FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

A série CASTLE acabou e esta fic também está acabando, mas o meu amor pela família CASKETT é eterno!!!
Boa leitura!



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Na casa de Jim e Johanna Beckett...

Jim não se continha com tanta alegria, pois estava brincando com os netos.

Enquanto ele entretinha as crianças, com jogos de baralho na sala de jogos, Martha, Johanna e Katherine estavam dando os últimos retoques para servir o almoço.

As mulheres ajeitavam a grande mesa na espaçosa sala de refeições. As louças e talheres já estavam ordeiramente dispostos juntamente com outros itens importantes e necessários. A comida já estava quase pronta e Johanna aguardava com atenção os últimos momentos para desligar tanto o fogo quanto o forno.

Johanna e Martha estavam curiosas para saber quais novidades motivaram seus filhos a marcarem repentinamente aquele almoço em família — Filha, que suspense é esse, eihm? O que é que vocês querem nos falar? – Johanna indagou com a fisionomia animada, cheia de ansiedade.

— Mamãe! – Sorridente, Kate torceu a boca e balançou a cabeça em negativa, indicando que não falaria nada — Vou continuar mantendo sigilo.

— Johanna – Também sorridente e muito divertida, Martha se expressava como se a nora não estivesse presente e demonstrava estar com a mesma curiosidade —, nossos filhos são terríveis! Eu não consegui tirar nada da Katherine desde que saímos de casa... Nenhuma informação sequer.

— E o Rick? – Johanna questionou, atenta— Ele não deixou escapar nada?

— Esse é pior ainda, pois eu nem o vi sair de casa. – Martha se queixou.

— E ele foi para onde mesmo, eihm, filha? – Johanna não escondia sua curiosidade.

— Mamãe e Martha, vocês duas estão me deixando tensa... – a moça se divertia, pois achava graça da curiosidade delas.

— Johanna, você sabia que eu desmarquei um almoço com minhas amigas? – Martha comentou, fazendo uma chantagem emocional leve e jocosa, como forma de tentar sensibilizar a nora.  — E quanto a você, amiga? Eles te falaram para preparar o almoço, assim, de última hora...

Katherine interrompeu a sogra — Sogrinha! – Kate contestou fazendo graça — Aí não vale! – ela ria — Isso é chantagem emocional, sabia? Vocês duas estão tentando me desarmar, não é? Já entendi aonde vocês querem chegar, mas não vão conseguir me fazer falar. Vejam bem, deixem eu corrigir vocês. Eu e o Rick não pedimos para a mamãe fazer o almoço. Nós apenas pedimos para o almoço ser aqui na sua casa, mamãe, mas que poderia ser delivery, no entanto, você disse que adorava cozinhar, portanto, mamãe...

Com expressão de quem estava muito feliz e tramando uma investigação, Martha interrompeu a nora e disparou animada — Já sei qual pode ser o motivo deste almoço, Johanna! Apesar de não ter notado nada diferente na sua filha, Johanna, eu acho que ela está grávida!

— Meu Deus! – Johanna arqueou as sobrancelhas e aplaudiu aquela ideia, demonstrando felicidade — Que maravilha! Notícia maravilhosa! De quanto tempo, filha? Seu pai vai morrer de alegria! Já sabe se é menino ou menina? Já escolheram o nome?

— Ah, Johanna!! Que notícia maravilhosa!! Já pensou um bebezinho aqui com a gente? Que delícia! - Martha já comemorava de pé. — A Alexis e o Gustavo vão morrer de alegria... Vão ganhar um irmãozinho... Ou uma irmãzinha...

Apesar daquele assunto não ser o seu preferido, Katherine já gargalhava das divagações das duas senhoras — Parem vocês duas ou então eu vou morrer de tanto rir.

Martha mostrou-se desanimada diante do comentário da nora e voltou a se sentar.— Pelo visto não está grávida! Temos que ir por outro caminho, Johanna. – Martha ficou a meditar até que teve um insight — Ah, já sei! Será que esse casamento vai sair agora, Johanna?

— Deus! Claro que é isso! – Johanna era só alegria— Filha, nos adiante alguma coisa, por favor.

— Se vocês insistirem, eu vou lá pra sala de jogos jogar baralho com o papai e com as crianças. – Kate ameaçou.

— E as crianças, Martha? Você já perguntou a elas? – Johanna sondou.

— Eu perguntei, mas elas são iguaizinhas aos pais e não abrem a boca, contudo, sinto que se eu forçar a barra mais um pouco elas vão ceder. – Martha confessou.

