FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente peço desculpas porque o capítulo ficou gigante. Não consegui reduzir, tampouco podia dividir. Eu sei que a Fran e outros leitores até gostam.
Obrigada a vocês, leitores lindos, que já fizeram milhares de acessos a esta fanfiction. Fico feliz que vocês estão lendo cada capítulo e retornando para ler o próximo. Obrigada também aos maravilhosos comentários que tanto me emocionam e me estimulam a continuar escrevendo. Peço a Deus que me oriente para que eu consiga prosseguir nesta linda jornada que é falar de família, de amor, de carinho, de criança, de paixão e todas essas coisas e sentimentos que envolvem uma família. Acho que vocês já perceberam que eu falo muito em DEUS. Sim. Deus é quem comanda minha vida e é nEle que eu confio todos os meus anseios e todas as minhas dúvidas.
Escrevi este capítulo com muito amor e fofura CASKETT no coração. Espero que gostem. Família CASKETT. Always!!!
Boa leitura.
Beijinhos
Denise



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Na segunda-feira Kate acordou cedo, como de costume, porque antes de ir trabalhar precisava preparar o café da manhã dela e do seu filhotinho e teria ainda que leva-lo à escola.

Contudo, antes de se levantar da cama ela esticou o braço para o lado do colchão. Notou que estava sozinha e ao cheirar o travesseiro sobressalente percebeu que ele não tinha o cheiro do Richard. Isso a entristeceu. Ele nunca tinha passado a noite com ela ali, muito menos feito amor. Estavam juntos há tão pouco tempo, mas parecia uma eternidade de tanto que já se conheciam, se queriam e se amavam. Ela respirou fundo, torceu a boca e deu um sorriso triste, mas logo elevou o ânimo, pois era segunda feira e tinha certeza que aquela manhã ele iria lá na delegacia e passaria pela sala dela pelo menos para dar um sorriso lindo dizer um — Oi!”.

Preocupada com o horário da escola do Gustavo e o seu próprio de se apresentar no serviço, ela correu para a cozinha. Fazia tudo muito rapidamente e em muito menos tempo do que previra, terminou tudo e, apressada, dispôs os alimentos à mesa, bem assim pratos, talheres e canecas para duas pessoas, o seu e o do Gustavo.

Beckett seguiu o exemplo dos seus próprios pais e acostumou Gustavo a fazer todas as refeições sentadinho à mesa, pois ali, ele teria acesso aos alimentos, além de se congregar com a família, pois é um local acolhedor e maravilhoso para colocar a conversa em dia e ele amava estas ocasiões. Quando ele era um bebê, após deixar de amamentar, e ainda comia no seu cadeirão, ela o colocava em frente à mesa, para se acostumar com o ambiente doméstico, nunca o fazendo em frente à TV para se distrair.

Consultou as horas no celular, pois precisava acordar Gustavo, e foi neste momento que viu que Rick havia lhe enviado um vídeo pelo WhatsApp.

Ainda de pé ela o assistiu ficou comovida, então se sentou no sofá e ali ficou para vê-lo novamente.

Era um vídeo do próprio Rick onde ele, ainda na cama, lindo e maravilhoso com seus cabelos charmosamente bagunçados, dizia de forma pausada que acabara de acordar. — Bom dia, amor. – Com voz ligeiramente rouca e mais grossa, ele fazia uma carinha desolada ao falar cada palavra pausadamente, dando entonação apaixonada cheia de saudades — Amorzinho, depois de ter tido a experiência sem igual de ter passado dois dias maravilhosos dormindo e acordando abraçadinho com você... Meu amor, que noite foi essa, eihm? Horrível! Sozinho aqui sem você. Pois é, esta noite não foi nada boa... E esta manhã também... - No final ele dizia que estava ansioso para vê-la. Terminou com uma linda declaração de amor — Já estou morrendo de saudades. Eu te amo, hoje e sempre. – Foi um vídeo curtinho de apenas quarenta e três segundos, mas a emoção que Kate sentiu foi incalculável.

Katherine passou as mãos para enxugar os olhos que estavam molhados de emoção. Ela também estava morrendo de saudade.

