Flesh escrita por Jupiter


Capítulo 9
Capítulo 8. Terça Feira


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, esse é um momento difícil pra mim, esse é o ultimo episodio dessa fanfic que foi muito especial pra mim e eu espero que vocês tenham gostado de acompanhar ela o mesmo tanto que eu gostei de escrever.



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Me aperte todo o corpo, crave o dente em minha carne

Tire a roupa, pro-prove a carne

Me morda com força, crave o dente em minha carne

Passe no teste, pro-prove a carne

 

Na noite anterior, John chegou não muito cedo e encontrou o apartamento vazio, como se não fosse habitado por outro ser humano a muito tempo; e durante o tempo em que ficou ali se perguntou por onde o moreno estava e se estava em um caso ultimamente em que o loiro não tinha visto no jornal ou se estava saindo com alguém.

Quando o Doutor Watson se deitou em seu antigo quarto que parecia ser o único cômodo que era limpo com maior frequência, o que fez com que ele pensasse sobre como não tinha notado a situação que estava a casa nas últimas vezes que esteve ali mas ao se lembrar da última vez que esteve no apartamento foi impossível não se lembrar das sensações e focar somente no fato central que era estar ali.

Era cedo quando John levantou para ir ao trabalho mas ao sair do quarto para ir em direção a cozinha atrás de algo que pudesse comer, encontrou Sherlock em pé na sala olhando para fora e parecia mais concentrado do que parecia normal para o loiro.

— Como foi sua noite? -Sherlock perguntou ainda olhando pra janela mas era óbvio que ele sabia o que acontecia na casa e com o John mas o seu interesse por escutar dele era ainda maior.

Na madrugada quando Sherlock voltou para casa ele se sentiu como se estivesse em outro lugar, algo ali havia mudado e aquela mudança mexia não só com o seu corpo como mexia com a sua mente; quando o moreno estava pronto para ir para o seu quarto soube exatamente o que estava de diferente ali, tinha um cheiro que a muito tempo tinha sumido.

— Tomei uma decisão, e ela meio que mudou a minha vida para o resto dela possivelmente. -John falou sério e mesmo sem saber ao certo o porque, se sentiu nervoso com o rumo que a conversa podia levar logo pela manhã e decidiu ir direto ao trabalho e fugir do que ele sabia que uma hora iria chegar.

O moreno se sentou em sua poltrona percebendo que mesmo sabendo o que estava acontecendo, ainda sim não entendia a onde tudo iria parar, e ter aquele sentimento assustava ele quase na mesma proporção que amar John assustava.

 

No hospital, John atendeu os pacientes como sempre da melhor maneira que era possível para ele e da forma mais simpática que conseguia fingir com tudo que estava acontecendo na sua vida. Aquele era o primeiro dia que ele ia ao trabalho sem ver a sua filha desde que Rosemund nasceu, e aquela era uma das coisas pela qual ele não estava preparado mas a partir de agora tinha que viver com isso.

Em seu bolso o celular vibrava sem som indicando que era uma mensagem e não um telefonema, e mesmo que não quisesse Doutor Watson aprendeu nos últimos tempos que mesmo no hospital era sempre melhor atender, principalmente se Sherlock estava em um novo caso e agora que não estava mais morando com sua filha não podia mais se dar esse luxo.

“ Amanhã vou precisar sair pela manhã, posso deixar a Rosemund com você essa noite e pegar ela amanhã após o almoço? “ ~a mensagem era da Mary e mesmo que John achasse que agora ele seria a última pessoa que a sua esposa gostaria de ver, ela estava sendo mais paciente do que ele imaginava.

“ Eu vou adorar ficar com ela. “ ~era uma verdade, somente por ter essa notícia fez com que seu dia fosse melhor.

Melhorasse ponto de até se esquecer a situação que teve com o moreno pela manhã, ou o ciúmes que teve na noite anterior por não ter ninguém em casa; John decidiu que não iria ficar no hospital em seu horário de almoço e que iria para casa, iria voltar para Baker Street onde em seus planos iria encontrar o moreno.

 

John encontrou no apartamento deixando suas coisas perto da porta para que ficasse mais fácil de sair quando desse o seu horário de voltar para o hospital, quando entrou na cozinha vendo que ela não parecia mais um apartamento abandonado que era usado por drogados, e sim agora parecia com a cozinha que o loiro estava acostumado a viver; foi surpreendido por barulhos de passos atrás dele mas ao se virar se deparou com o Sherlock somente de toalha, como da ultima vez que esteve ali.

 

“- Você cuidando de mim, parece interessante. -O detetive consultor falou se aproximando o que fez com que o loiro se arrepiasse somente com um raspão dos braços.
Sherlock se aproximou ainda mais quando percebeu o arrepio que causou no loiro olhando ele de cima a baixo vendo o quanto era bonito e perfeito para ele, encostou seu peito nas costas e bunda firme do mais baixo passando seus braços pela cintura do loiro se mantendo perto o suficiente para sentir o coração batendo.
— A gente não deveria fazer isso, e eu tenho pouco tempo Sherlock, preciso voltar para o consultório. -o loiro falou baixinho suspirando ao sentir a mão do detetive entrando por dentro da blusa e sentindo a pele quente.
— Prometo ser rápido. -o moreno respondeu começando a beijar o pescoço do outro.
Sherlock tinha algo a mais do que somente desejo para compartilhar com o John, ele queria dividir amor e a sua vida com ele; desceu as mãos para a lateral das calças soltando os botões e abaixando o suficiente para mostrar a cueca preta já estava começando a ficar marcada pelo membro. O detetive consultor desceu as mãos adentrando o tecido fino da cueca, sentindo o calor humano com a palma da sua mão, ao mesmo tempo que fazia o mesmo com o loiro através do prazer que estava fazendo ele sentir.
O membro do moreno pulsava quase em sincronia com o do loiro, como se eles estivessem ligados muito além; Sherlock esfregava seu membro duro entre a bunda do loiro enquanto masturbava ele com rapidez fazendo ele não ter certeza se gemia pelo membro que recebe atenção ou pelo pescoço que estava sendo marcado por mordidas e beijos agressivos que deixariam marcas, que seriam visíveis de longe e por todos.
— Acho que ainda não é o suficiente. -Sherlock rosnou tirando a mão do membro do loiro e empurrando ele de encontro com a mesa.”

