FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 27
Capítulo 27




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Ao ver-se sozinho fora do quarto do seu garotinho, Rick não conseguiu conter sua emoção e deixou as lágrimas descerem. O desejo do garoto era o mesmo que o dele: serem pai e filho.

De repente sentiu mãos delicadas fazerem carinho no seu rosto, tentando secar as grossas lágrimas que caíam. Era Kate, mas ele não tentou ocultar sua emoção.

— Oi, amor! – Castle falou com a voz embargada. Ele já não mais chorava, mas a emoção ainda estava forte — Eu não vi você chegar.

Com voz também embargada, ela comentou — Eu não cheguei exatamente agora, amor. Estou aqui há algum tempo, pois Alexis não demorou a dormir. Eu vim dar boa noite para o Gustavo e quando cheguei você estava desejando boa noite a ele e disse que o amava. Eu ia entrar no quarto para participar do “boa noite” no exato momento em que ele disse que queria que você fosse o pai dele. Então, tentando recuperar a respiração que tinha sumido, eu tomei a liberdade de ficar aqui fora e deixar vocês dois conversando. Era muito particular, só ele e você.

— E aí? – Rick a abraçou amoroso, enquanto esperava uma resposta dela. – Antes você tinha somente o meu pedido para considerar, agora tem também o mesmo pedido, só que partindo do Gustavo.

— O que é que eu posso desejar mais nesta vida, eihm? – Kate indagou com voz doce e comovida— Eu tenho pais maravilhosos em todos os sentidos. Eu os amo profundamente e eles sentem o mesmo por mim. Tenho um emprego que eu escolhi e isto é sensacional e que me realiza como profissional! Dentre trilhões de homens no mundo, eu encontrei um que é o amor da minha vida. Este homem é você, Rick, que me ama, me faz feliz, me faz rir e também me fez acreditar que amar é possível. Como se não bastasse tanta coisa boa, ainda trouxe uma princesa que eu amo e que me ama... Eu sei que ela tem uma mãe... Desnaturada, eu sei e que Deus a perdoe. Rick, Alexis é como se fosse uma filha pra mim. Você também trouxe sua mãe, a Martha, que é maravilhosa! Eu tenho um filho que é uma bênção na minha vida e que escolheu você para pai, Rick, o mesmo homem que eu amo, que me ama e que também o escolheu para filho. Então, como eu poderia dizer “não” para uma escolha bilateral que, com certeza, conta com o aval do Papai do Céu, eihm? – Apesar de tentar ao máximo se controlar, ela já chorava, mas era um choro de emoção. Era um choro contido. Um Choro de alegria.

— Então... – Rick já deduzira a resposta de Kate, mas queria ouvir dela.

— Então, Sr. Richard Castle, eu aceito que você seja o pai do meu filho.

Richard ergueu Kate e girou com ela, demonstrando como estava radiante com aquela notícia. A alegria dele era a alegria dela.

— Hey, eu vou cair! – ela o alertou, pois ficou com receio de Richard perder o equilíbrio e derrubá-la, mas isso não aconteceu.

Ele a pôs no chão e foram de mãos dadas para o quarto dele e assim que entraram Rick trancou a porta e puxou Kate para um abraço — Hoje está sendo um dia muito especial para nós dois. Você resolveu um caso dificílimo lá na delegacia...

— Você que concluiu o caso, amor. – ela o corrigiu com delicadeza.

Kate creditou a resolução do caso para Rick, mas ele não aceitou ter o crédito somente para si e explicou — Então... Nós resolvemos, porque estava tudo pronto ou quase pronto, faltava apenas unir as peças, e como vocês estavam exaustos, eu vi a solução. Somente isso.

— Ok – ela sorriu, pois não cansava de achar lindo o modo gentil como ele a tratava e a preocupação que ele tinha para tocar em um assunto tão delicado.

— Mas continuando. Hoje é um dia muito especial para nós dois. Vou tentar enumerá-los na ordem... Inicialmente, foi lá no distrito..., no meio da tarde, um homem do seu passado, que nem quero repetir o nome, desapareceu finalmente da sua vida graças a Deus. E depois, no final do dia, nós resolvemos um caso de homicídio complicadíssimo. Já aqui em casa, as emoções já são de cunho completamente familiar e eu diria que estou comovido ao extremo. Primeiro você aceitou se casar comigo e oficializou nosso noivado – ele deu um selinho nela e tocou de leve a aliança de noivado feita com o fitilho aramado — e por fim, eu recebi um presente maravilhoso: Eu ganhei um filho de quatro anos por quem eu sou perdidamente apaixonado.

