotografar a geral e nada de Castiel. Já tinha passado mais de uma hora que essa apreensão tava aqui na boca do meu estômago e ele nada. Suspirei, saindo da conversa que eu tava com meus tios e pais na mesa e fui na cozinha beber um pouco de água, quando escutei a campainha.

Uma alegria incontida brotou de dentro de mim e mudei meu rumo, correndo até a porta. Destranquei ela e a abri, murchando na hora quando vi que era Carol.

— Feliz Nataaaaal! — Ela me abraçou de uma vez e animada, nem me dando tempo de pensar no que tava acontecendo.

Me soltou, vendo que eu tava com a maior cara de paisagem e soltou uma risada.

— Você nem imaginava que eu viria aqui, né? — perguntou engraçada, me olhando com aquela cara de criança que aprontou.

Soltei uma risadinha engraçada e balancei a cabeça.

— Não mesmo. — Dessa vez fui eu quem a surpreendi com um abraço aperto. — Feliz natal também, sua maluca. — Desfiz aquele contato e olhei pra ela com um sorriso. — Entra — convidei, abrindo passagem na porta e fazendo ela ver a galerona lá dentro.

— Não, não. — Ela negou também com as mãos. — Eu passei aqui rápido. — Rodou a chave do carro no dedo. — Estou indo pra casa de uma tia e meus pais estão me esperando lá — explicou, fazendo uma cara de “Alguém me salve!”. — Bem que eu gostaria de estar em uma baladinha numa hora dessas, mas o dever me chama.

Disse divertida e rindo e eu só pude balançar a cabeça e soltar um sorriso de derrota.

— Você não tem jeito, Carol...

Escutamos um barulho na porta do 208 e olhamos as duas pra trás, eu, óbvio, ainda mais ansiosa que ela. Kentin saiu de lá de dentro, me fazendo murchar pela segunda vez naquela noite. Ele se deparou com a gente na porta e levou um leve susto, sorrindo logo depois.

— Boa noite — nos cumprimentou, olhando rápido e discretamente pra Carol.

Huuuuum.

— Oi, Ken — respondi com um sorriso, enquanto ele fechava a porta.

— Ei — Carol cumprimentou com a voz meio falha, sem tirar os olhos do garoto e a luzinha dos shippes já se acendeu dentro do meu coração.

Nem preciso dizer que... Vou shippar e é agora!

— Ah, Ken, essa é a Carol, uma amiga minha da faculdade. — Apresentei ela pra ele, que vinha na nossa direção.

— Kentin. — Se apresentou, parando perto da gente. — Mas o pessoal gosta de me chamar de Ken.

— Tudo bem, então, Ken. — Ela deu ênfase ao apelido, mostrando que já o ia chamar assim e ele riu.

— Ah, obrigado por me convidar pra festa, Stelfs. — Ele se voltou pra mim, parecendo um pouco constrangido. — É a primeira vez que eu passo natal fora de casa, então... — Ele corou um pouco as bochechas com aquela declaração e senti Carol se derreter.

— Preocupa com isso não, menino. — Coloquei a mão no ombro dele com um sorriso. — Você já é de casa. — Brinquei.

Kentin abriu um sorriso aberto e fez um “joinha” com a mão.

— Falando nisso, — Voltei a ter a cara de preocupação no rosto. — Você sabe do Castiel? — perguntei, me escorando no batente da porta e olhando pra porta do 208.

Ele balançou a cabeça, negando.

— Acho que quando saí ele tava no quarto — explicou, fazendo uma cara reticente. — Quer ir lá? — Enfiou as mãos no bolso e me entregou as chaves do apê deles.

Encarei as chaves alguns instantes na minha mão.

— Vai, amiga. — Carol me impulsionou. — Eu e o Ken nos viramos aqui na festa. — Abriu um sorriso inocente, olhando pro garoto.

Se meus pensamentos tivessem cara, com certeza ele teria erguido uma sobrancelha. Olhei pra ela rindo, mais de ter entendido a sacada do que qualquer outra coisa.

Carol não perde tempo.

— Tá bem, então — respondi, fechando os dedos nas chaves. — Espero que se divirtam.