Katherine encenou estar indignada e caçoou da sogra mesmo sabendo que ela estava brincando— Você não faria isso com seus próprios netos, não é, Martha?

Ela torceu a boca e admitiu — Não! Não faria.

— Nossa Senhora! A conversa aqui tá animada. Que maravilha! – Rick adentrou à cozinha fazendo troça acerca do converseiro delas e foi ao encontro de sua noiva que permaneceu sentada — Amor! – Rick cumprimentou a noiva e deu um discreto selinho nela.

Aproveitando que o noivo chegou fazendo graça, divertindo a mãe e a sogra, Katherine se queixou de modo divertido, exagerado e bem dramático — Ainda bem que você chegou, Rick. Você me salvou destas duas.

Rick foi cumprimentar a mãe e a sogra, dando um beijo estalado na testa de cada uma delas e em seguida, com um tom imponente, teatral e bem e maroto, indagou à noiva — Quer dizer que agora eu sou o “Príncipe Encantado” que veio salvar a “Princesa” das duas “Bruxas Malvadas”? É isso? – ele pilheriou.

— Mais ou menos isso... eu até acho, inclusive, que bruxas pegariam mais leve comigo... – Ela riu juntamente com todos.

— Então eu vou dar um aviso a estas duas “Bruxas” lindas e à minha “Princesa Encantada”: O “Príncipe” aqui está morrendo de fome... – Rick mudou de assunto, mas foi interrompido pela sogra.

— Já está tudo pronto, meu jovem, e foi você quem demorou. – Johanna o avisou e deu um tapinha na mão dele, afastando-o, porque ele queria provar a comida da penela com as mãos sujas — Vá lavar as mãos antes de pegar aqui na comida. Você é um menino travesso!

— Ops! Fui! – diante da reprimenda, ele foi saindo da cozinha — Já posso chamar o Jim e as crianças para o almoço, minha sogrinha linda?

— Pode! – Johanna respondeu — Vá logo porque já vamos servir o almoço na mesa. 

 

.... .... .... .... ....

 

O almoço aconteceu bem descontraído como geralmente ocorre nas casas das famílias felizes. Todos elogiaram o tempero saboroso de Johanna e a deliciosa sobremesa de chocolate com morangos e chantilly que Martha preparara.

Ao final da refeição, Rick anunciou que ele e Kate iriam lavar a louça, mas antes iriam conversar em família. Ele foi o primeiro a se levantar e, sem deixar ninguém ajuda-lo, nem mesmo Kate, reuniu sozinho toda louça, talheres, copos e todas as coisas sujas que estavam à mesa e ainda as peças que não foram usadas, bem assim os alimentos remanescentes, ficando a mesa desobstruída. Ele não permitiu que alguém se levantasse.

Beckett teve uma ideia e a apresentou — Amor, que tal se formos para a sala de estar, eihm? Fica próxima a porta que dá acesso à varanda e a esta hora está bem ventilado.

— Vamos! – Rick concordou e foi até Kate, ajudando-a a se levantar da cadeira e a conduziu até o local indicado por ela. Todos os seguiram e se acomodaram nos confortáveis sofás e poltronas.

Johanna e Martha eram a expressão da curiosidade e se mantinham silenciosos e isso fez Kate e Rick sorrirem, pois aquilo era um verdadeiro milagre, mas, por coincidência, não falaram nada sobre esse tal milagre para não começar um conflito que desvirtuaria a conversa que queriam ter.

Até Jim, que era mais pacato, não conseguia esconder a ansiedade, então chamou a atenção da filha e do genro — Bem, meus jovens, estamos aqui. Eu a Jô adoramos tê-los aqui. Eu estou sabendo que vocês querem nos contar algo muito importante. O que seria mesmo, eihm?

— Bem, nossa conversa aqui hoje é especial... Aliás, é mais do que especial – Rick começou sorridente trazendo Kate para junto dele e todos os olhos estavam voltados para o jovem casal que sorria e a felicidade deles era tangível. — Crianças, venham ficar com a gente aqui.

Gustavo e Alexis que estavam cada um em uma poltrona, foram na direção dos pais. A Garotinha, linda nos seus seis anos, se acomodou no colo da mãe e o garoto fofo nos seus quatro aninhos se espalhou nas pernas do pai.

— Johanna, Jim e mamãe. – Rick iniciou o assunto— Eu e a Kate sabemos que vocês já estão muito ansiosos e pedimos desculpas por termos agido assim, por isso não vamos prolongar mais esta situação, então vamos ser diretos.

