Back to Home escrita por Ana


Capítulo 17
Ranking Hipócrates de Inovação Hospitalar


Notas iniciais do capítulo

Música: Confessions - ANML
Tenham uma boa leitura e espero que gostem.
Perdoem os erros que passam despercebidos, hoje em especial.
PS.: Se preparem para o que vem a seguir...



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A medida em que os dias passavam e a liberação do Ranking Hipócrates de Inovação Hospitalar se aproximava, as expectativas de todos no hospital iam aumentando. Esse ano, diferentemente dos anos anteriores, o resultado seria liberado no site instantes após ser anunciado em uma transmissão ao vivo, feita com os diretores gerais dos hospitais, chefes de departamento e acionistas, que eram os componentes do conselho.

O conselho estava reunido na sala de conferencias de hospital, estavam juntos Gold, Granny e Marco, todos médicos aposentados e acionistas do Boston Hospital Center, e Regina.

Os “anciões”, como eram chamados por os demais nos corredores do hospital, conversavam assuntos triviais enquanto Regina pensava em como abordar o assunto em que estava pensando antes que transmissão começasse.

— Vocês... Você deram consentimento para Emma Swan operar nesse hospital?

Todos se calaram e direcionaram seu olhar a ela.

— O que, Regina? — Granny perguntou.

— Ela não veio aqui para isso, Emma Swan não está aqui para operar.

— Veja bem, Regina, muitas pessoas... Crianças, muitas crianças se feriram naquele acidente, o hospital já estava com muitos pacientes, naquele dia precisamos de toda a ajuda necessária, chamamos os outros médicos que estavam de folga, e a Emma. — Marco falou.

— Ela estava há meses sem operar, apenas trabalhando com a pesquisa, e quando chega pega a cirurgia mais complicada do dia, o paciente poderia não ter sobrevivido. — Regina argumentou.

— Dra. Mills — Gold começou a dizer. — A Dra. Swan está no hospital a nosso mando, então se em algum momento precisarmos dela em alguma área que não seja a pesquisa, ela vai atuar, e além de toda a lotação causada por o acidente, nós estávamos sem traumatologista, o que por sorte nossa, é a área da Swan. Além do mais, o paciente sobreviveu, e por o que ouvi, vocês trabalharam muito bem juntas, o tempo pareceu não ter afetado isso. — durante o período em que Emma e Regina participavam do programa de internos, Gold era o chefe de cirurgia na época.

— Estávamos...? — Regina disse ignorando a sua última frase.

— Sim estávamos.

Regina preparava outro argumento quando o telão da sala entrou em “sintonia” e uma imagem começou a ser projetada.

— Boa tarde, nessa tarde anunciaremos as colocações do Ranking Hipócrates de Inovação Hospitalar, muito tem se especulado quanto as colocações dos hospitais, como quais subirão ou descerão posições, mais o mais importante, se o George Washington University Hospital permanecerá na primeira posição mais um ano. — disse a anfitriã — Para as colocações do ranking desse ano, convido do o Dr. Francis Collins. Nascido em 14 de abril de 1950, Francis Collins é o médico geneticista americano responsável por uma das maiores conquistas da ciência moderna, o mapeamento do DNA humano, o “código da vida”, o que ele e sua equipe realizaram em 2001, publicando na época na revista Science e na Nature. O mapeamento do genoma humano tem impactado e sido responsável na descoberta de uma série de genes associados a doenças, auxiliando na cura de doenças até hoje dadas como incuráveis. — as pessoas que estavam presentes irromperam em palmas.

— Boa tarde, agradeço a Academia Americana de Medicina pelo convite, e faço questão de ressaltar a importância dessas colocações, que instigam os hospitais do nosso país a desenvolverem tecnologias que auxiliam e concedem melhores condições para os nossos pacientes, mas sem mais delongas... Em décimo lugar, Cleveland Clinic, Cleveland OH, por inovações na área de pneumologia...

No andar de baixo, nas salas de espera, televisores transmitiam as colocações, em seus intervalos, médicos e enfermeiros paravam para assistirem, em cantos do hospital internos se amontoavam em torno de celulares para também poderem assistir, seria sinônimo de status terem feito o internato em um hospital vencedor ou que tivesse obtido boa colocação no ranking.

