QUATRO MESES – AMOR VERDADEIRO

Sakura estava de quatro meses agora, ainda sentia um pouco de enjôos e o sono era grande ainda. Sempre que voltava da faculdade dormia por várias horas. Nesse mês notou que sua pele estava mais lisa, bonita e jovem, e os cabelos estavam mais macios e volumosos.

Era segunda-feira à noite, Sakura estava em sua casa conversando com a mãe pelo telefone.

- Okassan, quando a senhora vai vir para Tókio?

- Primeiro minha filha eu tenho uma noticia para te contar. – Sakura notou que sua mãe estava empolgada

- Conte logo okassan, fiquei curiosa agora. – apressa a mãe

- Eu e o seu pai decidimos nos mudar para Tókio, assim ficamos perto de você.

- Isso é sério? – pergunta não acreditando no que a mãe falou

- Muito sério.

- Okassan, não sabe o quanto eu fico feliz com isso. – sorri derrubando lágrimas de felicidade de seus olhos – Sinto muito a falta de vocês.

- Nós também, e por isso seu pai vai transferir o escritório de Arquitetura para Tókio.

- E quando vocês virão para Tókio?

- No fim de semana, querida.

- Que ótimo. Depois me passe à hora que o vôo de vocês chega, irei buscá-los no aeroporto.

- Claro. Já comprou um carro?

- Ainda não. Irei amanhã ver isso.

- Certo, vou desligar agora. Vemos-nos no fim de semana, minha filha.

- Sim okassan. Se cuidem. – desliga

Sakura estava muito feliz, seus pais iriam morar perto dela, era isso que estava precisando.

- Vou ligar pra Hinata contando as novidades. – pega o telefone e disca o número da casa dos amigos

- Alô? – era Hinata

- Hina é a Sakura.

- Oi Sakura-chan. Tudo bem?

- Tudo. E vocês?

- Tudo bem também.

- Tenho uma novidade pra contar.

- Pode falar.

- Meus pais irão vir morar em Tókio.

- Sério? Que bom.

- É sim, eles chegam no fim de semana.

- Que bom, vamos poder conhecê-los.

- Sim. O Sasuke-kun está aí?

- Está sim, vou chamá-lo. – Hinata tira o fone do ouvido e grita – SASUKE!

- QUE É? – grita de volta

- TELEFONE! – Hinata está na cozinha e os meninos na sala jogando play 2

- ESTOU OCUPADO, FALA PRA LIGAR MAIS TARDE OU DEIXAR RECADO!

- É A SAKURA! TEM CERTEZA? – sorri maliciosa

- NÃO! – grita largando o controle do vídeo game e correndo para a cozinha – Porque você não disse logo que era ela? – tira o telefone das mãos da amiga

- Você não perguntou. – dá de ombros e sai da cozinha

- Oi Sakura.

- Oi Sasuke-kun.

- Tudo bem com vocês dois?

- Sim, estamos muito bem. Eu queria pedir um favor a você.

- Pode falar.

- Eu quero comprar um carro, mas não tenho nem idéia qual o melhor para mim. Será que você poderia me ajudar a escolher um?

- Claro que sim. Quando você quer ir ver?

- Pode ser amanhã depois da faculdade? – pergunta meio receosa

- Claro, sem problemas.

- Então conversamos amanhã na faculdade. Obrigada Sasuke-kun. Boa noite.

- Boa noite. – desliga e coloca o telefone no gancho, se escora no balcão da cozinha e sorri de canto

- Posso saber por que essa cara de felicidade, theme?- Naruto pergunta entrando na cozinha

- Não é da sua conta dobe. – responde ríspido e sai da cozinha

- Credo que mau humor. – resmunga o loiro abrindo a geladeira

Hinata que via a cena, só ri. Mas sabia que algo estava acontecendo com seu amigo de péssimo humor, e tinha a sensação de que era algo muito bom e iria descobrir o que era.

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Terça-feira – Três horas da tarde

Sasuke e Sakura estavam em uma concessionária da Nissan. Olhavam os vários modelos de carros que estavam expostos.

- Gostou de algum Sakura? – Sasuke pergunta enquanto olhava um Pathfinder

- Eu gostei desse aqui Sasuke-kun. – aponta para o Nissan Livina X - Gear

- Ótima escolha. – Sasuke olha o carro

- Posso ajudá-los? – um homem branco com cabelos castanhos escuros e olhos azuis aparece ao lado deles, devia ter uns trinta anos

- Oh sim, eu desejo comprar um carro. – Sakura o encara – Sakura Haruno. – estende a mão ao homem

- Hiroshi Sakamoto. – cumprimenta Sakura

- Sasuke Uchiha. – fazem o mesmo gesto

- Qual carro a Haruno-san gostou?

- Este aqui. – aponta para o carro

- Certo, esse carro é um Livina X – Gear, modelo 2010, design moderno, sofisticado e esportivo. Tem estilo robusto e esportivo com rack de teto, onde se pode colocar pranchas de surfe ou bicicleta. – Sasuke e Sakura escutavam a explicação atentamente - Rodas aro “15”. – aponta para as rodas – Um espaçoso porta-malas. – abre o porta-malas do carro – Os bancos são revestidos em couro de alta qualidade. – abre as portas do carro – Podem entrar para ver. – assim Sakura e Sakura entram – Painel moderno, sistema de som mp3, câmbio manual de quatro marchas com função overdrive que promovem engates precisos e suaves, com direção macia. Já ouviram falar no sistema de chave inteligente I-Key? – encara os dois jovens

- Não. – os dois respondem uníssono

- Bem, é um dispositivo que permite a abertura e fechamento das portas e dá a partida do motor sem a necessidade de tirar a chave do bolso. – termina sua explicação

- Gostei, vou comprá-lo. – Sakura e Sasuke saem de dentro do carro

- Ótimo. Vamos ao meu escritório então.