— Já não era sem tempo. – Martha desabafou e isso serviu para descontrair o ambiente e todos riram.

— Tudo bem! Merecemos essa zoação. – Katherine sorria — Continue, amor. – Ela cutucou o noivo.

— Mais direto impossível, então: Queremos anunciar que por iniciativa individual das próprias crianças que, por coincidência traduz os meus sonhos e os de Kate desde que começamos a namorar, eu agora sou o pai do Gustavo...

— E eu sou a mãe da Alexis. Vamos entrar com processo de adoção. – Katherine completou.

Martha, Johanna e Jim estavam abismados e emocionados e não conseguiram falar nada.

— Fomos direto ao ponto, mas agora vamos explicar. – Katherine comunicou — Todos aqui sabem que eu me apaixonei pela Alexis no primeiro minuto que a vi. Seu jeitinho meigo, doce, fofa e linda, sempre tão carinhosa. Sabem também que ela se apaixonou por mim. – a moça beijou o topo da cabeça da sua filha, a ajeitou no colo e a acariciou — Sempre nos demos bem desde o primeiro segundo. – A menina se aconchegou nos braços da mãe — E com o Gustavo e o Rick a coisa não foi diferente. Tanto eu quanto o Rick sempre tratamos as crianças sem distinção. Os mesmos tipos de carinhos que eu dou para o Gustavo eu faço com a Alexis e quando precisam de repreensão é a mesma coisa, sem diferença. E mesmo sem combinarmos, o Rick também sempre faz isso. Ele age com o Gustavo do mesmo modo como age com a Alexis e nós adultos sabemos que criança é muito sensível e percebe de imediato as atitudes sinceras e esse modo como os tratamos os cativou e nos aproximou ainda mais. Somos completamente apaixonados por nossas crianças.

— E ontem – Rick continuou—, quando eu fui pôr o Gustavo para dormir ele fez um comentário inusitado e emocionante. Ele comentou que queria ser meu filho. E hoje pela manhã a Alexis, mesmo sem combinar com o Gustavo, disse que queria que a Kate fosse a mãe dela.

— Oh, meu Deus! – Martha estava atenta e era evidente sua emoção.

— Vocês já devem imaginar como essa conversa foi emocionante. Estávamos todos no quarto do Rick. – Kate esclareceu.

— No nosso quarto, querida. – Rick a corrigiu carinhosamente.

— Estávamos todos no nosso quarto. Obviamente que depois de confessarmos o que já era de conhecimento de todos, ou seja, que nós quatro nos amávamos, então, com muito amor na alma e no nosso coração, decidimos que eu e o Rick somos os pais mais felizes do universo, pois temos dois filhos mais lindos e mais amados do mundo: Gustavo e Alexis.

A esta altura, Martha e Johanna já choravam de emoção.

— Ah, filha! Eu fico tão contente com isso.— Johanna se levantou e foi ao encontro do jovem casal e das duas crianças e as puxou para abraça-las e Martha fez o mesmo.

Jim observava emocionado à cena que se desenrolava — Hey Alexis, quer dizer que agora eu sou o seu avô de verdade, não é?

A menina assentiu e correu para abraçar o avô — É vovô.

— Eu sempre quis uma netinha e aí aparece você tão inteligente, meiga, educada, divertida e linda. – Jim passou a mão discretamente nos olhos.

— Você está chorando, vovô? – Gustavo perguntou de forma inocente ao observar a cena.

— Ah, não! Foi só um cisco. – ele negou e piscou para o netinho.

— Pode chorar, vovô. – Gustavo deu a permissão de modo bem infantil — O meu pai disse que homem também chora, não é, papai? – o garotinho pegou no rosto do pai para chamar atenção para si.

Amando aquela conversa sobre amor e família, Rick confirmou a informação do seu garotinho — Claro, filhão. Homem também pode chorar.

— Eu e o papai choramos ontem quando eu pedi para ser filho dele e hoje de manhã também quando a mamãe disse que deixava ele ser meu pai.

A emoção tomava conta do ambiente. Abraços e beijos eram distribuídos até que Richard fez um anúncio. — Gente, eu quero falar uma coisinha – todos permaneceram onde estavam e prestavam atenção ao que Rick queria falar. Gustavo estava no colo de Martha e Alexis estava no colo do avô.

— Vocês três... – Castle apontou para sua mãe e para os pais da Kate — Vocês três não sabem o porquê de eu ter demorado a chegar para o almoço e obviamente queriam saber também onde eu estava, estou certo?

