Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 13
Ihhh, deu ruim


Notas iniciais do capítulo

Stelfs

Bom dia com alegriiiiiaaa :)
Como vocês estão, meu povo? Espero que bem, kkk.
Bom, como todos sabemos, hoje é dia de capítulo fresquinho da Laços (ouvi vários "Aeeesss"?). Particularmente, acho que vocês vão gostar só porque é meu -qq. Mentira. Vamos descobrir, finalmente, quem quase pôs fogo nesse prédio! Boa leitura pro cêis :B

Ester

Olá, genteeeeeee ~Gugu feelings. Como vai essa quarta feira de vocês?
Recuperados depois do quase incêndio? Kkkkk Ninguém acertou quem foi o quase incendiário do prédio kkkkk Vejamos agora quem foi.
Boa leitura ;)

Bia

Ei pessoas! Tudo certo?
Vamos ver quem aprontou todas de madrugada nesse prédio? Siiimmmm kkkk
Mais algumas tretas pra vocês :3
Boa leitura!

Ps: Quarto da Stelfs na imagem!



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— Pessoal, — eu escutei um dos bombeiros gritar no meio da confusão — Não se preocupem, foi um alarme falso — O QUÊ? — O alarme disparou por causa de fumaça apenas — ele continuou explicando. — Nada pegou fogo. Podem voltar para suas casas. — E ele me diz isso assim como se eu não tivesse saído da minha cama às 3h da manhã e interrompido meu sono da beleza pra correr até a rua de pijama.

Bufei com raiva e comecei a andar no meio das pessoas, fazendo Ester olhar pra mim em um espanto e me seguir, sem entender o porquê de tanto ódio no coração. Eu tô com sono e quero dormir logo. Suspirei, pensando na minha linda cama que me esperava lá em cima, quando escutei a conversa de um dos bombeiros com o síndico:

— A fumaça veio do apartamento 208 — ele disse, começando um discurso logo depois. — É melhor o senhor averiguar o que aconteceu...

Eu simplesmente parei. Espera aí, esse não era o apartamento do...

Comecei a andar furiosa pelas escadarias do prédio. Bem, se a Ester já estava assustada, acho que agora ela deve tá pior. Vi ela me seguir, tentando acompanhar meus passos e acionamos o elevador.

Tomar banho, Castiel, o que você fez dessa vez?

Cruzei meus braços, nervosa e senti um olhar de medo vindo da Ester.

— Desculpa, eu tô nervosa — soltei, sem olhar pra ela. — Só quero dormir — completei logo depois e ela pareceu entender meus motivos. — E o Castiel é um imbecil. — Okay, isso aqui foi só um desabafo.

— Por quê? — Escutei ela perguntar e virei meu rosto, tentando dissipar aquela raiva e conversar com ela normalmente, afinal a pobre coitada não tem culpa de eu ser assim — O que ele fez dessa vez?

Pausa para o “dessa vez”. Comecei a rir. Obrigada, Ester, você salvou meu humor. Ela me olhou sem entender nada. Tá bom, eu devo ser doida. Primeiro nem olho na cara da menina e no próximo minuto tô rindo igual condenada. É, é de estranhar mesmo.

— Dessa vez? — repeti e só então ela se deu conta do que tinha dito. — Dessa vez ele quase pôs fogo no prédio — respondi. — A fumaça veio do apartamento deles — expliquei.

— E como você sabe que foi o Castiel? — Me perguntou. Calma, aí, é engano meu ou ela tá amenizando as coisas pro lado dele?

— Okay, — Olhei pra ela com um riso engraçado. — Entre Lysandre e Castiel, qual dos dois você acha mais provável ter enfumaçado todo o prédio? — brinquei e ela começou a rir, balançando a cabeça.

Escutamos o elevador parar e eu empurrei a porta de segurança com raiva, já me preparando para soltar poucas e boas pra ele, quando o encontramos parado no saguão, enquanto Lys abanava a fumaça do apartamento deles com um pano de prato.

— Puta merda, Lysandre. — Escutei Castiel praguejar, enquanto gesticulava com o braço livre.