— Hummm!! – Kate fez cara de menina que vai fazer peraltice — E eu estou achando que... Aliás, eu tenho certeza que eu sou a mulher mais feliz do planeta. – e, na ponta dos pés, espalhava beijinhos no rosto e no pescoço do noivo. — Te amo, te amo, te amo.

Estavam no quarto e Rick recebia os beijos e a acariciava quando, de repente, parou tudo — Hey, eu sou um cabeça oca mesmo... – ele falou e demonstrou estar tenso. — Eu já volto, amor. – Desfez o abraço e foi saindo do quarto, deixando-a confusa, pois não tinha ideia do que ele estava falando nem o que ele iria fazer ou pegar.

Katherine aproveitou e foi ao banheiro e preparou a banheira para um bom banho relaxante e romântico com o noivo. Abriu a torneira da água aquecida e a de água fria e ficou temperando e à proporção que a água caía, espalhou essências especiais aromáticas e sais de banho.

— Incrível como temos conexão nos nossos pensamentos. – Rick comentou animado ao entrar no banheiro e ver o que Kate fazia. — Olha o que eu trouxe. – Na plataforma lateral da banheira, um pouco mais elevada, ele acomodou uma bandeja grande contendo duas taças e uma garrafa de champanhe dentro de um grande e sofisticado balde de vidro com pedras de gelo. Havia também uma embalagem plástica que ela ficou sabendo o conteúdo somente depois que ele abriu. Eram dez pequenas velas perfumadas e dispostas em embalagem de metal decorado que ele espalhou pelo banheiro, acendendo-as, e um aroma suave amadeirado foi tomando conta do ambiente.

O banho de banheira com essências perfumadas e as velas aromáticas aumentava a intimidade deles, apimentando mais ainda o estímulo emocional e sexual.

Ao mesmo tempo em que Katherine observava o noivo acender uma a uma as velas e transformar o ambiente do banheiro, ela ia prendendo os cabelos, com movimentos suaves, em um coque frouxo e alto, o que a deixava ainda mais linda e charmosa. Depois, de modo naturalmente sensual, abriu lentamente o abotoamento duplo frontal do seu vestido preto com cintura marcada, deixando-o cair aos seus pés.

A cena de ver a noiva se desnudando, deixou Rick confuso. Ele não sabia se acendia as velas ou se prestava atenção na performance sensual de sua noiva que agora se encontrava mais bela do que nunca. Por baixo do vestido, ela usava um corpete em Lycra preta rendada com bojo e alças finas. A calcinha do conjunto tinha lateral sensualmente larga e era do mesmo tecido do corpete. Ela tinha um corpo magnífico! E para completar a visão maravilhosa, ela ainda não tinha tirado os scarpins pretos, salto agulha altíssimos.

Percebendo que ao prestar atenção nela, Rick demorou muito tempo com o palito de fósforo aceso na mão, Kate o advertiu baixinho, murmurando de forma sensual, com um riso brejeiro no canto dos lábios — Você vai se queimar.

Assim que ela terminou de falar as pontas dos dedos dele esquentaram, assustando-o e ele voltou a si.

Rick balançou o palito para apagar a chama e depois o soltou — Valeu a pena. – ele admitiu e deu um sorriso maroto sem realmente se incomodar com a chamuscada nas pontas dos dedos, e voltou a acender as velas remanescentes, dividindo sua atenção entre sua noiva e as velas.

Ao terminar de acender as velas, Rick foi ao encontro da noiva, passou o braço direito pela cintura dela e a puxou abruptamente de encontro ao seu próprio corpo, excitando-os, apertando-a nos braços e a beijou.

O beijo foi intenso e ao terminarem, fizeram um pequeno intervalo, quando ele olhou de forma apaixonada para o rosto de Kate — Você é linda! Toda linda e – deu uma rápida olhada para o corpo dela e por onde olhava, ele acariciava — e muito gostosa!

Mesmo com salto agulha, ela ficou na ponta dos pés e o enlaçou pelo pescoço — E você, meu “Bonitão” é um escândalo de lindo, fascinante, maravilhoso e – ela deu uma risadinha bem safada — e todo gostoso! – ela passou a desabotoar a roupa de Rick sem desgrudar dos olhos dele. Entre um selinho e outro ela continuava a tarefa, deixando-o de cueca boxer preta — Você me deixa louca, Rick. Louca! Completamente louca e eu te amo! Te amo tanto que nem consigo dizer...

