CINCO MESES – VERDADE

Sakura está de cinco meses de gestação. Agora sim podemos falar que ela está realmente grávida, é nesse mês que a barriga da mulher grávida aumenta muito de tamanho, ou seja, o bebê está crescendo.

Os pais dela estão morando com ela em sua casa, até eles poderem comprar uma casa para eles. Sanjiro Haruno simpatizou muito com Naruto e Sasuke e os meninos com ele. Naruto e Sasuke ficaram empolgados com as dicas que Sanjiro passou a eles sobre a arquitetura.

Sakura estava muito feliz com os pais morando com ela. Sempre foi apegada a eles. Para ela, Sanjiro e Yume Haruno eram os melhores pais do mundo. Sempre a apoiaram em todas as decisões que ela tomava.   

Sakura estava sentada no sofá com as pernas esticadas em cima da mesinha de centro assistindo TV. Sanjiro estava sentado na poltrona lendo jornal. Yume estava fazendo o almoço, Sakura tinha se oferecido para ajudar a mãe, mas Yume negou e disse para a filha ir descansar um pouco. A rosada relutante foi à sala, resmungando que ela estava grávida e não doente. Sakura não tinha ido a faculdade porque não estava se sentindo muito bem.

- Otousan, o senhor vai continuar com o escritório aqui em Tókio? – Sakura pergunta ao pai enquanto mudava de canal

- Vou sim. – a responde sem tirar os olhos do jornal – Por quê? – a encara

- Ah....quando Sasuke-kun e o Naruto começarem a fazer estágio, o senhor pode oferecer estágio no seu escritório pra eles? – o encara

- Claro, eu já estava pensando nisso mesmo. – se levanta sentando ao lado de sua filha

- Obrigada otousan. – sorri ao pai

- E como está o meu neto? – acaricia a barriga da filha

- Está crescendo forte e saudável. – coloca a sua mão sobre a do pai

- Você já sentiu ele se mexer?

- Ainda não. Mas a médica disse que é normal que eu não saiba ainda distinguir os movimentos dele porque é a minha primeira gravidez.

- Pode ser.

Yume entra na sala.

- O jantar está pronto. – anuncia

- Ótimo porque eu estou com fome. – Sanjiro levanta e estende a mão para a filha - Vamos?

- Obrigada. – pega na mão do pai

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Sanjiro e Yume conversavam na sala. Eram quase sete horas da noite.

- Você acha que devemos contar para ela? – Yume pergunta ao marido

- Não sei se é uma boa idéia. Ela pode passar mal se souber disso. – Sanjiro fala meio relutante

Sakura entra na sala.

- O que vocês precisam me contar? – encara os pais, ela tinha escutado a conversa deles

- Bem....er.... – sua mãe tentava arrumar alguma desculpa

- Eu quero a verdade mamãe. – diz determinada

- Ok. – Sanjiro se levanta e faz a filha sentar no sofá e se senta ao lado dela – O acidente do Shayoran na verdade não foi acidente, foi premeditado.

- Como? – Sakura fica surpresa – Quer dizer que ele foi assassinado? – pergunta temendo a resposta do pai

- Sim. – ele confirma – No velório dele, um detetive me procurou e disse que ele estava investigando a morte de Shayoran, e tinha quase certeza que sabotaram o carro dele.

- Porque o senhor não me contou nada, papai? – ela não entendia porque o pai escondeu isso dela.

- Como eu ia te contar? Você estava péssima com a morte de Shayoran, eu não podia largar essa bomba em cima de você assim.

- Mas o que o detetive descobriu?

- Cortaram o freio do carro dele. Parece que Shayoran estava tentando colocar o chefe da Máfia Japonesa, Akira Tanaka na prisão. E como ele tinha várias provas contra Akira, à máfia resolveu se livrar de Shayoran antes que ele entregasse as provas à polícia, mas já era tarde demais, Shayoran já tinha entregado a um amigo dele da polícia todas as provas de crimes e tráfico tanto de drogas como de armas. Dois dias depois que Shayoran faleceu, Akira Tanaka e seus comparsas foram todos presos e condenados.

