Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 39
Na surdina


Notas iniciais do capítulo

Bia:
POVO! Preparados para um capítulo cheio de adrenalina e emoção? -qq
Boa leitura!
Stelfs:
Olá pessoas do meu Brasil :)
Esse capítulo tá, óh, uma maravilha! Vocês não perdem por me esperar! Nosso casal fofura vai arrassar mais uma vez. Boa leitura
Ester:
Hello, hello, peps! Primeiramente, desculpas pelo atraso, mas estamos aqui kkkk
Preparem o heart pra fofura e tensão #falo nada.
Boa leitura ;)



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Logo depois de voltar da aula na quinta, já peguei as fotos com a Stelfs e as passei para um pen drive.

Depois eu passaria para o Nathaniel. Hoje era um dia especial.

Almoçamos e eu fui me arrumar. Nada muito produzido. Calça jeans, meus All Stars vermelhos e uma camiseta cinza. E meu inseparável delineador gatinho, claro.

Eu estava adorando minha cor nova. Azul era uma das cores que eu nunca tive, e olha que tive várias.

Sai para a sala, me encostando na ilha e olhei o que Stelfs estava fazendo.

— O que vai aprontar? — perguntei.

— Vou fazer pão de queijo... — Sorriu e me olhou. — Vai sair com o Nathaniel?

— Pão de queijo! Não acredito! — Coloquei as mãos nas bochechas. — Não coma tudo, hein? — Ela perguntou se eu ia ficar em casa. — Não, vou sair com a Priya. Hoje é dia de “fazer compras”, mas duvido que ela vai mesmo comprar.

— Ué, por quê? — Deu risada.

— Ela escolhe, escolhe, mas nunca leva. Aí preciso dar uns xingos para ela acelerar. E depois disso sempre comemos muito sorvete com batata frita.

Stelfs fez uma careta estranha de nojo.

— O quê? É maravilhoso, você não sabe o que está perdendo. — Dei risada.

Voltei ao quarto, peguei minha bolsa e a coloquei, a deixando travessada no corpo e olhei o celular.

Priya já estava lá em baixo.

Passei um pouco de perfume, dei um “tchau” rápido para a Stelfs e sai.

Passei pelo portão e vi o carro da Priya logo à frente. Fui até lá e olhei pela janela.

— E aí, gata, topa um programa

Ela riu. — Depende, quanto custa?

— Uma batata mega e um mcflurry de Ovomaltine.

— Então entra aí!

Dei risada e entrei, fechando a porta e já colocando o cinto. — Pronta para rodar o shopping inteiro e não comprar nada?

— Prontíssima. — Sorriu e ligou o carro, dando a partida em seguida e indo para a rua.

— Ué, por que essa touca aí?

Ela estava com suas roupas comuns, calça jeans e uma blusinha branca, mas usava uma touca cinza escura na cabeça.

— Meu cabelo tá um caco que só. Hoje é bad hair day. — Deu um sorriso de lado, fazendo uma careta de “fazer o quê”.

— Exagerada, né? — Ri.

Ficamos conversando o caminho todo e quando chegamos no shopping, rondamos várias lojas de roupas, de acessórios e perfumarias.

Ela só comprou um shampoo e uma caixinha de grampos. Essa era a Priya!

— E você não vai comprar nada? — perguntou assim que saímos da perfumaria.

— Não, eu tenho muita coisa pro cabelo. Se comprar mais alguma coisa meu guarda roupa cospe tudo e fala pra eu tomar vergonha na cara e usar o que tem lá.

Ela caiu na gargalhada, fazendo algumas pessoas que estavam andando perto nos olharem.

— Não basta eu chamar a atenção pelo cabelo, você tem que rir igual uma hiena drogada. — Sorri.

— Não posso fazer nada se você é uma louca que gosta de cores diferentes no cabelo.... — Ela parou de sorrir enquanto olhava para frente. — Bia... não é o Nathaniel ali? — Apontou.

