Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 32
E a colegagem never ends


Notas iniciais do capítulo

Stelfs:
Eu volteeeei e agora é pra ficar -q. Buongiorno, queridos! Apesar de não ter respondido ninguém, juro que li cada comentário e fiquei morrendo ('cêis são demais, povo!). No tempo oportuno responderei todas, prometo :3 Bem, mas vamos ao que interessa? Hoje é dia deles! Aquele casal que você põe fé: Stelfs e Castiel. Será que descobrem esse romance deles? Kkkk Vide e vede D: Buona lettura.
Ester:
Hello hello, gente! Olha só quem tá aqui de volta! *acena pra todos* Cansaram de tantos caps na semana passada? Espero que não kkkk De qualquer forma, voltamos a programação normal xD
Alguém tava querendo um romancinho escondido? Pois lá vem eles, Stelfs e Castiel, o casal mais treteiro dessa fic, chegando com tudo nessa quarta-feira kkk
Boa leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736807/chapter/32

Era a terceira vez que eu abria aquela aba do Facebook, sem saber o que fazer.

Ai que tééééédio.

Meus exercícios de História do Cinema já estavam prontos, minha resenha daquele bendito filme, okay, e todo e qualquer trabalho da faculdade também. Eu simplesmente não tinha mais nada pra fazer.  

Joguei minha cabeça pra trás na cadeira, olhando o teto do quarto com desânimo. A Bia, foi levar a gatinha do Nathaniel no veterinário com ele. Ester, saiu com Tamires. E eu, fiquei aqui em casa, alone.

Soltei um suspiro de desânimo e voltei a olhar a tela do meu computador. Gente, nem Candy Crush tá me salvando! Resolvi fechar tudo e desligar o note, enquanto me levantava da cadeira e me esticava toda.

 Espera aí! Por que tô aqui me deprimindo à toa se eu posso...

Abri um sorriso, saindo do quarto.

Parei em frente à porta dos meninos e bati nela com os nós dos dedos, esperando alguém vir abrir. Enquanto isso, ajeitava meus cachos com a mão, deixando eles com mais volume.

Nem sei pra quê eu tô fazendo isso se o Castiel vai desarrumar ele todo de novo... Enfim.

A porta do apartamento se abriu, revelando a figura do Lys nela.

— Oi — cumprimentei com a maior satisfação, abrindo um sorriso ainda maior.

— Stelfs — respondeu como se já me esperasse ali e me deixou entrar. — Desculpa, mas estou de saída — completou logo em seguida, continuando parado na porta.

Entrei no apartamento, encontrando Castiel deitado no sofá. Ele ergueu o queixo ao ouvir minha voz e nos viu. Foi impossível não sorrir. Opa, será que o Lys percebeu? Castiel se levantou do sofá em um pulo, vindo na nossa direção.

— Ah, tá tudo bem... — falei, balançando a mão na direção do Lys. — Eu já sou de casa, lembra? — falei divertida e ele riu.

— Além disso, ela está em boa companhia — escutamos Castiel responder e eu fiz uma cara de “Até parece” pro Lysandre.

— Fique à vontade — disse todo acolhedor e começou a passar pela porta. — Vou no mercado e volto já — completou, saindo no hall e fechando a porta.

— Tchau, Lys — me despedi com um aceno junto com um sorriso e voltei meu olhar pro Castiel, que já me encarava com um sorriso nos lábios.

— Não consegue mais viver sem mim, né, mocinha? — comentou vaidoso, me puxando pela cintura.

— Desse jeito, tá difícil — brinquei com um riso de canto de boca. Onde eu tô aprendendo isso, gente?

Bem, o resto, vocês já sabem.

Fui beijada por Castiel, que não me deu outra alternativa a não ser corresponder (até parece né?). Abracei seu pescoço, me abandonando naquele momento e subi meus dedos por seus cabelos, enquanto apoiava meu antebraço em seus ombros. E pus a mexer neles devagar, sentindo os fios macios do cabelo dele. Ah... como eu amava isso.