Estava atrasada, mas como seu menino ainda estava dormindo e já estava tudo pronto para o café da manhã, ela aproveitou e gravou um vídeo ali mesmo no sofá — Oi, amor. Bom dia.  – ela inclinou a cabeça para o lado e sorriu — Amei seu vídeo. Amei! Ah, Rick, sem você aqui minha noite também não foi nada boa, viu, e a primeira coisa que fiz ao acordar foi te procurar na cama... Nada feito. Você não estava comigo. – ela fez um bico triste— Mas pelo menos temos a certeza que temos um ao outro, né? – ela piscou o olho direito e, mostrando-se apressada, ela se levantou do sofá e depois concluiu — Amor, nem posso mais falar com você... Estou afobada porque ainda tenho que acordar o Gustavo e ele é terrível para levantar. Terrível mesmo! – ela deu uma risadinha e revirou os olhos – Eu também te amo, viu... Te amo, te amo, te amo, hoje e sempre. – ela jogou um beijo e finalizou a gravação.

Beckett respirou fundo, entusiasmada. Ria sozinha, pois estava muito feliz com as palavras compartilhadas nas mensagens eletrônicas. Os vídeos deram um upgrade na manhã da policial e, assim, revigorada, foi acordar o Gustavo com mais disposição.

Antes de abrir a porta do quarto do filho, ela encostou-se à parede e orou baixinho — Obrigada, meu Deus por ter me dado um filho tão maravilhoso e saudável, um namorado que eu amo, que é só meu e que me ama e também me faz feliz. Obrigada por meus pais, obrigada porque a família do Rick gostou de mim e da minha família e obrigada pela união da nossa família. Todos nos demos muito bem. Eu os adorei e tenho certeza que eles também gostaram de mim e do meu filho. Obrigada pelo meu trabalho e pela minha vida! Senhor Deus, por mais que eu tente, nunca vou conseguir agradecer pela graça de ter o Gustavo. Peço que o senhor abençoe o pai dele que, tenho certeza, é um homem excepcional. Meu Deus, se o Senhor já não deu, eu te imploro que dê a ele uma família maravilhosa. Desejo que ele tenha filhos maravilhosos que o façam tão feliz quanto o Gustavo me faz. Amém!

 

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Depois que deixou o filho na escola, Katherine seguiu para a Delegacia e assim que saiu do elevador e entrou no grande salão onde ficavam as mesas dos Detetives e Auxiliares, reparou que eles a olhavam de forma diferente e todos tinham um risinho preso no canto das bocas, como quem esconde algum segredo ou algo similar. Ela considerou estranha aquela situação, mas preferiu não dar muita atenção. Depois procuraria saber o que tinha acontecido ou esperaria até o final do dia, porque o povo adorava uma fofoca, e os dois detetives da sua equipe, seus amados Ryan e Espo, não fugiam à regra.

Seguiu direto para a copa até a sensacional Máquina de Café Profissional Semiautomática que Rick presenteara o Distrito. Katherine não tinha muita habilidade com a tal maquina, mas conseguiu fazer um café bem próximo ao seu preferido e isso era maravilhoso.

Com a xícara fumegante e perfumada à mão Beckett se encaminhou para sua sala e qual não foi a sua surpresa ao encontrar seu namorado charmosamente encostado à grande mesa de madeira e, involuntariamente, sorriu.

Eis ali a justificativa para os sorrisos de canto de boca dos colegas da delegacia.

Ali estava ele e, como sempre, belíssimo em um blazer preto sobre uma camisa social azul escuro que lhe caía tão bem e contrastava com o azul claro dos seus olhos.

Castle estava em pé, e muito à vontade, colado à mesa de Kate, segurando um lindo arranjo de flores naturais.

A Detetive estava parada à porta da sua sala e a imagem que admirava seria perfeita para um outdoor vivo de perfume ou propaganda de vestuário masculino de marca famosa.

— Bom dia! – ele a cumprimentou com voz naturalmente grave, sensual e romântica, tirando-a do devaneio.

Desde que fora aprovada na prova para Capitão ela ganhara uma sala privativa e ficaria nela, como Chefe dos Detetives, aguardando a efetivação da sua promoção como Capitã do Distrito.

Vê-lo ali, na sua sala, deixou-a feliz, mas um pouco tímida, pois tudo ainda era muito novo para ser repartido com os colegas.

Mesmo que fechasse a porta, todos iriam ver porque as paredes da sua sala eram feitas de divisórias de madeira e vidro. Do chão até um metro era de madeira e o resto era janelões de vidro transparente. Então...