— Dá para afastar, você está fungando em cima de mim. Sai Robin. — Ruby disse o empurrando quando ele se aproximou por atrás e ficou assistindo.

Ela e Emma estavam apoiadas no balcão central enquanto assistiam a transmissão.

— Ele já começou a dizer as posições ao ainda está naquela chatice de introdução? — Robin perguntou.

— Já sim, está na nona agora. — Emma respondeu.

— Eu e o Cassid estamos apostando na terceira colocação.

— Muito ambiciosos. — Ruby disse. — O hospital pode permanecer na mesma posição, ou até mesmo cair.

— Que pessimismo! — Robin falou — Mas você está esquecendo da nossa última aquisição. — disse dando tapinhas nas costas de Emma.

Regina que dizia não criar expectativas, estava ansiosa, muito mais do que poderia admitir, em seis anos como chefe da cirurgia, fizera o hospital entrar no top cinco do ranking, tinha trago boas propostas, feito o hospital investir em programas de pesquisas; Em seis anos, ele tinha subido três colocações, em um ranking que era disputado por todos os hospitais do país.

Enquanto ouvia as colocações, como um rito anual, pensava no que a tinha levado a investir naquela área, porque podia ter investido em grandes máquinas ou aparelhos, podia ter construído anexos para o hospital, mas investiu em bolsas para pesquisas, pesquisas! O recurso que faltava ao hospital quando Emma foi embora.

Quando a quinta colocação foi anunciada, e não era o Boston Hospital Center que a ocupava, parte do nó que Regina carregava preso na garganta afrouxou, o hospital tinha subido mais um ao pódio, então vieram a quarta e terceira colocação, nunca antes o hospital havia chegado tão próximo do primeiro lugar, nem mesmo com Gold na chefia do departamento, o que dava um ar de conquista a mais. Não era de contar vantagens, tudo que conseguira era fruto de seu total esforço, era primeira mulher e a pessoa mais jovem a assumir o departamento, e a fazer tanto por o hospital.

— ... E se mantendo no pódio em terceiro lugar, Presbyterian University of Columbia and Cornell, por investimentos na cardiologia e em cirurgia cárdica. Anunciar essas últimas duas colocações para mim é uma surpresa e tanto, de um lado temos um hospital que há anos vem se mantendo invicto em uma mesma posição, e do outro, um hospital que nos últimos anos vem ascendendo cada vez mais em um ranking que é tão disputado por todos. O primeiro colocado no Ranking Hipócrates de Inovação Hospitalar, que nos últimos anos tem subido mais do que qualquer outro — o coração de Regina batia tão rápido em seu peito, que em outra situação ela seria considerada taquicárdica — E que pela primeira vez sobe ao pódio, por inovação, em supreendentemente na área de cirurgia geral, cardíaca, ortopédica e pediátrica, e com a recente conquista do programa de mapeamento gênico, o primeiro colocado é o Boston Hospital Center.

Quando desceu, Regina foi ovacionada por os funcionários e colegas do hospital, todos sabiam que sem a sua liderança e visão, não teriam chegado tão longe. Devido ambiente, a comemoração de todos foi contida, o que não quis dizer menos alegre.

No final do expediente, parte do staff, os que estariam de folga aquela noite, foram todos para o Taverna, incluindo Regina, que foi um pouco relutante a ideia, mas acabou cedendo a insistência de Ruby.

— Eu não acredito Regina.

— Acho melhor ir para casa descansar, o meu carro está na revisão e quanto mais cedo eu pegar um o táxi melhor.

— Regina, acorda — disse estalando os dedos. — Foi o primeiro lugar, não foi o terceiro e nem o segundo, foi o primeiro, conseguimos todos juntos, eu sei, mas sem a sua liderança, não teríamos chegado nem ao quinto lugar que era onde estávamos antes, então coloca um sorriso nesse rosto porque eu sei que por dentro você está explodindo como fogos de artifício, você tem o que comemorar, se permite fazer isso chefe.

— Acho que ando dando muita ousadia a vocês, você e o Locksley são farinha do mesmo saco.

— Talvez. — disse irônica — Vamos que Neal e o Robin já devem ter ido.

