Perto de Ti escrita por Stormy McKnight


Capítulo 4
Uma aventura no shopping




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736768/chapter/4

 

Depois de pagarmos a conta no café, Jane e eu fomos até o Shopping para fazer algumas compras.

Nós primeiro fomos até uma loja de roupas íntimas para ver se encontrávamos algumas peças para nós.

Entramos na loja e fomos atendidas pela vendedora. Ela tinha um cabelo loiro oxigenado, olhos castanhos, vestia uma camiseta roxa com o nome da loja escrito em  branco com uma borboleta no final do nome, uma calça jeans, e uma sandália plataforma de couro marrom.

"Olá! Posso ajudá-las?", a mesma quis saber.

"Boa tarde! Eu e minha amiga estamos procurando roupas íntimas para nós. Mas, queríamos algo que servisse e não ficasse grande ou apertado no corpo.", Jane falou por nós.

A vendedora então pediu que nós a acompanhássemos até o balcão onde estavam as peças de roupas.

Ela foi pegando as peças e mostrando-as para nós.

Nós fomos avaliando as peças que ela mostrava e comentando o que nós achávamos.

Depois de avaliar as peças íntimas, nós começamos a escolher algumas para provar.

Pegamos as peças que queríamos e fomos para o provador.

Entramos no provador e fechamos a porta.

Eu então fui ajudar Jane a se despir,  e ela foi tirando as roupas e colocando-as no gancho do provador.

Jane ficou completamente nua na minha frente. Eu a fitei por um momento.

Como eu gosto do corpo dela! Eu acho as poucas curvas da Jane muito bonitas. Jane tem uma beleza exótica que me fascina.

Jane começou a vestir o sutiã e me pediu ajuda para fechá-lo atrás.

Fechei o sutiã para ela e em seguida ela vestiu a calcinha.

Então,  Jane ficou parada na minha frente com os ombros relaxados.

"Então, Karen? O que você acha?",  ela quis saber.

"Eu acho que você fica bem em lingerie preta.", comentei.

"Você acha?", Jane rebateu.

"Acho. Você parece muito sexy e fica ainda mais atraente do que já é.", argumentei.

"Obrigada. É, acho que vou levar essas peças. Nem vou olhar mais outras peças...", Jane comentou.

"Agora é a sua vez, querida. Quero ver como você fica de roupa íntima", a mesma continuou.

Então foi a minha vez de experimentar lingerie. Me despi e coloquei as roupas num banco que tinha abaixo do gancho do provador.

Fiquei pelada na frente da Jane, que me fitou, sem nenhuma malícia.

"Você tem um corpo muito bonito, Karen...você é minha Venus...", Jane comentou.

"Obrigada. Eu estou um pouco nervosa para experimentar lingerie...", rebati.

"Não precisa ficar nervosa, Karen. Seja você mesma.", Jane me aconselhou.

"Tudo bem."

Então foi a minha vez de experimentar lingerie. Escolhi uma peça rosa das peças que tínhamos escolhido e comecei a vestir.

Jane me ajudou com o sutiã e depois eu vesti a calcinha.

Então Jane ficou me olhando.

"O que você acha, Jane?", quis saber?

"Você está linda, Karen", Jane atestou.

"Obrigada, Jane.", eu a agradeci.

"Como você se sente?", a mesma inquiriu.

"Bem, eu gostei dessa peça. Eu gostei da cor...eu acho que eu estou me sentindo bem.", devolvi.

"Então está bom. Se você se sente bem, isso é que importa.", Jane retrucou.

"Quer ver mais alguma peça?", ela continuou.

"Eu não sei...", falei um pouco incerta.

"Bem, você não precisa ficar só nessa peça, você pode ver outras.", Jane me lembrou.

"Sim, eu sei."

Então nós nos fitamos e nos aproximamos uma da outra. Fechamos nossos olhos, aproximamos nossos rostos e começamos a nos beijar ali no provador. Jane me abraçou e eu fiz o mesmo.

A sensação provocada por nossos lábios se tocando era muito boa. Fomos trocando beijos apaixonados que logo culminaram para beijos de língua.

Senti que meu corpo desejava Jane.

Os nossos sons logo chamaram a atenção da vendedora da loja que veio até o provador ver o que estava acontecendo. Ela ficou do lado de fora da cabine.

"Vocês estão bem? O que está acontecendo ai?", ouvi a voz da vendedora, mas a ignorei.

Querida, nem queira saber o que está acontecendo no provador.

Continuamos nos beijando ali no provador por mais algum tempo.

Eu queria muito chupar a Jane ali, mas não queria causar nenhum alarde na loja.

Assim que parei de beijar Jane, ela partiu para o meu pescoço e começou a beijá-lo, me deixando completamente atiçada.

"Jane, por favor, pare!", eu pedi. "Eu estou ficando toda molhada e eu não quero causar nenhum alarde aqui."

