Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 20
Nos embalos de Ed Sheeran


Notas iniciais do capítulo

Ester:
O cap a seguir é um oferecimento de Edinho Sheeran: embalando nossos melhores momentos românticos -q
Olá olá, meu povo! Finalmente chegamos no cap 20, aeeee *solta fogos *. Preparem os seus hearts pra toda essa fofura e emoção kkkk
Boa leitura ;)
Bia:
Oi pessoas! Tudo bem?
Lá vamos nós com mais um capítulo amorzinho da dona Ester! :3
Esperamos que vocês deem gritinhos igual a nós xD
Boa leitura.
Stelfs:
Gennnnte! Finalmene chegou o grande dia! Ai, caramba, tô ansiosa pra saber o que vocês vão achar! Espero que gostem!
Buona lettura :3



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Peguei o celular de cima da cama e pluguei os fones, colocando a minha playlist “animação”. Depois de fazer um pouco de calor mais cedo, era perto das cinco da tarde e começava a refrescar. Eu amo fazer caminhadas esse horário, quando não estou com preguiça, é claro. Por sorte, era um desses dias.

Começou com Center of Universe do Kamelot e eu já sai toda animada do quarto, enquanto o Roy cantava com aquela voz maravilhosa dele.

Fui até a cozinha e encontrei com a Stelfs saindo apressada pra trabalhar. Ela estava atrasada, então só me deu um tchau rápido, enquanto eu enchia de água a minha garrafinha. Eu andava com uma bolsinha a tiracolo, onde colocava o celular, um pouco de dinheiro, caso resolvesse comprar alguma coisa, chaves e a garrafinha.

Guardei ela na bolsa, ouvindo o silêncio no apartamento. A Bia provavelmente estava tirando um cochilo, então sai e tranquei a porta.

Chamei o elevador, enquanto batucava os dedos na parede, no ritmo da música, que agitava ainda mais no final. Ouvi um toque de piano e ela acabou, entrando logo com Sweet Dreams em seguida. Só esperava não cair enquanto ouvia esse troço.

O elevador chegou e apitou. Ia me preparando pra entrar, quando ouvi uma voz atrás de mim:

— Boa tarde, Ester — era a voz do Lysandre me cumprimentando.

No susto, eu tropecei enquanto colocava o pé no elevador e quase cai de cara no chão. Porém o Lys foi mais rápido e me segurou.

Agradeci, com certeza corada por ter passado esse mico, e entramos, já que as portas iam se fechar.

— Obrigada de novo, Lys. Quase que eu beijo o chão — comentei e ri.

— Por nada — respondeu, daquele jeito todo gentil dele.

Foi então que eu me lembrei que estava com roupa pra ir correr: regata nadador, calça legging e tênis. Sem contar zero maquiagem (mas eu nem costumava usar mesmo) e o cabelo em uma trança meio mais ou menos. Olhei pro espelho do elevador, pra ver se estava tudo no lugar, mas as portas escolheram esse momento pra abrirem.

— Está indo se exercitar, se me permite perguntar? — Lys questionou, conforme saímos do elevador. Eu apertei o botão do fone, pra parar a música, que até agora tava tocando, e conversar com ele feito gente.

— Na verdade, eu tô indo fazer caminhada. — E saímos os dois do prédio, começando a caminhar lado a lado pela calçada. — E você, tá indo pro café? — Me repreendi mentalmente por fazer essa pergunta. Parabéns, a capitã óbvio ataca novamente!

— Estou — afirmou e olhou as horas no relógio. — Resolvi ir um pouco mais cedo hoje.

— Por uma vez na eternidade... — cantarolei, tirando riso dele. Atravessamos a rua e chegamos no ponto de ônibus. — Vou te deixar aqui e seguir o meu caminho, porque sou uma garota fitness — brinquei, enquanto fazia “muquinho” com o braço. — Até semana que vem, Lys? — E já estava pronta pra me despedir dele.

— Ester, eu... — ele começou a falar algo e eu parei, olhando pra ele. Lys deu uma corada nessa hora. O que que eu fiz? — Hã... Você tem planos para esse feriado? — perguntou e colocou as mãos no bolso do casaco.

Me encostei na placa do ponto e comecei a brincar com o fone de ouvido, que estava pendurado no meu pescoço.

— Tirando uns maravilhosos exercícios de linguística — coloquei sarcasmo na frase, tirando um sorriso fraco dele, — que tenho que fazer pra entregar segunda, vou fazer vários nadas esse feriado. Por quê? — emendei direto, curiosa pra saber por que ele me perguntou isso.

