Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 36
Azul


Notas iniciais do capítulo

Bia
OIIII PESSOINHAS! Vamos lá morrer (muito) com esses dois??? Ai gente, às vezes eu tenho vontade de morder o Nathaniel de tão fofo que ele é :~~
Vamos lá morrer, então. Segura que o capítulo tá imenso!
Boa leitura!

Ester
Olá, olá gente! Como vão vocês? Aproveitando a sexta-feira com a alegria ou todo mundo desanimado? Pois agora vamos animar isso aqui porque tem cap novo da Laços na área (e o povo grita: uhullll!!!).
Vamos lá com o loiro sedução e a garota dos bolinhos.
Boa leitura ;)

Stelfs
Oi, galerona! Como vocês tão hoje? Então, estou meio lerdando agora, mas vai dá tudo certo. O capítulo de hoje é muito amorzinho, vocês vão amar :) então, boa leitura.



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— É melhor eu ir para casa... — Nathaniel esfregou a mão direita em meu braço.

— Mas já? — Fiz bico.

Ele sorriu. — Fiquei praticamente o dia inteiro fora, alguém deve estar sentindo minha falta.

— Dá próxima você traz a Branca junto, aí vai poder ficar aqui mais tempo.

— Mais ainda? Desse jeito você vai enjoar de mim — disse com um sorriso brincalhão.

— Só para sua informação, não acho que isso seja possível. — Dei de ombros.

— Ah é? — Se aproximou e depositou um beijo carinho em minha bochecha. — Eu também não acho que seja.

Derreti um pouquinho com essa.

Virei o rosto e o beijei, segurando seu rosto. — Ok, eu te libero por hoje. Mas não se acostume com isso. — Levantei.

— Tudo bem, não me acostumarei. — Sorriu e me seguiu para a porta. — Quando vamos poder ver as fotos?

— Hm não sei, vou ver com a Stelfs e te falo. — Abri a porta.

— Estarei esperando. — Saiu para o corredor e me puxou para ele, beijando-me de novo.

— Ah, eu também... — Suspirei e ri.

Ele riu, beijou-me rapidamente e foi para o elevador. Esperei ele entrar, e depois fechei a porta. Fui para o corredor e entrei no quarto da Stelfs.

— Stelfs... — Comecei a rir com o susto que ela tomou. — Ixe, tá vendo coisa errada aí, é?

— Menina, você me assustou. — Me olhou com os olhos meio arregalados.

— Quem teme deve, hein. — Brinquei e me aproximei dela, olhando para a tela do notebook, vendo a pasta com todas as fotos e me inclinei. Então a pasta foi fechada. — Ei!

— Não senhora, você não pode ver — falou com tom divertido.

— Ora, por que não? Eu tô nessas fotos, é meu direito. — Fingi estar ofendida.

— Por que quero que todo mundo veja junto amanhã.

— Pra todo mundo passar vergonha junto?

Ela riu. — Exatamente. Tanto você e o Nathaniel quanto a Ester e o Lysandre que merecem por excesso de fofura.

Revirei os olhos mas corei um pouco. — Fazer o quê, né? Somos tão lindinhos juntos. — Dei risada. — Não que você e o senhor babão fiquem muito atrás.

— Senhor babão?

— Ele pode falar grosso, pode ficar com cara de bravo, mas ele deixou na cara que estava babando por você. E nem adianta vir com seus papinhos não.

Stelfs fez bico. — Bom, não culpo ele, eu estava bem diferente do meu estilo comum — disse se achando, e riu. — Mas não vem com seus papos doidos não.

— Meus papos não têm nada de doidos, são pura realidade... Eu queria ver as fotos antes de dormir, mas não vai ser possível, né?

— Não.

— Okay, eu aguento esperar até amanhã.

— De tarde.

— ... amanhã de tarde... — Comecei a sair. — Boa noite!

— Boa noite! — Ouvi ela rindo.

Sorri e fui pro meu quarto. Peguei meu pijama, tomei banho e me espalhei na cama, lembrando dos momentos com o Nathaniel na frente de todo mundo.

Gente, que vergonha... Com certeza minha cara fez parte das coisas vermelhas, porque olha!

Mas... o Nath foi tão fofo... Não que seja algo incomum, ele sempre é fofo... mas foi tanta fofura que meu coração quase explodiu.

Estou louca pra ver essas fotos! Com certeza vou mandar revelar algumas...

 

Dormi enquanto lembrava todos os olhares que trocamos durante a sessão.

Não levei bolinhos na sexta por causa da quinta agitada, e claro que muitas pessoas ficaram meio chateadas, mas é a vida!