Sakura estava chocada com o que o pai lhe contara, não fazia nem idéia que seu Shayoran estava envolvido num processo tão perigoso, que lhe custou à vida.

- Pelo menos a morte dele não foi em vão. Mas eu sinto a falta dele. – encara o pai com os olhos marejados

- Era por isso que eu não queria te contar. Sabia que você iria ficar mal. – a abraça

- Não papai, o senhor fez o certo em me contar. Eu vou ficar bem, só preciso de tempo. – o encara enxugando as lágrimas

Ding Dong

- Eu atendo. – Yume vai até a porta e atende – Olá Sasuke-kun. Entre. – abre espaço para ele entrar

- Olá Yume-san. Obrigado. – entra

- Sasuke-kun. – Sakura se levanta e o abraça – Que bom que você está aqui, eu precisava mesmo falar com você. – o encara

- Está tudo bem? – a encara preocupado

- Vamos ir à sorveteria aqui perto? Eu te conto lá.

- Claro.

- Mamãe, vamos a sorveteria daqui a pouco eu volto. – se vira pra mãe

- Tudo bem. – Yume diz a filha

- Vamos a pé, eu preciso andar um pouco. – Sakura diz quando eles saiam pra fora da casa

- Tá bom. – começam a caminhar

A sorveteria Aisukurimu oferecia os sorvetes mais variados, sorvetes dos mais variados sabores e cores. Ficava no final da rua. Tinha mesas ao lado de fora e do lado de dentro da sorveteria. Sasuke e Sakura se sentaram ao lado de fora da sorveteria, um de frente para o outro. Logo a garçonete vinha atendê-los.

- Boa noite. O que desejam? – a garçonete os encarava com um caderninho na mão

- Eu quero um sundae de chocolate. – Sakura diz

- E eu um sundae de morango, nada de chocolate, eu tenho alergia.

- Ok. – a garçonete terminou de anotar e saiu

- Você tem alergia a chocolate também? – Sakura o encara um pouco surpresa

- Tenho. – confirmou - Por quê? – não entende porque ela se surpreendeu com isso

- Shayoran também tinha alergia ao chocolate. – responde com certa tristeza na voz, o que não passou despercebido pelo moreno.

- Desculpe, eu não sabia.

- Não, você não tem culpa. Você não sabia. – sorri para ele

- O que você queria me contar?

- Papai acabou de me contar que o acidente de Shayoran na verdade não foi acidente, foi assassinato.

- Isso é sério? – Sasuke não estava acreditando no que Sakura lhe falou

- Cortaram o freio do carro dele. – Sakura conta a Sasuke tudo que seu pai havia lhe dito.

- Sinto muito, Sakura. – Sasuke diz – Estou muito chocado ainda com o que você me contou. Mas ainda bem que esses caras estão presos. – pega na mão dela por cima da mesa – Você sabe que pode contar comigo pra qualquer coisa. – a olha nos olhos

- Eu sei. Obrigada, Sasuke-kun. – aperta a mão dele. De repente Sakura leva às mãos a barriga e sorri – Vem cá Sasuke-kun. – o chama para sentar ao lado dela – Ele está chutando! – sorri mais ainda - Sasuke sem hesitar senta ao lado dela, ela pega uma das mãos dele e leva a sua barriga – Está sentindo? – o encara

- Sim. Está chutando forte. – sorri – Ei campeão. – encosta sua cabeça na barriga da rosada - É o tio Sasuke, venha logo para eu poder brincar com você.

- Você e o Naruto vão mal acostumar o meu filho isso sim. – a rosada diz brincando

- Não é esse o papel dos tios? – ele pergunta no mesmo tom que ela

- É sim. – sorri – Obrigada por sempre estar comigo. – o abraça

- Eu sempre vou estar com você, não importa o que aconteça. – corresponde ao abraço

O sorvete deles chegou e eles tomaram conversando alegremente. Sasuke estava muito feliz por ele ter sido a primeira pessoa a sentir os chutes do bebê. E Sakura estava mais feliz ainda, finalmente podia sentir seu bebê mexendo.