Robin caminhava por os corredores com alguns prontuários em mãos para entregar aos residentes do turno da noite, quando passou em frente ao laboratório de genética e percebeu que a luz estava acesa, como já era tarde e já passava do horário de funcionamento dele, imaginou que luz ligada devia ter sido o descuido de pessoa que saiu por último, então entrou para apagar.

— Ah, você ainda está aqui, achei que o laboratório estivesse vazio. — disse ao ver Emma. — Trabalhando aqui a essa hora?

— Não, eu tô só...

— Matando o tempo?

— É, acho que sim.

— Vai para a Taverna?

— Taverna... — disse lembrando do mal entendido com Lilith. — Não.

— Mas foram todos para lá, e assim que eu resolver isso desses prontuários também irei.

— Que a noite seja alegre, então — disse sorrindo.

— Porque não vem comigo?

— Não faço parte desse grupo, acho que a comemoração só cabe à equipe daqui.

— E você faz parte agora, além do mais foi o projeto que você desenvolveu que deu um gás na nossa colocação, ele até foi citado, acho que você viu.

— Vi sim.

— Então!

— Eu não sei...

— No seu primeiro dia eu te recebi aqui, não vou deixar você sozinha aqui nesse laboratório. Vou entregar esses prontuários e passo aqui na volta.

Confessions ♪

O bar estava cheio e a música estava alta, as batidas soavam tão graves que Emma mal podia ouvir a letra, caminhando com Robin, avistou duas mesas altas, dessas que servem apenas para apoiar as bebidas, nelas estavam Regina, Ruby, Neal e Krinstin, eles riam e conversavam, mais ao lado, em uma mesa comum, estavam os internos, que também pareciam fazer o mesmo, se divertirem. Quando se aproximaram das mesas, Ruby percebeu a presa deles ali e acenou para Robin, que logo avançou a multidão chegando até eles, mas Emma não o seguiu, em vez de se juntar ao staff, foi direto para o balcão.

— Acho que já vi você por aqui. — o cara atrás do balcão disse quando Emma sentou.

— Liam, não é?

— Isso mesmo.

— Eu já vim aqui uma noite dessas.

— O que vai querer?

— Só uma cerveja.

— Você trabalha no hospital?

— Trabalho sim.

— Aquele pessoal ali é de lá. — disse apontando para a mesa em que Regina estava. — Quer que eu leve lá?

— Não, vou ficar aqui mesmo, mas obrigado.

Emma tomava a cerveja da garrafa com calma, não tinha pressa, as meninas estava com Zelena na casa de Regina, e em casa, não tinha ninguém lhe esperando. As vezes se dava ao luxo de olhar para mesa deles, ninguém percebera sua troca de rota, nem mesmo Robin que caminhava ao seu lado, agora trabalhava no hospital, o que não queria dizer que fazia parte do grupo, mas Kristin a empertigava, percebeu quando a loira deu a volta na mesa para fica do lado de Regina, mas quem era ela para dizer alguma coisa.

— Mais uma cerveja, amiga? — Liam perguntou quando viu a garrafa de lado.

— Por favor, e um shot de vodka.

Quando ele colocou as bebidas a sua frente, Emma virou a vodka de uma vez e tornou a beber a cerveja.

Na mesa próxima, eles brindavam, “Ao primeiro lugar”, Emma os ouviu dizer. Todos sorriam, estavam alegres, felizes, também, não era para menos, tinham motivos. Regina sorria, sorria tão genuinamente, que Emma se perguntava quando fora a última vez em que a vira assim, Emma podia ver que os seus olhos brilhavam, eles sempre brilhavam quando ela estava feliz, sentia orgulho dela, mas sabia que nem parabéns vindos dela Regina aceitaria.

—Você já teve um tipo que gruda na sua cabeça?

— O que? — Liam perguntou.

— Tipo uma mulher que gruda na sua mente como bala nos seus dentes, que parece que não sai por nada...

— Essas mulheres são fogo.

— Fogo mesmo. — disse para si — Sonho com ela quase todas as noites, e isso as vezes parece ser castigo, é como se balançassem um osso na frente de um cachorro e depois o escondessem, queria tanto saber se ainda há um restinho de reciprocidade que fosse.

— E porque você não pergunta?

