Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 24
Ou vai ou racha


Notas iniciais do capítulo

Stelfs
E aí, meu povo? Prontas pra mais uma aventura de Stelfs e Castiel? Sim? Claro? Pois, então, apertem os cintos que a emoção é por nossa conta ;)
Buona lettura.

Ester
Olá olá gente! Dessa vez, voltamos a programação normal -qqq
Sobreviveram ao cap anterior? Kkkkkk Preparem os hearts porque esse cap vai vir com tudo, junto do Castiel kkkk
Boa leitura ;)

Bia:
Hei pessoinhas! Olha, se preparem porque o capítulo é DEXTRUIDOR
Boa leitura!



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Senti meu corpo ser puxado pra trás e me virei com tudo, me deparando com Castiel na minha frente.

Nossos olhos se encontraram no mesmo instante.

Ele tinha a respiração alterada, os cabelos molhados e pregados no rosto, a jaqueta amarrada na cintura e salpicada de água, a camisa colada em seu corpo pela chuva. E o gesso, totalmente derretido.

Então, um barulho alto de estouro se fez e a luz apagou de repente.

Meu coração acelerou com o susto que levei e fiquei sem saber como reagir, apesar de ainda sentir os dedos de Castiel me pressionando pelo braço. Isso me acalmava de certa forma. Então senti ele se movimentar no escuro e permaneci ali. Ele continuou segurando meu braço, como se temesse que a qualquer momento eu saísse correndo.

 E em instantes, nós dois fomos iluminados pela lanterna de seu celular. Só então fui ver que ele estava mexendo o braço que não deveria.

Quando ele vai aprender que... ah, quer saber? Que se exploda.

— O que deu em você?! — ele me perguntou intrigado e confuso, depois de longos segundos em silêncio.

E o que responder nessa hora? “ Eu estou apaixonada por você e não sabia?”. Ah, tá. E ganhar o restante da vida de gozação na minha cara? Não, obrigada.

Desviei meu olhar do dele, abaixando a cabeça. E forcei ainda mais os braços, cruzando-os com mais força.

— Você é um idiota, Castiel — me limitei a dizer isso.

— E posso saber por quê? — sua voz oscilava entre a preocupação e a irritação.

Eu o olhei imediatamente. Como ainda pode me fazer uma pergunta dessas?

— Por quê?! — respondi em um impulso, sentindo que minha raiva começava a me controlar e ele me olhou assustado. — Como você pode ir conversar com a Cindy e me deixar sobrando? — perguntei irritada, mantendo meus olhos nele. — Que consideração é essa que você tem por mim, hein, Castiel? — fiz uma pergunta retórica, sentindo que tremia com isso.

— Essa aqui — simplesmente me respondeu.  

E me puxou pelo braço em um impulso, me trazendo pra mais perto dele. Seus lábios tocaram os meus de repente, me surpreendendo.

Hã?!

Meu coração acelerou com aquele movimento súbito e fiquei por alguns segundos sem saber como reagir. Ele se soltou de mim, afastando o rosto de repente, totalmente desconcertado com aquilo.

— Me desculpa, eu... — Castiel disse, soltando meu braço devagar.  

O celular pendido do lado do seu corpo, iluminava parcialmente seu rosto tomado pelo rubor. E eu soltei um riso delicado. Droga, eu simplesmente amo quando ele fica envergonhado. Segurei a gola de sua blusa e o aproximei de mim.

— Não por isso — respondi com um sorriso e levantei meus pés, devolvendo o selinho que havia ganhado segundos antes.

Ele se assustou no início, mas depois abriu seu clássico sorriso e se inclinou em minha direção, aproximando seu rosto do meu. Senti sua respiração bem perto da minha e meu estômago gelou na hora, ansiosa com aquele momento. Seus lábios tocaram os meus de novo e soltei um suspiro falho, fazendo ele rir. Subiu sua mão até minha nuca, segurando-a com firmeza. E um sorriso delicado se desprendeu dos meus lábios.

Eu sei.

Ele é o Castiel.

O garoto sem educação, irônico, egocêntrico e de personalidade ácida que tanto me irrita. Mas também é o garoto da moto, dos solos maravilhosos de guitarra e dos cabelos vermelhos que tanto me encantam. O vizinho que me enche a paciência, que eu quero matar todos os dias, que me faz perder a única sanidade que ainda tenho. Mas também é o cara que eu descobri que estou... gostando.

Fechei meus olhos instantaneamente e ele nos introduziu naquele beijo. Todos os meus outros sentidos se aguçaram de uma vez. Um misto de sensações me invadiu e pude perceber todos os detalhes daquele momento. O perfume dele, o som que nosso beijo fazia, o toque suave e ao mesmo firme dele em mim.