Vi Nathaniel de longe na entrada, mas não o vi no intervalo. Talvez tivesse que ficar estudando para mais provas.

A manhã passou logo, quando vi estávamos almoçando.

Lá pras duas horas, o Castiel e o Lysandre viriam para ver as fotos.

É hoje que eu encho o saco do Castiel por causa disso!

Mas com certeza ele vai achar algo pra me importunar... Então é melhor pensar direito se quero encher ele.

A uma e pouco, Stelfs começou a arrumar os cabos para arrumar o notebook na TV, ficaria mais fácil de todos verem e passar uma vergonha maior.

Antes de ir chamar Nathaniel, me arrumei um pouquinho e me banhei em perfume.

— Vou lá chamar o Nath — falei para Stelfs, que estava arrumando a TV e Ester, que estava no sofá.

— Tá — responderam em uníssono.

Sai do apartamento e peguei o elevador. Ele parou no terceiro andar e eu abri a porta de segurança, dando de cara com...

Melody?

Nos olhamos rapidamente enquanto ela entrava no elevador e já fechava a porta, com uma cara brava e triste ao mesmo tempo.

Mas gente o que ela estava fazendo aqui?

Percebi que estava encarando o elevador, que já tinha descido. Me virei, bati na porta do Nathaniel e esperei.

O que será que aconteceu? Ela estava com uma cara de quem... discutiu e perdeu.

Será que ela veio encher o saco do Nath? Digo, será que ela não veio atrás dele pra...

Caramba, que demora.

Bati de novo. Já ia meter a mão na maçaneta quando a porta foi aberta.

Vi a cara séria do Nathaniel se transformar em um sorriso. Ele pegou minha mão que estava no ar e me puxou para dentro, me abraçando em seguida.

Estranhei, mas o abracei de volta.

— Está tudo bem? — perguntei baixo.

— Melhor agora que você está aqui. — Senti seu queixo mexer no topo da minha cabeça.

Seria muito fofo se eu não tivesse visto as caras de quem brigou...

Não sei se pergunto o que a Melody estava fazendo aqui ou se seria muita intromissão.

— Tudo bem mesmo? — O olhei.

— Nada com o que você deva se preocupar. — Alisou meu rosto com a ponta dos dedos.

— Mas você parece preocupado pra mim. E se você fica preocupado eu também fico.

Ele sorriu de leve. — Você viu a Melody, não viu?

— Vi... Ela não parecia nada feliz.

Suspirou. — Ela é muito sensível, fica chateada por pouco... — Ele viu minha cara de “estou curiosa mas não quero perguntar de novo”. — Resumidamente, nossos pais são sócios e ela acha que eu deveria demonstrar mais interesse nos negócios do meu pai, porque afinal, um dia eu vou herdar tudo.

— Mas o que ela tem a ver com isso?

— Pois é, é isso o que ela não entende... Mas enfim, às vezes eu preciso... dar um “chega pra lá” para ela se tocar.

— Ela veio até aqui só para te encher?

— Hoje tivemos um almoço em “família” — Fez aspas com os dedos. — E com os sócios da empresa, então como ela mora mais perto do que os meus pais, os pais dela me fizeram o favor de me dar uma carona. E ela insistiu que queria conhecer a Branca, então deixei ela subir. Mas logo ela começou com a conversa e eu a parei.

— Hm... Que tal você esvaziar a cabeça de coisas ruins e encher de coisas boas?

— Isso já aconteceu quando te vi, mas o que você sugere? — Brincou com meu cabelo, sorrindo.

— A Stelfs quer mostrar as fotos pra todo mundo na TV, pra passarmos vergonha, digo, pra vermos melhor.

Nathaniel riu. — A Stelfs se importa se demorarmos um pouquinho? — perguntou se aproximando.

— Hm... depende. Qual a nossa desculpa? — Sorri.

— Podemos dizer que queríamos fazer as fotos de novo, mas sem a câmera. — Abaixou e rapidamente me pegou no colo.

—AH! — Dei um gritinho e ri, segurando seu pescoço com medo de cair.

— Calma, não vou te derrubar. — Beijou a lateral do meu nariz.

— Eu sei que não... — O beijei com carinho.

Ficamos ali nos beijando por um tempo, até que eu me lembrei de que provavelmente estava todo mundo esperando a gente.

Então corremos para baixo e entramos, e dito e feito.

Todo mundo nos olhou quando entramos.

— Finalmente, hein. — Stelfs cutucou, sentada no chão perto do rack.

— Desculpe — sussurrei, pegando a mão do Nath e me aproximando do sofá.

— Podemos começar? — Stelfs perguntou animada.