Ela se aproximou do namorado e antes de receber as flores ela deu um selinho discreto nele e tal gesto não passou despercebido pelos colegas que estavam de olho e, como crianças felizes, aplaudiram e diziam expressões como “- Uaaauuwwww!”, “- Até que enfim!”, dentre outras expressões que animaram o início da manhã.

Vermelha como um pimentão diante da manifestação dos colegas, ela se deteve apenas no namorado — Oi, amor, bom dia! – ela não conseguia parar de sorrir de felicidade ao receber as flores — Que surpresa! Que lindas! – ela pôs o enorme e belíssimo ramalhete à mesa e saiu em busca de um vaso, mas no caminho encontrou uma Servente que, sorridente e muito gentil, já vinha trazendo um vaso grande com água justamente para arrumar as flores.

— Oh, querida! Obrigada. – Beckett agradeceu à moça e com expressão de dúvida, indagou. — Como você sabia que eu iria precisar...

A moça a interrompeu dando um sorriso sapeca e indagou divertida — Sério!?

Fazendo um bico também divertido, típico de quem reconhece que perguntou o óbvio, Katherine girou a cabeça e olhou para sua sala e viu o namorado ao lado das flores, depois olhou para todos e para a tal moça. – Ah, tá! Ok! Ok! Obrigada, mesmo assim, garota.

— Quer ajuda, Detetive Beckett? – a moça se prontificou.

— Não, querida, obrigada.

Katherine retornou à sua sala e ao pegar o buquê, encontrou o cartão, mas o pôs de lado, porque primeiro iria acomodar cuidadosamente todas as flores no vaso e assim que o fez, passou a observar que o arranjo era sortido. Havia de quase tudo.

— Amor, que lindo! Vários tipos de flores. Estou vendo tulipas vermelhas e amarelas, jasmins, rosas, cravos, miosótis e mais um monte de flores. Lindas, amor! Ficou um colorido lindo! – deu um novo beijinho rápido nele e assim que abriu o cartão viu que era um texto grande, escrito à mão pelo próprio Rick. Ainda de pé ao lado dele, ela o leu em silêncio. A letra dele era firme e bonita e bem máscula.

 

“Mais uma vez, bom dia! Estas flores são para colorir ainda mais seu dia e todas elas, Kate, significam “AMOR” e tudo que você significa para mim. Cravo vermelho — significa amor vivo; Jasmim— significa amor, beleza, delicadeza e graça; Miosótis— significa amor sincero e fidelidade; Tulipa amarela— significa amor com esperança; Tulipa vermelha— significa declaração de amor; Cerejeira— significa amor e sabedoria; Flor da Macieira— significa amor e eternidade.

Kate, É sempre romântico dar Rosa de qualquer cor e elas expressam a presença do amor e é um modo direto de dizer "Eu te amo" e a Rosa Vermelha, especificamente, significa amor, paixão, admiração, desejo e casamento. Te amo hoje e sempre e espero ansiosamente o dia em que você vai cumprir a sua promessa e se casar comigo. Vou pedir todos os dias até você dizer finalmente “sim”.

Com amor,

Rick Castle”

 

 

A surpresa de vê-lo ali no início da sua manhã, lindo e declaradamente apaixonado diante de todos logo no primeiro dia de trabalho após iniciarem o namoro já causou uma sensação maravilhosa de prazer. E receber aquelas flores lindas com um cartão contendo palavras belíssimas que com certeza eram deles e não um simples “copiar e colar” da internet, a comoveu além da conta e se controlou para não chorar de emoção.

O pessoal da delegacia já retornara cada um à sua atividade e Katherine, agora à porta fechada, respirou profundamente, torceu a boca e piscou o olho indicando que queria falar muito mais do que podia e que queria se jogar nos braços dele, coisa que também não ficaria bem fazer ali. — Você sabe que isso não se faz, né? – ela sussurrou e deu um sorriso preso, quase tímido — Ah, Rick, eu amei te ver aqui e — olhou para o vaso — receber estas flores lindas e este cartão maravilhoso! – sussurrando, ela completou — Sabe o que eu quero fazer agora?

— Se for o mesmo que eu...  – ele a olhou com desejo.