 

O loiro talvez sonhava com aquele momento de sua vida todas as vezes que fechava os olhos, e espera que em algum momento fosse capaz de sentir novamente o que sentiu naquele dia mas a cada dia que se passava e ficava mais próximo do Sherlock ele sabia que aquela sensação não seria suficiente, ele iria precisar de muito mais do moreno.

— Achei que já tínhamos conversado sobre você usar roupas nesse frio, você não devia ficar andando de toalha por aí, não vai te fazer bem. -o loiro falou ficando de costa para tentar evitar olhar para o peito do moreno que parecia não estar se importando com o seu constrangimento.

— Você está pensando sobre isso? Achei que estava pensando sobre como na ultima vez que tivemos aqui nessa cozinha em posições parecidas eu fiz você debruçar nessa mesa gemendo, enlouquecendo e chamando meu nome enquanto eu fazia você gozar. -Sherlock falou baixo se aproximando do John, que no fundo sabia que o detetive estava se divertindo.

Aquela seria uma situação parecida para aqueles que olhassem de fora os dois e soubessem o que já tinha acontecido naquela mesa, mas para os dois que estavam ali era muito mais; aquela era a primeira vez que qualquer toque não seria julgado como impróprio, errado, seria um toque que mostrasse liberdade.

— É errado dizer que pensava sobre isso. -John falou e pela primeira vez se virou e olhou diretamente para os olhos do moreno.

— Não é errado amar John. -Sherlock falou com os olhos fixos nos olhos do loiro e se aproximou ainda mais.

Com os corpos próximos, os corações batendo em sintonia, as bocas secas que a muito tempo ansiavam por um toque mesmo que sutil.

— E você me ama? -o loiro perguntou sussurrando por já estar tão perto do moreno que parecia estar até mesmo piscando de forma mais lenta, como se estivesse tentando fazer aquele momento durar mais tempo.

— Cada vez que fecho meus olhos eu vejo você, e então quando abro eles te amo cada vez mais. -Sherlock que não era de dizer o que sentia falou baixo envolvendo o loiro em seus braços e aproximando suas bocas até que somente tivesse um espaço menor que dois centímetros entre os lábios de ambos.

Cada respirar era profundo e em sincronia, os dois homens parados na cozinha encostados na mesa, nos braços um do outro deixaram de ser dois corpos e duas almas e passaram a ser então dois corpos com apenas uma alma.

— Existe uma lenda antiga que diz que Zeus criou os humanos com duas cabeças, dois corações, quatro braços e quatro pernas em um único tronco com uma única alma; mas quando eles começaram a viver o grande Deus Zeus viu que daquela forma eles eram muito poderosos então separou eles, para que cada humano passasse o resto de sua vida destinado a encontrar a sua metade. Com você eu encontrei a minha metade John, me sinto completo e poderoso com você nos meus braços e em cada vez que olho em seus olhos. -Sherlock contou uma história que tinha ouvido a muito tempo quando ainda era criança e que ainda estava guardada em sua mente mesmo que ele não soubesse que estava ali.

John sorriu com cada palavra que foi dita pelo moreno, pelo seu moreno e com carinho passou sua mão pelos cachos do Sherlock e então desceu o carinho até chegar na nuca do mais alto onde com o dedo ficou enrolando um dos cachos da mesma forma que o detetive fazia quando estava nervoso ou distraído.

— Eu amo você de hoje até o fim dos tempos. -o loiro falou e então finalmente sentiu sua boca sendo pressionado por outros lábios, lábios macios que tinham um gostoso melhor do que ele havia sonhado. Um beijo de amor, repleto de sentimento e que podia durar por toda eternidade.

No começo da última semana, todos pensaram que tudo que iria acontecer era somente por culpa do desejo carnal mas era, sempre foi, e sempre ia ser por conta do desejo da alma de encontrar a sua metade.

Ainda era Terça Feira, primeiro dia do resto da vida deles.

 

“Controvérsias,

Vontade de ser tua metade,

Vontade de possuir tua veracidade,

Vontade de entrar na tua mente,

Diferente, imprevisível e contente.” ~Alguém aí.


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Notas finais do capítulo

Quando comecei a escrever essa fanfic baseada na musica Flesh do Simon, eu queria passar o que eu entendia sobre a musica que deixava claro que era importante o carnal não o emocional, mas quando comecei a escrever ela e tentar colocar os sentimentos em sincronia com a musica ficou bem claro que não era só carnal. E foi quando nesse ultimo capítulo deixei a musica de lado e foquei em algo que era mais harmonioso.
Espero que tenham gostado e que comentem o que acharam, até a próxima fanfic ♥



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