Lancei essa indireta pra Carol e cordialidade pro Ken e ela riu, junto com ele. Saí da porta pra que eles passassem e Kentin entrou primeiro, caminhando pra dentro do apê. Carol ia passando por mim, quando segurei o braço dela de leve e sussurrei:

— Por favor, não deixa ele se sentir deslocado na festa. — Ela me olhou na mesma hora com um olhar de “entendi tudo, senhora” e eu ri. — Você REALMENTE não tem jeito, Carol — comentei, soltando o braço dela e ela riu.

— Eu preciso aproveitar, amiga. — Piscou pro meu lado e sorriu, entrando no meu apê e indo pra perto do Kentin.

Balancei a cabeça, rindo disso.

Ai, meu Deus.

Encostei a porta do meu apê, indo até o 208. Enfiei a chave na porta e empurrei ela devagarinho.

— Castiel? — Eu bati devagarinho na porta.

Mas ninguém respondeu.

— Cass? — perguntei de novo, colocando a cara pra dentro do apê e olhando ao redor.

A luz da sala tava acesa, mas não tinha ninguém lá. Entrei, encostando a porta atrás de mim. Deixei a chave em cima da bancada e olhei pro corredor: a porta do quarto do Lys tava fechada.

Será que ele tava dormindo?

Comecei a andar na direção do corredor, quando percebi uma figura na penumbra da varanda. Abri um sorriso automático e mudei de direção nos meus passos, indo até a porta de vidro. Mexi na maçaneta e a empurrei para abri-la. Só então Castiel olhou pra mim. Me encostei no batente, cruzando os braços e lançando um sorriso engraçado.

— Quer dizer que o senhor tava aqui brincando de Conde Drácula esse tempo todo?

Castiel abriu um sorriso engraçado da minha piadinha sem graça. Estava sentado em uma das cadeiras do lado de fora. As pernas jogadas em cima de outra cadeira, a cabeça deitada pra trás e o rosto virado pra mim. Me olhou de cima a baixo, abrindo um sorriso ainda maior ao me “secar” com os olhos.

— Nada mal esse seu modelito — me elogiou de repente, me fazendo olhar pra mim mesma.

Eu tava com um vestido longo e preto, de tecido leve. Ele era todo fechado e comportadinho na parte de cima, parecendo uma blusa social, se fechando na minha cintura e abrindo em uma saia longa. Segurei as bordas da saia e a abri, fazendo uma reverência de bobeira.

— Agradecida, Vossa Excelência — brinquei com Castiel e ele soltou uma risada soprada.

Me estendeu o braço. Soltei minha saia, olhando aquele gesto, até ele me chamar:

— Vem cá. — Mexeu a mão, me fazendo rir.

Lá vem coisa torta, quer ver?

— Que você vai fazer? — perguntei meio temerosa, ainda na porta.

— Anda, garota, deixa de frescura — falou meio rabugento, mas tava rindo.

— Olha lá, hein? — Saí do batente da porta e me aproximei da cadeira dele, olhando ele com o braço estendido pro meu lado.

Assim que me aproximei, ele segurou meu pulso de repente e me puxou com toda a força que ele tinha.

— Ah, Jesus! — gritei ao sentir o impacto daquele puxão e meu corpo foi jogado em algum lugar que nem tive tempo de perceber.

Castiel deu uma gargalhada boa, quando cai no colo dele de uma vez, sem ao menos ter tempo de pensar qualquer coisa que fosse. Comecei a rir de nervoso com aquele susto e ele passou a mão pelos meus cabelos, que numa hora dessas, estavam na minha cara e os levou pra trás. Encostei a testa no ombro dele, ainda rindo e Castiel voltou a dar gargalhadas com o meu aperto.

Ridículo.

— Você... é... um... imbecil — comentei pausadamente, tentando fazer cessar os risos e dei um soquinho de leve no ombro dele.

Meu coração ainda tava acelerado.

Ele riu, descendo a mão até meu pescoço e levantei meu rosto, olhando pra ele.

— Idiota — xinguei mais uma vez, vendo que ele não parava de olhar pra mim.

