Numa enorme instalação militar não constando no mapa, um homem corpulento muito bem fardado e com cara de poucos amigos dava as últimas instruções para a sua subordinada em sua sala.

— Muito bem, Darui! Chame até aqui o nosso melhor time das forças especiais! A situação é de nível amarelo! – exigiu o homem que parecia estar no comando daquele complexo militar, o seu nome é Kira A. 

— Sim senhor, general! – respondeu a sua subordinada fazendo uma continência. Ela era morena com olhos castanhos e seu uniforme do exército caía como uma luva em seu corpo cheio de curvas sinuosas, então sem dizer mais nada, ela saiu da sala pra fazer o que lhe foi ordenado.

Darui saiu em busca da pessoa em questão por quase todo complexo militar, por um bom tempo ela corria como uma louca a até às vezes perguntava pra algumas pessoas sob o paradeiro do dito cujo, mas não foi a sua surpresa ao achá-lo na academia treinando como um alucinado.

— Er... Capitão Gai? O senhor poderia vir comigo? O general Kira-A requer a sua presença! – a mulher chamou a atenção do oficial, o mesmo quando se virou, ele se mostrou um homem de estatura alta e de corpo bastante definido se não fosse pelos seus olhos um pouco grandes, um cabelo em forma de tigela e suas grandes sobrancelhas de taturana.

O mesmo chegou até ela plantando bananeira, coisa que fez com que ela tivesse uma enorme gota na cabeça por ver aquela cena bizarra.

— O que o poderoso chefão deseja com a minha humilde pessoa, Darui-san? – ele ousou perguntar, mas sem ter resposta por parte da mulher. — Entendi! – disse por fim.

Andaram por um grande corredor que levava sala do general Kira-A e quando eles chegaram em frente a mesma, a mulher foi logo mandando pra que ele entre e encontrando o maioral dali sentado em sua mesa com uma expressão nada boa.

— O que seria tão importante pra interromper o meu treinamento, general? – o sobrancelhudo foi logo perguntando enquanto se sentava.

— O que eu tenho pra falar é muito importante, capitão Gai! — exclamou o general corpulento de volta enquanto ligava um enorme monitor atrás de si e mostrando várias aparições da Princesa do Byakugan em ação. — Acho que com certeza que você já deve ter ouvido falar da tal Princesa do Byakugan que anda fazendo o terror contra os bandidos da grande metrópole de Konoha, não é mesmo? – perguntou ainda encarando o homem a sua frente.

— Eu nunca a vi pessoalmente, mas já ouvi muito falarem dela! – disse o capitão Gai. — Era sobre isso que o senhor quer conversar? – ele quis saber.

— Quem dera se fosse só isso, capitão! O que eu quero realmente lhe mostrar é isso! – o comandante pegou um controle remoto em cima de sua mesa e apertou um dos botões pra sair das imagens da Princesa do Byakugan pra mostrar agora algumas imagens que deixaram o capitão sobrancelhudo de olhos e boca escancaradas.

— Mas que porra é isso? Q-Quem é esse cara? – o comandante Kira-A nem se deu ao luxo de desconsiderar o palavrão do homem a sua frente e logo começou o seu relato.

— Essas imagens foram tiradas de um vídeo que está bombando na internet! Muitas pessoas dizem que é uma montagem, mas quando fomos verificar a sua autenticidade, chegamos à conclusão que esse cara existe mesmo e é aí que você e a sua equipe das forças especiais entram, capitão Gai! - disse Kira-A entrelaçando os dedos sob o seu queixo e apoiando os cotovelos em cima da sua mesa.

— E qual é a nossa missão, senhor? - quis saber o capitão Gai fazendo continência ao seu superior.

— Essa tecnologia seria um enorme perigo se caísse em mãos erradas, capitão Gai! – falou Kira-A indiferente. — Então eu o estou incumbindo de ir pra Konoha e capturar a Princesa do Byakugan pra que possamos ter acesso a todo a esse poderio bélico que é essa armadura! Imagine só se os nossos soldados vestissem isso e os incontáveis números de vidas que poderão ser salvas? Seríamos considerados o exército mais forte do mundo! – explicou.

— E quanto ao outro? – o capitão Gai indagou sério.