Sakura e Sasuke seguem Hiroshi, ele faz o contrato de compra e todas aquelas papeladas que se precisa para comprar um carro. No dia seguinte ela poderia vir buscar seu carro, já os que estavam aí eram só modelos. Sasuke a leva novamente para sua casa, estaciona a frente da casa.

- Obrigada Sasuke-kun. – sorri para ele

- Disponha, pode contar comigo pra qualquer coisa. – sorri de volta

- Obrigada. – dá um beijo na bochecha dele – Nos vemos amanhã. – abre a porta do carro e sai

Sasuke a espera entrar em casa e ir embora. Dirigia sorrindo, não entendia como Sakura podia mexer tanto com ele assim. Nunca se sentiu atraído assim por nenhuma mulher. Será que era só atração mesmo? Ou seria amor? Se fosse só atração, porque ele sentia a necessidade, o dever de proteger, cuidar de Sakura e o bebê? Descartou a hipótese de ser só atração, isso que ele sentia pela rosada só significava uma coisa: era amor verdadeiro mesmo.

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Sakura entrou em sua casa e subiu para seu quarto para descansar um pouco, se sentia um pouco cansada. Ao deitar se lembrou de Shayoran, não conseguiu conter as lágrimas e as deixou cair. Sentia muita falta do marido, queria que ele estivesse ali com ela lhe dando apoio na gravidez. Pensando nele adormeceu.

Horas mais tarde acordou com a campainha tocando. Viu as horas, e já eram sete horas da noite. Desceu as escadas e foi atender a porta.

- Sasuke-kun? – fica surpresa com a visita do amigo

- Oi. – a cumprimenta

- Entra. – abre espaço para ele entrar

- Com licença. – entra e a vê fechar a porta

- Senta. – oferece o sofá

- Obrigado. – senta – Vim vê-la, você não me parecia muito bem hoje de tarde, parecia cansada. Está tudo bem? – pergunta a analisando para ver se encontrava alguma coisa anormal na rosada e encontrou seu rosto estava inchado e os olhos se encontravam um pouco vermelhos, sinal de choro – Você andou chorando. – afirma

- Sim. – confirma sentindo os olhos marejarem

- O que aconteceu? – senta ao lado dela pegando em suas mãos

- Sasuke-kun está sendo muito difícil passar por tudo isso, sinto muita a falta do Shayoran. – agora já deixava as lágrimas caírem de seus olhos

- Eu não te posso falar que sei o que você está sentindo. – com as pontas dos dedos seca as lágrimas dela – Mas tenho certeza que seu marido não iria querer vê-la assim. Certo? – ela confirma com a cabeça – Não fique triste, não irá fazer bem a você e ao bebê. – a abraça

- Obrigada Sasuke-kun. – o abraça mais forte – Obrigada por me dar apoio.

- Não me agradeça, você é forte eu posso ver isso. – a encara sorrindo – A mulher mais forte que eu já conheci.

- Você acha? – pergunta duvidosa

- Sim, passar pelo que você passou tem que ser muito forte. Não é qualquer um que consegue se reerguer como você está fazendo.

- Você tem razão. – sorri para ele – E faço tudo isso pelo meu filho. – acaricia a barriga – Por ele eu enfrento tudo e todos.

- Não tenho dúvida disso. Ele terá orgulho de ter uma mãe como você.

E ficaram conversando até tarde da noite, conversaram sobre tudo. Sakura contou a Sasuke como ela conheceu Shayoran, ele a ouvia atentamente, queria saber tudo sobre ela. Não sentia nenhum pouco de ciúmes da rosada, por ela falar com tanto amor assim do marido, sabia que ela amava ainda o marido. Demoraria para ela conseguir abrir seu coração para um novo amor. Ele tentaria conquistá-la, enquanto isso não acontecesse estaria ao lado dela para tudo, mesmo que só como amigo. Ele seria o melhor amigo dela.

Como prometeu cuidaria da rosada e do bebê mesmo que isso lhe custasse sua vida, porque amava os dois. Sim, amava aquela criança que estava crescendo dentro de Sakura, mesmo que não fosse seu filho de sangue, mas era de coração. Nunca pensou que isso poderia acontecer com ele, mas o sentimento que estava sentindo era muito forte, que nem ele poderia explicar.

Agora ele entendia porque sua mãe sempre lhe falava que o amor era um sentimento muito forte e sem limites, que quando se ama de verdade você quer ver o bem estar da pessoa amada, mesmo que isso signifique que você tenha que se doar para alcançar isso.

Ele se sentia assim, queria ver Sakura bem, feliz. E ele faria isso custe o que custasse. Não mediria esforços para fazê-la feliz mesmo como amigo dela, não deixaria aquele sorriso sumir dos lábios da rosada, porque se ela estivesse feliz ele também estaria sendo.