Meu rosto ferveu.

— Eu senti sua falta, mocinha — disse com aquele sorriso galante dele e também meia dúzia de vergonha na cara.

Dali, não houve mais palavras.

Fui surpreendida por um beijo.

Castiel chegou de repente, me tomando pelos lábios com tanta vontade, que demorei um tempinho até conseguir harmonizar nossos movimentos. Ele me amparou pelas costas e me trouxe pra mais perto, arredando o quadril na cadeira e me fazendo sentar de lado nela com as pernas sobre ele.

Sorri mentalmente com isso.

Ele sabe que eu fico intimidada/envergonhada de sentar no colo dele.

Me abraçou ainda mais, até que eu pude sentir meus braços sendo prensados contra ele e os tirei do meio de nós dois, passando eles pelo pescoço de Castiel. Ele desceu a outra mão até o meio das minhas costas, unindo-as em um abraço apertado. Senti o cheiro do perfume dele e a maneira como ele guiava aquele beijo e percebi o quanto eu tava sentindo falta disso.

Esses meses longe foram estressantes, difíceis e complicados. A gente brigou mais nesse tempo do que quando éramos vizinhos que se odiavam. Foi duro até Castiel entender que a gente precisava conversar mais, entrar mais em contato um com o outro, se falar mais, nos ligarmos mais.... Foi sofrido até eu entender sua rotina, seu cansaço, seus horários, seus estudos, suas amizades...

Parecia insuportável não poder nos abraçarmos, beijarmos, estarmos juntos.

Foi sofrido.

E brigamos quando eu disse que preferiria que ele estivesse com qualquer outra pessoa que pudesse estar mais “acessível” do que eu. Porque...

... Eu não suportava mais vê-lo sofrer com a distância.

Terminamos aquele beijo com um suspiro mútuo e abri meus olhos, encontrando os dele sobre os meus. Abri um sorriso sem graça e desviei o olhar, fazendo Castiel sorrir malandramente e me puxar totalmente contra ele. Colei meu rosto em seu peito e encostei minha cabeça em seu ombro, ficando ali, agarrada nele e sentindo seus dedos brincarem nas minhas costas.

— Eu tava com saudade de você também. — Reuni toda a minha coragem pra dizer isso e ele só soltou uma risada meio soprada, meio satisfeita.

Mas aqui estávamos nós. Mais uma vez. Tentando.

— Você... — Recomecei a falar, olhando para a gola da camisa de Castiel e resolvi brincar com ela pra me distrair. — Sabe que eu gosto muito de você, né? — Soltei a frase toda de uma vez, levantando os olhos e sentindo meu estômago formigar.

Ele abaixou o rosto, voltando ele pra mim e riu. Daquele jeito.

— Sei, sim — respondeu meio indiferente e largado, mas eu podia ver que ele parecia desconcertado.

Ele voltou o rosto pra frente, observando o céu e subiu uma das mãos até meu pescoço, acariciando meus cabelos como sempre fazia. Fechei os olhos, já sorrindo. Eu amava esse carinho. Então, se ajeitou na cadeira, me deixando ainda mais a vontade e falou:

— E você sabe que comigo é a mesma coisa. — Escutei a voz dele e abri os olhos, o encarando em um susto.

As bochechas estavam vermelhas, mas ele se recusava a olhar pra mim. Então, sorri. De uma forma que não me lembro de ter rido na vida. Passei meus dedos por seu pescoço, chegando até seus cabelos e ele me olhou com uma cara de: “Que que foi, guria? ” e eu ri, beijando ele mais uma vez.

E nos soltamos momentos depois, rindo igual dois idiotas.

— A gente precisa voltar pra festa — falei, mexendo no cabelo dele e o colocando atrás da orelha de Castiel.

— A gente? — Ele me encarou com uma das sobrancelhas levantadas.

— Ué. — Estranhei. — É uai. Ou vai me dizer que...

— Eu não vou — ele me respondeu sério, voltando a encarar a rua.

— Como assim? Por que não? — perguntei na lata, sem pensar muito.