— Porque mesmo que tivesse, ela iria dizer que não. Fiz merda, uma bem grande. Nem se eu voltasse me arrastando ela iria me querer.

Emma que ia na quinta cerveja, e junto de cada uma, uma dose de vodka, se sentia levemente letárgica, mas não estava bêbada, ainda não, conversava com o barman porque as vezes era mais fácil falar com desconhecidos, afinal, ele não a conhecia, e teoricamente, ele não poderia julgá-la.

— E porque você não parte para outra? O bar está cheio de gente, tem para todos os gostos.

— Porque... Porque eu estou muito ocupada a amando e sendo dela para enxergar ou me interessar por qualquer outra pessoa. — disse direcionando o seu olha onde Regina estava, e o que viu a fez ter vontade de estar bêbada o suficiente para não discernir um palmo a sua frente.

Devido a música e as demais conversas, para se fazer se ouvida, Kristin falava bem próximo de Regina, e Emma sentia que o mais leve dos empurrões seria capaz de fazer com que as suas bocas se encontrassem. Pensar nisso provocou náuseas em Emma, que decidiu ir ao banheiro lavar o rosto, quando voltasse pagaria a conta e iria para casa, aquela noite já tinha chegado ao fim.

— Oi. — Lily disse quando Emma saiu de dentro de uma das cabines do banheiro.

— Oi Page. — falou no tom mais educado que pôde.

— Vi você bebendo sozinha, podia ter ido se sentar conosco, já que não quis ficar com o staff.

— Preferi sentar só à sentar com qualquer um dos grupos.

— Hum... Sabe, eu tava pensando uma coisa... — disse dando uma pausa, achando que Emma se interessaria em perguntar o que, mas ela se manteve calada. — Nós poderíamos terminar o que começamos no outro dia.

— Nós não começamos nada, e muito menos temos algo para terminar. Com licença. — disse tentando passar, mas Lily a impediu.

— Pense bem, você pode trocar a experiência por a vontade de aprender. — Emma levou alguns instantes para entender o que aquilo queria dizer — Você não gostou de beber comigo? — perguntou se aproximando de Emma, a ponto de respirarem o mesmo ar.

Emma tinha certeza de que se acendessem um fósforo próximo a Lilith, um incêndio seria causado, tamanho o teor de álcool contido no seu hálito.

— Você está muito bêbeda, mas me ouça bem, nós não começamos nada, eu não quero nada com você, bebemos juntas uma vez e foi só, não quero confusão com internos, e vou fazer questão de te dizer isso quando estiver sóbria.

— Não quer porque ainda não experimentou.

— E nem... — Antes que pudesse terminar a frase, Lily se jogou sobre ela insistente, tentando beijar a sua boca a todo custo, até Emma conseguir segurar em seus braços e a empurrar para trás.

— Você vai se arrepender e vai vir atrás. — Lily falou ajeitando os cabelos.

Meio trôpega, o álcool já cobrava o seu preço, se virou para sair do banheiro, e antes que a sua mão alcançasse a maçaneta, a porta foi aberta por o outro lado.

— Uou, a minha intenção não era interromper nada. — Regina disse ao se deparar com o estado de Lily, cabelo bagunçado, roupa amaçada...

Lily nem ao menos olhou para Regina, baixou a sua cabeça e saiu do banheiro.

— Antes num banheiro de bar do que no meu hospital. — disse séria.

— Não é nada do que você está pensando. — Emma disse se aproximando.

— Eu não estou pensando, eu vi, aliás, eu sei e não é de hoje.

— Sabe? Como assim sabe? Eu não tenho nada com essa menina, Regina, a informação que chegou a você foi errada, totalmente errada.

— Será Swan? Eu sei de tudo que se passa no meu departamento, tudo, eu não seria uma chefe tão boa se não soubesse. Só mantenha a sua língua e a da sua namoradinha longe uma da outra quando estiverem no hospital. — tentou soar o mais indiferente possível.

— Ela não é a minha namoradinha. Não tenho nada com essa menina! — disse enfática.

— Tanto faz. — disse saindo do banheiro.

— Regina!

