FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Como eu já estava com este capítulo pronto, postei logo para animar vocês.
Boa leitura.



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Castle ainda se sentia um pouco sonolento, só que já conseguia respirar com facilidade e não mais sentia dores. Sentia suas pálpebras pesadas, não tanto quanto antes, mas ainda não conseguia abrir os olhos, por isso não fazia ideia de onde estava, no entanto percebia que se encontrava deitado em um colchão macio e estava aquecido sob um espesso cobertor. O ambiente era fresco, agradável, silencioso e com cheiro de limpeza. Não ouvia conversas ou nenhum barulho, escutava apenas o som baixo, porém agudo e repetitivo, como se fosse um bip de aparelhos eletrônicos.

Apesar de ter uma vaga ideia, Castle não tinha certeza de onde estava. Aliás, tinha até receio de saber. “- Deus do céu! Será que eu morri?—” Ele tinha tais pensamentos e mantinha os olhos fechados. Tentou mexer os dedos dos pés e das mãos e obteve êxito, sendo que os do pé direito com um pouco de dificuldade.

Muito lentamente, conseguiu abrir um pouco os olhos e analisou o recinto, ficando até feliz em constatar que estava em um hospital. Ele era o único ocupante do quarto. Os bips que ouvia eram dos monitores dos aparelhos hospitalares que apresentavam diversos gráficos e informações relacionadas ao seu estado de saúde, de onde pendiam vários fios grudados no seu braço, no seu dedo e no seu peito com adesivos. Havia ainda um suporte de soros com finas mangueiras de borracha que conduziam gotas de medicamentos para um acesso plástico preso com tiras de esparadrapo no dorso de sua mão direita.

No seu braço esquerdo havia dois curativos grandes, mas que não impediam os movimentos. À exceção disso, seus braços estavam em perfeito estado. Movimentou os dedos e tudo estava perfeito. Mexeu suas pernas. Sentiu uma fisgada na perna esquerda ao tentar mexer, mas não teve êxito com a direita. Com cautela, conseguiu tirar o cobertor sobre seu corpo e suas suspeitas foram confirmadas. Sua perna direita estava engessada até a coxa e a esquerda havia vários curativos, uns grandes, outros menores.

Imediatamente após recolocar o cobertor sobre seu corpo, duas pessoas entraram no seu quarto com uniformes hospitalares e expressões leves: Uma mulher e um homem. A mulher muito bonita, aparentando ter sessenta e cinco anos, usava um jaleco branco, onde no bolso superior esquerdo havia um bordado indicando que ela era médica. O homem era um jovem com uniforme típico de enfermeiro. Ele empurrava um silencioso carrinho de aço inox com medicamentos e acessórios médicos.

Ao verem o paciente acordado, o Enfermeiro se dirigiu ao monitor para anotar dados no prontuário e a médica se manifestou sorridente, demonstrando ser uma pessoa agradável e que amava o que fazia.

— Ora, ora! Então o meu paciente mais bonito resolveu acordar. — sua voz era alegre — Você é muito bonito, garoto, só perde para o meu marido.— a médica brincou com o objetivo de descontrair o enfermo — Filho, eu estava ansiosa para me perder nestes seus olhos azuis.

A brincadeira surtiu efeito, pois Castle até sorriu. Um sorriso leve, é verdade, mas sorriu.

Surpreso com a chegada das duas pessoas, Richard Castle deu um sorriso fraco, mas logo em seguida ficou menos tenso ao perceber que a médica, com certeza, era uma pessoa de bem com a vida, espalhando simpatia, virtude que ele entendia ser essencial aos profissionais de saúde.

— Como a senhora sabia que meus olhos eram azuis?— brincou, entrando na mesma sintonia da médica.

A simpatia da médica era admirável — Meu jovem, mesmo desacordado, afastei suas pálpebras para examinar suas vistas e aí fui surpreendida com o azul dos seus olhos. Quando você foi internado aqui no hospital, entramos em contato com sua família e assim que sua mãe e sua filha chegaram para te ver, eu vi que os olhos delas eram iguais aos seus. Por falar nelas, elas são criaturas adoráveis e te encheram de elogios.

— Minha mãe e Alexis vieram me ver? — neste momento ele se deu conta de algo importante — Você fala meu idioma. Onde estamos? Há quanto tempo estou aqui? Que país é esse? Eu voltei para o meu país? — ele não conseguiu esconder sua aflição e fazia uma pergunta atrás da outra, parecendo uma metralhadora.