— Bem, eu... — E ele tirou uma das mãos do bolso e passou-a pelo cabelo. — Eu.... Encontrei uma nova receita e resolvi colocá-la em prática no feriado. — Balancei a cabeça com o meu sorriso de “que legal”. — .... Eu gostaria de convidá-la para jantar comigo... — Ele corou bastante, quando disse essa frase. Eu levei um tempo pra processar o que ele tava falando. Será que eu corei também? — Como amigos, é claro — acrescentou e abriu aquele sorriso lindo dele. Fiquei admirando-o e praticamente esqueci de respondê-lo. O sorriso se desfez, porém, e ele voltou a ficar sem jeito. — Bem, eu.... Compreendo se você quiser recusar. — E olhou pros pés, admirando como as botas dele eram bonitas.

— Recusar? Mas é comida! — brinquei e ele sorriu fraco, voltando a olhar pra mim. — Mesmo que eu tenha que aturar o Castiel por uma noite, vou provar sua comida, que você já me convidou várias vezes pra experimentar — afirmei sorrindo e ele pareceu um pouco confuso.

— O Castiel não vai estar lá amanhã. Ele e Stelfs vão juntos para um evento.

 Com essa fala, eu me lembrei que era verdade. Eu e Bia ficamos zoando a Stelfs por horas na noite passada. Fiz minha melhor expressão de Nazaré e encarei ele.

— Então vai ser só eu e você? — perguntei o óbvio e ele assentiu. Então era por isso que ele tava meio sem jeito...

Ouvimos o barulho do ônibus chegar e fomos tirados da nossa conversa, já que estávamos praticamente ignorando qualquer acontecimento ao redor.

— Tenho que ir — disse, enquanto dava sinal ao ônibus. — Esperarei a sua resposta. — E abriu um sorriso gentil.

Eu abri e fechei a boca, mas lembrei que ele já ia subir no ônibus.

— Eu aceito! — falei um pouco alto demais e corei. — Eu aceito jantar com você amanhã — completei com a voz num tom mais baixo.

Lys sorriu ainda mais e o ônibus parou e abriu as portas.

— Poderia ir até lá perto das oito da noite, se não for incômodo? — perguntou com aquele jeito cavalheiresco dele. Eu sorri sem jeito.

— Tudo bem. — E fui tentar colocar as mãos no bolso, mas lembrei que eu tava de legging, então fiquei segurando a barra da regata. — Vou ir lá bem diva e não vou me atrasar — brinquei com ele, que já havia se atrasado várias vezes, e rimos. Ouvimos o motorista do ônibus buzinar.

— Tenho que ir. Até amanhã, Ester — se despediu de mim com um sorriso e eu perdi a fala, só erguendo a mão e dando um tchau.

Lys subiu no ônibus e foi embora. Fiquei vendo o veículo se afastar, então, recoloquei os fones no ouvido e dei play na música. Segui o meu caminho com um sorriso bobo no rosto e quase rindo sozinha.

.....

Me ajeitei no sofá mais uma vez, fazendo Bia olhar pra mim. Dei um sorriso a ela e voltei os olhos pro filme que estávamos vendo. Filme esse que eu não estava prestando nem um pouco de atenção.

Era o começo da noite do feriado e eu ia jantar com o Lys, como amigos, é claro. Só nós dois, sozinhos, no apê dele... Só de pensar nisso já me dava um revertério no estômago.

No dia anterior eu nem pensei direito quando aceitei o convite dele, não que eu quisesse recusar, porém, depois disso, só conseguia pensar nesse jantar. Tanto que eu nem aproveitei direito a caminhada.

Ah, mas, Ester, vocês dois são amigos, se dão tão bem e blá blá blá e tal e tal. Sim, isso era verdade. Só que jantar na casa dele, sozinhos, parecia tão.... Sei lá! Um encontro? Se continuasse daquele jeito, ia acabar ficando sem unha pra morder.

Ouvimos um abrir e fechar de porta e Stelfs passou pelo corredor, toda arrumada e claramente.... Ansiosa? Desconfortável? Nem eu sei que expressão era aquela.

— Eu disse — Bia soltou essa de repente, fazendo a gente olhar ela com cara de “quê? ”. — Eu disse que isso ia dar em amor — completou e começou a rir. Eu me juntei a ela.

— Ihhh... Nem vem, Bia, nem vem — disse Stelfs, como se não fosse nada, mas ela parecia segurar um riso.

— Juízo, hein — eu comecei, numa postura meio “mãe”. — Nesses shows sempre tem umas rodinhas punk. — Nem ela sabia que banda eles iam ver. Sendo o Castiel, devia ser um cover de Canibal Corpse.

