FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos e queridas.
Preciso agradecer aos preciosos comentários de vocês, somente com eles eu consigo ter ânimo e disposição para escrever histórias de amor bonitas, mas ao mesmo tempo preciso pedir desculpas porque ainda não pude respondê-los. Não é por falta de atenção ou respeito a vocês, viu, é que eu não passei muito bem a noite passada, a madrugada foi péssima e o dia também não foi lá muito bom. Ainda não estou bem... Estou cansada e um pouco triste, mas vou ficar bem. Então, como vocês estão querendo saber mais sobre esta história de amor CASKETT e eu também estou apressada para adiantar a história e até terminar logo, preferi adiantar o capítulo para postar e mais tarde eu respondo aos comentários, ok? Mas nem por isso, eu peço, deixem de comentar, pois os comentários divertidos, amorosos, inteligentes e construtivos de vocês me estimulam a escrever.
Cada linha que eu escrevo sobre o ambiente, sobre os pensamentos e emoções sentidas por Kate e por Rick não são para inchar o capítulo. Jamais faria isso! Tudo que escrevo serve de base para os diálogos, então vou fazer outro pedido: Não leiam apenas os diálogos, pois eles sozinhos ficam ocos e talvez até sem sentido.
Boa leitura e que Deus nos ajude e nos dê saúde. Beth, um beijo especial para você que também teve um mal-estar ontem. Melhoras!!! Fique logo boa!!!
Eu escrevo para todos vocês que são apaixonados pelo amor CASKETT.
Beijinhos e boa leitura.
Denise



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Assim que entrou, fechou a porta e ao invés de se sentar em uma das poltronas em frente à mesa da Detetive, como já fizera muitas vezes, o jornalista contornou e ficou parado ao lado da cadeira giratória dela, olhando-a de cima, de modo a intimidá-la, deliberadamente.

Katherine Beckett se levantou de imediato.

Ela era alta, mas ele, era mais alto ainda; tinha 1,90m de altura.

Naquele dia Katherine estava particularmente linda. Usava camisa bege justa na altura dos quadris, sem mangas, calça jeans escuro de stretch colada ao corpo, botas cano longo de saltos altos. Entretanto, em face da alta estatura dele, Kate, com seus 1,74m de altura, mesmo acrescidos dos saltos altos, estilo agulha, ainda tinha que erguer suavemente a cabeça para olhá-lo nos olhos.

Apesar de tensa e com o coração aos pulos, ela não se intimidou. Fixou os olhos nos dele e o enfrentou irritada, pois sabia que naquele momento a melhor defesa era o ataque — Eu até pensei que você fosse educado, Sr. Richard Castle, no entanto, percebo que eu me enganei. – foi cerimoniosa chamando-o de "Senhor" e ao mesmo tempo propositadamente irônica para demonstrar como ficara chateada com a invasão à sua sala.

— E eu pensei que você fosse mais perspicaz e menos covarde, todavia, vejo que eu também me enganei. – ele rebateu, usando o mesmo tom de voz dela.

Ela franziu a testa, confusa com o que ele acabara de dizer — Não sei do que você está falado, Sr. Richard Castle e tampouco sei aonde o senhor quer chegar. – apesar de frisar e insistir no modo formal ao empregar o pronome de tratamento “senhor”, Katherine Beckett já não usava de ironia e, temendo qualquer embate, começou a se afastar, mas ele a segurou pelo braço, impedindo-a de sair do lugar.

— Sério!? – ele indagou enquanto a segurava pelo braço. Continuou irônico e sorriu — Sério que você não sabe do que eu estou falando, Kate?

Kate até tentou puxar o braço, mas não teve êxito — Sr. Richard Castle, o senhor está machucando meu braço. Hoje não é o seu dia de comparecer ao Distrito... De mais a mais, o expediente já encerrou, o senhor já não deveria ter ido embora?

— Eu te faço a mesma pergunta.

Ela não respondeu e ele não a soltou.

O silêncio tomou conta da sala, mas Castle não permitiu que isso se estendesse.

— Antes de mais nada, Kate, vamos deixar desse negócio de “Senhor Richard Castle” de lado, ok? É muita formalidade para o meu gosto. Aliás, muito exagerada, inclusive. Isto não comporta mais, pois já nos conhecemos há quanto tempo mesmo, eihm?  - ele perguntou em tom de ironia de forma teatral, franzindo a testa, exigindo uma resposta.