Ele se inclinou parcialmente na minha direção, me fazendo ajeitar minha coluna e sorri mentalmente com aquela preocupação de me deixar confortável.

Continuamos com aquele beijo, começando a nos desligar de toda e qualquer preocupação, inclusive o momento de o parar, quando um barulho súbito interrompeu aquele momento. Larguei Castiel em um impulso, dando de cara com Lys estagnado na porta.

Ah, caramba.

— Lys? — perguntei em um susto e Castiel se virou, encarando o amigo.

Droga, tô vermelha, tô vermelha, tô vermelha...

— Me desculpe interrompê-los — pediu com um sorriso maroto (deixa você, senhor Lysandre), passando direto pela sala.

QUÊ?! Como assim ele está agindo tão naturalmente? Cadê a cara de susto? As expressões arregaladas? Aquela frase solta sem querer? Nada.

 — Vim buscar minha carteira que havia esquecido — ele completou, passando pela gente. — Mas já estou de saída — entrou novamente no corredor.

— Ai que vergonha... — eu soltei, afundando a cara no peito do Castiel.

Ele começou a dar umas risadas, passando o braço pelo meu ombro e me juntando contra ele.

— Sossega, garota... Lysandre já é maior de idade — brincou, ainda agarrado comigo.

— Isso não diminui minha vergonha, Castiel — comentei com a voz abafada pelo corpo dele.

— Pronto — a voz de Lys apareceu na sala e me escondi ainda mais contra Castiel (okay, como se isso fosse adiantar, não é?). — Vou deixá-los a sós — quê?

— Ei, Lysandre — Castiel chamou e escutei Lysandre parar de andar. — A madame aqui está com vergonha de você — ele simplesmente soltou, piorando ainda mais a situação.

MAS COMO É QUE É?

Me ergui com rapidez, encarando ele com a cara fechada.

— Para de piorar a situação, seu idiota! — briguei, dando um tapa no braço dele e ele riu. Vocês acreditam nisso?

Lysandre olhou pra nós dois e soltou um sorriso alegre. Eu dou conta?

— Você é um ridículo! — falei, bufando e cruzando os braços. — Como que eu vou encarar o Lys agora? — disse, ainda com vergonha.

Lysandre me olhou com uma expressão estilo “Que cê tá dizendo, menina?”.

— Não se preocupe — ele soltou abrindo o sorriso das amizades. — Eu estava desconfiando que algo nesse sentido acabaria acontecendo — disse e eu e Castiel olhamos pra ele.

— Sério? — franzi a sobrancelha.

— Ah, sim — Lys respondeu naturalmente. — Castiel estava falando muito de você ultimamente — soltou como quem não quer nada e eu olhei Castiel no mesmo instante.

— Ah, é? — lancei minhas expressões de deboche/fofura e ele virou o rosto, corando.

Hummmm, que lindo!

— Você tá delirando, Lysandre — rebateu o amigo, cruzando os braços com as expressões nervosas e as bochechas rosadas.

Oun.

— Sem dizer que passou a visitá-la com mais frequência — pontuou e eu fiquei pensativa. É mesmo. — E prender o cabelo desde aquela noite — denunciou, me fazendo abrir um riso engraçado. Mas gente!

— Isso tudo só por que eu te elogiei aquele dia? — provoquei com uma voz divertida e ele ficou ainda mais irritado. Claro, sem deixar de corar.

Ah, quero aprender essas técnicas com o Lys.

— Vocês dois devem me amar muito mesmo — falou só pra não perder seu posto e foi até a cozinha pra disfarçar o desconcerto dele.

Castiel sendo ele mesmo, né, não?

— Tudo isso me levou a crer de que ele pudesse estar interessado em você — Lys terminou, olhando pra mim, que cruzei meus braços.

— Hum Hum — murmurei concordando e lançando pequenos olhares pro Castiel bebendo água na cozinha.

— Só não tinha certeza de que o interesse era recíproco — Opa! Agora foi pra cima de mim.

Corei no mesmo instante e passei a mão pelos cabelos, levando eles até minha orelha.