Castiel se sentou direito na cadeira, me levando com ele, mas evitava me olhar.

Aí tem.

— Porque eu não tô a fim — falou curto e grosso.

— Ah, não, vai. Algum motivo plausível você deve ter. — Me endireitei na cadeira, encostando minhas costas no braço dela e soltando Castiel. — O que foi? Não vem me dizer... — Olhei pra ele de maneira sapeca. — Que você. — Cutuquei a barriga dele. — Tá. — Outro cutucão. — Com medo. — Continuei. — Dos meus pais?

Castiel segurou minha mão de repente, me olhando um tanto nervoso.

— Pra sua informação, Fiote, —debochou da minha cara, me fazendo rir. — Seus pais me adoraram, então, não, eu não estou com medo deles — respondeu cheio de si.

— Ui, genro perfeito. — Levantei as mãos igual aquele meme e Castiel fez cara de tédio.

— Só não gosto de Natal, satisfeita? É uma data desnecessária. — Fechou a cara parcialmente e voltou a encarar a rua, me fazendo expirar.

— Entendi — respondi no automático, tentando entender porque ele parecia tão sério ao falar disso.

Então ouvimos a campainha do apartamento tocar.

— Deixa eu ir lá atender — falou imediatamente, dando tapinhas na minha cintura e tirei as pernas de cima dele, fazendo ele se levantar e ir pra porta na mesma hora.

Estranhei.

Então, escutei o barulho de celular vibrando e vasculhei ao meu redor, encontrando o celular de Castiel jogado em cima da mesinha de centro. Peguei ele, vendo que se tratava de uma mensagem de Valérie:

“É uma pena, Cassy, mas estamos com voos marcados até fevereiro. Por que você não foi para casa da sua vó? Ela deve estar com saudades de você. Nós te amamos, não esquece disso. ”

A minha ficha pareceu cair de repente.

Ouvi a voz da Dinnie na sala e olhei pra lá, vendo que era o povo da banda que tinha chegado, inclusive o Júlio. Voltei a olhar o celular, colocando ele de novo no lugar. Balancei a cabeça, fazendo uma expressão inconformada.

— Agora eu sei porque você não gosta de natal... — sussurrei pra mim mesma, pensando em uma forma de mudar isso.

Escutei a risada de Castiel e olhei de novo pra sala, vendo que tavam todos rindo.

Já sei.

Me levantei rápido da cadeira e apareci na porta da varanda, fazendo todos eles me olharem.

— Feliz Natal, Stelfs. — Dinnie foi a primeira a vim me abraçar.

Abri um sorriso, abraçando ela de volta.

— Feliz Natal, pessoa — respondi, me soltando dela.

— Com todo respeito, meu camarada. — Vi Carlos dá um tapinha no ombro de Castiel, enquanto vinha na minha direção. — Mas o senhor está muito bem acompanhando nessa noite. — Brincou, me fazendo inclinar a cabeça com um riso divertido.

— Seu besta, para com isso — falei com ele, retribuindo o abraço que ele me dava agora.

— Feliz Natal, Sr.ª Morel — me cumprimentou, todo abusado, usando o sobrenome do Castiel comigo.

— Ai, como você é! — respondi, começando a rir e Carlos riu também. — Feliz Natal. — Nos soltamos.

— E aí, Stelfs? — Júlio veio caminhando na minha direção e sorri meio sem graça.

Nunca me esqueço que shippei ele com a Bia. Ai, Jesus.

— Oi, Júlio. — Ele me deu um abraço amigável. — Feliz Natal — desejei.

— Igualmente — disse, sorrindo e me soltando.

— E aí, maninha?

Escutei essa voz e olhei, vendo Cindy se aproximar de mim com seu sorriso de lado. Abri um sorriso engraçado.

— Fala, mana — respondi à altura e ela me abraçou também. — Feliz Natal.

Cindy deu uma gargalhada boa e me soltou.

— Pra você também, loirinha. — Então se virou parcialmente, indicando Castiel com a cabeça. — Até que enfim nosso ruivo chegou — comentou, escorando o cotovelo em meu ombro e eu só pude rir.