— Sim. — Todos falaram, uns mais animados, outros normais.

Então Stelfs colocou a primeira foto, da Ester e do Lysandre.

Preciso dizer que ela fez cosplay de pimentão? E que escondeu a cara em quase todas as fotos que passaram?

As fotos deles ficaram tão fofas, bem com cara de romance de época!

Eu não podia nem rir da Ester, porque eu sabia que ficaria tão vermelha quanto ela quando chegasse a minha vez.

O que não demorou.

É óbvio que as minhas fotos com o Nathaniel ficaram lindas de morrer. Dava pra ver nitidamente que sentíamos algo um pelo outro. Fora as fotos que estávamos rindo. Elas também ficaram incríveis.

— Ah, que lindo. — Castiel disse cheio de sarcasmo.

— Fica quieto aí, babão, daqui a pouco é a sua vez — falei olhando pra ele.

Ele me olhou com a cara fechada. — Como é que é?

Segurei o riso e olhei para Stelfs, que estava com uma cara meio assustada.

— Eu só não vou falar nada porque a Stelfs já está passando vergonha suficiente por ter tirado fotos com você. — Não aguentei e comecei a rir.

Castiel começou a levantar e rapidinho a Stelfs segurou o punho dele e o abaixou de volta para o chão.

— Ela tá brincando, fica quieto aí.

— Ela vai ver só a brincadeira — disse voltando a sentar e olhar pra TV.

— Ai que medo — falei rindo.

Stelfs me lançou um olha de “mas você também, hein?” mas estava rindo também.

Então Stelfs passou para a próxima, e começou as fotos dela e do Castiel.

— Que modelo, hein, Stelfs? — Ester brincou.

— Ah, a gente tenta, né! — Riu.

— Nem precisava do Castiel, só esse seu batom vermelho já chama toda a atenção — falei com tom zombeteiro.

— O cabelo dele dá o toque especial. — Ester disse e Castiel a olhou, como se agradecesse. — Pelo menos tá com uma cara decente dessa vez.

— Dessa vez? — Castiel a olhou com os olhos semicerrados.

— É, ué. Tá apresentável.

Comecei a rir e Castiel olhou para Stelfs como se pensasse “Dá um jeito!”.

— Já chega ou ele vai sair correndo. — Ela riu.

Ele olhou tipo “Você não tá ajudando”. Ela ignorou e voltou a passar as fotos.

As fotos dos dois ficaram incríveis também. Ficaram com um ar diferente das minhas fotos e das da Ester.

E claro que na última, todo mundo riu, com a Stelfs no ombro do Castiel e ele levando ela e a guitarra para longe.

Você acha que eu não fiquei “hmmmm” com essa? Por favor, né.

— Mais espontânea, impossível. — Castiel disse, orgulhoso.

— Bota espontânea nisso — cochichei alto o suficiente pra ele ouvir.

Castiel deu uma levantada de sobrancelha pra mim e depois começou a falar algo com a Stelfs.

Eu dei risada e olhei para o Nathaniel. — E aí, gostou das nossas fotos incríveis?

— É claro. Quero uma cópia delas. — Segurou minha cintura, sorrindo. — O que acha de comemorarmos o fato de sermos bons modelos?

— Hm... — Fingi estar pensando. — Que tipo de comemoração?

— Eu posso fazer um jantar para nós, comemos à luz de velas, igual quando acabou a força, porque sei que você gostou... e podemos até dançar uma valsa se você quiser — disse brincando.

— Uau, que romântico. — Sorri. — Posso pensar no seu convite.

— Pensar? Então seja rápida.

— Por quê?

— Porque quero começar o plano agora.

— Mas que apressado, hein.

— Preciso ser ou corro o risco de outro te roubar.

Dei risada. — Até parece. Mas tudo bem, eu aceito porque não quero que ninguém venha tentar me roubar.

— Ah, é? Então tá. — Sorriu. — Vamos?

— Vamos, deixa eu avisar... — Olhei ao redor, vendo quem estava mais perto, e era a Ester. — Ester.

— Oi? — Me olhou.

— Eu vou na casa do Nath, tá? Avisa a Stelfs.

Ela deu um sorrisinho. — Tá bom.

Nathaniel pegou minha mão e saímos. Pegamos o elevador e entramos no apartamento dele.

Cumprimentei Branca, que estava em uma das cadeiras da mesa e senti Nathaniel me abraçando, cercando minha cintura.

— E aí, o que vamos fazer? — Apoiou o queixo no meu ombro esquerdo.

— Não sei, o que você quer fazer?

— Hm... Vamos ver um filme?

— Vamos ver Shrek? — perguntei animada, me virando de frente para ele.