Olhei para onde ela indicava. E um pouco ao longe, vi aquela nuca que eu reconheceria em qualquer lugar.

Ele andava para o final do corredor e estava conversando com um homem um pouco mais alto que ele, que parecia ter quase a mesma cor de cabelo, talvez um tom mais escuro.

— Onde será que ele tá indo? — Priya perguntou, com tom de curiosidade.

— Sei lá, ué.

— Vamos descobrir? — Me olhou com um sorriso malicioso.

— Ai, Priya, você sabe que eu não gosto de...

Fui interrompida por ela enquanto puxava minha mão.

Suspirei e andei ao lado dela. Pouco depois, vimos os dois entrando em uma loja. Eu já estava rindo de nervoso antes mesmo de chegar perto.

Priya foi na frente e ela olhou pelo canto da vitrine, e fez final para eu fazer o mesmo.

Fiquei ao lado dela, com o corpo escondido e olhei para dentro da loja. Era uma joalheria, onde vendia colares, brincos, anéis, relógios, coisas de ouro, etc.

Vi Nathaniel e o homem próximos do balcão no fundo, falando com uma atendente.

— Qual dos dois vai comprar alguma coisa? — Priya perguntou sem tirar os olhos deles.

Antes de eu abrir a boca, a atendente pegou uma caixa que estava à mostra no balcão e estendeu para o Nathaniel.

— Ah! — Priya deu um grito/sussurro e segurou meu braço, toda animada. — Ele vai comprar uma aliança pra você?!

Então Nathaniel entregou a caixinha para o homem ao seu lado, sem nem ter olhado os anéis, e ficou de perfil, observando a reação do companheiro.

Olhando ele assim, até parecia um pouco desconfortável... Ai, droga.

Fui para o lado, atropelando Priya. Ele tinha virado o rosto, olhando pela loja.

Será que ele viu meu cabelo...?

Meu coração já estava disparado, então puxei a touca da cabeça da Priya e coloquei em mim.

— Ei!

— Espera, você acha que esse cabelo não é visível até em cem quilômetros de distância? Quem dirá através do vidro.

Devagar, fui voltando a olhar lá dentro e, felizmente, Nathaniel agora olhava para o homem, que falava com ele. Priya também voltou a fazer o mesmo.

O homem pegou um anel da caixinha e o olhou, falando algo com o Nathaniel, parecendo admirado pelo objeto. Então pegou a mão do Nath e colocou o anel no dedo dele, como se dissesse “olha, que bonito”.

— Eu acho que é pra você sim... Aquele cara deve estar ajudando o Nathaniel a escolher.

— Não faz sentido nenhum. Aquele anel é de ouro.

— Então ele vai te pedir em casamento.

Comecei a rir, com o absurdo. — Ele nem me pediu em namoro, quanto mais em casamento.

— Vai ver ele vai fazer os dois de uma vez, do jeito que está apaixonado.

Revirei os olhos, mas um nervoso encheu em meu estômago, com o mínimo de possibilidade daquilo ser verdade.

Será? Tipo, será mesmo? Ele faria isso? Não posso negar que ele tem cara de quem faria isso, mas... está cedo demais... Cadê a aliança de plástico primeiro? E depois a de prata? De namoro?

— Eita, parece que eles estão brigando...

Voltei minha atenção para dentro da loja.

Nathaniel estava com uma cara brava enquanto o cara parecia estar explicando algo, com calma, com o anel na mão. Um pouco depois, o rosto do loiro se suavizou, mas pareceu que ele ficou preocupado. Então ele pegou o anel da mão do cara e o olhou de perto.

— Ih... tô falando. Até ele está pensando se te pede em casamento... Ai, será que ela ia aceitar? — disse com um tom sonhador, juntando as mãos e as colocando na frente do peito.