Ela continuou em silêncio.

Com o coração aos pulos, Beckett ficou calada e não desviou as vistas dos olhos dele.

— Você não quer responder. – ao fazer aquela afirmativa, ele fingiu estar conformado — Tudo bem, Kate. Você não quer responder... Pois eu te digo.

Katherine Beckett não esperava aquela atitude dele. Estava visivelmente tensa e passava a língua sobre os lábios de modo a umedecê-lo, mas não falou nada.

Richard ainda a segurava pelo braço e ao vê-la deslizar a ponta da língua pelos lábios, ele se sentiu ainda mais excitado e a trouxe mais para perto de si, passando a segurá-la com as duas mãos agora pelos ombros, deixando-a de frente a ele. 

Castle não usava força e se ela realmente quisesse, poderia se soltar dele. Contudo, ela não o fez. Sim, mesmo segurando-a suavemente, ela não tentou se afastar dele.

Quebrando o silêncio, Richard continuou — Tudo bem, Kate. Você não quer mesmo responder. Pois eu te digo. - ele repetiu — Nós nos conhecemos há quase um ano. Quase um ano, Kate, e desde sempre eu tenho demonstrado de todas as formas o meu interesse por você.

Aquela declaração repentina caiu como uma bomba e fez o peito da Detetive pegar fogo... Um fogo excitante incrivelmente quente e essa quentura se espalhou pelo pescoço e pelo peito. Aquela declaração era o que mais ansiara ouvir, porém, estava apreensiva. Estava mesmo tensa. 

Fez-se um novo silêncio.

Ao admirar a camisa justa que ela usava, ele percebeu que o peito dela subia e descia, evidenciando uma respiração profunda, sinal de tensão e os bicos dos seios estavam salientes, rígidos, marcando o tecido, prova de que estava excitada, o que era excelente sinal.

Tudo estava saindo melhor do que planeado. Ele conseguira afetá-la e isto dava-lhe ânimo para prosseguir.

Castle continuou — Quase um ano, Katherine. Quase um ano, e desde sempre eu tenho demonstrado de todas as formas o meu interesse por você. – ele falara novamente para não haver dúvida — Aliás, eu demonstrei meu interesse por você desde o primeiro dia em que eu te vi lá no estúdio de TV. Acho que nunca vou me esquecer daquele dia. No dia em que eu a entrevistei no meu programa, lembra? – ele fez uma pequena pausa e a olhou intensamente— Eu a convidei para jantar, mas você recusou. – ele deu um breve sorriso demonstrando felicidade, pois se lembrou do dia em que a viu pela primeira vez. — Naquele dia eu quebrei as regras que eu mesmo criei. Uma regra simples: Eu nunca me envolveria com uma convidada para que a credibilidade do programa não fosse abalada. Mas eu não podia deixar você ir embora. Eu precisava conhecer mais sobre você. Sua energia era contagiante. Você estava belíssima, Kate, mas não era só isso. Você era muito mais do que simplesmente uma linda mulher. Durante todo o programa você respondia as minhas perguntas com tanta desenvoltura, tanta precisão e domínio do assunto... E estava nítido que não era nada decorado; não era nada ensaiado, eram respostas que saiam naturalmente de você, pois faziam parte do seu dia a dia, do seu trabalho, da sua vida. - ele não desgrudava dos olhos dela— Não era um diálogo que mandaram você recitar... Era tudo seu. Eu fiquei impressionado. Você ali, tão eficiente, tão jovem e já responsável por chefiar uma equipe de Detetives e policiais que solucionou um homicídio que fora notícia de alcance internacional, pois colocaram atrás das grades muitas pessoas influentes, inclusive políticos tidos como blindados que ninguém teria coragem de enfrentar..., mas você o fez. Sua coragem e sua ousadia me impressionaram profundamente. 

— Sr. Richar... – ela se interrompeu, mas logo prosseguiu, sem formalidades. Castl... – ela franziu levemente a testa e tentou falar com um fio de voz, mas ele a interrompeu.