— Sabe, Lys... — comecei com insegurança. — Eu também tô tentando entender tudo isso... — respondi com um riso amarelo pro Lysandre, que concordou com a cabeça. — Por isso pedi pro Castiel que escondêssemos nosso caso — resolvi falar logo.

— Então... as meninas não estão sabendo? — perguntou, estranhando.

Neguei com a cabeça.

— Ela quer viver perigosamente — Castiel soltou, se jogando de qualquer forma na cadeira da bancada.

— E queria que você continuasse mantendo esse segredo, Lys — pedi, fazendo um bico. — Eu sei que a Ester é sua namorada e tudo o mais e esconder as coisas dela seria meio mancada, mas...

— Fique tranquila — ele me garantiu, abrindo um riso amigável e confiável. — Manterei esse segredo comigo.

— Obrigada — agradeci, me adiantando e o abraçando de felicidade.

— Tá bom, né? — escutamos Castiel soltar pra nós dois, se levantando e vindo até a gente com cara de tédio. — Será que agora posso continuar o “assunto” que eu tava tendo com a minha garota? — perguntou debochado, abrindo seu sorriso clássico e me abraçando pelo ombro.

HÃ?!

Lysandre deu uma risada vitoriana e eu só soube ficar vermelha. Como a pessoa pode nascer assim?

— Perdão — escutei Lys dizer. — Estou realmente de saída — reforçou, caminhando até a porta e saindo.

— Você é muito ridículo! — eu comentei depois que Lys saiu, me virando pro Castiel. — Como você pode fazer isso? — perguntei indignada, fazendo um bico chateado.

— Como se você não gostasse — soltou com seu jeito Castiel de ser, puxando meu rosto pra mais perto do dele, bagunçando meu cabelo.

Cabelo arrumado pra quê, né?

— Sai pra lá, garoto — fingi estar nervosa e tentei empurrá-lo, mas com o rosto dele tão perto do meu fica difícil né?

Castiel só riu e venceu a distância entre nós, me beijando mais uma vez.

...

Ele estava deitado no sofá e eu sentada no chão logo embaixo dele com a cabeça apoiada na sua barriga, deixando meus cachos espalhados por ela, enquanto ele mexia distraidamente neles. Olhei pro lado, vendo que ele estava concentrado assistindo o jornal da tarde e balancei minha cabeça com diversão, esfregando meus cabelos nele, fazendo ele rir loucamente e se remexer, tentando me tirar dali.

— P-Para, p-para — disse entre risadas, tentando afastar minha cabeça dele, enquanto eu ria muito daquela cena. — Você quer morrer, é, mocinha? — me perguntou, quase perdendo o ar e eu parei os movimentos, olhando pra ele com um sorriso.

— Tô muito nova pra morrer, “mocinho” — falei, imitando o apelido que ele sempre usa e me sentei de lado no chão, escorando meu braço no sofá e apoiando meu rosto com a mão.

Ele respirava forte, tentando recuperar o fôlego e olhava pra mim com um sorriso treteiro no rosto.

— Mas que audácia é essa, hein? — perguntou, empurrando minha testa devagar com a mão, brincando.

— De quem eu aprendi, será? — zuei, abrindo um riso também, tocando o braço dele sobre o sofá, o acariciando.

E ele esticou o braço, tocando meu pescoço com carinho. Sorri.

— Castiel, — resolvi começar um assunto. — Você e o Lys são amigos há quanto tempo? — perguntei, enquanto trocávamos carinhos um com o outro.  

— Quê? — me perguntou, parando de mexer no meu pescoço e fazendo uma expressão de quem não tinha entendido.

— Você e o Lys, são amigos desde quando? — repeti a pergunta.

— Desde o Ensino Médio — me encarou esquisito. — Por que tá perguntando? — continuou olhando pra mim.

— Ah... — respondi. — É porque o Lys parece te conhecer tão bem... — falei, largando o braço dele e me concentrando na conversa. — Que achei mesmo que tivesse bastante tempo que se conhecessem.

— Nós estudamos na mesma escola desde o 1º ano — ele respondeu.