— Certíssimo, filho! – Martha confirmou. — Pode dizer.

— Isso! Correto! – Johanna ratificou o que a amiga tinha dito.

— Pode não parecer, mas serei novamente objetivo. – todos riram, pois sabiam que Richard sempre falava mais do que o planejado, mas ele logo se desculpou — Ah, gente, eu sou jornalista e gosto de explicar tudo... Senão vai parecer que pulei um monte de parte.

— Vai, filho, então fala logo. – Martha compreendia e olhava com amor para o filho.

— Pois é, eu demorei para chegar aqui porque fui comprar um presente para a mãe dos meus filhos – sem evitar o sorriso de pura felicidade, ele tirou do bolso da camisa uma pequenina caixa quadrada com forro de veludo vermelho, própria para joias e olhou profundamente para Kate.

Katherine torceu a boca tentando prender o riso para fingir surpresa, mas não conseguiu este tento, até porque estava tremendo de emoção. Sorriu feliz ao ver a caixinha que sabia conter o seu anel de noivado e estava ansiosa para pôr a joia no dedo. Antes mesmo de colocar o anel, ela já estava morrendo de alegria, mas também queria ver a alegria dos seus pais e da sua sogra quando soubessem do noivado.

— Kate – Rick deu um selinho nela e olhou para todos em volta e retornou sua atenção unicamente para sua noiva — Isto é para marcar o nascimento dos nossos filhos. Quando eu, você e o mundo olharmos para esta joia, será fácil ver que o nosso amor deu frutos.

Kate estava sentada ao lado do Rick em um lindo e confortável sofá próximo à porta de acesso à varanda. Ao fundo se via o lindo jardim e a piscina.

Apesar de muito feliz e emocionada, logo no meio do pequeno discurso do seu noivo, Kate já o olhava com desconfiança, pois não via onde o anel de noivado se encaixava naquelas palavras. Mas ia esperar.

No momento em que ele depositou a caixinha em suas mãos e ele próprio a abriu, deixando à vista o seu conteúdo. Ela gelou de emoção e arreou os braços, pousando a caixinha fechada sobre as pernas, pois suas mãos estavam trêmulas.

— Rick! – ela o olhava emocionada — Deus! Isso é melhor do que...

Ele nem a deixou terminar de falar e deu um monte de selinho nela— Eu te amo!

— É um anel de noivado, é? – Martha perguntou emocionada.

— Mamãe, como eu acabei de dizer, esta joia é para marcar o nascimento dos meus filhos. – Rick retirou da caixinha uma corrente em ouro amarelo, contendo dois pingentes também em ouro amarelo com aproximadamente dois centímetros e meio cada um: uma bonequinha com cabelo, laçarotes e vestido cravejados de brilhantes. O segundo pingente era um menininho usando boné, short e uma camiseta também cravejados de brilhantes.

Kate olhou detalhe por detalhe das JÓIAS — Amor! Você não existe! – ela deu mais um selinho nele e o abraçou. Enquanto estava abraçada, ela sussurrou em tom entristecido — Eu adorei, mas você desistiu do nosso noivado?

 - Jamais! – ele segredou — Tudo a seu tempo –, ele se afastou e pegou a gargantilha com os dois pingentes e prendeu-a no pescoço dela. Kate se levantou e todos foram até ela para admirar as peças.

— Mãe, senta aqui no sofá para eu ver. – Gustavo pediu.

Alexis fez pedido semelhante — É, mamãe, eu também quero ver. Senta aqui.

— Filha, a tarde hoje está muito emocionante. Seu velho pai não aguenta. – Jim falou após alguns minutos.

— Ainda não acabou, sogrão.

— Ãããnnhh!!! - Martha e Johanna indagaram ao mesmo tempo.

Sem dar tempo para mais questionamentos, Rick, diante de todos, falou com voz forte e apaixonada para Kate — Amor, estou aqui de coração aberto, diante dos nossos pais e dos nossos filhos para te dizer mais uma vez que eu te amo e pedir algo que me fará infinitamente feliz. Será algo transformador. Eu prometo te fazer a mulher mais feliz do mundo. Prometo também te amar e te respeitar e cuidar para que nunca falte amor no nosso lar e que nossos filhos testemunhem diariamente o melhor exemplo de amor, apreço e carinho que uma família deve ter. – ele retirou do bolso outra caixinha com tamanho e aparência semelhante a anterior, só que ao invés de veludo vermelho era couro preto. Ele se ajoelhou diante dela, a olhou nos olhos — Katherine Beckett, você aceita ser minha esposa? – sem espaço de tempo, olhou para os sogros e questionou — Jim e Johanna Beckett, vocês permitem que eu me case com a filha de vocês?