— Para de graça! — Dei risada, puxando as mãos dela dali.

A atendente saiu do balcão, e começou a andar em direção a outro, mas perto de onde estávamos. O homem e o Nathaniel a seguiram, e por um triz, me virei, e quase ele me viu.

Olhamos de novo, e Nathaniel estava caminhando para a porta.

— Se esconde! — falei baixo, desesperada, não sabendo para onde ir.

Priya pensou mais rápido e entrou na loja ao nosso lado, que era de brinquedos. Entramos e fomos para o fundo, em um corredor, que ainda dava para ver um pouco do lado de fora.

Estávamos de mãos dadas, com nossos corações acelerados, olhando para frente, para ver se ele passaria por ali.

Mas não passou, mesmo depois de dez segundos. Então começamos a rir.

— Será que ele viu a gente? — perguntei, com a mão esquerda no rosto.

— Não sei... se ele saiu da loja, talvez.

— Ai meu Deus...

Priya andou para a saída da loja e olhou lá fora, então fez final para eu sair. Olhei, e nem sinal do loiro.

— Vamos lá encher a barriga de besteira? — Ela perguntou rindo.

— Depois dessa espionagem toda, por favor. — Dei risada.

Nos enchemos de batata e sorvete e ficamos um bom tempo falando sobre o Nathaniel na praça de alimentação.

Depois, Priya me levou de volta pra casa e devolvi a touca dela.

Subi rápido, porque estava apertada para ir ao banheiro, e abri com tudo a porta do apartamento e já entrando. Dando de cara com Stelfs sentada na ilha e Castiel na frente dela, se beijando.

Dei um berro na hora, rindo. Eles me olharam, assustados.

— AHÁ! MAS EU SABIA! — Castiel encarou Stelfs, como se não tivesse planejado aquilo. — Não tem pra onde fugir agora, Stelfs. Fim da linha! — Comecei a rir igual uma louca.

***

Eu ainda estava rindo quando fui para o quarto depois de jantar e tomar banho.

Castiel e Stelfs, hein? Eu sabia. Sabiaaaaaaaaa.

Eles não me enganavam. Sabia que eles iam acabar se gostando. Ponto pra mim!

Eu acabei nem pensando mais no Nathaniel. Será que ele realmente estava comprando alianças? Pra nós?

Parte de mim achava impossível e outra estava totalmente eufórica.

Eu queria muito saber, mas é óbvio que eu não ia chegar nele e perguntar. Talvez ele estivesse planejando tudo? Tipo, um jantar, como ele sempre faz, e na sobremesa ele vai...

Tá, para de viajar. Esse é o meu problema quando me apaixono. Sempre fico viajando na maionese imaginando mil situações onde ele faz algo fofo.

Lembrei que Priya tinha pedido para ver as nossas fotos, então fui até meu notebook e o liguei. Passei as fotos para ela pelo Facebook, e claro que ela adorou.

Aproveitei para passá-las para o celular.

Como será que elas ficariam como papel de parede? Hm...

Coloquei a que eu estava segurando a toalha em volta do pescoço do Nathaniel, enquanto nos olhávamos sorrindo, parecendo dois bocós.

Opa, e não é que ficou boa...?

Deitei, olhando a tela do celular e sorrindo, também parecendo uma bocó.

Depois, ajeitei os bolinhos e tudo ficou no lugar. Fui dormir, mesmo estando agitada.

No intervalo das aulas, fui como sempre vender os bolinhos e fiquei no corredor do meu prédio. Nem precisei sair.

Estava esperando ver o Nathaniel, mas quem apareceu foi a Melody.

— Ei, Bia! — Ela sorriu ao chegar perto. — Tem bolinho aí?

— Ainda tem, se for rápida consegue pegar. — Brinquei.

— Então me dá um, por favor. — Começou a abrir a carteira que ela já estava na mão.