— Meu jovem. Para encurtar explicações, você está na sua cidade. A Cruz Vermelha te encontrou em estado lastimável. Não vou mentir. – ela piscou o olho para ele de forma divertida — Você foi socorrido e levado para o hospital mais próximo e após fazer todos os curativos, suturas, imobilização da sua perna e outras providências necessárias para sua sobrevivência, fizeram uma cirurgia na sua perna direita. Mas agora ela está ótima. Está imobilizada, mas sem qualquer risco. Resumindo a história, você foi identificado e trazido para cá em uma UTI-aérea com atendimento médico de primeira. Você está aqui há dez dias e vimos necessidade de mantê-lo sedado. Mas agora você está ótimo. Está apenas recebendo medicamentos relacionados aos seus ferimentos e outros pós cirúrgicos, mais nada querido. E antes que você me pergunte, você não vai mais demorar aqui e nem vai ficar com sequelas.

— Adorei a notícia! Vou poder voltar para casa.

— Você recebeu a visita de sua mãe e de sua filha, aliás, uma linda garota, mas sendo bastante invasiva... — a médica falou com simpatia—, eu não estou vendo nenhuma aliança no seu dedo e nenhuma moça veio te visitar.— ao perceber que ele torceu a boca demonstrando um misto de tristeza e desânimo, ela o animou – Não me diga que um moço bonito como você não tem uma esposa ou uma namorada... Huuumm!! Já vi tudo...— ela brincou – Você é um típico workaholic e só tem cabeça para seu trabalho.— ela consultou rapidamente o prontuário - Moço, estou vendo que você tem quarenta anos. Meu jovem, eu vou te dar uma ideia: Assim que você sair daqui, que tal retornar ao seu grupo de amigos e começar a frequentar festas e então, encontrar uma linda moça, eihm? Se eu não fosse muito bem casada com um marido lindo e maravilhoso, eu ia me candidatar— ela piscou de forma maternal e divertida para ele, recebendo um sorriso de volta – E nem tente me paquerar porque eu sou apaixonada pelo meu marido. Somos casados há quarenta e cinco anos. Temos quatro filhos e oito netos lindos.

Rick adorou a médica e a achou muito simpática.

Ela seguiu narrando com detalhes o que lhe acontecera quando da explosão, tais como perna direita quebrada, cortes profundos e também explicava todos os procedimentos médicos efetuados e o progresso que houvera.

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A previsão da médica estava certa e em poucos dias Richard já estava em sua casa.

Após completamente saudável e livre dos curativos e do gesso, ele passou a fazer fisioterapia para recuperar os movimentos da perna direita e o sucesso do tratamento agradava a todos.

As sessões diárias de fisioterapia não o impediam de sair de casa e assim, teve várias reuniões na emissora de TV para a qual trabalhava.

Durante todo o tempo em que ficara no hospital e depois que ficou em casa se convalescendo, Rick aproveitou para refletir sobre sua vida. “- Eu já estou com quarenta anos e preciso criar raízes. Vou seguir o conselho da médica e procurar uma namorada. Aliás, era isso mesmo que eu queria fazer, pois sinto falta de uma pessoa especial. Uma mulher forte, inteligente e determinada que faça parte da minha vida.— ele pensava.

Então, por conta da explosão e também da saudade que sentia de Alexis e de sua mãe e ainda da solidão que enfrentava, somado ao fato de que já estava cansado daquela vida de perigos, ele decidiu permanecer na sua cidade e aceitar um convite irrecusável da mesma rede de TV onde trabalhava. Depois de muitas reuniões, a rede de TV ofereceu um salário formidável para integrar o elenco fixo do jornalismo da emissora, com a ressalva que seria um contrato casado, o que era excelente para as duas partes.

O contrato casado consistia em exercer três atividades diferentes na emissora. Richard Castle seria o Diretor Geral de Jornalismo da emissora; seria também o Âncora do telejornal no disputado horário nobre, de segunda a quinta-feira e, por fim, às sextas-feiras, teria a oportunidade de por em prática seu antigo sonho de apresentar sozinho seu próprio talk show, “Conversando com Richard Castle”, só que ao invés de gravar e editar cenas, etc, ele faria um programa ao vivo, cujo formato fora criado e desenvolvido por ele, onde entrevistaria, separadamente, dois convidados que podiam ser intelectuais, artistas, escritores, empresários, políticos ou pessoas ligadas a assuntos que marcaram a semana ou o mês na cidade, no estado, no país ou no mundo. Na impossibilidade do comparecimento do convidado no dia do programa, a entrevista seria gravada e levada ao ar posteriormente, mas nada que afetasse o formato do show.


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Notas finais do capítulo

Aguardo ansiosa os comentários.
Eu amo CASKETT e amo vocês.
Mil beijinhos.


Imagem:
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