Sem demora, Rick fechou as torneiras da banheira, acionando o sistema de circulação da água para mantê-la aquecida e em segundos retornou para a noiva. Sem que ela esperasse, ele a carregou e a levou para o quarto, depositando-a na cama, dentando-se ao lado dela.

Ele a colocou deitada e ficou ao lado dela somente a apreciando em silêncio. Aproximando seu rosto ao dela, foi depositando pequenos beijos nos olhos, nas faces, nas têmporas, no nariz, no queixo, no pescoço, nos ombros, no colo e nas partes descobertas dos seios. Neste momento, ele a olhou e sussurrou — Creio que você está com muita roupa, amor.

— Também acho... – Kate sussurrou e ela própria tentou abrir os fechos de metal do corpete rendado, mas logo os dedos dela foram substituídos pelos dedos dele que terminaram a tarefa de forma mais erótica e, por fim, jogando a peça para longe deles, deixando-a apenas de calcinha e scarpins.

— Como é que você consegue ser tão linda? – Ele não precisava de resposta. Era uma pergunta retórica. Ele queria amá-la e se ocupou inteiramente dos seios dela. Ele ora acariciava, ora os apertava, ora os lambia, ora os sugava, mordiscando e beijando os bicos, deixando-a em êxtase. Enquanto se deliciava com os seios dela, ele passou também a massagear o sexo dela por cima da calcinha e a peça estava molhada, o que o deixou radiante. Ele apenas afastou para o lado a peça rendada e a tocou direto na pele, acariciando toda a região íntima. Ele sugava e mordiscava o seio dela e inseria seu dedo médio na fenda molhada, movimentando-o com vigor até que ela pediu para ele colocar mais um dedo e ele o fez e logo depois, gemendo de prazer, clamou pelo terceiro e ele a atendeu, desta vez com mais vigor, bombeando quase com violência, friccionando também a parte externa, nas dobras sensíveis, até que ela ficou ofegante, gemendo de prazer, sentindo o latejar do seu sexo contraindo seus músculos. Alcançara o orgasmo.

Naquele momento, Rick ficou ainda mais excitado, pois sentia seus dedos serem comprimidos pelas paredes molhadas da parte interna do sexo de Kate que latejava em sinal de prazer. Muito rapidamente, ele retirou a calcinha dela e a sua cueca e a própria Kate se livrou dos scarpins. Rick se posicionou entre as pernas dela e onde antes inserira os dedos, agora ele colocaria seu membro. — Te amo, Kate – Ele a penetrou profundamente, arrancando um suspiro intenso.

Os dois se movimentavam com cadência, sexo com sexo, boca com boca, língua, com língua. Os corpos se chocavam... Se encontravam. Os dois se entendiam na cama como se se conhecessem a vida toda. As posições variavam e cada vez o prazer aumentava e ao final, sempre eram contemplados com orgasmos.

 

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Já refeitos, Rick providenciou novas pedras de gelo a fim de gelar a champanhe, para, enfim, brindarem a nova fase de suas vidas não só como noivos, mas também como pais de Gustavo.

A banheira era grande e larga com assentos e encostos de cabeça para dois adultos, no entanto, eles queriam ficar agarradinhos. Ele a pôs sob suas pernas, com as costas e a cabeça dela confortavelmente apoiadas no seu peito. Ambos relaxavam na água aquecida e se sentiam leves depois de momentos mágicos de amor e sexo.

As velas continuavam acessas e espalhando aromas pelo banheiro.

— Parece um sonho... – Rick comentou em tom de quem estava refletindo. Ele falava e acariciava os cabelos da noiva — Tenho até medo de acordar e ver que isto faz parte de um delírio.

— Eu também estou assim, amor. – Kate confessou.