Tirei o bolinho e esperei ela pegar o dinheiro. Melody estendeu a nota de dois pra mim e eu notei um anel no dedo dela.

Uau, finalmente esqueceu o Nathaniel?

Segurei o riso e peguei a nota. — Obrigada.

— Eu que agradeço! — Riu e se afastou, parecendo toda feliz.

Vendi o resto dos bolinhos e voltei para a sala.

Só vi Nathaniel na saída e ele se aproximou, me abraçando e sorrindo, como sempre.

Eu não podia ficar esperando nada. Eu nem sabia se ele tinha comprado o troço!

Voltamos juntos e fui para o meu apartamento.

Almoçamos e fiquei o resto da sexta adiantando alguns trabalhos.

No sábado de manhã, levantei umas dez e pouco e fui tomar café. Stelfs já estava na mesa.

Me sentei na frente dela com minha xícara e, depois que eu comecei a comer, ela me olhou.

— Bia, tenho planos e você vai ter que ajudar — falou com uma carinha de quem ia aprontar.

Estranhei. — Como assim?

— Segunda é aniversário da Ester — sussurrou, se inclinando um pouco na mesa. — E eu queria fazer uma festa surpresa pra ela, porque ela anda um pouco desanimada, sabe?

— Hm... mas como vamos fazer algo? Ela nunca sai.

— Ah, vamos dar um jeito! Eu peço pro Lys sair com ela, qualquer coisa assim. Com certeza ele ia topar. — Sorriu.

— Ah, claro que ia... mas e as comidas? A decoração?

— Era isso que eu precisava de ajuda pra pensar. Você faz o bolo?

— Claro! Mas ela não vai perceber? Eu teria que fazer amanhã...

— É, eu queria fazer uns brigadeiros, uns beijinhos... Mas não sei como podemos tirar ela daqui.

Se a gente conseguisse fazer em outro lugar, seria bom e...

— Já sei! Eu posso pedir pro Nath pra fazermos as cosas lá. O que acha?

— Sério? Ele não ia ligar? — perguntou esperançosa.

— Claro que não! — Sorri, divertida. — Vou falar com ele depois.

Ela sorriu, dando pulinhos na cadeira, toda feliz.

Ester surgiu e fingimos estar conversando sobre outras coisas e terminamos de tomar café juntas.

Mais tarde, começamos a fazer faxina e, depois que terminamos, me troquei e disse para a Stelfs que eu ia falar com o Nathaniel sobre a festa.

Aproveitei e peguei o pendrive com as fotos e subi. Dei dois toques na porta e esperei.

Logo ela abriu e eu fui entrando. — Nath, estamos bolando um plano maligno e você vai ter que nos ajudar. — Parei perto do balcão e me virei para o olhar.

Ele fez uma cara de “o que você vai aprontar”, mas meio que rindo. — Como assim?

— Segunda é o aniversário da Ester e a Stelfs quer fazer uma festa surpresa. Mas precisamos de um lugar para fazer as comidas sem que ela saiba. Então escolhemos a sua casa para ser a sede da nossa missão. Deixa? — pedi, arregalando os olhos e juntando as mãos abaixo do queixo, fazendo cara de pidona.

Ele riu. — Mas o que eu ganho com isso?

— Caramba, como você é interesseiro! — Fingi estar ofendida, mas ri.

— Negócios são negócios. — Se aproximou, me abraçando pela cintura.

— Hm... — Ignorei minhas bochechas esquentando. — Olha, a Stelfs vai fazer brigadeiro... beijinho... Vai ter alguns lanchinhos... eu vou fazer o bolo... Então você vai poder provar antes de todo mundo.

— Hm... — Olhou para cima, pensando. Me olhou. — Mais alguma coisa?

— Como assim mais alguma coisa? Quer mais ainda?

— Ah... sabe como é. — Deu de ombros.

— Okay... você terá a minha bela companhia o domingo inteiro.

