FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Hoje esta fic completa 31 dias. Ainda não terminou, mas está próximo.
Estamos com 31 capítulos e 31 dias.
Quero agradecer a todos que estão me alegrando com os comentários tão lindos e, em espacial a Adriana Tatsch e Thais que incluíram esta fic na relação de suas favoritas. Cada comentário me impulsiona a escrever mais sobre essa família que eu amo tanto.
Casal CASKETT, família CASKETT, filhos CASKETT... Amo demais!!!
O relacionamento amoroso entre um casal é muito lindo e o que existe entre Katherine Beckett e Richard Castle é VERDADEIRO e ETERNO!!!
“Amor, confiança, lealdade, respeito... Isso é fundamental” (Keitty Sudre)
Bem, o Gustavo é ou não é filho do Castle? Quem ler todas as letrinhas saberá.
Espero que gostem deste capítulo. Tenham paciência que tudo será esclarecido...
Boa leitura!



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No capítulo anterior, Johanna deu banho nos netos e viu algo que a deixou tensa...

— Johanna, preciso de um novo chá de camomila para ter uma conversa muito importante com você.

— Eu percebi o modo como você abraçou o Gustavo... Tem algo estranho... Você está me deixando aflita.

— Pode ficar aflita mesmo, Johanna. A coisa é séria!

 

 

 

Capítulo 31

Como mais cedo, o chá foi preparado muito rapidamente e desta vez se sentaram para degustar na sala de estar, em um conjunto de sofás próxima a porta que dava acesso ao jardim.

Ao invés de duas xícaras, Martha serviu o líquido dourado em três xícaras, deixando Johanna curiosa.

— Porque três, ao invés de somente duas xícaras, Martha?

— Porque eu entendo que o seu marido deve participar desta conversa – Martha estava tensa e olhou na direção de Jim que estava lendo o jornal em uma poltrona reclinável bem próximo a elas.

— Ah, não! – Johanna sorriu e piscou o olho para a mãe do Rick — Acredite, amiga, quando o meu marido está lendo seu jornal ou um livro nas tardes de sábado, nada ou ninguém, a exceção dos netos, pode interrompê-lo.

— Mas, indiretamente, quem vai interrompê-lo é um dos seus netos.

— Não entendi... – Johanna demonstrou curiosidade— Martha, eu nem sei o que quer dizer. Estou assustada. Não entendo o que aconteceu ou o que está acontecendo. Não sei o que você quer me falar.

Martha pôs a mão direita no queixo. Ficou silenciosa por alguns segundos, torceu os lábios, pensativa, até que resolveu que aquele, sim, era o momento de comentar sobre algo que a incomodava há alguns meses— Johanna, eu vou te mostrar uma coisa... Eu havia prometido para o Richard e para a Katherine que eu iria esquecer este assunto, mas como eu encontrei um fato novo de muita relevância que pode modificar tudo, preciso falar sobre isso e como eu sei que você é tão mãezona quanto eu, não tenho porque não comentar com você. Somos mães e avós. Você vai entender a minha inquietação.

Johanna bebeu metade da xícara do seu chá — Ah, Martha! Eu sei que vou te entender, mas, por favor, deixa de enrolação e fala logo porque estou curiosa.

— Eu vou te mostrar uma coisa que considero a mais interessante do mundo neste momento.

Martha pegou seu telefone celular no bolso do vestido, acessou a sessão de “Galeria de Imagens” e abriu na foto de Richard com quatro anos de idade. Era uma cópia da foto que ela havia mostrado para Katherine e para o próprio Richard logo no primeiro dia em que ela conhecera Gustavo.

Sem dizer uma única palavra, entregou o aparelho para a mãe da Kate.

Assim que viu a foto, Johanna abriu um sorriso— Mas meu neto é lindo! – Logo depois ela analisou a foto com mais atenção e ficou curiosa— Eu não me lembro de tê-lo visto com esta roupa. Ah, e este sapato? – ela sorriu— Deve ser uma foto de estúdio com roupas fora de moda... Talvez uns trinta e cinco ou quarenta anos. Mas está lindo! Aliás, ele é lindo, não é? – Jô olhou para a amiga e se lamentou— Não sei porque a Katherine não me enviou, via WhatsApp, esta foto. Ela me envia todas as fotos do Gustavo.