Ele estranhou, mas riu. — Não sabia que você gostava desse filme.

— Você não sabe muitas coisas sobre mim. — Dei uma de misteriosa e sai de seus braços, indo até o sofá e me sentando.

Nath me seguiu mas se ajoelhou no chão e puxou minhas mãos. — Poderia me contar mais sobre você? Adoraria te conhecer melhor. — E deu um beijo rápido em meus lábios, com um olhar brincalhão.

Sorri, ficando corada. — Já que você insiste tanto, eu conto. — Brinquei.

— Ótimo. Pode colocar o filme? Vou fazer um pouco de pipoca. — Levantou.

— Sim. — Levantei e fui até o notebook que estava ao lado da TV. — Você realmente gosta de pipoca ou vai fazer porque eu gosto? — O olhei.

Ele parou no meio da cozinha e me olhou. — As duas coisas. — Sorriu.

Dei uma leve revirada de olhos enquanto sorria. Então me concentrei na minha missão.

Liguei o notebook e procurei o filme, liguei a TV  e deixei tudo no jeito. Voltei a me sentar enquanto dava umas olhadas para a cozinha de vez em quando.

Novamente, percebi como haviam vários detalhes azuis pela casa.

Todas as almofadas tinham estampas azuis. Os armários da cozinha tinham um tom de cinza meio azulado, sem falar que o Nathaniel quase sempre vestia alguma peça azul.

Ele voltou ao sofá, com uma tigela azul cheia de pipoca. — Pronto?

— Pronto. — Sorri e peguei algumas pipocas, enquanto dava play no filme.

Vimos o filme? Vimos, mas sempre falávamos algo que virava uma conversa, ou então trocávamos alguns beijos.

Não que eu tivesse ligado, né.

Mais tarde, ajudei Nathaniel com o jantar, comemos e lavamos a louça enquanto riamos de coisas aleatórias.

Lá para as dez horas comecei a ficar com sono.

Bocejei. — Acho que vou te deixar.

— Não! — Ele disse baixo, me abraçando e me puxando para ele. — Não vá — disse dramático.

Dei risada. — Está tarde. Você não dorme cedo?

— Mas o que isso tem a ver? Hoje é sexta, dia de dormir tarde, não é? — Brincou.

— Ah, é? Você quer ir para uma balada também?

— Minha cama se chama balada. — Riu.

— Que diferente. — Ri. — Para essa balada eu aceito ir. — Me espreguicei.

— É sério... dorme aqui hoje — pediu, encostando a cabeça no encosto do sofá.

— Hm, o que eu ganho com isso?

Ele riu. — Uma cama quentinha e cafuné até dormir.

— Parece bom. Mas vou ter que fugir um pouco.

— Por quê?

— Eu sei que a minha casa é muito longe, e por mais que demore, preciso ir lá tomar banho.

— Ah... tudo bem. — Fingiu estar triste. — Eu aguento... quanto tempo?

— Quinze minutos.

— Aguento quinze minutos. Pode ir lá.

Sorri e me aproximei, dando um beijo nele. — Okay, já venho.

Fui rápido, peguei o elevador e entrei em casa, vendo Ester no sofá com o notebook e dando risada.

— Está acordada ainda? — perguntei parando no meio da sala.

— Eu não durmo tão cedo assim. — Ela disse digitando algo no teclado.

Segui pro meu quarto, peguei meu pijama e fui tomar um banho rápido.

Pendurei minha toalha na lavanderia e fui para a porta, a abrindo.

— Onde você vai? — Ester estranhou.

Me virei e a vi me olhando. — Vou dormir no Nath. — Ela fez uma cara surpresa. — Boa noite! — Fechei a porta.

Dei risada sozinha e subi. Entrei no apartamento dele e fechei a porta.

Ele não estava mais no sofá.

— Nath? — Fui até o corredor.

Ouvi o barulho do chuveiro e resolvi esperar na sala. Eu até iria para o quarto dele, mas eu não sabia qual era.

Branca pulou no meu colo e eu fiquei brincando com ela. Pouco depois, ouvi a porta do banheiro ser aberta e Nathaniel saiu do corredor com sua toalha na mão.

— Ah, você já está aí? Que rápido. — Passou para a cozinha.

Ele estava vestindo aquela mesma calça do dia do falso incêndio, e eu me lembrei de um detalhe. Naquele dia, ele também estava sem camiseta, mas a diferença é que os pelos da Branca estavam cobrindo tudo.

Agora não estavam mais.

Meu rosto estava quente e eu tentei não pensar.

Okay, ele está na casa dele. Não liga pra isso.