Senti minha cintura ser enlaçada por ele com dificuldade. Espera aí, ele tá usando o braço quebrado? E meu corpo foi puxado por ele. Ah, deixa pra lá. Levantei meus braços até alcançar seu pescoço. E parei meus dedos nele, fazendo-o sentir o quanto minhas mãos estavam geladas. Ele fez um movimento repentino com o frio que passei pra ele e eu ri mentalmente daquilo. Me enlacei ainda mais nele.

Subi minhas mãos até seus cabelos, brincando com eles. E ficamos ali por mais algum tempo, nos deliciando com aquele momento.

Castiel foi tornando o beijo mais lento e pude desfrutar dele ainda mais, captando os movimentos, gostos e sons que ele trazia. E parou instantes depois, com um suspiro profundo e arfante. Eu suspirei também, deixando o ar passear dentro de mim com calma. Mas permaneci com os olhos fechados, sentindo os dedos dele ainda entrelaçados nos meus cabelos e os outros que seguravam minha cintura com segurança.

Continuei mexendo em seus cabelos, me perdendo naquele misto de emoções, sensações e sei lá mais o que você quiser colocar aqui. E abri os olhos, encontrando o rosto parcialmente iluminado dele. Tinha seu sorriso enviesado estampado no rosto. E me encarava com um olhar divertido. Eu abaixei a cabeça com vergonha do que tinha acabado de acontecer, deixando que um riso leve se desprendesse dos meus lábios.

— Até que você beija bem — ele disse debochado e eu levantei a cabeça, erguendo a sobrancelha.

— Como se tivesse chance de ser ruim — comentei brincando, abrindo um riso estilo o dele.

E ele riu, corando as bochechas e me fazendo dá um rápido selinho nele por isso.

— Gostou, né? — O escutei perguntar, enquanto ria satisfeito da minha atitude.

Dei de ombros de maneira divertida.

— Você quem tá dizendo — falei como quem não quer nada.

— Espero que tenha entendido o tipo de consideração que tenho por você — soltou de repente, enquanto enlaçava ainda mais seus dedos por meus cabelos e mexia neles.

— Deu pra perceber — comentei meio envergonhada, meio brincalhona, mas o sorriso continuava estampado no rosto.

— Ou eu vou ter que fazer isso de novo pra você ter certeza? — me desafiou com seu riso meia boca.

Fingi estar pensando, colocando o dedo no queixo

— Não parece má ideia — comentei logo depois, olhando pra ele.

Minha cintura foi puxada pra mais perto dele e Castiel já sorriu, me fazendo prever o que viria depois. Também sorri, vendo que ele aproximava seu rosto do meu. E fechei os olhos, me abandonando em seus braços.

Eu não sabia como me sentir nesse momento. Tudo isso parecia tão estranho e, ao mesmo tempo, tão natural. Não conseguia parar de pensar que eu estava gostando dele. Não conseguia, na verdade, parar de sentir que gostava dele. Cada movimento, toque e sorriso eram despertadores dentro de mim, denunciando o que eu não queria admitir há algum tempo. Meu Deus, havia tanto tempo que isso não acontecia comigo. Que... eu nem sei como reagir.

Na realidade, não queria pensar nisso agora.

Passei um dos meus braços ao redor da sua cintura, sentindo o tecido molhado e frio de sua camisa. E o abracei parcialmente, enquanto nos beijávamos sem previsão de parar. Castiel desceu o outro braço, atando-o também junto à minha cintura, delineando-a com seus braços e me rodeando com eles. E soltei um respiro profundo, trazendo minha mão pro seu rosto. Encontrei sua franja parcialmente caída por ele e a levei pra trás da orelha, aproveitando pra lhe fazer um carinho.

Ele me virou e me encostou no vão entre as duas escadas, mantendo uma distância considerável entre nós.

Por mais que eu quisesse acreditar que Castiel fosse aquele tipo de cara babaca, preciso admitir: me sinto derretida por ver que ele não está ultrapassando os limites comigo.

Me entreguei ainda mais àquele beijo, me sentindo tão segura em seus braços e desci o outro braço para sua cintura também, abraçando-o ainda mais. Ele foi diminuindo o ritmo de seus movimentos, me levando a acompanhá-lo. E terminamos esse momento com um selinho profundo. Separamos nossos lábios, respirando fundo. E ri, me sentindo extremamente boba com aquilo. Escutei uma risada discreta dele e então me dei conta de que ele também estava sorrindo. Estreitei meu abraço, indo com tudo pra cima dele e vencendo a pequena distância que havia entre nossos corpos e encostei minha cabeça em seu peito, pegando-o desprevenido.