Eu e Ester nos entreolhamos.

— Mas que que tá acontecendo aqui? — Me adiantei e aproximei dos dois.

— Esse cabeça de vento. — Ele indicou o amigo com a mão. — Colocou leite no fogo e simplesmente esqueceu! — reclamou fazendo uma cara de quem diz: “Quem faz isso nessa vida? ”

Er... acho que eu me enganei dessa vez. Olhei para Lysandre, que parecia não ter muito sucesso dissipando a fumaça.

— Já lhe expliquei que estou com dificuldades para dormir — ele rebateu com classe e em um tom de voz normal, diferente do Castiel que quase gritava. — Acabei cochilando enquanto fervia o leite — soltou um suspiro cansado e parou de abanar.

— Me dá esse pano aqui, Lys — pedi, vendo ele me entregar o objeto e comecei a fazer vento com o pano.

— Mas o que que abanar com esse pano vai ajudar? — Ester chegou perto da gente, encarando a cena, que, no mínimo deve tá patética. — Não fica assim não, Lysandre — Ela olhou para ele. — Acontece com qualquer um. — Abriu um sorriso consolador e ele retribuiu.

— Eu não ia esquecer nada no fogo. — Vi Castiel reclamar de novo, tentando cruzar os braços, o que não deu porque o outro está engessado.

— Claro que não ia, você nem cozinha, seu preguiçoso — reclamei, ainda abanando a porta do apartamento.

— Olha, eu vou buscar um ventilador. — Ester me saiu com essa de repente. — Melhor do que você ficar aí abanando com esse pano — disse e entrou no nosso apê.

Não é que ela tem razão? Parei o movimento que eu estava fazendo e pendurei o pano no ombro, cruzando os braços enquanto esperava Ester voltar. E olhei pros outros dois que estavam tão desolados quanto eu. Lysandre arrumou o robe elegante que vestia, amarrando-o sobre o pijama de seda. E Castiel se escorou na parede soltando um suspiro/bufado.

Espera aí. Dei um olhar rápido e discreto para Castiel. Aquilo ali é um samba canção de coraçõezinhos? Abaixei a cabeça e segurei o riso, tentando não achar graça disso.

— Pronto, achei! — Ester apareceu na porta do apê com o ventilador.

Mas antes que pudéssemos fazer algo, vozes que vinham no elevador nos interrompeu. A porta de emergência foi aberta e nos deparamos com a Bia chegando com um loiro que carregava uma gatinha nas mãos. Eles olharam para nós e fizeram uma cara engraçada.

 Agora, visualize a cena: eu, com um pano de prato nos ombros, braços cruzados e cabelos bagunçados parada em frente à porta dos garotos. Castiel com seu samba canção de coração escorado na parede contrária à nossa porta, Lysandre com cara de sono e os cabelos mais revirados que roupa de banca em liquidação e a Ester segurando um ventilador parada na nossa porta.

Bia começou a rir junto com o tal garoto que não resistiu àquela cena, no mínimo, cômica.

— Acho que esqueceram de te convidar pra festinha que tava tendo aqui. — O escutei dizer à Bia, enquanto eles se aproximavam da gente.

— Eu também acho — Bia respondeu rindo ainda mais.

Castiel soltou um bufado alto e entrou no apartamento.

— Vamos terminar isso logo que eu ainda quero dormir — disse impaciente de lá de dentro, fazendo Lysandre, Ester e eu começarmos a entrar no apartamento.

— Você não vai desmaiar, né? — Escutei o loiro ainda perguntar pra Bia, enquanto eu passava pela porta do apê dos meninos.

— Não, já tá tudo bem — ela respondeu com um risinho, divertida e sem graça ao mesmo tempo.

Oun, que gracinha.

Terminei de entrar no apartamento, deixando os dois a sós no saguão. Enquanto isso, o processo dentro do apartamento estava a todo vapor. Ester colocava o ventilador na cozinha e o ligou, enquanto virava ele pra lavanderia, empurrando a fumaça pra varanda. Gente, mas essa menina é um gênio! Lysandre tinha tentado ajudá-la, mas nem preciso dizer que uma costela contundida impede qualquer pessoa de se abaixar, não é mesmo? Castiel olhava para aquela arrumação, sentado no banco da bancada.