— Tudo ao seu tempo, capitão Gai! Se conseguirem capturar a Princesa do Byakugan, com certeza aquele herói raposa virá atrás dela! – respondeu o general indiferente.

— Está bem, general! Mas o senhor deve estar ciente que dois dos três membros do grupo estão, como eu posso dizer... Eles estão com picuinha de casal! – lembrou o capitão sobre o estado atual dos seus subordinados.

— Eu não estou interessado em drama romântico adolescente, capitão Gai! O que eu quero é que a sua missão seja cumprida com êxito, entendeu? – o olhar frio que o general direcionou ao capitão sobrancelhudo fez com que o capitão desse um longo suspiro antes de concordar.

— Entendido, senhor! – exclamou Gai batendo continência pra logo em seguida sair da sala do general e pegar toda a documentação necessária com Darui pra assim sair em missão.

— Cara! Já faz algum tempo que não saímos em missão, não sei o porquê, mas essa missão vai ser bastante problemática! – pensou consigo mesmo enquanto folheava o dossiê em suas mãos.— Primeiro nome da lista é o Rock Lee! – leu o documento do membro do grupo. — Perito em Taijutsu e outras artes marciais, informática e explosivos! Pelo o que está escrito aqui, ele está num ringue de luta clandestina numa pequena vila no deserto, próximo a cidade de Suna! – leu em voz baixa. — Bem, aqui vou eu!

(...)

PONTO DE VISTA GAI

Ando em meio toda aquela gente que estavam naquela pequena arena improvisada e lá no meio dela eu encontro a pessoa que procuro numa luta contra um oponente que é o dobro do seu tamanho, mas o que vi no rosto dele foi um sorriso debochado anunciando a sua futura vitória e assim foi previsto, com um único golpe o seu oponente caiu no chão desmaiado e fazendo a torcida vaiar o perdedor, já que muitos apostaram nele só pelo simples motivo do homem ser mais alto e mais forte. Contudo, quando o vencedor me viu entre os espectadores, ele não conteve um sorriso pra logo em seguida ele vir correndo e me abraçando ainda suado pela luta, mas eu não me importei com isso.

— LEE, MEU GAROTO! COMO É QUE VOCÊ ESTÁ? – perguntei ao indivíduo que mais parecia uma cópia minha, com o seu corpo não muito musculoso, o seu cabelo em forma de tigela, olhos grandes e negros e com as suas super-sobranchelhas de taturana.

— MELHOR AGORA QUE O SENHOR ESTÁ AQUI, GAI-SENSEI! – gritou Lee após desfazer o abraço.

— Olha só, Lee! Foi ótimo te reencontrar, mas nós temos uma missão! – falei e logo o semblante dele mudou de risonho pra sério em segundos.

— O senhor está tentando reunir a equipe outra vez? – Lee me indagou vestindo a sua camiseta e saindo daquela arena comigo.

— Sim! – foi tudo que eu disse antes de ver o próximo da lista...

— O segundo da lista é Neji Hyuuga! Perito em diversos tipos de luta corpo-a-corpo, em especial, o taijutsu Juuken que tem por objetivo atingir todos os pontos de chakra do inimigo! Tem um vasto conhecimento em estratégias e em hackear computadores alheios, teve um romance com a sua companheira de time Mitsashi Tenten, mas por motivos que desconhecemos, eles romperam e agora nem sequer querem ver a cara um do outro! – li o documento enquanto eu entrava no meu carro junto do Lee. — Próxima parada, cidade de Iwa! – pensei já ligando o carro pra ir em busca do segundo membro do grupo.

(...)

Não demorei muito pra chegar à cidade de Iwa e rapidamente eu e o Lee nos hospedamos num hotel-espelunca de hospitalidade duvidosa porque na manhã seguinte iríamos nos encontrar com o segundo membro da nossa equipe das forças especiais.

— Como vamos encontrar o Neji numa cidade tão grande como Iwa, sensei? – perguntou o meu adorado discípulo enquanto andávamos pelas ruas da cidade.

— Basta olhar praquele edifício ali, Lee! – disse apontando pra um enorme prédio com os dizeres “Hyuuga Enterprise”.

— Mas é claro! Como ele e a prima são os herdeiros dos Conglomerados Hyuuga, com certeza o encontraremos lá! – deduziu Lee já indo para os grandes portões do enorme edifício.