Castiel cambaleou alguns passos pra trás com o impacto daquele abraço e se firmou, sustentando nossos corpos.

Senti ele guardar o celular no bolso da calça, tornando o ambiente totalmente escuro. E me abraçou pelos ombros logo depois, me trazendo contra ele ainda mais. Suspirei, sentindo o calor aconchegante que seu corpo trazia e sorri. Ele passou o braço pelo meu rosto, parando-o na minha cabeça. E bagunçou meu cabelo em um carinho incrível.

Não existiriam palavras que descreveriam o que foi esse momento.

Ele afundou o rosto no meu pescoço e não fiz mais nada, a não ser fechar os olhos. E tentar entender o que eu estava vivendo nesse momento. Simplesmente ficamos por ali em silêncio e no escuro. Escutando nossos corações e respirações. Nos sentindo e sentindo tudo que estava ao nosso redor.

Então escutamos o barulho da porta das escadas ser aberta e eu me soltei dele em um susto, puxando uma risada de Castiel. 

— Pra quê esse susto todo, mocinha? — ele me perguntou sarcástico e balancei a cabeça, também rindo.

É, tem coisas que nunca mudam.

Escutamos passos ecoarem pela escada junto com um indício de luz que parecia vir do lance de escadas de baixo. Castiel vasculhou o bolso atrás do celular.

— Tá na hora de ir pra casa — comentou, ligando a lanterna e iluminando meu rosto cheio de vergonha.

Ai, caramba. Pega no flagra. De novo.

Ele deu seu sorriso meia boca. Mas também não estava muito diferente de mim. As bochechas estavam parcialmente vermelhinhas. Também sorri com aquilo e começamos a subir as escadas. Cruzei meus braços, segurando-os com as mãos, enquanto as esfregava neles para ver se parava de sentir frio. Castiel me lançou um olhar de lado e começou a desamarrar a jaqueta da cintura, jogando-a em cima de mim, assim que conseguiu. Tirei a peça da minha cara e o olhei confusa.

— Só pra você não perder o costume — respondeu sem ao menos me olhar. Aquele sorriso estampado em seu rosto.

— Ah, tá — respondi com graça, fingindo não tá nem aí.

E vesti a jaqueta, já sentindo seu perfume. Ri de maneira nostálgica. Terminamos o último lance de escadas, vendo a porta que dava acesso ao segundo andar na nossa frente. Castiel iluminou-a e eu a abri, nos fazendo entrar no nosso hall. Ele continuou lançando luz pro lugar, nos direcionando pra porta do meu apê.

Caminhamos até ela, me fazendo repassar tudo aquilo que havia acontecido naquela noite. Eu... ainda não conseguia entender como havíamos chegado até ali. E... também não sabia o que fazer dali pra frente. Meu Deus, era o Castiel! O garoto que até então eu não queria nem saber. O garoto da barulheira da madrugada, que as meninas simplesmente não toleram. O vizinho egocêntrico e teimoso. Difícil. Era ele.

Paramos de frente à minha porta e eu a destranquei, abrindo-a parcialmente e vendo que não havia ninguém na sala. Me virei pro Castiel, passando a mão pelos meus cabelos e os colocando atrás da orelha.

— Bom, — soltei, sentindo um misto confuso de sentimentos dentro de mim. — Então, boa noite — me despedi, dando as costas pra ele e já entrando em casa, quando ele me enlaçou pela cintura com um dos braços.

— Vem cá — disse, me virando de novo pra ele e me beijando mais uma vez.

Dessa vez foi algo rápido e superficial. Ele me soltou, sorrindo do jeito de sempre.

— Pra você dormir bem — falou com satisfação e balancei a cabeça.

— Você não tem jeito mesmo — comentei rindo e ele piscou com diversão.

Sorri pra ele e lhe dei as costas, entrando no apartamento. E o olhei pela fresta da porta, antes de encostá-la e trancá-la. Escorei minhas costas nela, olhando pra um ponto perdido à minha frente, encarando a penumbra que a luz da lua trazia pra dentro da nossa sala.

Meu Deus. O que foi essa noite?


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Notas finais do capítulo

Stelfs
GENTENEY! Mas que que taco tecendo aqui?! D: Isso mesmo que você viu: um beijo maravilhoso! kkkkk Tô doida pra ver a reação de vocês! kkk Nos vemos nas reviews ;)

Ester
Notas finais:
Tem alguém vivo aí? Porque dessa esse dois vieram com tudo MESMO kkkkkk Preparem os hearts pros próximos, porque vamos saber o que que deu depois desse feriado :D
Até sexta o/

Bia:
Geeeeeeeente sério, estávamos prevendo esses beijos, vai -qq
Nossos shipps se realizando ♥
Até sexta o



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