— Anhãããn!!! – ela fez sinal que “sim” com a cabeça e sorriu feliz ao captar malícia no olhar dele — Resposta certa! Eu quero me jogar nos seus braços e te encher de beijo... – apontou para o sofá, sorriu de forma depravada — ... e fazer amor com você ali mesmo igual como da primeira vez.

Castle ficou perturbado — Mulher! Deus do céu!

Ela riu da expressão de pavor dele, pois ficara excitado com a menção deles terem feito amor naquele sofá.

Ainda sussurrando, ela sugeriu — Mas agora... Que tal nós dois trabalharmos, eihm, já que não podemos nos atracar e nos beijar como queremos, muito menos fazer amor como sabemos...

— Finalmente uma saída! – ambos sorriram e, de forma ajuizada, ele se despediu com um selinho e se dirigiu à porta, mas antes de sair ele mudou de assunto e comunicou — Não vou demorar aqui hoje. Eu vou fazer uma reunião e deixar atividade suficiente para o meu pessoal. Vou para a emissora, pois hoje meu dia vai ser longo. Segunda-feira... Eu te falei, lembra, sempre é um dia complicado lá na redação... Dezenas de novidades do final de semana... De todo tipo... Político, social, mundial, etc, etc, etc...  – piscou — Quando eu estiver saindo da emissora eu te aviso. Tchau, amor! Bom trabalho. Te amo! — jogou um beijo no ar e se retirou da sala.

Pelo vidro da sua sala, ela o viu se despedir de forma geral do pessoal do salão, brincar com aqueles que ele tinha intimidade e logo seguiu em direção à sua própria sala.

 

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A semana passou muito rápido pra Kate e Rick, pois ambos estiveram atarefadíssimos. Eles haviam combinado de se verem todos os dias, mas não foi bem assim que aconteceu, uma vez que as reuniões de pauta na emissora se emendavam com o Jornal das 20 Horas e depois o Richard enfrentava outra reunião de pauta com a equipe do Talk-Show a fim de escolher os convidados a serem entrevistados na próxima temporada.

Já com Katherine a situação não foi diferente, tendo em vista que os casos de homicídio que apareceram na delegacia foram muito difíceis de solucionar e ela só ia pra casa tarde da noite, exausta, dando graças a Deus por ter Soraia, uma babá maravilhosa que cuidava de Gustavo desde que ele era um bebezinho e Kate tivera que retornar ao trabalho. A moça cuidava dele com muito amor e o garotinho a adorava. Depois que o menino passou a frequentar a escola, Soraia já não ficava o dia todo. Ela o pegava na aula e o levava para casa, ficando com ele até Katherine retornar e quando ela chagava tarde ou mesmo passava a noite trabalhando, a moça pernoitava com o garotinho.

 

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Os meses iam passando e mesmo que não se vissem todos os dias por conta do trabalhou ou por qualquer outro imprevisto, o namoro ia às mil maravilhas. O amor, o carinho, a paixão, a amizade e o tesão entre Katherine e Richard aumentava a cada dia e aproveitavam todo tempo livre para fazer programações com ou sem os filhos ou mesmo ficar em casa conversando ou assistindo TV. Quando saíam à noite, as crianças ficavam com Martha Rodgers ou com os pais da Beckett ou, caso os avós já tivessem programação, as crianças ficavam com Soraia. A família deles também estava cada dia mais unida e animada com o relacionamento do casal.

Martha Rodgers se deu maravilhosamente bem com Johanna Beckett. Ficaram amigas e eram cúmplices para unir os filhos. As duas torciam para que aquele namoro chegasse ao casamento e ambas queriam que isso acontecesse o mais rápido possível.

A pedido de Rick e de Kate, Martha Rodgers nunca mais tocara no assunto da semelhança física e comportamental entre Richard e o Gustavo. Martha nem pensava mais no assunto, tanto que nem comentou sobre isso com Johanna Beckett, até porque prometera para o jovem casal que aquilo seria esquecido.

Jim Beckett apreciava muito o namoro da filha. A admiração que tinha pelo genro era crescente e também tinha esperanças de um casamento entre os jovens.

Alexis e Gustavo se entendiam só de olhar um para o outro, seja nas travessuras, seja no jogo de cartas, seja brincando com Pirata, seja subindo em árvores na casa dos pais de Katherine ou na casa de campo, andando a cavalo e também nas brincadeiras com outras crianças no parque ou na escola.

 

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... Na casa da família Beckett durante um sábado de sol...