— Você tem cara de quem era magrelão e cheio de espinha na adolescência — falei zuando, enquanto ria descaradamente.

Ele me olhou incrédulo.

— Você tá maluca? — perguntou em um desaforo. — Claro que não — respondeu rápido. — Eu era o carinha mais bonito daquela escola — disse vaidoso.

— DU-VI-DO! — falei em pausas, abrindo um riso engraçado. — Aposto que era o Lys — soltei só pra colocar lenha na fogueira e ele pareceu indignado.

— O quê?!

Castiel se sentou no sofá com muito ímpeto. Caraca! Toquei no ponto fraco.

— Vou te provar que não — saiu do sofá, passando por mim, caminhando pela sala com determinação.

E eu continuei sentada, vendo aquela movimentação. Challenge accept com sucesso!

Castiel caminhou pela sala com determinação, passando pelo corredor e entrando na segunda porta dele. Eu acompanhei aquele movimento, balançando a cabeça com graça e achando inacreditável que ele realmente se sentisse tão incomodado com isso.

Ai, meu Deus...

Segundos depois, ele voltou com uma caixa de papelão preta equilibrada em uma mão. E colocou a caixa entre nós, se sentando no chão de frente pra mim.

— Essa é a caixa preta da sua vida, é? — brinquei, de olho na tampa da caixa que era tirada por ele no mesmo momento.

Ele a largou do lado dele e ergueu o rosto, me encarando.

— Olha aí — soltou, escorando seu braço esquerdo no sofá.

Fiz uma expressão confusa.

— Quê? — é isso mesmo que eu tava pensando?

— Não tem nenhum bicho aí, não. Anda logo — me impulsionou.

Lancei um olhar pra dentro da caixa e mexi dentro dela, tirando algumas fotos que estavam logo ali em cima. Comecei a passá-las, observando cada uma delas e abrindo um sorriso em cada cena. Engraçado como Castiel quase não havia mudado. Ele acompanhava meu olhar atento, abrindo aquele sorriso vaidoso e “sou demais” dele. Até que...

— Ah, meu Deus! — gritei de repente, fazendo ele me olhar em um susto.

— Que foi? — perguntou em um tiro.

— Isso — falei, virando a foto pro lado dele, que riu abertamente.

Era uma foto do Castiel sentado e escorado na parede da escola com o celular na mão, parecendo perdido em alguma coisa na tela dele. Mas o problema não era esse. O problema era...

— Seu cabelo! — falei espantada, arregalando os olhos, enquanto virava a foto de volta pra mim. — Era preto! — exclamei, ainda incrédula. — Eu não acredito, Castiel!

Ele arqueou uma das sobrancelhas.

— Você não achou que meu cabelo fosse naturalmente vermelho, né? — perguntou com diversão na voz e eu fiz um bico de chateação.

— Claro que não — respondi, largando a foto em cima do sofá junto com as outras. — Só não imaginei que era preto — conclui o pensamento, enquanto pegava mais algumas de dentro da caixa.

Foi então que percebi que havia pegado uma coisa mais “grossinha” no meio delas e as espalhei na mão para ver o que era. Senti que Castiel me olhou um tanto apreensivo quando eu ergui aquele passaporte no ar.

— Você tem um passaporte? — perguntei, achando isso um item estranho pra quem não tem nem vinte anos. — Que interessante — comentei, começando a abri-lo, quando Castiel o arrancou da minha mão em um impulso.

— Sua mãe não te ensinou que é feio olhar os documentos alheios? — perguntou um tanto nervoso e eu vi que ele não estava brincando.

— Desculpa — falei, ainda não entendendo porque ele estava tão incomodado com um simples passaporte. — Eu só queria ver como é um, nunca vi — expliquei, tentando acabar com aquele clima esquisito que ficou.

Estranho isso.

Abaixei novamente minha cabeça, fingindo que estava vendo as fotos que tinha tirado de lá junto com aquele passaporte, quando meus olhos encontraram...

— Gente! — eu gritei de repente, começando a rir igual a uma louca e Castiel me olhou de novo, suavizando as expressões antes carrancudas. — Mas o que é isso? — perguntei pausadamente, virando a foto pro lado dele, que me encarou assustado.