Então Jane parou e se afastou de mim.

Ela me olhou e disse:

"Desculpa, Karen.  Eu estou com muito tesão. Você me deixa assim...", Jane retrucou.

"Eu sei. Você também me deixa assim. Na verdade, eu devo ter molhado a calcinha nova da loja. Eu estou tão...", interrompi.

"Tá, vamos pagar a roupa e vamos embora. Vamos com essas roupas mesmo.", Jane sugeriu.

Então nós pegamos nossas roupas e fomos até a vendedora, que estava do lado de fora da cabine.

"Desculpa. Nós vamos levar essas calcinhas", Jane avisou a vendedora.

"Tudo bem. Vocês estão bem?", a mesma retrucou.

"Estamos, por quê?", Jane inquiriu.

"Eu ouvi uns sons desagradáveis vindo do provador. Vim ver do que se tratava.", a vendedora explanou.

"Desculpa, querida. É que nós somos lésbicas e estamos começando um namoro...", Jane explanou para a vendedora.

A vendedora ficou um pouco deslocada com o comentário de Jane, acho que ela devia se heterossexual.  Eu era assim também, até encontrar a Jane...acabei me descobrindo bissexual. Porém gosto mais de garotas do que de homens. Ainda mais com um traste de namorado como o meu ex.

"Tudo bem. Eu desejo muita felicidade no namoro de vocês duas", a vendedora nos desejou.

"Obrigada, querida. ", Jane agradeceu.

A vendedora pegou um scanner de produto e passou na etiqueta dos sutiãs e das calcinhas que nós tínhamos escolhido.

Então fomos no caixa, a mesma fez as contas no computador e imprimiu a nota. Depois colocou numa sacola a nota e nos entregou.

Jane tirou a carteira dela do bolso da calça dela na roupa, pegou o dinheiro, pagou a vendedora e pegou o troco.

"Obrigada", a mesma agradeceu.

A vendedora então veio com uma tesoura na mão e foi cortar o selo das roupas.

Nós voltamos no provador e vestimos nossas roupas de volta.

Saímos do provador já devidamente vestidas e nos despedimos da vendedora.

Saímos de mãos dadas e felizes.

Então fomos a uma sorveteria e compramos duas casquinhas a minha era de morango e a de Jane era de baunilha.

Nós andamos pelo shopping tomando sorvete e fomos vendo as vitrines das lojas.

Quando acabamos de tomar nossas casquinhas, nós fomos para o banheiro do shopping.

Estava uma fila enorme na porta do banheiro feminino enquanto que dos homens os rapazes passavam livremente.

Resolvemos ir no masculino mesmo assim, pois não queríamos esperar a fila diminuir.

Entramos subitamente no banheiro e fomos em direção a uma das divisórias sanitárias.


Entramos na cabine e fechamos a porta. Como o banheiro não era muito grande e só tinha espaço para um,  Jane disse que ia primeiro, depois eu.

Jane abaixou as calças e a calcinha, e se sentou na privada.

Eu fiquei de pé, com os braços cruzados, esperando ela terminar.

O tempo foi passando.

Ao terminar, Jane limpou as partes e levantou a calça e a calcinha. Depois ela ajeitou a roupa.

"Pode ir, Karen", Jane me avisou.

Então eu abaixei as calças e a calcinha e sentei no trono.

"Jane, eu estou preocupada. E se algum cara nos vir aqui no banheiro?",  eu fiquei meio deslocada.

"Não se preocupa com isso. Eu te cubro.", Jane tentou me convencer.

"Talvez seja melhor não demorarmos aqui no banheiro, para não nos pegarem", a mesma continuou.

"Mas Jane, garotos vão mais rápido. Garotas...não dá pra ficar apressando a natureza quando ela chama", eu devolvi.

"Eu sei, mas...", Jane se censurou.

"Mas nada. Se nos pegarem, os homens já vão chiar...porque os homens são machistas, ainda mais se verem duas garotas como nós, vão achar que somos lésbicas e ai vão implicar com a gente...", eu a contestei.

"Eu dou um jeito nisso depois", a mesma me assegurou.

Quando terminei de fazer as minhas necessidades, eu limpei as minhas partes e ajeitei a minha roupa.

"Terminou?", Jane quis saber.

"Sim, só vou dar descarga.", avisei.

Jane me esperou dar descarga, então saímos da cabine e na saída do banheiro, alguns homens estranharam a gente.

"Não sei se vocês perceberam, mas o banheiro feminino é do outro lado", um cara retrucou.

"Sim,  e não é lá que vocês deveriam estar? Eu não estou vendo nenhum homem aqui...homem pra mim é macho.", Jane falou sarcástica.

Eu comecei a gargalhar daquilo.

"Karen, não é para dar risada", Jane me alertou.

"Ai boneca! Tá chamando a gente de gay?", um outro homem inquiriu.