— Nesses meses que estamos juntos, Kate, eu vi que o Jim é a única presença masculina forte na vida do Gustavo, isso sem falar no Esposito, que é o Padrinho e o Ryan que é um tiozão. Mas eu vi que não há ninguém que representasse o papel de pai para ele, então eu planejava te pedir para adotá-lo após o nosso casamento ou até antes. Ele é um encanto e não tinha como eu não me apegar a ele. Eu, a Alexis e minha mãe somos completamente apaixonados por ele. O que eu não fazia ideia era que ele também gostava tanto de mim a ponto de partir dele a iniciativa de eu ser seu pai. Tenho certeza que na cabeça infantil dele, não existe a necessidade de documentação, enfim, toda uma papelada para tornar possível a vontade dele que, graças a Deus, é a minha também. Acho que para ele, a dificuldade seria eu aceitar e também você me deixar ser pai dele... No mais, era só ele me chamar de “papai” e ele seria meu filho e tudo estaria resolvido. Simples assim. – os dois sorriram.

— É isso mesmo. Conhecendo meu filho, como conheço, acho que o pensamento dele vai por este caminho mesmo, até porque por mais que ele seja esperto e inteligente, ele só tem quatro aninhos. – ambos sorriam felizes — Rick, como será que sua mãe vai reagir a esse respeito, eihm!? E a Alexis. Confesso que não sei com qual das duas estou mais preocupada, se é com a Alexis que, por ser criança, pode ficar pensando bobagem, como por exemplo, ciúmes, talvez por medo de você preferir o Gustavo e, assim, deixa-la de lado... Ou se com sua mãe que, por ser adulta, pensa nas consequências burocráticas e financeiras que envolvem a adoção.

— Pois fique você sabendo, amorzinho – ele brincou beijando de leve o pescoço dela —, minha mãe outro dia estava comentando comigo que conseguia ver um futuro brilhante entre mim e você.

— E você não me falou nada...

Ele a interrompeu — Eu juro que ia falar, mas terminei esquecendo. Pois é, como eu estava falando, minha mãe comentou comigo que conseguia ver um futuro brilhante entre mim e você e que pelo modo como eu trato o Gustavo, ela me disse que era visível o carinho e o amor que eu tinha por ele, então ela sugeriu que eu o adotasse, caso você e sua família não objetassem e, obviamente, se ele próprio não se opusesse.

— Sério!? Folgo em saber... Mas e a Alexis? – Kate demonstrou estar realmente preocupada.

— Ah, amor, a Alexis adora o Gustavo e eles se deram bem desde o primeiro segundo que se viram, você deve estar lembrada.

— Sim, eu me lembro. Mas uma coisa é ser o amiguinho fofo e divertido, outra coisa e esse garotinho passar a ser seu irmão e dividir tudo com ele, inclusive e principalmente a sua atenção.

— Mas já é assim, ou a senhora pensa que quando estamos todos juntos eu só tenho olhos e atenção para a Alexis ou só para o Gustavo? – Rick argumentou de modo carinhoso.

— É, eu sei. – ela respirou fundo e mergulhou a mão e a movimentou na direção do forte jato de água quente que estavam direcionados para eles — Ok! – ela girou o corpo e ficou de frente para o noivo — É. Você me convenceu! – inclinou o corpo para alcançar os lábios dele e deu um suave beijo.

O beijo suave foi se intensificando e as carícias e os movimentos seguiam a mesma direção: paixão, desejo e amor.

A água e a espuma se movimentavam com a mesma cadência dos corpos e na mesma sintonia dos gemidos de prazer.

Momentos depois de atingirem o prazer máximo, Kate fez uma expressão divertida no rosto — Que tal nós sairmos daqui antes que a gente encolha. O perigo é ficarmos enrugadinhos iguais aos meus dedos. – ela mostrou para ele os dedos com as extremidades enrugadas.

— Ops! Encolher? Esta palavra dá medo. Encolher jamais! – ele riu com malícia, se levantou e a ajudou a fazer o mesmo. — Vamos tomar uma ducha e depois vamos para a cama.

Já na cama, com pijamas e sobre o edredom, ele deitou e a puxou para ficar coladinha a ele — E quanto ao casamento, moça, que tal marcarmos uma data?

— Quanta pressa! – ela o provocou.

— Morrendo de pressa mesmo. Eu estou louco para ser seu marido. – deu um sorriso apaixonado.

Katherine se sentou e ficou de frente ao noivo — Amor, voltando a falar sobre a adoção do Gustavo, meus pais vão adorar fazer todo esse processo de adoção.

Rick a puxou para que ela se deitasse novamente junto dele — Então, vamos apressar esse casamento e o processo de adoção?

Vendo que ela ficara em silêncio ele perguntou — Kate, tem alguma possibilidade de haver algum impedimento paterno que impeça ou mesmo que atrapalhe o processo de adoção do Gustavo – ele pigarreou — Eu estou me referindo ao pai biológico...