Ao chegarmos, demos de cara com dois caras enormes vestidos de segurança e muito mal-encarados.

— Pois não? O que desejam? – indagou um deles com uma carranca. 

— Queremos falar com Neji Hyuuga, por favor! – exclamei tentando ser simpático.

— Sinto muito, mas só pode falar com o presidente se tiver hora marcada! – retrucou o segurança grandalhão.

Mas enquanto eu estava quase perdendo a minha paciência com aquele dois idiotas, eis que surge no elevador Neji Hyuuga num terno que a meu ver custaria quase dez anos do meu salário... E olha que eu ganho bem à beça.

— NEJI! – o escandaloso do meu pupilo gritou sem cerimônia nenhuma dentro do estacionamento e chamando a atenção de várias pessoas que passavam por ali, inclusive o próprio Hyuuga em questão, mas quando ele nos viu, fechou a cara rapidinho.

— Capitão Gai! Lee! O que vocês fazem aqui nos Conglomerados Hyuuga? – perguntou já tendo uma noção da resposta.

— Ora essa! É assim que você cumprimenta dois velhos amigos?— perguntei com uma pitada de ironia. — O general nos deu uma missão! – exclamei agora com um semblante sério.

— Entendido! – o Hyuuga só disse isso antes de tirar o seu celular do bolso da calça e ligando pra sua secretária. — Matsuri? Por favor, desmarque todos os meus compromissos pra essa semana e se alguém quiser falar comigo, diga que estou indisponível no momento, tá legal? – questionou já desligando o aparelho e colocando de volta de volta no bolso da calça. 

— Muito bem! Agora vamos atrás agora da única integrante feminina do grupo! Vocês sabem que eu estou falando da... – o Lee nem teve tempo de dizer, que logo foi cortado por Neji.

—Tenten! – foi só o que o Hyuuga conseguiu pronunciar.

— Olha só, Neji! Eu não sei e nem me interessa o que houve entre vocês, mas vamos tentar nos focar na nossa missão, está bem? – indaguei, mas a única coisa que veio do cabeludo foi um acenar de cabeça em concordância.

E sem dizer mais nada, nós fomos em busca do terceiro e último membro da equipe. 

(...)

Na noite seguinte localizamos o paradeiro da última integrante do nosso grupo num bar de beira de estrada localizado a poucos quilômetros da cidade de Kumo (Nuvem) e logo quando entramos a vimos sentada num dos últimos bancos do balcão bebendo um whisk barato com uma cara de poucos amigos.

— Aê! Me trás mais uma! – quando ouvimos a sua voz pedindo mais uma dose de bebida, o Neji que estava ao meu lado não pode conter um sorriso de canto ao vê-la com os mesmos coques em estilo “Pucca” em seus cabelos de cor de chocolate e olhos da mesma cor, ainda mais vestida numa camisa regata estilo camuflada que deixava um pouco da alça do seu sutiã preto, uma calça jeans legg que mostrava suas curvas bem definidas e um tênis verde com detalhes em branco. Mas como em todo bar, sempre haverá bêbados inconvenientes que abusam da sorte por uma bela mulher beber entre eles.

— Olá, gracinha... ”hic”... Que tal se... “hic”... Formos pra um lugar mais afastado e... “hic”... Nos divertimos  pra valer, heim? - um homem alto perguntou já se sentando ao lado dela e passando o seu braço por trás do pescoço dela que nem por um momento o olhou.

— Não, obrigada! Eu dispenso! – ela respondeu ainda indiferente ao sujeito que parecia não querer parar de flertá-la.

— Ah! Qualé, gostosa? Você pode fazer companhia pro meu amiguinho aqui, o que acha? – o bebum voltou a questioná-la, só que agora mostrando pra garota um volume na sua calça.

— Eu já disse... Não estou interessada! – dessa vez a morena chocolate pela primeira vez o encarou antes de agarrar a mão do bêbado que estava em seu ombro e torcendo-a fazendo o cara urrar de dor. Tenten se desfez do abraço agora quase quebrando a mão do sujeitinho que ousou querer se engraçar com ela antes de socar a cara do infeliz fazendo cair em cima de uma mesa a quebrando.