"Por quê, vocês são? Devem ser, porque para implicarem com duas mulheres no banheiro...", Jane exclamou.

Os homens já estavam muito enfezados com a gente e já iam nos bater.

Eu não sabia o que fazer.

"Karen, quando eu contar até 3, nós corremos!", Jane falou para mim.

"Estão com medo? Vão arregar agora?", outro homem retrucou.

Jane iniciou a contagem, quando chegou no três, nós corremos pelo shopping que nem loucas e fomos procurar um guarda do shopping para nos defender.

Então esse guarda nos viu correndo e nos colocou atrás dele.

"Parados ai!  Por quê a pressa?", o guarda berrou com os homens.

"Seu guarda, umas garotas estavam usando o banheiro masculino, isso não pode!", um dos homens disse ao guarda.

"E o que mais?", o guarda inquiriu.

"E elas eram lésbicas!", outro homem exclamou.

"Isso é homofobia, eu posso chamar a polícia aqui", o guarda se defendeu.

"Quê? Você está defendendo elas, seu guarda?", outro dos homens questionou.

"Eu não estou defendendo ninguém, mas isso que estão fazendo é crime e vocês podem ir para a cadeia.", o guarda alertou.

Os homens do banheiro ficaram batendo boca com o guarda, até que o mesmo não teve escolha e solicitou pelo rádio que um outro segurança chamasse a polícia no shopping.

Algum tempo depois da chamada, eu e Jane ainda estávamos atrás do guarda quando a polícia entrou e começou a prender os caras.  Os policiais leram os direitos de cada um dos homens e foram levando eles sob custódia.

Assim que os policiais se retiraram o guarda falou conosco.

"Vocês estão bem, garotas?", o mesmo nos perguntou.

Nós já estávamos ficando brancas devido ao que havia acontecido, mas mantivemos a calma e falamos com o guarda.

"Sim, muito obrigada.", Jane agradeceu.

"Obrigada, guarda", eu agradeci.

"Olha, acho melhor vocês irem para casa, descansem.", o guarda nos aconselhou.

"Obrigada, seu guarda. Nós vamos indo...", Jane retrucou.

"De nada.", o guarda devolveu.

Então,  fomos embora do shopping e voltamos para a casa de Jane.

Chegando lá, nós resolvemos comer o bolo que havíamos feito.

Cortamos um pedaço e começamos a comê-lo.

"Nossa! Que dia! Nós quase fomos linchadas por aqueles homens.",  eu comentei.

"Pois é. Foi uma loucura mesmo.", Jane retrucou.

"Você está bem, Jane?", eu perguntei.

Jane estava ofegante. Parecia que o coração dela ia sair pela boca.

"Eu vou ficar...", Jane suspirou.

"Calma, Jane. Vai ficar tudo bem..", eu jurei.

"Como vai ficar tudo bem, Karen?",  Jane se afligiu.

"Eu sei, foi minha culpa ter pedido pra você me levar no shopping...", eu disse arrependida.

"Não, Karen. Foi bom você ter feito isso, nós pudemos comprar uma lingerie nova, pelo menos...não é culpa sua.", Jane me consolou.

"Ok. Eu ainda quero voltar para o shopping. Nós não compramos nenhuma roupa nova para nós.", eu retruquei.

"Nós vamos, Karen. Não hoje, porque se acontecer algo do tipo outra vez, eu acho que eu infarto.", Jane disse esbaforida.

"Isso, vamos deixar para outro dia.", devolvi.

Mais tarde, nós guardamos o bolo na geladeira e fomos para o quarto.

Jane me disse como ela estava se sentindo depois do que houve no shopping, e também que ela queria tirar todo esse peso das costas dela que a mesma vem carregando há anos desde que o marido dela faleceu e queria que eu fosse aquela a fazer a dor ir embora. Mas, ela não queria me forçar a nada.

Então a mesma me perguntou se eu estava disposta a fazer isso por ela.

Eu assenti e disse que ela agora tinha um lugar especial no meu coração, portanto eu faria qualquer coisa por ela.

Jane compreendeu e então nós nos despimos e ficamos peladas de frente uma para a outra.

Ela então me puxou e me guiou até a cama. Em seguida, a mesma puxou as cobertas e nós nos deitamos na cama. Eu fiquei por baixo e ela por cima.

Nós trocamos beijos apaixonados e afagos.

Um sentimento mais íntimo brotou de dentro de nós. Eu queria que Jane fosse feliz e que lembrasse sempre que eu estava lá para ela, não apenas como sua vizinha, mas também como sua parceira, sua amiga.

Então nos dedicamos a nos agradar. Tornar a nossa relação ainda mais especial.

Eu suspirei o nome de Jane a cada afago, a cada toque, a cada movimento dela. Deixei que a mesma me domasse, me fizesse sua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Perto de Ti" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.