— Ela não te enviou esta foto, amiga, porque esta foto não é dela nem o garotinho da foto é o Gustavo.

— Como assim, não é o Gustavo? – Johanna estava confusa e voltou a olhar fixamente para o garotinho da foto.

Martha demonstrava interesse em esclarecer— Bem..., sabe aquela história que a gente vê muito na internet? “Gêmeos Separados No Nascimento”

— Ah, não! Sem chance, Martha. – Johanna negava veementemente com a cabeça — Eu não estava dentro da sala do parto quando o meu neto nasceu, mas a Katherine queria que nós participássemos deste momento, então ela entrou no projeto “Felicidade Compartilhada”, onde a sala de parto tem uma parede de vidro que permite aos familiares assistirem ao parto. Tiramos fotografias e filmamos tudo e pudemos comprovar o que todas as ultrassonografias afirmaram, ou seja, só havia um bebê dentro da barriga da Kate.

Martha ouvia tudo com atenção e em silêncio.

— Mas eu não disse que este menino é irmão gêmeo do Gustavo. – Johanna continuava sem entender nada— Este garotinho da foto não nasceu no mesmo ano que o Gustavo. Quando a internet posta fotos com o título “Gêmeos Separados No Nascimento”, são pessoas não nascidas do mesmo ventre.

Martha deu tempo para a amiga arrumar as ideias e Johanna ficou em silêncio e aparentava estar refletindo acerca das palavras ditas pela amiga.

Enquanto pensava, Johanna não soltou o celular e olhava cada detalhe da foto, analisando com mais atenção até que fitou Martha novamente e indagou — Você está com um olhar estranho, Martha. Um olhar de alguém que quer falar mais alguma coisa. Diz logo porque estou com uma curiosidade gigantesca.

— Aí vai. Preparada? – Martha indagou.

— Ah, tá! Eu estou preparada, mas, por favor, deixe de fazer mais suspense. –  ficou tensa e bebeu o resto do seu chá de camomila. — Diz logo, por favor.

— Vou ser direta. – Martha também bebeu seu chá e percebeu que toda a atenção de Johanna era para Martha — O garotinho lindo da foto não é o Gustavo. Esse é o meu filho, Richard Castle.

Aquela notícia bombástica pegou Johanna de surpresa e ela empalideceu — Deus do céu! – ela estava boquiaberta — Não entendo porque a minha filha nunca me disse que o Richard era o pai do Gustavo. Não entendo isso... Nós somos tão amigas... Porque esconder algo tão importante para mim que sempre lhe dei tanto apoio. Porque os dois fingiram que não se conheciam...

— Calma, amiga! – Martha falava de forma amorosa — A Katherine não te contou nada porque não tinha nada para contar.

— Como não!? Olha para isso. O meu neto é cópia fiel do seu filho. É evidente que seu filho é o pai do meu neto, Martha.

— Amiga, a sua filha não te contou nada porque tanto ela quanto o Richard não fazem ideia de quem seja o pai biológico do Gustavo.

Johanna olhou novamente a fotografia — Impossível! O Gustavo é filho do Richard. Sem chances de não ser. Está aqui, Martha. Parece uma cópia perfeita. Até o jeitinho de ficar encostado aqui, veja..., e apoiar o peso na outra perna. Veja o jeitinho no canto da boca. Olha o nariz dele. Os olhos...

— Johanna, no dia em que eu conheci o Gustavo eu me senti assim... Do mesmo modo que você está. Eu passei mal no dia em que eu o vi pela primeira vez. Eu fiquei gelada, pálida e quase desmaiei. Naquele dia, sem que as crianças vissem, eu mostrei esta foto para Katherine e para o Richard e afirmei para eles que o Gustavo era filho do Richard, mas os dois, apesar de terem ficado boquiabertos ao verem a foto, juraram que nunca tinham se visto antes do dia em que ele a entrevistou no seu talk show.

