Flesh escrita por Jupiter


Capítulo 2
Capítulo 1. Terça Feira


Notas iniciais do capítulo

Espero não ter demorada mas acho que vai valer a pena, nesse capítulo vamos dar inicio a algo bem especial ♥



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Podemos enlouquecer um pouco, só por diversão

E nem ao menos tente recuar

Apenas deixe acontecer

Me amarre e abuse de mim até ficar satisfeito

Até que eu fique satisfeito

Você me deixou extasiado e estou prestes a explodir

 

John levantou ainda mais cedo do que era de seu costume, e como se fosse automático seguiu até o quarto da pequena Rosemund encontrando a mesma ainda dormindo em seu pequeno berço que combinava com a decoração de todos o resto do quarto. Ela estava tão quieta e serena, que mesmo que quisesse muito John não iria conseguir acordar sua pequena; ao sair do quarto e se direcionar até a moderna cozinha de sua casa seus pensamentos correram por toda Londres até chegar em um quarto que pouco conhecia mas que nas vezes que esteve ali transformou em seu lugar favorito de todo o mundo.

Aquele lugar era o quarto de um certo moreno de cabelos cacheados e olhos claros que mesmo tendo um quarto que poucos conheciam mas todos que iam lá se encontravam em um momento de encontro de respostas para tantas perguntas, mas para o John era o seu lugar de paz, onde a cama mais confortável que o homem pudesse criar estava; mas a cama que apenas se sentou algumas vezes não era a melhor parte do quarto, porque o loiro não se importava se só tinha ali um tapete fedido e surrado no chão, sendo o lugar onde o Sherlock estava poderia ser o melhor lugar do mundo.

O único Watson que estava acordado na residência dos Watson era exatamente o que não queria estar ali, a partir do momento em que se deitou na noite de ontem não conseguia parar de pensar em tocar ou ouvir o moreno.

Assim que ligou a máquina para fazer o seu chá de toda manhã era como se fosse automático seu pensamento voltar para Baker Street, e sem nem ao menos perceber pegou o telefone de casa mesmo discando para o único número que mesmo sem fazer questão ele sabia até mesmo de trás pra frente; e como se o Sherlock estive ao lado do telefone esperando uma ligação ele atendeu no primeiro toque, e a naquele momento um sentimento estranho passou pelo John ao pensar que o moreno poderia estar esperando uma ligação que não fosse a do loiro.

Ligação On
" Não teve bons sonhos John? " -Sherlock perguntou com a voz rouca e tranquila.
" Na verdade foi o contrário, estava esperando uma ligação? Eu posso desligar. " -John falou sentido que aquilo que estava dentro de si, tinha sido claro em sua resposta.
" Eu já recebi a ligação que eu esperava, não preciso mais nada. " -o moreno falou ainda calmo e no final soltou uma risada que mesmo distante fez com que John sentisse seu corpo se arrepiando, e então durante um minuto ficaram ali apenas um escutando a respiração do outro.
" Mary viajou ontem. " -o loiro não tinha certeza o porque falou aquilo mas foi tão natural que somente percebeu depois.
" Eu sei. Quando sair do trabalho deixe Rosemund com a sua vizinha e venha até aqui. " -o cacheado foi direto, não deu tempo de John tentar argumentar, foi como uma ordem e logo depois desligou.
Ligação Off

Não era preciso dizer mais nada, John iria passar o resto do seu dia perdido em diversos pensamentos para tentar fazer com que as horas passassem mais rápido; no momento em que o loiro se deu conta de que ainda estava chá viu que já estava parado no meio da cozinha com o telefone na mão a mais tempo do que esperava, seu chá já estava frio e pela babá eletrônica viu que a pequena Rosemund já estava acordando. A pequena Watson era sem dúvida nenhuma a criança mais linda que John conhecia e ele nem dizia isso por ser sua filha, cada vez que pegava a pequena nos braços e conversava com ela mesmo sem resposta era como ver um anjo.
— Você já tá com saudades da sua mãe, porque eu estou me sentindo culpado por não estar. -John falou alinhando ela em seus braços enquanto preparava o um banho quente para começar o dia e arrumava a bolsa com coisas que a bebê iria precisar durante o dia.
O plano que acontecia todos os dias hoje seria diferente, antes a pequena Rosemund ficava em casa com a Mary mas hoje sem a esposa em casa sua filha iria ficar com a vizinha; a mesma vizinha que Sherlock já sabia que iria ficar com ela mesmo sem o loiro ter mencionado isso para ele, era aquela grande habilidade que fazia tudo valer a pena. Depois de deixar sua filha com a babá, John seguiu o seu caminho até o consultório se preparando para passar o dia ali fazendo o que amava que era a medicina.

 

[...]

 

As horas sendo observada por alguém que tinha planos passava de um jeito, as horas sendo observada por alguém que estava no trabalho era de outro jeito e as horas observadas por alguém que tinha planos envolvendo uma pessoa que amava e sentia saudades era de um jeito muito diferente dos demais. E John se encaixava na última categoria, ele olhou o relógio durante todo o seu expediente implorando para que os minutos passassem mais rápido, para que cada hora que ficasse atendendo os seus pacientes fossem equivalentes a qualquer outra coisa mais rápida que passar por toda aquela tortura psicológica.
O relógio na sala do loiro parecia não estar andando, dava a impressão de que a cada cinco minutos que se mantinha ali olhando para ele somente se passava um minuto.
Quando finalmente deu o seu horário John estava tão nervoso e ansioso que foi preciso voltar duas vezes para o seu consultório por ter esquecido algo lá dentro; e somente depois enquanto seguia dentro de um táxi até o Baker Street se deu conta do que estava prestes a fazer mas  quando quis abandonar aquilo se viu parado em frente ao 221B. Sua mente estava em turbilhões, e a cada degrau que subia ela parecia aumentar mas ao chegar e ficar parado em frente a porta o som do violino que escapava do apartamento retirou de sua cabeça qualquer idéia que tivesse de fugir.
Era exatamente ali que ele queria e deveria estar.
— Não sei porque você só toca quando quer pensar, deveria tocar sempre é tão bom nisso. -John falou sem conseguir se segurar, como se fosse automático elogiar o moreno que apenas sorriu ao ver ele entrando e apontou para a cabeça que se sentasse enquanto tocava.
A melodia que antes era deprimente e nostálgica agora estava se tornando diferente, como se estivesse mais instigando o loiro a se manter concentrado somente nele.
Sherlock se aproximou da poltrona em que John estava sentado, os seus olhos claros penetravam os olhos azuis do loiro, e seus movimentos mesmo sendo mínimos exalavam sensualidade; aquele era um lado só moreno que mesmo sendo feroz ainda era delicado e John não conseguia mais esconder o quanto estava hipnotizado e excitado. Quando a música parou o moreno somente colocou o violino em cima de sua poltrona e voltou para onde estava, se inclinou sobre o loiro vendo que a calça do mesmo estava marcada pelo seu membro que estava começando a ficar ereto, e ao subir o seu olhar para os lábios viu que estava marcado por mordidas que ele mesmo estava fazendo em si.
— Está com problemas Senhor Watson? -Sherlock falou se inclinando ainda mais para cima do loiro, apoiou uma mão de cada lado de seu corpo deixando seus rostos próximos suficiente para um sentir a respiração do outro mas distantes para não ter um toque.
— Por que está fazendo isso comigo? -John perguntou com a voz entrecortada de excitação e ao ver que o Detetive se aproximava ainda não foi impossível para ele não soltar um gemido que a muito tempo vinha guardando.
— Porque eu quero enlouquecer, e quero te levar a loucura junto comigo, vamos nos divertir um pouco John. -o moreno de cabelos cacheados falou sorrindo malicioso.
John estava fora de si e no momento em que Sherlock usou palavras para provocar ele causou tanto efeito quanto a proximidade em que estavam, o moreno de olhos claros se aproximou mais como quem queria roubar um beijo, mas quando estava perto o bastante e o loiro esperava ele mudou o rumo em que seus lábios estavam e direcionou eles até o pescoço, o calor que saía de um corpo e passava para outro era como abraçar uma chama; aquela pele claro instigava o moreno a ter sentimentos que não eram próprios para a sua vida e quando finalmente pode tocar ali com seus lábios foi como visitar o céu enquanto que seus pés dançavam no inferno.
Não foi preciso muito para os gemidos serem ouvidos, e junto com diversos gemidos veio a sensação de alívio que John tanto procurava e necessitava. Mas junto com o alívio veio a culpa é sem nem ao menos olhar nos olhos do Sherlock, ele se afastou, saiu da poltrona e tão rápido quanto se levantou foi embora deixando um moreno sorrindo e cantarolando uma música que não ouvia a muito tempo mas por um motivo se encaixava tão bem naquele momento que ele nem se importou em tentar esconder a sua felicidade ou excitação.

E ainda era terça feira, segundo dia.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo e que vocês continuem gostando.



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