Eu passei atrás dele e fui até a cozinha, vendo o estrago em cima do fogão.

— Meu Deus, mas isso aqui tá horrível — comentei, vendo aquela bagunça toda. — Você não acha melhor colocar essa caneca de molho logo, Castiel? — perguntei, me virando e dando de cara com ele na bancada.

— Pra quê? — ele perguntou, me encarando. — Vou mandar ela pro lixo em dois segundos — disse com um bocejo, escorando o rosto com a mão.

Pressionei os lábios em um bico e franzi as sobrancelhas, balançando a cabeça. Coloquei a caneca na pia e a enchi de água, despejando sobre o fogão, enquanto Castiel me olhava.

— Isso vai ajudar — comentei, tirando todas as trempes dele e colocando também de molho dentro da caneca.

— Não se preocupe com isso, Stelfs. — Escutei Lysandre dizer, vindo em minha direção com Ester. — Eu o limparei mais tarde.

— Mas a situação tá feia, hein? — Ester opinou, olhando para o pobre do fogão.

— Lys, me desculpa perguntar, mas como você conseguiu fazer... isso? — Mostrei o estrago com uma das mãos, enquanto enfiava a outra no bolso do moletom.

— Eu já disse que é porque ele é um cabeça de vento — Castiel respondeu meio sonolento, quase desmontando em cima da bancada.

— Na realidade, — Lysandre começou a explicar. — Como não consegui dormir por conta das dores — ele disse, fazendo com que eu e Ester nos olhássemos compadecidas. — Resolvi tomar algo quente para amenizar a situação e acabei dormindo na mesa enquanto esperava o leite ferver — comentou normalmente, mas Ester e eu estávamos tão comovidas com aquele relato que quase soltamos um: “Tadinho!” no final.

— Por que não tenta colocar algo fofinho pra escorar as costelas? — Ester sugeriu e concordei com a cabeça. Até que não é má ideia! — Talvez fiquei mais confortável. — Lysandre balançou a cabeça, pensando naquela situação e eu fiquei ali olhando aquela interação bonitinha entre eles.

Não vou nem mentir, eu shippo.

Abri um sorriso, desviando minha atenção daquela cena e encontrando Castiel dormindo em cima do braço bom sobre a bancada. É, acho que é hora de ir.

— Então, acho que tem alguém dormindo na mesa também... — comentei divertida, indicando Castiel com o polegar e os dois olharam para ele. — Melhor a gente ir embora, Ester — falei.

— É... Eu tô morrendo de sono — ela comentou, já saindo da cozinha e passando pelo ventilador que já havia dissipado mais da metade da fumaça.

— Nem me diga, minha cara — falei, acompanhando Ester pelo apartamento — E eu ainda vou trabalhar hoje. — soltei em um suspiro.

Lysandre veio logo atrás da gente, passando também pelo banquinho com o ventilador em cima, olhando aquela arrumação que estava dando certo.

— Obrigado pela ajuda — ele nos agradeceu, quando saímos no saguão e ficou parado na porta. — Depois devolvemos o ventilador de vocês — nos disse com um sorriso.

— Está tudo bem — Ester disse. — Só não vai se esquecer de devolver, viu? — comentou brincando, fazendo Lysandre rir.

— E com essa, eu me vou — disse, abrindo um bocejo. — Boa noite para vocês que ficam — disse já acenando. — Não, pera — consertei. — Não seria Bom dia? — brinquei e os outros dois riram.

...

Quando acordei, já passava das uma da tarde. Tomei um banho restaurador, arrumei meus cabelos, vesti uma roupa confortável e fui comer alguma coisa. Almoço, que é bom, acho que ninguém vai fazer hoje. Muito menos eu, que tenho uma análise fílmica pra fazer e nem sei se vai dá tempo de assistir o filme. E ainda por cima é filme de terror. Droga, professor, tanta coisa interessante e você me faz uma coisa dessas? Nem preciso dizer que morro de medo.