O sábado estava animado e o almoço tinha tudo para ser divertido na casa de Johanna e Jim Beckett.

A manhã estava ensolarada e a piscina estava convidativa.

Jim estava preparando a carne para fazer churrasco.  

Katherine e o namorado estavam na piscina com as duas crianças, mas logo cedo tinha feito uma salada de batatas para acompanhar a carne e combinaram de colocar a maionese somente na hora de servir, para não azedar.

Na piscina, os quatro se divertiram muito. Richard punha as crianças, uma por vez, em pé nos seus ombros e os impulsionava a grandes mergulhos. Depois fizeram competição de natação. Beckett participava ativamente das brincadeiras e os quatro se tornaram realmente uma linda família.

Johanna e Martha temperavam salada de folhas, picles, pães ao alho, cortavam queijos e mais uma grande variedade de guloseimas deliciosas, inclusive torradas temperadas que iriam tostar junto com as carnes. Picaram ainda tomates, cebolas, pimentões com cheiro verde e condimentos em geral, inclusive vinagre e azeite doce.

Enquanto as duas avós preparavam os acompanhamentos do churrasco na área adjacente à piscina, elas observavam a animação dos netos com o jovem casal. – Quando é que sai esse casamento, eihm, Johanna? – Martha perguntou.

— Eu já ia te perguntar a mesma coisa, Martha. – Johanna respondeu — o Rick não fala nada sobre isso?

— Eu já perguntei muitas vezes, mas meu filho diz que depende da Kate, porque se fosse por ele, já teria casado e já teria feito encomenda à Cegonha.

— Mas essa minha filha... Johanna estava impaciente com o excesso de tranquilidade da filha.

Jim interrompeu a esposa — A nossa filha sabe o que faz, Jô. – ele transfixava os cortes de carne nos grandes espetos de aço inox com cabo de madeira e deu sua opinião sobre o assunto — Você sabe que por mais madura que a Katie seja, ela ainda tem seus temores...

— Mas o Rick a ama e ela tem certeza disso, amor. – Jô contra argumentou.

— Isso mesmo, Jim, a Jô está certa. O meu filho ama a filha de vocês e ela sabe disso. O que eu sei é que os dois se amam e já demonstraram que se dão super bem e que formam uma família perfeita. Dá gosto de ver. Por mim, eles já estavam casados há muito tempo. Não sei mais o que a Katherine quer que o Richard prove... – Martha estava pensativa.

— Que tal deixa-los decidir sobre esse assunto, eihm, moças? – Jim tentou terminar o assunto. — Acho que se a gente se meter, podemos, mesmo sem querer, atrapalhar.

— E o pior é que você está certo, amor. – Jô concordou com o marido.

À contragosto, Martha também concordou — É, né... Já que não posso pegar os dois pelo braço e jogá-los dentro de uma igreja para casar, o jeito é esperar o tempo deles.

Jim e Jô riram muito do jeito hilário que Martha falou.

— Tudo bem, mas enquanto eles não se decidem pelo casamento, ele bem que poderia me ajudar aqui com as carnes – Martha e Jô riram do comentário jocoso de Jim, que logo chamou o genro — Castle, que tal você me dar uma ajudinha aqui, eihm, meu jovem?

— Ah, não, vovô! – Gustavo contestou o convite do avô. O garoto estava sobre os ombros do Rick, pronto para um novo mergulho. — Se o Rick for quem é que vai me jogar na água igual a um foguete, eihm? – o menino tentou justificar e logo se jogou n’água.

— Eu estou indo, sogrão! Só vou jogar esses dois moleques aqui na água. Último mergulho, crianças. – Rick avisou.

Alexis também interveio — É, vovô Jim. Deixa o papai aqui. Por favorzinho!

— Ok, crianças! Só um pouquinho.

— Êba!!! Êba!!! Êba!!! – As duas crianças fizeram uma comemoração na piscina, jogando água para tudo que é lado, próprio de crianças saudáveis e felizes.

Passados cinco minutos Castle avisou que ia sair da piscina para ajudar o sogro e, mesmo sob protesto das crianças, abandonou a brincadeira. Deu um selinho na namorada e saiu da água.

Ao sair, dirigiu-se ao grande chuveiro para tirar o cloro, se enxugou e vestiu uma camisa básica branca de algodão — Cheguei, sogrão.