— Eu preciso terminar de dizer tudo, Kate. – fez uma pequena pausa, mas não a soltou nem mesmo por um segundo. Continuou a segurando pelos ombros — Naquele dia eu disse para mim mesmo que eu precisava ter você para mim porque seria impossível eu conhecer outra mulher com a metade das qualidades que eu vi em você. Naquela época eu já tinha uma jornada de trabalho intensa, mas mesmo assim eu fiz as vinte e quatro horas do meu dia se multiplicarem, porque eu precisava ficar perto de você aqui no distrito. Eu precisava ficar perto de você para você me conhecer e saber quem eu realmente sou. Eu também precisava continuar no telejornal da noite porque era algo muito importante para mim, além do que, eu não queria romper meu contrato, pois uma quebra de contrato com a maior emissora do país, com certeza iria manchar minha carreira. E por fim, eu não queria abandonar o meu programa de entrevistas, que, aliás, eu faço até hoje. Eu já te falei, o talk show era meu sonho. E ele é como se fosse um filho para mim. Um filho muito esperado e ninguém em sã consciência abandona um filho. Então, Kate, foi uma loucura. Eu fiquei desesperado. Como eu não podia deixar de lado meus programas na TV, eu só poderia vim aqui uma ou no máximo duas manhãs por semana porque, como Diretor de Jornalismo de lá, eu tenho muitas responsabilidades nas mãos. As pautas de todos os jornais da emissora passam por mim e tenho reuniões sobre elas todos os dias. Então, sem pensar muito porque não podia perder tempo, eu tinha que estar aqui pelo menos um dia por semana e mesmo assim não poderia ficar o dia todo, apenas o início da manhã, então eu teria que refazer toda minha agenda. Foi difícil, mas eu consegui. Eu sabia que seria impossível eu estar aqui na delegacia no final da tarde, antes de eu entrar no ar com o Jornal da Noite, então, o certo mesmo era eu ter somente o início da manhã de um único dia, portanto teria que ser o suficiente para eu conseguir fazer algo proveitoso, alguma tarefa que justificasse minha presença aqui e, claro, o mais importante, eu poderia te ver e tinha certeza que você me notaria, pois a ideia era fazer de tudo para chamar sua atenção com sutileza e por isso eu te trazia chocolates e ingressos para shows, coisa, aliás, que até hoje eu faço.

— É. – ela falou bem baixinho, desviando os olhos dos dele, abaixando as vistas encabulada, impressionada e até abalada positivamente com as informações que acabara de ouvir.

Neste momento, Beckett, que sempre fora destemida, arrojada e expansiva deu um sorriso tímido, quase inseguro, e isso não passou despercebido para Rick que pegou suavemente o queixo dela com os dedos e suspendeu seu rosto, fazendo seus olhos se encontrarem novamente.

Com voz macia ele continuou seu discurso apaixonado — Kate, eu ansiava pelo seu sorriso, mínimo que fosse, ao te entregar as caixinhas de chocolates e os convites.

Sem desviar do olhar dele Kate tomou coragem e sussurrou — E eu... – ela titubeou e não prosseguiu.

Percebendo que ela hesitara, ele a incitou a completar o raciocínio — E você...

Ela arriscou e confessou baixinho — E eu esperava com ansiedade o dia em que você entraria aqui na minha sala para me dar as caixinhas de chocolates...

— Pelo chocolate? – ele a provocou.

— Não. – desta vez Kate quase não ouviu sua própria resposta. Mas Rick ouviu e isso o deixou entusiasmado. 

Mais uma vez o silêncio se fez.

Beckett estava nervosa como nunca ficara na vida. Seu coração batia tão forte e ela o sentia pulsar, tanto que, igual aos romances que lia, ela tinha certeza que Castle estava escutando. Nunca se imaginara passar por uma situação dessas, mas estava adorando. Tinha que ser forte e precisava fazer algo. Ela se sentia confiante e queria fazer isto, aliás, queria muito.

— Kate, quando...

— Rick... – ela se encheu de coragem e o interrompeu colocando suavemente as pontas de seus dedos sobre os lábios dele, impedindo-o de falar e isso o deixou curioso e ao mesmo tempo, mais excitado ainda. Ela continuava com os olhos fixos nos dele, só que agora de forma sensual. Torceu os lábios em sinal de ansiedade. Sedutora, porém tensa, ela mordeu o canto dos lábios, encheu o peito de ar e muito rapidamente abriu a boca e sussurrou — Será que você pode calar a boca e me beijar?


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Notas finais do capítulo

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