Enquanto preparava um sanduíche e pensava em como assistiria aquele troço sem morrer mais à noite, percebi que o apartamento estava silencioso. As meninas devem estar dormindo ainda. Droga, nem pra poder estar aqui e me dar um apoio moral.

Já mordiscava meu lanche, quando escutei uma batida na porta. Primeiro olhei pra ela com uma cara estranha e só depois me dei conta de que precisava ir lá atender. Fui em um susto e a abri em outro, dando de cara com Castiel.

— Ué, que que você tá fazendo aqui? — perguntei, olhando pra ele parado na porta do meu apê. — A essa hora ainda por cima? — terminei a pergunta.

— Vim trazer isso aqui — respondeu com irritação, erguendo o ventilador com um dos braços, enquanto o outro estava na tipoia. Glória a Deus nas alturas, irmãos!

Ri.

— Isso não devia ser papel do Lys? — brinquei, tirando o ventilador da mão dele e o colocando em cima da mesa. — Ou você resolveu ser legal agora? — alfinetei.

— O engraçadinho do Lysandre foi dormir e me pediu pra fazer isso — comentou, fechando a cara e colocou o braço livre dentro da tipoia, os cruzando. — Bom, o pacote tá entregue — disse, descruzando os braços e caminhando até a porta dele, quando uma ideia maravilhosa veio na minha cabeça.

Okay, talvez nem tanto.

Sai no batente da porta rapidinho, encontrando ele com a mão na maçaneta.

— Castiel — o chamei e ele me olhou. — Será que... você poderia assistir um filme comigo? — pedi um tanto sem graça.

Ele soltou uma risada rouca.

— Você resolveu ser legal agora? — rebateu com as minhas palavras e eu o fitei, estreitando os olhos com a boca aberta.

— Não é nada disso! — disse irritada e ele riu ainda mais com a minha reação. — É porque eu preciso assistir um filme pra fazer um trabalho da faculdade e ele é de terror... — disse.

Tá bom, Stefany, arque com as consequências dessa declaração bombástica.

Foi instantâneo:

— Você tem medo? — Castiel perguntou rindo tanto que minha vontade foi virar a mão na cara dele.

— Não vou nem mentir — falei, cruzando os braços. — Tenho sim — declarei e ele riu ainda mais.

— E cadê suas amiguinhas? Por que elas não assistem com você? — perguntou com aquele riso dele.

— Porque tá todo mundo dormindo e eu preciso fazer uma análise de roteiro, produção, figurino e personagens dessa droga — respondi, fazendo uma voz meio manhosa. Espera, eu tô tentando convencer o Castiel de assistir filme comigo? Fala, sério, Stefany.

Ele soltou uma risada rouca e desvairada.

— Não precisa ficar chorando desse jeito — me respondeu com diversão e eu o encarei. – Eu vejo essa idiotice com você.

É o quê?

— Hã... — okay, não sei como proceder agora. E agora, e agora... — Então... vamos lá pra casa — soltei como quem não quer nada, entrando de novo no apartamento.

Comecei a caminhar pela sala, dando passagem pra ele, quando me lembrei de uma coisa.

— Os sapatos! — me virei imediatamente, apontando para algum ponto aleatório que deveria ser os pés dele.

Ele parou instantaneamente, me olhando assustado.

— TI - RE os sapatos — falei, agora mais calma, indo até ele. — E ninguém se machuca.

— Quê? Pra quê? — ele me perguntou com indiferença, como se eu fosse maluca ou um alien.

— Por que a Bia não gosta que a gente ande com os sapatos sujos dentro de casa — respondi, ainda olhando para aqueles tênis surrados.

Ele bufou, tirando os sapatos.

— Além de maluca, ela é paranoica também? — O escutei dizer enquanto caminhava para a sala. 

Respirei, pensando que nem havia dado tanta treta. E fui arrumar os paranauês para o filme.