— Pois é, né — falei, engraçada, vendo ele conversar com o restante da banda com entusiasmo. — Falando nisso... — sussurrei pra Cindy e ela me olhou estranha. — Ei! — Chamei alto, fazendo todos me olharem. — Já que vamos comemorar a volta do Castiel, que tal ir todo mundo lá pra casa? — sugeri, abrindo um sorriso que ia de treteiro a alegre.

Castiel virou o rosto pra mim, me encarando assustado. Pisquei pra ele, abrindo ainda mais o sorriso.

— Tá tendo festinha lá. — Continuei, olhando pro povo com uma expressão animada.

— Olha, só! — Carlos interviu. — Parece uma boa, hein?

 — Ou vocês já têm compromissos marcados? — Encarei eles.

O pessoal fez que “não” com a cabeça e eu continuei com o meu sorrisão.

— Então, pronto! — falei animada, abrindo os braços. — Tá todo mundo convidado pra dar um rolê por lá. — Fiz, divertida.

— UHUL! — Carlos comemorou, abraçando Júlio pelo pescoço e então meu estômago pareceu despencar uns 2 metros.

Ai, não, o Júlio... E o Nath no mesmo cubículo com a Bia.

Engoli em seco.

— Não é má ideia, não é mesmo, querida? — Dinnie comentou com Cindy, abraçando ela pela cintura.

Castiel me lançou um olhar mortífero e eu dei de ombros, abrindo um sorrisinho de quem tinha aprontado.

— Então, bora, cambada! — Carlos parecia bem animado.

— Ei, espera, — Cindy interveio. — Você vai assim, ruivo? — Se virou pro Castiel, que até agora tava com uma roupa qualquer de ficar em casa.

Castiel cruzou os braços e fechou a cara.

— Eu não ia nessa palhaçada de festa.

Cindy abriu um sorriso de lado.

— E vai deixar sua loirinha solta assim na balada? — provocou Castiel, lançando um olhar pra mim, que só soube rir daquilo.

— Dá licença, tigresa, mas eu me garanto. — Castiel soltou essa e revirei os olhos.

Carlos deu uma gargalhada.

— Tem mesmo certeza, — Ele veio andando na minha direção e me abraçou pelos ombros. — De que você vai deixar a gatinha aqui sozinha? — Me indicou com a sobrancelha.

Castiel bufou, descruzando os braços e se impacientando.

— Tá certo, então! — Começou a andar pro corredor, nervoso. — Eu vou nessa droga de festa pra vocês pararem de me encherem a paciência! — Entrou no quarto, fechando a porta.

— Yes! — comemorei, enquanto ríamos da atitude dele. — Obrigada, gente, vocês são demais. — Pisquei pro povo, que sorriu com a minha atitude.

Então olhei de novo pro Júlio, que era o único que tava quieto ali até agora.

Será que... vai dar muito rolo levar ele pra lá?

Fiquei ali pensando se deveria desconvidá-lo ou não, quando a porta do quarto se abriu de novo e o vulto do Castiel passou pro banheiro, deixando a porta aberta. Escutei o celular dele vibrar na varanda mesmo em meio às conversas animadas da galera e fui lá buscá-lo. Sai e peguei o aparelho da mesinha, vendo que era uma ligação de Jean.

Entrei na sala com o cel na mão e fui até o corredor, parando em frente à porta do banheiro e vendo Castiel parado em frente à pia, ajeitando o cabelo. Abri um sorriso imediato ao ver aquela maravilha ali parada. Ele usava um jeans qualquer e escuro, as famosas botinas e aquela blusa xadrez que eu amava. Tinha dobrado as mangas até os cotovelos, enquanto prendia o cabelo em um rabo de cavalo.

Ele me viu pelo espelho e virou o rosto, me encarando.

— Que foi? — Abriu aquele sorriso vaidoso dele. — Gosta do que tá vendo, é? — Me cutucou.

Eu abri um sorriso sem graça com aquele comentário e ao mesmo tempo abaixei a cabeça, balançando ela.

— Você tá gatão, sim — comentei, voltando a levantar a cabeça e encarar os olhos de Castiel no espelho.