— ORA, SUA VAGABUNDA! COMO OUSA QUEBRAR O NARIZ DO MEU CAMARADA? – desta vez apareceram mais dois homens pra lhe dar uma lição, mas quem disse que Mitsashi Tenten estava preocupada com isso?

O primeiro já tinha puxado um canivete e tentado furar a garota, mas essa com muita habilidade se desviando da arma e golpeando a garganta do agressor que logo ficou sem ar, depois socou o rosto dele com força e jogando em cima do outro cara que estava desmaiado entre os escombros da mesa. Já o segundo conseguiu agarrá-la pela cintura e a esmagando com força e tudo o que podemos ver foi a careta de dor que ela fazia quando aquele homem a apertava. De repente, Tenten deu uma cabeçada no nariz do seu oponente que o fez sangrar na hora pra logo em seguida segurou a cabeça dele que estava desorientado pela dor e pelo excesso de sangue que escorria pelo seu nariz pra batê-la contra o balcão do bar o desmaiando instantaneamente.

Muitos que assistiam o final daquela briga nem sequer quiseram se meter com a garota que sozinha surrou três marmanjos e assim voltaram ao que estavam fazendo anteriormente.

Em nenhum momento ousamos interferir naquela briga, já que a Mitsashi nunca gostou de trabalhar em equipe e ainda mais de que a ajudassem, não antes do conturbado término do relacionamento dela com o Hyuuga.

— Há quanto tempo, Pucca! – cumprimentou-a pelo velho apelido e quando ela nos viu, ela não se fez de rogada, passou pelo Neji que ficou estático e abraçou a mim e o Lee com bem força e quase quebrando as nossas costelas.

— Capitão Gai! Lee! Que saudades! Como vieram parar aqui? – a Tenten quis saber sem nenhuma vez olhar para o Hyuuga que ficou triste por isso, agora sei de qual lado saiu o término do namoro deles.

— Não temos tempo pra recordar os velhos tempos, Tenten! Nós temos uma missão! – exclamei e vi que a expressão dela mudou pra séria.

— Entendido! Vamos lá, então! – disse já saindo do bar, voltamos a nossa atenção para Neji que agora estava de cabeça baixa e tentando digerir o que aconteceu ali.

— Relaxa, cara! Seja o que for que tenha acontecido com o namoro de vocês, eu tenho quase certeza que vão superar e se acertar de novo, pode crer! – Lee colocou a mão no ombro do amigo e tentou animar o Hyuuga que quando ele levantou o rosto pra fitar o companheiro, eu podia jurar que vi uma lágrima solitária cair dos seus olhos perolados.

— Vamos logo, seus idiotas! – ouvimos a Mitsashi lá da porta já bastante irritada por esperar.

(...)

No outro dia, nós já estávamos de volta dentro de uma das salas ao complexo militar e resolvendo os últimos detalhes da missão.

— Muito bem, pessoal! Creio que o general já deixou vocês a parte do assunto! – comentei no topo de uma mesa de formato oval enquanto que Neji e Lee se sentavam de um lado enquanto que a Tenten como queria ficar longe do Hyuuga, se sentou do outro.

Os três assentiram com a cabeça e logo a pergunta foi feita pela Mitasashi.

— Quando partiremos pra Konoha, capitão? – a morena de coques queria parecer profissional, mas todos nós sentimos um certo desconforto por parte dela ao saber que voltaria pra sua cidade natal.

— Agora mesmo, Tenten! Como expliquei anteriormente, foi descoberto que a tal Princesa do Byakugan pode ser uma das alunas da Faculdade Senju e se formos rápidos, talvez consigamos completar a nossa missão bem antes do previsto! – respondi a pergunta da MItsashi. — Agora sem mais delongas, peço que se preparem, porque a viajem pra Konoha vai ser bastante longa! – completei.

— Sim, senhor! – disseram os três em uníssono antes de saírem da sala de reuniões.

FIM DO PONTO DE VISTA

E assim, os quatro foram se preparar pra partir pra cidade de Konoha, mas o que eles não sabiam era que iriam reencontrar velhos amigos que há tempos não viam ou até quem sabe mesmo reviver alguns assuntos amorosos inacabados entre uma Mitsashi e um Hyuuga.

CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO...