Flesh escrita por Jupiter


Capítulo 1
Prólogo. Segunda Feira


Notas iniciais do capítulo

*Esse é o primeiro capítulo de uma saga de aproximadamente quinze, e todos eles vão falar um pouco sobre Johnlock.
*A fanfic toda é feita através da musica Flesh, do Simon Curtis.
*São capítulos curtos e simples que sempre se ligam.



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Esse não é o caminho pro meu coração, minha cabeça,

Meu cérebro, ou qualquer opção acima

É apenas a minha maneira de libertar os sentimentos mais profundos em mim

Esse faísca de escuridão que eu pareço amar

Inverno de 2016

Londres, Baker Street

O inverno era rigoroso, neve caía em abundância, parecia que a chuva estava pronta para cair a qualquer momento e o vento congelava tudo que via pela frente. Mas os moradores dali já conheciam e mesmo que não assumissem, aquela era a parte do ano que eles mais gostavam e quando acabava sentiam falta.

A semana de todos era composta por sete dias mas ali em Londres uma pessoa especial tinha sua semana especial; seis dias durante noite e sete dias pela manhã John era um homem casado que morava em uma linda casa com cerca branca e tinha uma linda filha de poucos meses e uma mulher encantadora, mas naquela uma noite que ele tinha livre era toda e somente do Sherlock e mesmo que todos pensassem que os dois ficavam ali em Baker Street fazendo nada, Mary sabia que a cada semana perdia mais e mais o marido que talvez nunca tivesse pertencido a ela.

E ela sempre foi uma mulher com um grande coração e de beleza exótica que merecia ser apreciada por todos mas o que realmente deixou o Doutor Watson encantado foi a inteligência que às vezes até mesmo parecia com a genialidade do detetive, e por mais que o nosso querido Watson não quisesse admitir foi pela mulher ter essa semelhança que ele se apaixonou por ela. Mas o amor que sentia pela sua filha era o mais puro e verdadeiro que poderia existir, que por ter todo esse amor pela pequena menina ele possivelmente ainda estava preso naquele relacionamento do qual ele não podia se entregar inteiramente.

A pequena Watson era uma linda garotinha loira com olhos que conquistava até mesmo o mais frio dos corações como era o do Detetive consultor, foram poucas as vezes que Sherlock tinha visto a Rosamund mas em todas as vezes que eles se viam desde o primeiro momento em que ele colocou os olhos nela no dia em que a pequena nasceu, soube que estavam ligados por um laço que jamais poderia ser quebrado, era o laço da família.
E família era algo que aos poucos os Holmes estavam começando a demonstrar o valor que davam.
E os Watson eram uma família típica de Londres mas ao mesmo tempo uma família bem atípica, o marido trabalhava todos os dias durante a semana como médico enquanto que Mary dizia ficar em casa cuidando da pequena Watson e era onde iniciava a parte atípica daquela linda família; John uma vez por semana deixava de ser o marido perfeito e voltava a ser apenas o Doutor Watson melhor amigo e único amor do grande Detetive consultor enquanto que Mary a esposa perfeito e amorosa passava algumas tardes resolvendo problemas pessoais para o governo, onde ela podia usar muito mais do que a sua inteligência.
Depois de meses com Mary apenas trabalhando algumas vezes durante o dia no período que o marido estava no trabalho sem o mesmo saber, ela iria fazer a primeira viagem a trabalho o que significaria que Jonh teria quatorze dias somente para ele e sua filha mas também significava que talvez naquela semana mais de uma vez poderia ver o seu Holmes favorito.

Já não era tão cedo quando Sherlock desistiu mais uma vez de tentar fazer um chá que fosse pelo menos parecido com o que John sempre fizera mas depois de ter se casado e se mudado, nunca mais deu o prazer do moreno sentir aquele gosto, aquele gosto que ele tanto sentia falta não por ser apenas pelo chá mas por ser o momento em que o loiro era concentrado em ser apenas entre eles.

Mas em outros momentos John pode dar outro prazer ao Sherlock, ele ia além até do prazer que o moreno sentia por resolver casos, ou pelas coisas que em algum momento na sua vida ele acreditou que estariam no topo de tudo que acontecia à sua volta mas na lista de coisas que estavam em maior importância para ele agora pertencia a um loiro em especial.

O moreno estava impaciente, era segunda feira e estava mais uma vez sem nenhum caso que chamasse sua atenção o suficiente para que ele gastasse mais do que vinte segundos para solucionar e isso era um problema para que ele continuasse limpo porque até mesmo a parede já tinha sofrido com todo aquele tempo livre sem uso. Sherlock estava mais uma vez olhando para a parede já marcada por diversos tiros e as vezes olhava novamente para a arma jogada no meio de toda a bagunça que estava espalhada pelo chão da sala, diversas caixas estavam espalhadas com diversos  com casos já resolvidos e os casos que ainda faltavam resolver mesmo sendo todos óbvios na visão do moreno, ou comunicar a resolução ao Detetive Lestrade estavam jogados no chão formando quase um tapete de folhas.
Bagunça era uma característica do 221B mas a cada dia a Senhoria acredita que estava ficando cada vez pior e ela também pensava o mesmo do Sherlock que a cada dia parecia pior, somente na noite que John passava por ali e acabava fazendo companhia para o moreno que durante dois dias o Holmes demonstrava estar melhor e então voltava a cavar sua própria cova. Cada vez que começava a tocar o seu violino era sua forma de falar sobre os seus sentimentos sem nem ao menos abrir sua boca, tudo que sentia era colocado em forma de música que nos ouvidos da Senhora Hudson eram lamentos antes de vir algo pior.
Ainda era segunda feira, estava próximo da hora do almoço e mesmo que o moreno não estivesse com fome como sempre acontecia em meio ao seu tédio ou em seus momentos no palácio mental; por uma momento de fraqueza ele se deixou andar pelo seu palácio mental até aquela sala que era tão especial mas que o moreno mesmo tratou de colocar mais afastada de todas as outras e quase nunca vista, porém ainda sim era a sua favorita. Toda aquela sala era somente com coisas sobre John Watson ou que envolviam o loiro, era uma sala que transmitia paz e ao mesmo tempo fazia seu coração bater mais rápido; cada vez que John sorriu para si ou cuidou dele estava guardado ali.
Ficar revivendo cada memória que eles tiveram juntos era pedir para que seu coração sofresse cada minuto um pouco mais.
John Watson sentado em seu consultório pensava no que sua mulher havia anunciado pela manhã, seriam quinze dias já começando a contagem no dia de hoje, que eles iriam ficar distantes e a pequena Rosamund que era a única que mantinha os dois únicos quando estavam na mesma casa agora talvez que não fosse o suficiente para manter o casamento a salvo. O loiro sabia que não era certo mas a partir do momento em que Mary anunciou a sua viagem, ele só conseguia pensar em uma certa pessoa de cabelos cacheados e olhos claros.

Depois de horas ali atendendo os mais diversos pacientes John se sentiu pronto e até mesmo ansioso para voltar para casa e se reunir pela última vez com a família completa, chegar em casa e abraçar a sua mulher e pegar sua filha nos braços como era de costume mas também se viu pensando em como seria se ainda fosse somente ele e o Detetive consultor, possivelmente chegaria encontrando novas marcas de tiro na parede e o mesmo jogado no sofá mas estando realmente no seu palácio mental. No momento em que pisou na cada que chamava de lar se sentiu tenso como se estar ali depois de todos os pensamentos que teve fosse errado, talvez até mesmo traição ao compromisso; malas já estavam perto da porta e no final da rua já virava um carro preto que estava ali somente para buscar a Senhora Watson.
— Sinto muito não ter chegado antes. -John falou pegando a filha dos braços da esposa enquanto acompanhava a mesma até a entrada da casa.
— Eu entendo que você trabalha, e agora é a minha vez de voltar ao meu trabalho. -Mary respondeu beijando a testa de filha e olhando no fundo dos olhos do marido continuou. - Eu te amo independente do que vamos fazer nesses quinze dias.
Então simplesmente seguiu o seu caminho deixando o Doutor Watson parado na entrada da casa perdido em pensamentos mas principalmente no pensamento de que talvez os seus sentimentos mais profundos agora fossem revelados, e a neve que cobria o chão e deixava tudo tão sereno que só fazia lembrar os momentos em que era livre para ser apenas ele.
Olhou para o céu junto com a Rosamund e no mesmo momento em que um floco neve caiu em seu pequeno nariz ela riu sozinha de forma doce, e naquele momento Jonh somente penso em correr até a Baker Street e contar ao moreno o simples fato que fazia seu coração bater mais rápido; a saudade se fez presente ainda mais forte mesmo com poucos dias longe do Sherlock e quis como mágica estar ao seu lado.
E ainda era segunda feira, primeiro dia.


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Notas finais do capítulo

Esse foi o primeiro, espero que gostem e até o próximo...



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