— Oh, meu Deus! – Mais uma vez Martha e Johanna falaram ao mesmo tempo.

— Oh, meu Deus!

— De novo, papai? – Gustavo indagou ao ver o pai repetir a mesma pergunta que fizera àquela manhã — Você já perguntou isso.

— É, papai. – Alexis reforçou a opinião do irmão.

O questionamento das crianças fez os adultos sorrirem e serviu para descontrair o ambiente— Sim, filhos, mas é que eu precisava repetir para seus avós.

— Mas a mamãe já aceitou e nós também, não foi, mãe? – Alexis chegou junto da mãe e a abraçou.

— Sim, filha, eu e vocês aceitamos – Katherine riu cheia de felicidade por estar ali com seus pais, sua sogra, seu noivo e seus filhos. Ela se sentou no sofá e colocou a garota no colo.

— Hey, eu também aceitei. – Gustavo acrescentou e todos, mesmo emocionados, sorriram da ingenuidade daquelas crianças.

Com a filha no colo, Katherine beijou o rosto e os cabelos dela. Piscou o olho para o filho que estava mais distante e explicou sorridente — Mas eu acho que o pai de vocês podia me pedir em casamento todos os dias da minha vida e em todas as vezes eu vou repetir o mesmo “sim”, porque eu o amo. – Kate deu um sorriso cheio de amor e cumplicidade para o noivo — Quando você crescer, filha – ela se dirigia à Alexis— e encontrar o homem certo para casar, você vai pensar como eu. – Kate piscou o olho para a garotinha — Daqui a uns vinte anos ou um pouco mais você me fala sobre isso, ok?

A garotinha torceu a boca, franziu o nariz e apertou os olhos— Ah, mãe, eu não vou querer esse negócio de ficar beijando na boca igual a você e o papai. – a garotinha fez cara de nojo.— Eca!

Os adultos riram diante da reação da menina, mas o pai reagiu diferente — Muito bem, filha! Quero você longe dos rapazes. Nada de beijos na boca.

— Rick! – Katherine o repreendeu — Filha, ouça o que sua mãe está dizendo. Agora na sua idade é mesmo muito sem graça esse negócio de ficar beijando na boca. Agora é “eca!” mesmo e nem tem que ficar pensando nisso. Tem é que brincar e estudar, mas quando você crescer será diferente. Ainda temos muito tempo pela frente, entendeu, querida?

— Entendi, mãe. – a garotinha sorriu. — Quanto tempo?

— Prá que? – Kate quis saber.

— Pra eu gostar desse negócio de ficar beijando na boca, mãe.

— Depende, filha... – Kate respondia — Talvez seis anos, sete, oito anos...

— Trinta ou quarenta anos, filha! – Rick interrompeu muito rapidamente, corrigindo a noiva.

— Richard Castle! – Kate o repreendeu. — Meu amorzinho – Katherine olhava carinhosamente para a filha—, como eu já falei, agora você tem que pensar é em brincar e estudar. Ainda é muito cedo para você pensar nessa história de beijos na boca. — Kate ratificou o que já tinha dito.

Kate enviou um olhar severo para o noivo, mas logo sorriu e deu um selinho nele, pois o momento era de romance e muito amor.

— Então, sogrão? Sogrinha? – Rick ficou de pé ao lado de Kate e olhava para os pais dela. — Posso ou não posso me casar com a filha de vocês.

— Claro que pode, Rick! – Johanna estava radiante e tinha os olhos úmidos— Por mim, vocês já tinham casado. – Finalizou.

— Meu jovem – Jim começou a falar pausadamente —, como pai da Katherine Beckett... – ele fez uma pausa e olhou para a filha e para o genro e ficou carrancudo, mas logo abrandou e transformou a face em um sorriso largo e feliz — Filha! Estou muito contente por vocês quatro. Vocês dois e meus dois netos. Então, Richard Castle – encarou o genro com rosto sério — em resposta a sua pergunta, eu digo “sim”. Eu permito que você se case com minha filha, mas vou ficar de olho. – terminou de falar e puxou o genro para um abraço.

— E você, sogrinha – Katherine olhou para Martha e deu um sorriso amoroso — Você aprova o nosso casamento?