— Vamos dormir? — O ouvi voltando e parando perto do sofá.

Deixei branca no sofá e levantei, o olhando diretamente no rosto e sorrindo.

— O que foi?

— O que foi o que? Vai, eu quero dormir! — falei brincando.

Ele riu. — Ok, ok. Deixa só eu apagar a luz da cozinha.

O olhei enquanto ele fazia isso, sentindo a cara pegar fogo. Fiquei de frente para o corredor com a mão na cara, esperando.

— Vem. — Ele disse, seguindo o corredor.

Admirei a obra de arte, digo, as costas dele — maravilhosas, por sinal. — E o segui para a primeira porta do corredor. O quarto dele ficava exatamente acima do meu.

Não tinha muita coisa de diferente do meu. A cama ficava na mesma posição, mas o guarda roupa ficava na parede da porta. E dos lados da cama haviam dois criados mudos.

Nathaniel foi até o guarda roupa e o abriu.

Me sentei na cama, e o vi pegar uma camiseta e a vestir. Ué.

Então, ele deu a volta na cama e sentou do meu lado. — Que cara é essa?

Tentei dissipar minha cara de surpresa. — Nada.

Ele sorriu e beijou minha bochecha. — Eu estou começando a te conhecer muito bem... — O olhei sem entender. — Eu vi que você estava com vergonha. Não quero que você se sinta desconfortável.

Corei de novo. — Não, Nath, você está na sua casa, para com isso.

— Não paro. — Riu. — Apaga a luz, por favor?

Levantei, apaguei a luz e voltei, me deitando ao lado dele. Ele me cobriu e me abraçou.

— Boa noite. — Me beijou rapidamente nos lábios.

Devolvi um beijo mais demorado. — Boa noite. — Me aconcheguei em seu peito e fechei os olhos, sorrindo.

***

Na manhã seguinte, tomamos café juntos e depois voltei para casa.

Claro que fui interrogada por duas amigas, mas expliquei tudo certinho para a alegria delas.

Depois fui para o meu quarto e olhei meu guarda roupa. E vi o pote de descolorante que estava pela metade.

Hm...

E foi assim que passei o dia inteiro descolorindo e pintando o cabelo.

Sabe de qual cor?

Isso mesmo.

Será que o Nath ia gostar?

Ficou um azul cobalto um pouco escuro, do jeito que eu queria.

No domingo, depois do almoço, resolvi fazer uma surpresa para ele.

Me arrumei um pouquinho e subi.

Bati na porta e esperei.

Segundos depois, ele abriu a porta e me olhou, meio paralisado com a boca levemente aberta.

Sorri, feliz, e entrei, já me virando para olhá-lo. — E aí, percebeu algo diferente? — Balancei meus cabelos ondulados, como em comerciais de shampoo. Ele estava com a mesma cara surpresa. Esperei, rindo.

— Espera, deixa eu processar isso. — Ele riu e se aproximou. Passou as mãos por meu cabelo, o olhando.

— Gostou da cor?

— Por quê... você pintou de azul? — Suas mãos pararam nas laterais do meu rosto.

— Ah... porque eu gosto de azul. — Dei de ombros, com cara de quem aprontou.

Ele riu. — Ah é? Não foi para me fazer ficar mais apaixonado por você?

Senti o rosto todo queimando, mas tentei ignorar a vergonha. — Ah, bom... não sei, depende... Se funcionou, pode até ser...

Nathaniel sorriu abertamente. — É, funcionou. — Se aproximou e me beijou.

O beijei de volta, sentindo meu coração mais acelerado do que leão quando está caçando.

— Você ficou linda — disse, ainda perto, acariciando meu rosto.

Sorri, sem graça. — Obrigada... — Olhei bem nos olhos dele. — Já você não precisa fazer nada para me fazer ficar mais apaixonada por você.

Vi as bochechas dele corando e ele riu. — Mas você também não precisa fazer. Eu já estava apaixonado antes disso.

Dei risada e o abracei, querendo esconder minha cara. — Eu também já estava.


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Notas finais do capítulo

Bia
Ai, gente, sério. Eu morro do coração toda santa vez que escrevo e releio. Esse Nathaniel é tão amorzinho. EU QUERO UM PRA MIMMMMM.
Espero que tenham suspirado bastante :33
Até quarta o/

Ester
Tchere tche tchere tche tchê, Nathaniel Lima e vocêêê (tá, parei).
Quem aí aprova o novo visual da Bia? Aposto que o Nath amou ♥
Até quarta, povo o/

Stelfs
O amor não é lindo, gente? E a gente nem gosta né? Kkkk É isso cambada. Até mais.



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