— Cuidado pra não se perder do Castiel, hein? — Bia entrou na minha e ouvimos uma batida na porta. Stelfs foi atender. — Segura na mão dele, viu? — Bia gritou pra ela.

— O que deu em vocês, hein? — Escutamos essa e o barulho da porta ser aberta. Em seguida, silêncio. Ela devia ter saído.

— Nossa, nem deu tchau — comentei e peguei meu celular do bolso, olhando as horas. Falava da Stelfs, mas era melhor eu começar a me arrumar.

Levantei do sofá e Bia perguntou.

— Vai onde?

— Vou tomar banho, já que volto. — Fechei a porta do meu quarto e comecei a me arrumar.

Como já estava me preparando pra esse jantar desde a noite anterior, já tinha deixado a roupa separada. Tirei o vestido florido preto, com a saia rodada e sem mangas. Separei o meu sapato, da mesma cor, de veludo e com salto de boneca. Deveria ser a segunda vez no ano que eu ia usar salto, um milagre.

Depois que me arrumei e passei uma maquiagem bem leve (outro milagre, minha gente!), peguei meu celular, as chaves e sai.

Bia estava sentada no sofá ainda, comendo uma salada de frutas. Ela parou o que fazia e me encarou.

— Uau! Onde você vai assim? — Com esse comentário da Bia, eu parei pra pensar em como eu estava arrumada pra um “simples jantar”. Era só eu e ele, não? Mas eu simplesmente não conseguia pensar em ir lá de qualquer jeito. Não sei, parecia que havia uma necessidade de me arrumar. E depois a pessoa não queria achar que parecia um encontro...

— O Lys me convidou pra jantar com ele. — Parei perto do sofá e olhei pra ela.

— Onde? Num restaurante? — E voltou a comer as frutas dela, ainda olhando pra mim.

— No apê dele. Ele mesmo vai cozinhar.

— Caramba! E ele contratou violinista também? — Fiz minha cara de “para com isso” e ela riu.

— Tá bom, vai. Vou tirar o salto, só pra não parecer tão exagero assim.

Ela disse alguma coisa, só que eu não fiquei pra ouvir e entrei no quarto. Troquei os sapatos por uma sapatilha da mesma cor. Voltei pra sala.

— Melhor assim? — Abri os braços e perguntei.

Bia tirou a colher do prato e apontou pra mim com ela.

— Se você queria ficar menos chique, era mais fácil colocar um chinelo. — E voltou a comer, sorrindo pra mim, que estava com uma cara de tacho.

— Mas tu tá que tá hoje, hein? — Ela sorriu e fui saindo. — Vou indo.

— E vai me deixar aqui sozinha?!

— Pode deixar, vou chamar o Nathaniel pra você — brinquei, já com a mão na maçaneta.

— Nem pense nisso! — ela berrou e eu sai rindo.

Fechei a porta e entrei no corredor, andando poucos passos até a porta do apartamento vizinho. Respirei fundo e bati. Não precisei esperar muito e ela foi aberta.

— Oi, Lys — cumprimentei, já que ele estava lá meio de olhos arregalados.

— B-boa noite, Ester. — Deu uma pigarreada. — Você está linda esta noite. — Eu agradeci e ele me deu passagem, fechando a porta em seguida.

— Então.... Como é que tá as coisas? — Ele me guiou até a cozinha e eu me sentei na cadeira da bancada.

Olhei pra cima da pia e vi que já estava cheia de coisas. Havia uma tábua de cortar carne e um tipo de carne, já um pouco pronta. Além de uma tigela transparente com uma mistura branca.

— Tá a todo vapor, hein? — comentei e ele passou por mim, indo até a pia.

— Resolvi começar um pouco mais cedo, para que estivesse pronto quando você chegasse.

Olhei a hora no celular.

— É oito e cinco agora. Pelo menos um de nós dois é pontual.

Ele riu e ficou de costas pra mim, voltando a cortar carne.

— Quer algo pra beber enquanto espera? — ofereceu.

— Precisa não. — Foi então que eu reparei na roupa dele. Enquanto eu estava toda “chique”, como a Bia disse, Lys estava meio casual, com as mangas da camisa dobradas até perto dos cotovelos, provavelmente pra facilitar cozinhar. Certo. Não precisava de toda aquela arrumação minha. Mas já era. — Não quer ajuda, Lys? — ofereci e ele deu uma olhada rápida pra mim, depois voltando pra pia.

— Não é necessário, pode ficar à vontade. — A fala dele foi cortada por um trovão. Eu já estava ouvindo antes, só que aquele foi mais forte.

— Eu acho que vai chover. Você desligou as coisas? Senão queima.