Ele riu de lado, terminando de ajeitar o penteado, quando o celular vibrou de novo, fazendo ele se virar e eu me lembrar o porquê de eu ter ido ali.

— Quem tá ligando? — me perguntou.

— Seu pai — respondi, estendendo o celular pra ele.

— Ah, tá — respondeu fingindo indiferença e se virou pro espelho de novo.

Fiz um bico e caminhei na direção dele, fazendo Castiel me acompanhar com o olhar. Parei ao lado dele, fazendo ele se virar pra mim.

— Por favor, atende. — Estendi de novo o telefone pra ele, olhando-o com um olhar pidão.

Ele suspirou.

— Pra quê? — rebateu parecendo impaciente.

— Por favor — insisti.

Ele me ignorou, voltando a fazer o que tava fazendo e suspirei.

— Okay, você quem sabe — respondi, encarando o chão e deixei o celular em cima da pia, dando as costas pra ele e caminhando pra saída. — A gente tá te esperando na sala, tá? — falei meio desanimada e saí do banheiro.

Comecei a caminhar pelo corredor, quando escutei a voz de Castiel ainda dentro do banheiro:

— Oi, pai, que é?

E a porta foi fechada.

Abri um sorrisinho feliz.

Uns minutinhos depois, ele chegou até a sala, fazendo todo mundo respirar feliz.

— Será que agora podemos ir? — Carlos perguntou impaciente. — Não precisava ter demorado tanto assim pra se aprontar, princesa — zuou Castiel, fazendo ele fechar a cara.

— Bem, o que importa é que agora é festa! — Dinnie comemorou e fomos andando até a saída do apartamento.

Peguei a chave do Kentin em cima da bancada e saí junto com os outros, nos aglomerando todo mundo no hall de entrada, enquanto Castiel fechava a porta e a trancava. Ele certificou que o apartamento tava mesmo seguro e se virou, me abraçando pelos ombros e me fazendo abraçá-lo pela cintura.

— Vamos logo — ele disse meio rabugento e o povo todo se virou pra frente, caminhando em direção à minha porta.

Olhei pra Castiel com um sorrisão e ele virou o rosto pra mim.

— Que é, mocinha?

— Obrigada por hoje — respondi, agarrando ele ainda mais pela cintura.

E ele sorriu de uma maneira tão espontânea que nunca havia visto na minha vida e me juntou pelo pescoço, me trazendo pra perto dele, brincando com a minha orelha. Continuei olhando pra ele, quando escutei alguém abrir a porta do meu apê e a aflição bateu de novo.

Ai, meu Deus, que não dê ruim dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Stelfs
IH! VAI TER TRETAAAAAAA -N. E a culpa é da Stelfs -q. Kkkkkkk tá bom, parei. Sobre o epílogo: não tenho o que falar, só sentir, kkkk. Eles vivem se matando, se atracando, mas no fim, se amam demais ♥ E agoraaaaaa... Você que ainda NÃO entrou no nosso quis, vai lá e reviva os momentos emocionantes que nossa Laços proporcionou! Não perca tempo, pessoa! Vamos fechar a enquete essa semana, então, run, run, run o/ Estamos curiosas para saber sua opinião. No mais, por hoje é só pessoal :} Nos vemos na seixta, crianças -q

Ester
Quem achou fofo, levanta a mão o/ Quem quer dar um abraço no Castiel, levanta a mão o/ Mas parece que a Stelfs já tá cuidando disso xD
Eu estou sentindo uma treta! ~pose com mão na cintura. Vamos ver o que vai sair disso aí xD

Até sexta o/

Bia
Castiel é um chato, mas cara, senti falta dele, dá pra acreditar? sgaysash
Será que vai rolar treta por causa do Júlio? ~tãn tãn tãnnnn
Veremos sexta, no globo... não pera. Na Laços!
Até lá o/

PS: pra caso alguém ainda não tenha votado, vem cum nóis!
https://docs.google.com/forms/d/1L3lXorCJ-H74GvW3pBBkwltmYJrL29mN4HkVErTTXC0/edit



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