— Se dependesse de mim, filha, vocês já estariam casados há muito tempo. – Martha deu a sua opinião, sem rodeios e puxou a nora para um abraço. – Eu desejo toda a felicidade do mundo para vocês.

Rick abriu a caixinha de joia preta e de lá retirou um anel em ouro branco extraordinário com oito diamantes impressionantes formando pétalas de flor, enquanto o miolo da flor era um diamante muito maior. Além dos nove diamantes da flor, havia trinta e dois diamantes menores, meticulosamente incrustados na parte externa do aro do anel. O design e a disposição da flor potencializavam o brilho e o tamanho dos diamantes maiores que compunham a peça, sem comprometer a beleza e a delicadeza da JOIA.

Ao ver o anel, Kate olhou para o noivo, apertou os olhos e sem que ninguém percebesse ela o repreendeu baixinho — Sério!? É assim que você disse que não ia comprar nada extravagante?

— Meu amor! Relaxe! – ele pegou o dedo anular dela e inseriu o anel e para que todos o ouvissem fazer a comunicação — Agora estamos oficialmente noivos!

Todos aplaudiram emocionados e foram analisar o anel e ficaram boquiabertos.

— Já vi que você tem bom gosto, Richard, primeiro pela escolha da noiva e agora pela escolha do anel. – Martha elogiou as escolhas do filho.

— Realmente, filho, você tem um excelente gosto! - Johanna sorriu e também concordava com a amiga — Deus do céu! Que anel lindo, Rick!

— Que beleza de joia! – Martha acrescentou.

Katherine Beckett estava feliz, mas precisava protestar senão iria explodir — Gente, ninguém percebeu que este anel é ostensivo, quase indecente de tão grande?

— Não, Kate, só você achou isso. – Richard fez bico.

— Meu amor, eu o achei lindo! – Kate esclareceu e o abraçou para ele tirar o bico de chateado – Mas é que eu vou ficar com medo de sair com ele... Vou ficar com medo de trabalhar com ele.

— Isso não, Kate! – Martha contradisse a nora de um jeito jovial.

— Ah, sem essa, querida! – Johanna também contestou — Querida, eu vejo no Fórum advogadas usando maravilhosos anéis de noivado com muitos diamantes, andando muito naturalmente de um lado para o outro. Filha, tem uma Juíza mesmo que é casada com um empresário do ramo da moda e ela usa um anel de noivado bem próximo a esse... Este é muito mais lindo, é bem verdade, mas o dela também é deslumbrante e ela usa junto com a aliança de casamento, como eu sei que você vai usar também. Não vou dizer que não chama a atenção, tanto que eu os notei, mas nada para ter medo.

— Mas mamãe...

— Relaxa, filha! Senão seu noivo vai pensar que você não gostou do anel. – Martha piscou para a nora — Querida, este anel e este momento marcarão para sempre a história do amor de vocês.

A Detetive aceitou os argumentos da mãe e da sogra. Fez uma expressão no rosto que significava que entendia perfeitamente o que elas falaram. Ela se dirigiu ao noivo — Amor, eu amei o anel! Eu te amo e peço que me desculpe pela minha reação, viu? É que eu fiquei assustada com o tamanho do anel... Mas vou me acostumar e vou usar... Não vou tirar do dedo. – ela ia abraça-lo, mas recuou e olhou para as outras pessoas e pediu — Eu posso beijar meu noivo, gente? – sem esperar resposta, ela o beijou. Não foi um beijo longo nem devasso, mas foi bom o bastante para eles ficarem felizes.

— Eu também quero falar mais uma coisa – Katherine chamou a atenção de todos que olharam para ela. – Vou ali e já volto... Um minutinho.— retornou em poucos segundos e parou em frente ao noivo — Bem, eu não pude sair para te comprar nada, amor, mas daí eu me lembrei de algo muito importante, que mesmo sem custar um centavo, tem um valor incalculável. – ela entregou para ele um envelope.

Ao abrir e ler o conteúdo do envelope, Richard apertou os lábios em sinal de grande emoção — Querida! – ele não conseguia falar mais nada.

Passados alguns segundos, ele se recuperou — Gente, para um homem que vive das palavras, como eu, eu juro que este presente me tirou do eixo e ainda não consigo dizer nada além de... Obrigado, amor! – ele deu um beijo na noiva.