— Não acredito! – ela afirmou, mas logo depois retificou— Oh, meu Deus! O que é que eu estou dizendo? Claro que eu acredito, porque tanto minha filha quanto o seu filho não negariam algo tão importante para ambos. – Johanna botou as mãos na cabeça em sinal de quase desespero – Minha cabeça está fervendo! — ela pegou a xícara de chá de camomila que seria do marido e bebeu seu conteúdo de uma só vez.

— Pois é! A minha cabeça também está fervendo.  Johanna, eu te mostrei esta foto e te falei tudo isso só para eu desabafar com alguém e ninguém melhor do que você que tem amor por eles, como eu também tenho. Como te disse há alguns minutos eu havia prometido para o Richard e para a Katherine que eu iria esquecer este assunto, mas como encontrei este fato novo de muita importância que pode modificar tudo, precisei falar sobre isso.

— Mas você ainda não me falou que fato novo e de muita importância é esse, Martha.

— O fato novo é o sinal de nascença que o Gustavo tem na sola do pé esquerdo do formato de um coração. Aquele que eu acabei de ver.

— E o que é que tem aquele sinal de nascença a ver com tudo isso?

— Johanna, o Richard tem um sinal de nascença idêntico àquele de Gustavo. O mesmo formato de coração na sola do pé esquerdo. Quando o Richard nasceu, eu consultei alguns médicos e todos eles me tranquilizaram ao me informar que não era sinal de natureza maligna. E todos também me disseram que sinal de nascença geralmente está localizado no mesmo local ou próximo ao que deu origem, ou seja, o sinal do pai ou da mãe, da avó ou do avô. Ele pode ser maior ou menor e pode ter a tonalidade mais clara ou mais escura. O Richard herdou do pai e o sinal dele era no mesmo local e tinha a coloração idêntica e o mesmo aconteceu com o Gustavo. Gustavo herdou o sinal do Richard no mesmo local e também com a coloração idêntica.

— Martha, eu nem sei o que dizer. Cada minuto surgem mais informações sobre o nascimento do meu neto e eu me sinto uma... Nem sei o que pensar, muito menos o que falar... Não entendo o que aconteceu para a minha filha me ocultar tanta coisa... E o Rick...

Elas continuaram conversando sobre o assunto e repetiram muitas partes da conversa para tentarem entender, como se quisessem montar um quebra-cabeça. Ambas estavam perturbadas com o assunto.

Jim colocou o seu jornal de lado e se encaminhou até onde elas estavam, surpreendendo-as.

— Por mais que eu estivesse prestando atenção ao meu jornal, não pude deixar de ouvi-las. Não que vocês estivessem falando alto, mas graças a Deus tenho uma audição excelente. Então parei de ler e fiquei analisando o que vocês falavam. Um aviso: Não vamos fazer pensamento precipitado, pois não sabemos o que de fato aconteceu. – enquanto falava, Jim se sentou junto à sua esposa e se dirigiu à Martha de um modo muito gentil. — Por mais que nossa filha seja ligada a nós, Eu e a Johanna não sabemos de nada a respeito da gravidez dela e se ela e o Richard afirmaram para você que não se conheciam até o dia da entrevista da TV, então temos que acreditar neles, mesmo porque nenhum dos dois esconderia um filho, ainda mais por tanto tempo. Estamos falando de quatro anos, aliás, um pouco mais de quatro anos... Quase cinco. E agora os dois estão noivos e vão se casar. A Kate vai adotar a filha do Richard e o Richard vai adotar o filho da Kate. Eu falo isso não só como pai da Kate, mas com a experiência de mais de trinta e cinco anos como advogado atuante que já viu de tudo naquela justiça. Mas uma coisa é certa Martha, com relação a toda essa coincidência e se de fato o Gustavo é filho biológico do Richard, não sei como isso teria acontecido, já que os fatos estão em contradição com as provas e com os depoimentos dos nossos filhos. No entanto, preciso confessar uma coisa: eu ficaria muito contente se o Richard fosse o pai biológico do meu neto, porque ele é um homem extraordinário! – Jim estava comovido.

— Martha, mostre a fotografia do Richard para o Jim. – Johanna pediu e imediatamente a foto foi exibida e Jim ficou muito impressionado.