— Isso com certeza vale mais do que as comidas. — Sorriu se aproximando.

Afastei o rosto antes dele me beijar. — Isso foi um sim, então?

Ele riu. — Só digo se você me der um beijo.

— E eu só te dou um beijo se disser. — Coloquei a mão em cima da boca dele quando ele se aproximou de novo.

O senti beijando a palma da minha mão. — Sim, eu deixo. — Sua voz saiu abafada.

Minha mão saiu de cima de sua boca e foi parar em sua nuca, onde eu o puxei e o beijei.

Nathaniel me apertou e me levantou do chão enquanto me beijava.

— Obrigada — falei ao nos afastarmos um pouco e suspirei.

— Eu que agradeço. — Sorriu torto. — Ah, eu quero mais uma coisa. — Ficou sério.

— Eita. O quê?

— Que você dê algumas pausas no serviço pra me dar uns beijos assim.

— Hmm. Isso é obrigatório? — Fiz bico, fingindo estar chateada.

— Sim. Se não tiver isso eu não posso deixar.

Olhei para cima, pensando. — Okay, eu faço esse sacrifício. Só pela Ester.

— A Ester tem uma ótima amiga. — Ele sorriu.

— Ai, eu sei. — Brinquei.

De novo, ele se aproximou e tomou meus lábios, colocando uma das mãos em minha nuca, apoiando minha cabeça.

Ficamos assim sei lá quanto tempo e eu o olhei. — Preciso ir.

— Ah, já? Por quê? — Fez bico.

Sorri. — Eu preciso tomar banho e pensar no bolo da Ester... Ah! — Lembrei do pen drive e o peguei no bolso de trás da calça. — Toma. — Estendi para ele. — As fotos da Stelfs.

— Ah, obrigado. — O pegou. — Espera aí que eu já te devolvo.

Ele foi até a mesinha de centro e pegou seu notebook, que estava ligado e plugou o pen drive lá. Passou as fotos enquanto as olhava de novo.

— Elas ficaram incríveis.

— Também acho. É o fundo do meu celular também — falei como quem não quer nada.

Uma sobrancelha dele levantou e ele me olhou. — Ah é? Ele gostou?

— Bastante.

Depois que terminou, Nathaniel pegou uma foto em que estávamos nos olhando e a colocou como papel de parede.

— Olha, meu computador também gostou.

Dei risada e peguei o pen drive. — Que bom! Agora eu me vou. — Abaixei para dar um beijo nele, mas ele segurou minha cintura e me puxou, fazendo nós dois cair no sofá enquanto riamos.

Depois de conseguir fazer Nathaniel me soltar, voltei ao apê e fui pesquisar uns sabores de bolos.

Decidi que faria um naked cake de chocolate com doce de leite. Com certeza a Ester ia gostar.

Dormi relativamente cedo e, logo depois de tomar café, aproveitei que Ester ainda estava dormindo e avisei Stelfs dos planos. Ela ficou feliz da vida.

Peguei algumas tigelas, duas fôrmas e alguns ingredientes para o bolo, e Stelfs pegou os ingredientes para os docinhos e subimos para o apê do Nath.

Ele atendeu a porta com cara de sono.

— Opa, te acordamos? — perguntei, vendo a cara meio amassada e o cabelo bagunçado.

Ele sorriu, coçando um olho e deu passagem pra entrarmos. — Não, eu estava deitado só.

— Muito obrigada, Nath... Posso te chamar de Nath, né? — Stelfs perguntou enquanto deixávamos as coisas na ilha.

Ele riu. — Claro.

— Obrigada, sério. Estaríamos ferradas se você não existisse.

— Fico feliz por ajudar.

— Vamos lá pegar o resto das coisas e já voltamos — falei, puxando Stelfs pra fora de novo.

— Ok, sem pressa.

Descemos e subimos mais umas duas vezes. Na última, levei meu caderno de receitas — onde anotei a receita do bolo — e meu celular.