— Me dá isso aqui, garota! — rebateu, tentando tirar a foto da minha mão, mas eu desviei dele, me levantando rápido.

— Nem pensar — falei com graça, olhando a foto de novo e rindo. — Eu vou levar comigo pra eu rir quando tiver na bad — respondi engraçada e ele se levantou em um impulso.

Opa.

— Mas que engraçadinha você — disse ironicamente e tentou tomá-la de mim. — Me dá isso agora — falou com raiva, vindo na minha direção e eu comecei a andar pela sala.

— Não mesmo — brinquei, ainda rindo, enquanto me afastava dele, que avançava com rapidez pro meu lado.

Gente. Era uma foto do Castiel vestido de lobo mau em uma peça da escola. Vocês acham mesmo que eu ia perder essa oportunidade de zuar com ele? Nem matando!

Começamos a correr pela sala feito dois malucos. Eu, com a foto na mão, rindo igual uma condenada e ele, com seu braço engessado, tentando me alcançar. Posso ser mau corredora, mas sei me desviar muito bem de obstáculos. Ponto pra mim. Passei entre os sofás correndo e rindo, quando Castiel pulou por cima de um deles, quase acabando com a casa que eles tinham. Desviei e voltei pela sala, já perdendo minhas forças, quando a porta se abriu... De novo.

— Mas o qu..? — Lys ia perguntar, mas nem teve tempo porque corri e me enfiei atrás dele.

— Me defende, Lys — falei com ele, brincando e caindo na gargalhada e ele não entendeu nada.

— Ei, isso é golpe baixo! — Castiel exclamou, apontando pra mim/Lysandre, enquanto parava de frente pro amigo, arfante e rindo.

— É um golpe alto, na verdade — soltei essa piadinha ruim. — Muito alto, por sinal — completei, “apresentando” Lysandre com a minha mão e Castiel balançou a cabeça, começando a rir do meu trocadilho ruim.

— Mas, afinal, o que está acontecendo aqui? — Lys se manifestou, entrando no apartamento e eu o segui.

Encostei a porta do apartamento deles, me recompondo daquela maratona. Olhei pra Castiel, que cruzou os braços, bufando. E ri divertida/treteira.

— Você já viu isso, Lys? — perguntei, mostrando a foto pro Lysandre e Castiel fez uma careta fingindo tédio.

Lysandre encarou aquela foto e abriu um sorriso nostálgico.

— A peça da escola — disse, enquanto olhava a fotografia e andava em direção à bancada. — Ótimas recordações — sorriu, deixando as sacolas sobre ela e tirou a foto da minha mão.

Castiel deu uma risada engraçada, começando a mexer nas sacolas que Lysandre havia trazido.

— Isso porque ele foi um veado nessa peça — disse em um tom de brincadeira, tirando as coisas de dentro das sacolas.

— Sério?! — perguntei pro Lys, me sentando em uma das cadeiras da bancada e recebendo um beijo surpresa de Castiel, me fazendo olhar pra ele em um susto e um “corado”.

Ele riu abertamente.

— Ah, sim — Lysandre saiu daquele momento “memories” dele com a foto e se voltou pra nós. — Nada de extraordinário, na realidade — começou a guardar as coisas que Castiel tinha tirado das sacolas. — Era um papel somente.

— Entendi — falei e abri um sorriso.

Por que tão maduro, não é mesmo?

Me ofereci pra ajudá-los a guardar as compras, enquanto continuávamos a conversar sobre os tempos de escola da gente. Vira e mexe, Castiel vinha dando umas “demonstrações de amor” na frente do Lys, me deixando mais sem graça que as piadas do Faustão.

Ele gosta, né?

E Lysandre ainda acha graça. Deve tá acostumado, o pobre coitado.

O caso é que era tão... bom não ter que ficar me escondendo. Mesmo que eu ficasse com vergonha de vez em quando. Ainda assim...