— Impossível! – Kate respondeu rapidamente e isso o deixou feliz.

— Graças a Deus! Então, sei que não vai ser assim tão complicado. Quanto ao nosso casamento... Ah, Kate! Nós dois somos filhos únicos, ou seja, sem irmãos, cunhados ou sobrinhos para chamar. Você tem poucos parentes e eu também, e todos eles moram aqui na cidade, ou seja, muito fácil de eles serem chamados e de comparecerem ao nosso casamento. Quanto aos amigos...

Ela o interrompeu — Eu não quero um casamento de grandes proporções. Eu sei que você é uma celebridade da maior emissora do país, blá, blá, blá, mas... – ela fez cara de quem não gostava daquela grandiosidade. – Eu quero um casamento bonito, mas sem exageros... Não quero um casamento nababesco. Juro que não vou me incomodar, muito menos impedir de você chamar seus melhores amigos de lá da emissora ou de outros lugares. Também não vou me opor que sejam tiradas fotografias para serem publicadas em revistas, até porque respeito muito seu trabalho e sua trajetória, tanto como jornalista, quanto como escritor, mas não quero que o nosso casamento faça parte de uma competição entre celebridades para medir qual o casamento é o mais grandioso, entende, amor? Eu quero que ele tenha a nossa cara e não a cara do que as revistas esperam.

— Sim, senhora! – ele brincou, mas assentiu. — Concordo!

— Vamos contratar uma empresa de cerimonial de casamento. – Beckett sugeriu — Se temos pouco tempo no calendário, pouco tempo disponível nosso para correr atrás das coisas e desejamos algo pessoal, especial e muito bonito, então é melhor entregar tudo a eles porque estão acostumados e fazem isso toda semana. Eles vão nos perguntar o que queremos e daí eles fazem a mágica.

— Mas assim não vai ficar muito impessoal? Nós não nos envolveríamos com nada?

Ela fez cara de pavor diante da dúvida dele — Ah, não! Claro que não, amor. Nós vamos nos envolver com tudo, mas... É assim: Vamos dizer para eles o que a gente quer ou pelo menos o que a gente pensa que quer. Como eles têm experiência, eles irão nos ouvir, vão fazer vários projetos, dar opiniões e nos dar todas as opções, dentro daquilo que queremos. Por fim, como nós somos os noivos, seremos nós quem vamos escolher tudo, de acordo com o que a gente sonhou e dentro dos projetos que nos foram apresentados e serão eles que vão correr atrás das coisas.

— Quando eu casei nas duas primeiras vezes...

— Ops!!! – Kate o interrompeu — Essa cama é imensa, mas só cabem dois adultos. No máximo mais duas crianças lindas, a Alexis e o Gustavo. Então, meu noivinho, esqueça estas duas ex-mulheres e estes seus dois casamentos anteriores! Deixe-os no passado, de onde não devem sair. – Kate o cortou de forma divertida e Rick achou o máximo — Nada de comparar o nosso casamento com os seus anteriores, ok, Bonitão?

— Recado recebido! – ele a abraçou forte — Sua bobinha! Eu ia falar da festa e não das minhas ex-mulheres.

— E quem foi que te disse que eu quero saber destas tais festas, eihm? – ela tapou os ouvidos com as mãos e fechou os olhos, fazendo graça— Não quero saber de nada! Passado! Aliás, um passado morto e enterrado igual ao Josh que, com sua grande ajuda, foi sepultado hoje à tarde, está lembrado?

— Ai, meu Deus!!! Melhor nem lembrar mesmo... Entendi a mensagem.

— Voltando a falar do “nosso” casamento, amor – ela frisou a palavra “nosso”—, você quer marcar a data, não é?

— Sim! Deus do céu! Sim! – ele estava muito feliz.

— Que tal em três meses, eihm?

— Tudo isso? – ele perguntou, mas logo recebeu um olhar assustado da noiva e logo se corrigiu — Ok! Perfeito! – ele deu um beijo apaixonado nela — Até lá será que seus pais conseguem desembaraçar o processo de adoção do Gustavo?

— Não se preocupe com os papéis da adoção, porque o mais importante é que no coração, vocês já são pai e filho, não é? Ou seja, mesmo que demore a papelada, devido a burocracia forense, um dia a adoção vai ser concluída.