Martha e Johanna foram até o jovem casal para ver do que se tratava e enquanto as duas senhoras olhavam o papel, Katherine explicou — Eu telefonei para a Diretora da escola de Gustavo. Ela conhece o Rick não só porque ele aparece na TV, mas também porque a Alexis também estuda lá, na mesma escola do Gustavo. Ela é uma grande amiga minha desde que éramos crianças e eu dei sorte que ela estava na escola hoje, em uma reunião especial de sábado para os Docentes. Então eu pedi que ela me encaminhasse, via e-mail, um documento onde eu dou autorização para o Rick, na qualidade de pai em processo de adoção, buscar o Gustavo quando ele bem entendesse. Eu já assinei o documento e na segunda-feira eu o entregarei pessoalmente à ela lá na escola.

Feliz da vida e já recuperado da última emoção, Richard pediu ajuda a Jim — Sogrão, hoje está difícil, não é? – referindo-se as emoções— Dá para conseguir um balde com gelo e taças para nós brindarmos? Eu trouxe champanhe.

Jim foi providenciar o balde com gelo e Richard foi pegar a champanhe.

Enquanto Richard distribuía o líquido borbulhante nas taças, Gustavo ficou curioso e perguntou — E eu e a Alexis, eihm, também vamos beber isso?

— Um golinho... – Richard permitiu.

— Não! Nada de álcool para as crianças, meu amor. – Katherine vetou sendo aplaudida pela mãe e pela sogra — Suco de limão, filho. – Katherine respondeu e saiu em direção à cozinha retornando alguns minutos depois com uma bandeja contendo uma jarra com suco de limão e dois copos grandes e os serviu aos filhos.

Após beber a metade do seu copo de suco, Alexis se dirigiu para Martha e com muita graciosidade indagou— Vovó, onde você colocou aquele pacote que eu te pedi para trazer e guardar, eihm?

— Ah, meu bem, eu guardei na...— A elegante senhora apertou os olhos e ficou a meditar onde tinha colocado o pacote.

A menina a interrompeu com fisionomia triste — Vovó, você não o perdeu, não é?

— Não, meu anjo! – Martha a tranquilizou — Ah, eu me lembrei. Está bem ali. Veja – foram juntas até uma parte da sala onde ficava um grande gaveteiro em madeira de demolição e da primeira gaveta retirou o tal pacote e o entregou à neta, fazendo-a rir de contentamento e logo retornaram pra junto da família, sendo que a garotinha parou na frente de Kate.

— Mamãe, sente aqui, por favor.

Katherine atendeu ao pedido da filha e ficou a espera do que ela queria e isso chamou a atenção dos presentes.

— Diga, meu amor.

Com muita doçura e simplicidade, a menina fez seu discurso— Mamãe, Eu entrei para a escola quando eu ainda era pequenininha... Depois que eu fiz quatro anos e estou mais esperta as professoras nos ajudam a preparar presentes para o dia das mães, que é em maio, mas só que eu nunca tinha a quem dar. Mesmo que aquela mulher aparecesse, eu nunca entregaria a ela, mas agora eu tenho mãe de verdade, então... – a garota entregou dois pacotes de presente para Katherine — Feliz “Dia das Mães” atrasado, mamãe.

Katherine ficou emocionada e ao mesmo tempo sem ação, pois nunca pensou que iria acontecer tal coisa.

Ela recebeu os dois pacotes e ao abrir encontrou presentes singulares, do tipo que são confeccionados pela própria criança em sala de aula para comemorar a data do “Dia das Mães”. Eram lindos e muito significativos e impossível não se emocionar.

Um dos presentes era uma SACOLA em lona, na cor natural, para levar para a feira. O grande charme da sacola eram as duas mãozinhas da filha carimbadas em tintas coloridas, com os dizeres “Agora deixo uma marca bem especial, para você mamãe nunca se esquecer como eram meus dedinhos antes de eu crescer.”. E o outro presente era um par de sandálias de borracha, estilo tradicional. Em um pé estava a foto e o nome de Alexis e no outro pé estava escrito “Mamãe, eu quero seguir seus passos” e Katherine viu que por coincidência, a sandália tinha o tamanho e a mesma numeração que usava.

Com lágrimas nos olhos Katherine pôs a filha no colo e a abraçou — Filha, eu adorei! Lindos! Obrigada, meu amor!

A garotinha se agarrou a ela e também estava emocionada.

— Todo mundo deu presente e eu não tenho nenhum presente para o papai! – Gustavo, que sempre era tão extrovertido, fez bico de choro e isso fez Katherine e Alexis interromperem o abraço.

— Hey, garotão! – Richard se levantou, carregou o menino e o abraçou apertado. Você não precisa me dar nenhum presente porque você é que é o meu presente!

— É? – o menino ficou todo animado.