— Deus! Eles são idênticos! Como isso seria possível se a minha filha e o seu filho não se conheciam? – Jim exclamou.

— Será que temos que telefonar para chamar nossos filhos agora ou... – Martha indagou, mas foi interrompida por Johanna.

— Ou será que os deixamos comemorar o noivado?

Sem comentar nada, Jim alcançou seu telefone celular e teclou alguns números e em instantes os três ouviram a voz de Katherine — Oi, papai. Aconteceu alguma coisa com as crianças?

— Elas estão ótimas, filha, pode ficar tranquila.

— Então...

— O Gustavo levou uma queda...

A moça ficou tensa e interrompeu o pai— Como ele está, papai?

— Vocês o levaram para qual hospital? – Ouviram a voz preocupada de Richard.

— Estamos indo... Pra onde, papai? Papai! – Katherine estava afita.

— Filhos, o garoto está bem. Fizemos um curativo em casa mesmo. Mas acho que seria bom você voltar para casa.

— Papai, você está me assustando.

— Estamos indo, sogrão. Deveremos chegar no máximo em quinze minutos.

— Um momentinho, filhos – Jim se levantou e foi até o quarto de brinquedos onde as crianças estavam se divertindo e cochichou no ouvido do garotinho para falar com os pais e avisou que o telefone estava no modo “viva-voz”.

— Oi, mamãe. Oi, papai. Vocês saíram e eu nem vi.

Ouvir a voz do filho trouxe alívio ao jovem casal.

— Graças a Deus você está bem filho! – Katherine conseguiu falar. — E a Alexis?

— Eu também estou bem, mamãe. – a garotinha avisou.

— Filhos, daqui a pouco estamos chegando para ver vocês. – Richard complementou.

Jim passou a mão nos cabelos dos dois netos, deu um rápido aceno de despedida e retornou à sala e no caminho foi tranquilizando a filha e o genro — Vocês falaram com as crianças. Elas estão ótimas e brincando na sala de jogos, ou seja, venham devagar e não precisa infringir as leis de trânsito muito menos pôr em risco a vida de vocês, ok?

— Ok, sogrão!

— Sim, papai.

A ligação foi desfeita e Jim olhou para as duas mulheres à sua frente — Eles estão vindo, mas vou pedir um favor a vocês duas. Nada de acusações. O assunto é muito delicado e temos que ouvi-los. Eles falaram que nunca se viram antes da entrevista no “Conversando com Richard Castle”, então, tem que haver outra explicação que somente eles podem dar e se eles não souberem esclarecer, então nós cinco temos que pensar em alguma saída. Somos adultos e, juntos, saberemos o que fazer.

— Jim, com todo o respeito do mundo que eu tenho pelo meu próprio filho e pela sua filha a quem eu amo muito, eu perguntei se eles participaram de alguma festa pândega onde talvez pudessem ter se excedido na bebida e passaram a noite juntos... No entanto, os dois foram categóricos e negaram. Disseram que nunca participaram de festas assim.

— Podemos fazer um exame de DNA. – Johanna sugeriu.

— Mas ambos afirmaram que nunca se viram antes. – Martha lembrou.

— Gente, estamos falando, falando, falando... Só conjecturas. – Jim procurava ser mais sensato — Vamos aguardar nossos filhos. O jeito é espera-los para termos uma conversa. Nós cinco juntos pensaremos melhor, até porque a Kate é a mãe do garoto e Richard, se Deus quiser, o possível pai.

— Johanna, com licença... Vou à sua cozinha fazer mais chá de camomila. – visivelmente tensa, Martha avisou ao sair da sala.

— Eu preciso de um whisky. – Jim já saiu em busca da garrafa e do copo e foi até o frigobar e trouxe gelo em um pequeno balde.

 

 


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Notas finais do capítulo

"A M O R = (A) Amizade (M) Maturidade (O) Organização (R) Respeito." (Jô Soares)
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Gostaria de ouvir a opinião de vocês.
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IMAGEM DO CAPÍTULO - Eu também fiz esta montagem especialmente para o capítulo.
https://n1.picjoke.net/useroutputs/3324/2017-07-31/1-pt-c69c983e76aeb5a93cfdfcf6ac81bc5d.jpg



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