— Entendi. Mas não vou abrir mão de ter em minhas mãos a nossa certidão de casamento. – ela assentiu, riu e piscou para ele, concordando — Kate, amanhã ou na segunda feira você me dá seus documentos porque vamos ao Cartório dar entrada nos papéis, entendeu, Senhorita Katherine Beckett? Por falar nisso, eu gostaria que você acrescentasse o meu sobrenome ao seu nome. Mas tudo bem se você não quiser... Atualmente muitas mulheres não mudam seus nomes. Mas se quiser vai ficar assim, Katherine Beckett Castle.

— Não havia pensado nisso... – ela torceu a boca pensativa — Um trabalho danado mudar nome, documentos, cartões de crédito e um monte de lugar... Não é nada contra você, amor, mas vou pensar.

— Ah, eu sei. – ele estava sendo sincero. — Pode parecer uma opinião machista, mas eu gostaria muito. Já com o Gustavo vai ser diferente, ele vai se chamar Gustavo Beckett Castle. E no caso do Gustavo, não vou dispensar, aliás, o próprio Juiz vai determinar a alteração do nome dele.

— Com relação ao meu sobrenome, Rick, eu vou pensar... E não me pressione. Mas voltando ao assunto da adoção, eu acho que amanhã de manhã poderemos contar ao Gustavo que eu deixei você ser o pai dele. Podemos marcar um almoço para dar a notícia ao mesmo tempo para os nossos pais.

— Minha mãe vai pular de alegria e eu tenho quase certeza que seus pais também.

— Ah, com certeza. Eles te adoram e sabem que você ama o Gustavo. Mas, meu amor, na minha opinião de mãe, eu acredito que antes mesmo de contarmos para o Gustavo, você deveria falar particularmente com a Alexis e saber a opinião dela com relação a adoção do Gustavo.

— Como sempre, você é mais sensata. Concordo com você. Após o café da manhã eu vou falar com ela. Mas... – ele fez uma pausa — Amor, mudando de assunto...

— Huuummm! Pode dizer. – Kate deu um beijo nele — Eu te amo, Rick, e estou te ouvindo.

— Que tal vocês virem morar aqui antes mesmo do casamento, eihm? – ele perguntava e a expressão do rosto dele era de ansiedade e de amor.

— Eu e o Gustavo morarmos com você, Alexis e Martha?

— Sim.

— Morar de verdade, não só passar a noite ou finais de semana? – Kate queria entender o tipo de convite. — Sério!?

— Claro que estou falando sério, amor. Seríssimo!

— Deixe-me pensar...

— Pensar? Quanto tempo você quer para pensar?

— Dez segundos...

Castle riu do modo divertido que Beckett falou e antes que ele falasse algo, ela respondeu — Sim! Sim! Sim! Eu venho morar aqui com vocês, mas não sei se estou respondendo “sim” porque estou bêbada de sono ou...

— Você é muito engraçadinha! Mas agora já era, eu peguei o seu “sim”.

— Seu bobo! Claro que eu estou falando “Sim” de verdade. Eu te amo. Amo Alexis e amo sua mãe e vou adorar morar aqui.

— Para sempre.

— Sim, para sempre.

— Eu também te amo e amo o Gustavo. Se você permitir eu vou contratar uma empresa de Logística da minha inteira confiança para fazer sua mudança, porque eu, você já sabe, não tenho tempo e você, idem. Além do mais, não precisaremos ficar carregando peso. Você terá apenas que indicar o que vem e o que não vem.

— Fácil! Ah, que modo bom de terminar a noite, não é? – Katherine deu um bocejo profundo, encheu o peito de ar e se aconchegou nos braços do noivo e encontrou uma posição boa para dormir — Amor da minha vida, preciso dormir. Estou morrendo de sono.

— Hoje eu vou dormir feliz. Você disse “sim” ao meu pedido de casamento. Vamos nos casar daqui a três meses. O Gustavo quer ser meu filho e eu quero ser o pai dele. Tudo vai dar certo.

Após um longo bocejo, Kate concordou — Não, amor. Tudo não vau dar certo... Tudo “já deu” certo. – Kate frisou “já deu”.

— Verdade.

— Vamos dormir felizes.

— Boa noite, amor.

— Boa noite.

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Continua...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

IMAGEM DO CAPÍTULO:
https://n1.picjoke.org/useroutputs/3324/2019-08-27/1-pt-3ac1be2dff295d2b898d50a5d6ab43a3.jpg



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