— Fecha a porta aí pra mim, fazendo favor — pedi, colocando a imagem na tela da tv e escutei um barulho de porta batendo. — Êi! — repreendi em um susto, vendo ele vindo na minha direção. — As meninas estão dormindo ainda! — sussurrei nervosa e ele balançou a cabeça rindo.

— Então vão acordar agora — disse.

Ah, nem tudo é perfeito, né, mesmo?

Me levantei, olhando para aquela tela e afastei alguns passos, ainda analisando se a imagem estava boa, quando esbarrei na perna de Castiel. Cambaleei por alguns segundos, olhando nervosa para trás e encontrando ele sentado de forma largada no sofá. Como a pessoa pode ser assim, gente? Suspirei, me sentando do outro lado do sofá e colocando as pernas pra cima.

Olhei pra ele e ele me olhou de volta.

— Que que foi?

— Já posso dar play? —  perguntei, segurando o controle na mão.

— A medrosa aqui é você, não eu — ele “respondeu” com uma risada e revirei os olhos, dando play no troço.

Agora vai, Jesus.

Sabe, eu já entrei nesse filme sentindo que o negócio seria ruim. E foi de mal a pior. A cada cena, eu tampava os olhos com as mãos, soltando grunhidos baixos (pra não acordar ninguém, claro), ou apertava o braço do sofá de nervoso. Nem preciso dizer que a cada reação, Castiel ria, vendo minha cara de susto. O pior é que ele tava se divertindo. Acho que mais comigo que com o filme.

Abri os olhos de novo, vendo a menina se aproximando do guarda-roupa devagar, olhando para os lados assustada. Ah, não, guarda-roupa não... Eu fui acompanhando aquela cena com o olhar, ansiosa, nervosa, sei lá mais o quê... Já imaginando onde ia dar, enquanto ela se aproximava mais, mais, mais... e quando a garota colocou a mão no puxador, eu me levantei de repente e Castiel me olhou estranho.

— Ah, tomar banho! — falei com raiva. — Eu vou fazer pipoca. — Caminhei até a cozinha, respirando fundo.

Escutei suas risadas da sala.

— Quer que eu pause ou a gatinha assustada desistiu de ver? — Ele me perguntou do sofá.

— Pode pausar — comentei, enquanto preparava as coisas para a pipoca e começava a fazê-la. — Eu ainda preciso fazer meu trabalho — comentei, fazendo um bico, enquanto refletia sobre a vida naquele fogão.

As falas cessaram, mas Castiel continuou rindo feito um louco. Imbecil. Fechei a cara, escutando as pipocas sendo estouradas e tampando a panela. Tão logo terminei e voltei com a pipoca, colocando ela no meio do sofá, me sentando logo depois.

— Vou voltar a cena do guarda-roupa — me alfinetou, enfiando a mão na bacia de pipoca. — Pra você ver o que aconteceu depois.

— Ridículo — briguei. — Dá play logo nisso — falei ríspida.

O filme retornou... Acho que não tá nem no meio. Pelo menos agora poderia me distrair com essa pipoca. Mais uma cena de suspense começou e eu fiquei nervosa com aquele troço. Ai, droga... ai, droga... alguém vai aparecer, quer ver? Não deu outra. O cara do filme saiu na varanda de repente e um troço saiu dos infernos (só pode!), aparecendo na cena e eu me assustei tanto que esbarrei na vasilha de pipoca, espalhando pipoca para todos os lados, inclusive no Castiel. Ele se assustou também com aquela confusão e me olhou de repente.

— Ah, meu Deus, desculpa! — eu falei, começando a catar as pipocas espalhadas pelo sofá e até de cima dele, sem perceber.

Ele começou a rir do nada e eu o encarei, estranhando. Ei... espera aí. Comecei a cutucar a barriga dele de propósito e ele segurou um dos meus pulsos, enquanto ria.

— Quer parar? — falou meio irritado, meio rindo.

— Hã... quer dizer que você sente cosquinhas? — Abri o melhor sorriso travesso que você conseguir imaginar.

— Claro que não — me respondeu orgulhoso. — É só que você tá me assediando.