Regina nem ao menos passou na mesa para se despedir dos colegas, ao sair do banheiro, rumou direto para a saída do bar. Ao sair, foi alvejada por uma lufada de vento, o céu estava limpo, mas os ventos não davam descanso tornando a noite mais fria. Não havia um taxi se quer do lado de fora, e nenhum nas esquinas.

— Ótimo, que maravilha. — praguejou.

Toda a euforia tinha dado espaço a algo que ela preferia não admitir que sentia.

Levaram alguns segundos para a mente de Emma assimilar o que tinha acontecido sair do banheiro. Quando saiu, procurou Regina com os olhos em todo o bar e por entre a multidão, mas não a viu, então imaginou que ela tivesse isso embora, e quando finalmente olhou para saída, viu Kristin saindo. De tão cheio que o bar estava, se sentiu presa em areia movediça ao tentar chegar até a saída, quando mais forçava passagem, mais era empurrada para trás, quando finalmente conseguiu alcançar á porta, era tarde, pôde apenas ver o carro saindo.

Sua cabeça girava, e não era por causa do álcool, havia sido atacada dentro do banheiro de um bar e não sabia o quanto Regina tinha visto daquela cena deplorável, se antes as coisas entre elas já estavam difíceis, agora estariam impossíveis.

Por um tempo que Emma não foi capaz de determinar, ficou ali, parada, de pé na calçada, vendo o carro se afastar até sumir de vista, enquanto o vento frio lhe cortava a pele.

— Obrigado por a carona, Kristin, eu ia esperar um táxi. — Regina disse parada na calçada de casa com Kristin.

— Você ia congelar lá fora, isso sim, e não foi nada, o hotel onde eu estou não fica tão longe assim da sua casa.

— Menos mal que não te tirei tanto assim da sua rota.

— Bom, eu acho que não consegui te dar os parabéns civilizadamente. — disse rindo — Parabéns, esse hospital ainda vai crescer muito através das suas mãos.

— Obrigado. — sentia sua face ruborizada, mas não sabia se era por causa do álcool ou do frio —  É... Você já sabia quem eu era, não sabia? — perguntou se detendo à porta de casa.

— Quem não conhece a primeira mulher e a pessoa mais nova a se tornar chefe do departamento cirúrgico do Boston Hospital Center, e agora, também por fazê-lo subir ao pódio e desbancar o George Washington University Hospital.

— Não estou falando por causa disso, mas por Washington, quando você trabalhou com a Emma.

— Bom, quando chega alguém novo a gente sempre fica sabendo de onde veio ou...

— Então sim, conhecia a mim e as minhas filhas. Vocês deviam me ver como a coitada que ela deixou para trás, ou melhor, como a megera egoísta que não apoiou o sonho dela. Um monstro, foi assim que vocês devem ter me visto. — o álcool que circulava em seu sangue antes de sair do carro não parecia ser muito, mas agora ela estava tomada por um curiosidade masoquista, uma que só o álcool era capaz de lhe dar.

— Eu obviamente não posso falar por todos, Mills...

— Regina.

— Regina, mas eu não pensava isso, e nem se quer podia, afinal, não era a minha vida, era a de uma outra pessoa, mas credite em mim quando digo que uma relação não define quem você é, o que te define é o seu caráter, tua postura e a somatória das ações que você toma, não resuma você mesma a um relacionamento que deu errado, não cometa esse erro.

Durante todos esses anos Regina ouviu muita coisa de muitas pessoas, pessoas dizendo que ela ia ficar bem, que tudo ia se resolver, que ela precisava ser forte, mas ninguém nunca havia dito tanto mesmo dizendo tão pouco. Talvez fossem as nuances do álcool, mas mesmo que fosse, Regina não teria tempo de pensar sobre, pois antes mesmo que o seu corpo compreendesse o que estava fazendo, seu cérebro já havia mandando o sinal, seus lábios se comprimiram contra os de Kristin e a sua língua pediu passagem, que não foi negada.

— Eu... Meu Deus, desculpa Kristin, acho... Acho que bebi demais.

— Você não precisa se desculpar, por nada. 


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Notas finais do capítulo

Então, digam-me o que acharam.
Próximo capítulo: Acredito que ele será um divisor de águas para Emma e Regina, ele trará emoções, então fiquem atentas às atualizações.
Bju grandes, até a próxima.



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