Nathaniel tinha trocado de roupa e estava tomando café quando voltamos.

— Dá licença, viu? — Stelfs disse indo pra cozinha.

— Fiquem à vontade. — Ele sorriu, divertido.

Me aproximei da mesa, ao seu lado, e me sentei, abrindo meu caderno e olhando a receita pela vigésima vez. Deixei meu celular ali do lado.

— Bom dia, Nath! — falei como se não tivesse visto ele ainda.

— Bom dia, Bia — disse gentilmente. — Já tomou café?

— Já, obrigada. — O olhei, admirando sua beleza matinal.

Apesar de ter trocado de roupa, os fios ainda estavam meio bagunçados. Eu ri e comecei a tentar arrumá-los.

Nathaniel sorriu com meu gesto. — Acho que não sei pentear o cabelo cedo.

— Eu percebi... — Em um movimento rápido, baixei as mãos, as deixando nas laterais do rosto dele e o beijei.

No mesmo segundo ele retribuiu, e sorriu quando me afastei. — O que foi isso?

— Nada. Um beijo de bom dia, pra começar bem.

— Então deixa eu retribuir. — Se aproximou e me beijou.

Stelfs pigarreou. — Eu sei que vocês são o casal fofura e tals, mas viemos aqui pra trabalhar, não é, dona Bia?

Demos risada e eu levantei. — É, dona Stelfs. Já estou indo.

Levei o caderno até a ilha e comecei a trabalhar. Olhei para o lado e vi Nathaniel com uma xícara azul na mão e o celular na outra. Aí percebi que era o meu celular.

Ele desbloqueou a tela e ficou olhando para ela. Então virou o rosto e me olhou. Balançou o celular e sorriu.

Sorri e suspirei, tentando voltar à tarefa.

Socorro, Deus, o que eu faço com esse homem...?

Ficamos lá, trabalhando, e às vezes Nathaniel vinha e beijava meu rosto e ia para a sala, ficar com o notebook no colo. Mas disse que se precisasse de ajuda, era só o chamar.

Fiz o recheio e o bolo e o deixei no forno. Ajudei Stelfs com os lanches enquanto ela fazia os docinhos.

Stelfs voltou para casa sozinha na hora do almoço, pra não ficar óbvio que estávamos juntas.

Almocei com o Nath no sofá dele, enquanto mais conversávamos do que víamos o que estava passando na TV.

Mais tarde, ela voltou e continuamos. Deixamos tudo no jeito.

Os docinhos enrolados e nas fôrminhas, os lanches dentro de potes fechados e o bolo no forno, bem tampado. Pois eu tinha que montá-lo no dia.

Stelfs desceu e eu fiquei mais um tempo por lá, dando os beijos de pagamento que não consegui dar mais cedo.

Lá para as dez voltei e disse que estava com o Nath.

Eu devia estar com uma cara bem cansada, pois a Ester riu e disse “vai dormir que acho que você está precisando”.

Fui tomar banho e capotei na cama logo depois.


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Notas finais do capítulo

Bia:
Geeente, party hard logo depois, hein!
O que vocês acham que o Nath foi fazer na loja?? Quero sugestões xD
Até quarta o/
Stelfs:
Eita, gente. Por que será que o Nath estava na joalheria? Será que tava comprando aliança pra Bia? D: E o niver surpresa da Esterzinha, hein? Não percam, que vai ser ÓTIMO! Até mais, cambada.
Ester:
Tan dan tan dan dan nananana ~Mission impossível theme.
E aí, curiosos pra saber por que Nath foi comprar alianças? Mais mistérios no ar MUAHUAHUAHUA
Espero que vocês tenham gostado de nos ver bastante aqui essa semana :) Mas na próxima voltamos ao normal (coro de aaaaa). Mas pelo menos teremos festaaa! Uhull!
Até quarta o/



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