— Obrigado por me lembrar. — Ele lavou as mãos, secou-as e sumiu no corredor. Voltou depois rapidamente.

Alguns minutos mais tarde, continuava trovejando, só que mais forte. Então, escutamos barulho de chuva. Foi aumentando aos poucos e logo virou uma tempestade.

— Nossa, será que a Stelfs e o Castiel tão bem? Eles iam num show.

— O show deve acabar por volta perto das nove e meia da noite, até lá a chuva deverá ter passado ou diminuído. — Ele deixou a faca do lado e começou a mexer com a carne cortada.

— O que você tá cozinhando pra gente?

— Espaguete à carbonara, conhece? — Eu neguei e ele terminou o que fazia. — Vi em um programa de receitas e achei que fosse gostar. — Ergui uma sobrancelha a isso, imaginando o Lys vendo alguém cozinhar, enquanto anotava a receita no bloco de notas, pra não esquecer depois.

— Ah, eu gosto de massa. Só vamos ver se você cozinha bem...

Então ele colocou uma panela com água no fogo e começou a cozinhar o macarrão.

— Espero que eu seja aprovado pelo seu paladar.

Eu ri e apoiei o rosto na mão, observando ele preparar a comida. Terminou de arrumar as coisas e encostou as costas na pia, ficando de frente pra mim.

— Sua mão está melhor?

— Hum? — Reparei onde ele tinha apontado e mostrei minha mão de longe. — Parece que não tem mais nada, olha. Graças a um enfermeiro vitoriano. Se fosse eu, não ia ter nem coragem de tirar o ferrão. — Ele sorriu de lado e abriu a boca pra responder. — Não vem com essa de que foi sua culpa e não sei o que mais. Já passou. — Apontei o dedo pra ele de brincadeira e nós dois sorrimos.

Ficamos em silêncio um pouquinho e ele virou pra dar uma olhada no macarrão.

Estava tão nervosa antes de vir, só que, ao chegar.... Parecia que não tinha necessidade disso. O clima entre a gente era tão leve e bom, que.... Eu não sei. Me acostumei a passar o tempo com Lysandre, que o dia ficava até meio estranho quando eu não o via, nem que fosse só pra uma conversa.

Observava-o começando a preparar o molho e mordi o lábio, pensando. Esse jantar tinha tão cara de encontro.... Então tive uma ideia.

— Que tal uma música? Você gosta de ouvir música enquanto cozinha? — perguntei pra ele, que estava concentrado com a comida.

— Não vejo problemas, se você quiser...

Peguei o celular, que estava ao lado, e abri o aplicativo de stream. Cliquei na primeira playlist do Mix, não vendo qual era. Qual não foi minha surpresa quando começou uma melodia com uma bateria e um baixo arrastado, meio James Bond.

“I’m so tired of playing

Playing with this bow and arrow

Gonna give my heart away”

Começou a cantar uma voz anasalada e meio sexy. Lysandre desviou os olhos da panela e me deu uma levantada de sobrancelha.

— E-eu devo ter clicado no aleatório.

“Give me a reason to love you

Give me a reason to be... A woman

I just wanna be a woman”

Que raio de letra era aquela?! Olhei pra Lysandre e ele continuava com a mesma expressão. Era tiração com a minha cara.... Cliquei pra ir pra próxima música, só que começou um jazz ainda mais sexy.

— Não sabia que você gostava desse tipo de música. — Ele voltou-se pro fogão e eu devo ter corado muito.

— Eu não gosto! — contestei com a minha voz esganiçada de nervosismo. — É o aleatório! — Abri o aplicativo e vi que a playlist se chamava “Jantar à luz de velas”. Era brincadeira comigo, só podia ser.

Cliquei naquela parte de “meu flow”, com músicas baseadas no que eu costumava ouvir. E começou a voz de Ed Sheeran, com Photograph. Por que faz isso comigo, Deezer?? Sabia que devia ter contratado o Spotify.

Ficou aquele momento torta de climão, com os dois calados e a música tocando. Deu mais um trovão e um relâmpago e eu pensei rápido.

— Lys, eu vou.... Dar uma olhada no apê, pra ver se a Bia desligou as coisas. — Inventei essa, só pra sair um pouco e voltar com um clima melhor.

— Espere. — Ouvi o barulho do fogo sendo desligado e Lysandre segurou minha mão. Eu já tinha descido do banco e estava no meio da sala. — Quer.... Dançar? — Me veio com essa de repente, com as bochechas super coradas. Ele pediu o que??

— Dançar? — Eu devo ter feito uma cara estranha, porque ele pareceu meio.... Apreensivo?