— Claro que é! Eu recebi você de presente. Eu recebi um filho!

Os avós assistiam as cenas e ficaram tocados e impressionados com a iniciativa de Alexis em se lembrar de trazer os presentes do “Dia das Mães” para entregar a Katherine e também na rapidez que Richard teve em animar o filho, evitando que o menino chorasse.

Após alguns minutos, Jim fez um comentário para provocar as crianças. Ele queria que elas voltassem a brincar. — Estou preocupado com o Pirata. Ele está tão sozinho...

Bingo! As crianças partiram em disparada para o jardim e de dentro de casa os adultos ouviram as risadas e as conversas das crianças com o cão.

— Que tal nós lavarmos a louça, eihm? Você se habilita, amor? – Katherine propôs e logo ganhou a adesão do noivo e os dois foram à tarefa, só que ao chegarem à cozinha e se viram à sós, a última coisa que pensaram foi em lavar louça.

Richard a empurrou até o fundo da cozinha e a imprensou na porta dos fundos que dava acesso ao pátio lateral e a beijou como queria fazer desde que chegara e era como se fosse o último beijo da vida e isso os excitou em demasia. As carícias eram nos cabelos, costas, braços, pescoço, rosto até que elas foram se tornando mais sensuais e eróticas.

— Pelo visto a louça vai ficar suja, não é, Martha? – A voz de Johanna foi ouvida pelo casal, que se afastou ruborizado.

Confusa por ter sido pega no flagra, Katherine anunciou— Logo terminaremos de lavar a louça, mamãe.

— Ah, tá! – Johanna aceitou a resposta da filha, mas caiu na risada com a amiga. — Se for neste ritmo, não sei se vão terminar de lavar esta louça hoje... – ela ria — Filha, não tem porque ficar toda encabulada. Você pensa o que, eihm? Pensa que eu e a Martha já nascemos com a idade que estamos, é? Eu e ela ainda somos jovens o bastante para saber o que é isso. Para saber o que é paixão amar e namorar. Aliás, não só saber, mas também fazer...

Katherine tentou interromper sua mãe. — Mamãe! Por favor! É mais informação do que eu preciso.

— Mas é uma boba! – Martha concluiu. — Vocês dois, saiam daqui e vão comemorar este noivado. Vão namorar. Vão fazer amor. Deixem as crianças aqui que damos conta deles. Eu e a Johanna demos conta de vocês, então...

— Não, mamãe, eu vou lavar a louça com o Rick...

— Jesus! Que mocinha teimosa! – Johanna a censurou.

— Ok! – Richard aceitou a sugestão das mais velhas sob o olhar tenso da noiva.

— Ãããhhnn!!! Mas Rick... – Katherine contestava.

— Vamos. – ele piscou para a mãe e para sogra e saiu puxando a noiva— Sem discussão, amor. Vamos logo e...

— Temos dois filhos para dar assistência, está lembrado, Richard? E sua mãe? – Mesmo sendo puxada amorosamente pelo noivo, ela reclamava, e recebia da mãe e da sogra sorrisos e beijos jogados no ar com acenos de adeus.

— Não se preocupem com as crianças nem com o horário, porque os dois podem dormir aqui.

— E eu já sou crescidinha, Kate! Sei tomar taxi. – Martha achava graça da preocupação da nora— Vá se divertir, garota!

Johanna e Martha ficaram no jardim acompanhando com as vistas os filhos entrarem no carro, irem embora e assim que o veículo sumiu das vistas delas, as duas se olharam e começaram a sorrir felizes.

.... .... .... .... ....

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

O amor CASKETT nasceu para durar a vida inteira.

Se você não conseguiu acessar as imagens que postei no capítulo, aí seguem os links...
IMAGENS DO CAPÍTULO:
1-) Kate olha para Rick: https://n1.picjoke.org/useroutputs/3324/2019-08-27/1-pt-f309af4698663a101ce9f5fdd0427c6d.jpg
2-) 1º presente de Rick para Kate:https://n1.picjoke.org/useroutputs/3324/2019-08-27/1-pt-3abfad148e9ed800922ba3fdd9fb1710.jpg
3-) 2º presente de Rick para Kate: https://n1.picjoke.org/useroutputs/3324/2019-08-27/1-pt-f57a847dc4be18597003591b4507a6e1.jpg
4-) Presente da Alexis para Kate: https://n12.picjoke.org/useroutputs/3324/2019-08-27/12-pt-009f071cf38a6c777b399b4e71446e25.jpg



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