— Sei — respondi sorrindo. — Será mesmo que não tem...? — provoquei, fazendo cosquinhas nele com uma das minhas mãos livre, enquanto Castiel se debatia segurando meu outro pulso.

Ará!

— Para. — Eu comecei a escutar ele dizer, enquanto ria loucamente, me fazendo rir com aquela cena. — Eu não te dei essas intimidades, não, garota — falou.

— Não mesmo — respondi orgulhosa e intensifiquei as cosquinhas, fazendo ele se revirar no sofá.

Castiel tentava se desvencilhar dos meus dedos, enquanto eu procurava de todas as formas acertá-lo em cheio. Ele ria tanto que eu não consegui me segurar e comecei a rir também, juntando minha risada com a dele e os “Para’s” sem fôlego que ele ia soltando aqui e ali. Foi então que escutamos uma porta se abrir e no segundo seguinte, a figura de uma Bia apareceu na sala com os braços cruzados, nos encarando com um olhar de poucos amores.

— Já não basta fazer barulho na sua casa e ainda quer vir fazer na minha também, Castiel? — perguntou, olhando pra nós dois.

Okay. A brincadeira parou. Eu fiquei parada, bobada, olhando pra Bia com cara de criança que acabou de fazer travessura.

— Volta pro teu quarto, garota. — Escutei Castiel dizer, enquanto tentava se recompor. — Alguém te chamou pra conversa? — alfinetou e eu olhei para ele assustada.

Droga, Castiel, você tá em território inimigo. Pega leve.

— E nem aqui você me deixa em paz. — Escutei Bia dizer. — Por que você não vai lavar uma louça? — ela rebateu, caminhando até a cozinha.

Castiel começou a falar alguma coisa, quando tampei a boca dele de repente. Não ia vim coisa boa.

— Não complica as coisas — sussurrei, mexendo a boca.

Ele tirou a minha mão da boca dele e riu.

— Ou a “mamãe” te expulsa de casa? — criticou irônico.

— Idiota — xinguei baixinho e Bia nos olhou da cozinha.

— Afinal, o que vocês estão fazendo? — Escutei Bia comentar, vindo com uma xícara de café com leite na mão. — Tem um tempão que estou ouvindo as risadas do Castiel no apartamento. — Pelo visto ela não acordou agora. Ai, meu Pai do céu...

— A gatinha assustada aqui não quis assistir o filme de terror sozinha. — Escutei ele comentar e Bia me encarou com cara de: “Qual é a da gatinha assustada?”

— Você não tava dormindo? — rebati e ela negou com a cabeça, tomando o café com leite.

— Acordei com uma das primeiras risadas do Castiel e fiquei na cama esperando o sono passar — falou, torcendo a boca e olhando para o ruivo.

— Bia, perdão — eu disse com voz manhosa, me sentindo extremamente envergonhada. — Eu juro que a gente vai limpar essa bagunça — disse, meio ressabiada, vendo aquele chão cheio de pipoca.

— A gente? — Castiel me encarou. — Eu tô rapando fora — me disse, indo até a porta. — Ainda mais agora que a maluca das limpezas chegou — comentou, pegando os tênis do compartimento.

Bia revirou os olhos, levando a caneca na boca de novo e eu o encarei, decepcionada.

— Mas.... — Eu fiquei a ver navios.

— Até mais — se despediu, abrindo a porta e saindo.

— Droga — xinguei ainda olhando a porta e Bia me olhou, começando a rir.


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Notas finais do capítulo

Stelfs

HOHOHOHOHO ♥
Agora que eu descobri que Castiel sente cosquinhas, ele não perde por esperar -masq.
Brincadeirinha. Respondendo ao que eu disse no capítulo do acidente, eu gosto muito dele porque a Stelfs começa a se aproximar do Castiel, só por isso :3
Grazie per la lettura. Arrivederci e bacio :*

Ester

Eita, Castiel! Bagunça na casa dos outros e ainda sai de fininho :v E esses dois, hein.... Estamos só vendo isso aí kkk
Até sexta o/

Bia

Que folga é essa, né gente? Não dá pra entender esses dois u.u
Espero que tenham rido kkk
Até sexta o/



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