Resolvemos tomar café da tarde juntos, antes de eu e Lysandre irmos pro café e fui percebendo como era interessante ver que Lys não se incomodava de estar ali entre a gente. E tampouco a gente se incomodava de tê-lo ali. Sei lá, talvez a maioria das pessoas diriam: “Ai, fica aí segurando vela, nhe nhe nhe...”, mas... acho que conseguíamos transitar muito bem nisso. Até porque Lysandre é um amigo em comum. Enfim, chega de meditações por aqui.

Me despedi dos meninos pra poder ir pra casa me trocar e combinei de encontrar com o Lys dali há trinta minutos. CLAAAAARO, óbvio que Castiel não me deixou ir embora sem me beijar antes e acabar de vez com todo pudor que eu tava tendo até ali com o Lys. Esse ridículo. Adora me fazer passar vergonha.

Entrei no apê, tomando um banho rápido e vestindo meu uniforme mais rápido ainda. Organizei a minha bolsa, peguei um casaco e me despedi das meninas, sumindo dali. Me aproximei da porta e bati nela com os nós dos dedos, colocando meu outro braço embaixo do casaco, esperando alguém abrir. E adivinhem só quem foi?

— Que você tá fazendo aqui? — perguntei com uma cara estranha pra Castiel, que estava bem arrumado, por sinal e cheiroso. Como sempre.

— Eu moro aqui? — rebateu com uma risada gostosa e balancei a cabeça, fazendo uma cara de: “Isso eu sei”.

— Né isso não, idiota — soltei engraçada — O que quero dizer é: ONDE você vai? — reformulei a pergunta.

— Está com ciúmes, por acaso? — me devolveu e revirei os olhos. Meu Deus, custa responder uma pergunta?

— Não, Castiel — respondi irritada — Só tô achando estranho você bem arrumado assim — comentei, cruzando os braços e ele abriu um sorriso.

— Vou no café ver o pessoal da banda — me respondeu (Glória a Deus!) com seu riso de lado.

Eu estreitei os olhos, abrindo um sorriso de quem se acha.

— Só isso mesmo? — completei, começando a achar engraçado isso.

— Claro — ele soltou, mas sua voz parecia meio... insegura (?) — Que outro motivo eu teria de ir até lá? — perguntou sem educação, mas suas bochechas estavam rosadinhas.

AWNN *coração*

— Pronto — Lys chegou na porta, todo trabalhado no vitorianismo.

— Hummmmmm — eu fiz, mexendo com ele e os dois me olharam estranho — Você tá muito elegante, senhor Lysandre, vou contar pra Ester, viu? — impliquei com o Lys, que me olhou surpreso.

— Elegante? Me vesti como habitualmente me visto — respondeu, passando pela porta e ficando junto comigo.

— Você lembrou de pegar sua carteira dessa vez? — Castiel o relembrou, enquanto puxava a porta e a fechava e Lys assentiu com a cabeça. — O bloco de notas? — mais um sim com a cabeça. — Seu celular? — Lysandre concordou. — Então podemos ir — finalizou, trancando a porta.

Esses dois, viu? Como diria a Ester: é muita broteragem.

Comecei a rir dos dois, enquanto chamava o elevador. E entramos nele assim que chegou. Passamos pela recepção do prédio juntos e saímos na rua, começando a caminhar pela calçada. Iniciávamos uma conversar sobre música, quando senti uma coisa puxar minha mão de repente. Olhei pra baixo em um susto. Castiel riu ainda mais com o meu susto e estreitou nossos dedos, andando comigo de mãos dadas pela rua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Stelfs:
Olha aiiiiiiiii, minha gente! Kkkk Mas desse jeito não resta muito tempo kkkkk. Espero que mais ninguém fique sabendo desse romancinho xD Bom, agora sim, nos vemos nos reviews ;)
Ester:
Eu ouvi apostas de que esse romance ficaria escondido por no máximo mais três caps e parece que temos uma vencedora kkkkk Esses dois, nem pra serem discretos kkkk
Até sexta, gente, e se preparem, pois o casal mais vitoriano dessa fic (q?) vai voltar com muita fofura kkkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Laços" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.