— É uma boa música para se dançar e você decidiu colocá-la... — É, acho que ele não acreditou que foi no aleatório.

— E-eu não sei dançar. — Tentei essa desculpa. — Vou acabar pisando no seu pé.

— Eu te guio, não há problemas com isso. — Eu fiquei lá, com a minha cara de tacho, tentando balbuciar alguma coisa, só que buguei e não saia nada. Lysandre olhou profundamente nos meus olhos (ai, caramboles!) e ofereceu a outra mão. — Me concede esta dança?

Eu a segurei e ele soltou o meu pulso, levando a outra mão até minhas costas. O que é que eu tava fazendo??? Pra completar a situação, acabou a música e foi direto pra Thinking Out Loud.... Acho que vou cancelar a minha assinatura...

Lysandre começou a me guiar, naquele clássico dois pra lá e dois pra cá. Vi que ele estava observando o meu rosto, que com certeza já era um pimentão. Mas o dele não era muito diferente. Estava fofo daquele jeito.

E ficamos um pouco ali, naqueles passinhos, enquanto a música tocava. Ignoramos o barulho da chuva que vinha de fora. Quando chegou no refrão, ele fez com que eu desse um giro, voltando a colocar a mão nas minhas costas depois. Dessa vez estávamos ainda mais perto.

— Você dança bem. — Tentei brincar, com a voz tremendo um pouco. Ele continuou com o olhar fixo em mim. Eu dei um respiro fundo, tentando me acalmar um pouco. Aquela proximidade toda me assustava um pouco.

— Não há com o que ficar nervosa, Ester — Lysandre comentou baixinho, perto do meu ouvido. Senti uns arrepios na base das costas. Ai, caramboles! Por que fazer uma música dessas, Ed Sheeran?

Ele me fez dar um outro giro e ficamos mais perto de novo. Dessa vez, devido minha altura (ou a falta dela), fiquei com o ouvido no peito dele. Fechei os olhos e respirei fundo de novo, tentando me acalmar. Os batimentos cardíacos dele também estavam acelerados.

Respirei fundo de novo e senti o perfume dele. Era algo suave, que parecia combinar com ele e transparecia aquela tranquilidade e calmaria.

Tentei não pensar no que estávamos fazendo, ficando só naquele dois pra lá, dois pra cá (esse não tinha como errar). Apesar de estar dançando tão próxima a ele me deixar tensa, não posso negar que era um momento maravilhoso.... Fechei os olhos, só pra (tentar) sentir o momento.

Abri os olhos, pensando que ele ia me fazer dar um novo giro, só que só fui meio inclinada pra trás e ele foi se aproximando de mim. Lysandre olhava pra mim com um olhar tão, tão.... Não sei que olhar era aquele. Só sei que estava completamente perdida.

— Lys, o que você... — sussurrei, encontrando um pouco de voz, e ele estava com o rosto a poucos centímetros de distância do meu. Ele não vai fazer o que eu estou pensando que ele vai fazer, vai?!

— Ester, eu...

E não descobri o que ele ia falar, pois um trovão de tremer as estruturas ribombou. Ouvimos um estouro e tudo ficou escuro.

Tombei no chão.


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Notas finais do capítulo

Bia:
Olha essa Ester me deixando sozinha na escuridão! u.u
Mas eu entendo, foi por uma boa causa kkk
Tão romântico esse Lysandre :3 quero pra mim -qq
Até quarta o/
Stelfs:
A única coisa que tenho a dizer é: E aí, que acharam? Kkk Nos vemos nos reviews :B
Ester:
Sinto muito por ter parado o cap aí, I'm so sorry... Mas amamos criar um suspense, quem não? Kkkkk Deixo a grande dúvida com vocês: o que teria acontecido se não tivesse acabado a luz? Hummmm, muito suspeito kkkk Deixem seus palpites nos reviews :D
Um fato curiosos sobre esse cap: eu realmente fui no Deezer e cliquei na playlist "Jantar à luz de velas", achando que ia ter músicas românticas bonitinhas pra eu ouvir enquanto fosse escrever esse cap... Qual não foi a minha surpresa ao ver que só tinha jazz sedução lá? Kkkkk Acabei comentando isso com as meninas e então surgiu a cena da música e da dança nesse cap :3
A música "James Bondesca" que toca nesse cap é Glory Box da Portishead: https://www.youtube.com/watch?v=4qQyUi4zfDs
Caso alguém queira ouvir Center of the Universe: https://www.youtube.com/watch?v=3wRreoNRGwk
E Thinkin Out Loud eu acho que quase todo mundo já conhece, mas relembrar é viver kkk: https://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA



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