— Beleza! Pode acender o fogo da churrasqueira e depois vamos terminar de espetar as carnes.

O fogo foi acesso facilmente e Jim foi logo encaixando os espetos giratórios na churrasqueira e o cheiro espetacular de churrasco começou a tomar conta do ambiente.

Faltando poucos minutos para os primeiros espetos de carne ficarem no ponto de servir, Castle foi chamar Kate e as crianças — Quem quer comer churrasco?

Kate, Alexis e Gustavo fizeram o mesmo roteiro. Tiraram o cloro no grande chuveiro. As crianças permaneceram de roupa de banho mesmo. Já Kate pôs uma linda e leve saída de praia com modelo de vestidinho cinturado da mesma estampa do biquíni. Aliás, os quatro usavam a mesma estampa. Castle e Gustavo tinham sungas idênticas e a Alexis e a Kate vestiam biquínis de modelos parecidos.

 

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Já no meio da tarde, após o banho de praxe pós churrasco, Katherine, Richard, Johanna, Jim e Martha estavam jogando baralho na grande mesa redonda na sala de jogos e as crianças estavam brincando no jardimcom o Pirata .

Apesar de concentrados nas suas respectivas cartas, a conversa rolava solta sobre vários assuntos e se divertiam muito quando de repente ouvem as crianças na maior fuzarca e, ao mesmo tempo, riam mais do que o normal. — Êba! Chuva! – Alexis gritava e a risada das crianças continuava.

Não muito diferente de Alexis, Gustavo também gritava com a mesma felicidade — Êba! Que maravilha! Chuva!

Pirata latia entusiasmado e dava para perceber que a modulação também era de brincadeira.

Dentro da sala de jogos os adultos ouviam a animação das crianças e do cachorro. Olhavam de um para o outro e, ao mesmo tempo, consultavam a paisagem através da janela onde se via um dia lindo. Passava poucos minutos das dezesseis horas e apesar do sol não estar mais alto, ele ainda estava forte.

Ao constatar que não chovia, Rick ficou confuso com o som característico de água— Chuva? – indagou quase que chocado com aquela informação. — Estou ouvindo som de chuva... Como assim? Não está chovendo...

Jim se levantou e foi ver da janela o que se passava com as crianças e com o cachorro. Assim que constatou o que acontecia, sorrindo, chamou os outros adultos para assistirem a cena. — Venham ver a chuva.

Era uma cena linda e divertida: Gustavo, Alexis e o Pirata corriam pelo gramado. As crianças balançavam os braços e os cabelos e o cão dava pulos divertidos e balançava o rabo. Todos saltavam de um canto para o outro completamente molhados devido aos esguichos do jardim que era acionado automaticamente todos os dias às dezesseis horas para molhar a grama e as plantas em geral.

Richard ficou preocupado ao ver as crianças encharcadas e fez menção de ir lá para tira-las daquela brincadeira, mas foi imediatamente bloqueado pelo sogro que, sorridente, justificou — Deixe-as lá, meu rapaz. São crianças saudáveis e não vai ser isso que fará com que elas fiquem resfriadas. A temperatura está ótima e daqui a pouco o esguicho vai desligar, então eles vão continuar se embolando na grama com Pirata, vão se sujar mais um pouco. Depois elas tomam banho... Ou você já se esqueceu como é bom ser criança, eihm?

— Ah, que maravilha! O som do sorriso deles é música para meus ouvidos – Martha completou sorridente e feliz com a cena que via.

— Isso mesmo, Martha. Também acho. — Johanna opinou.

— Meu amor, eu estou te desconhecendo. – Katherine estranhou o comportamento do namorado — Eu jurava que você iria adorar vê-los assim... Se duvidasse, você iria agora ficar lá com eles.

— É, vocês têm razão. – Richard reconsiderou sua atitude anterior.

— Ah, então você vai lá fora brincar com eles, é?

— Estou me controlando para não ir pra lá também – ele gracejou, mas logo explicou — Na idade deles eu teria feito a mesma coisa.

— O Gustavo adora fazer isso, Rick. – Johanna comentou com o objetivo de tranquilizar o genro — Ele e o Pirata se divertem muito na hora que o esguicho é acionado e hoje ele está mais contente ainda porque a Alexis está com ele. Nunca coincidiu de ela estar aqui neste horário.

— E aí, vamos voltar para o jogo? - Johanna sugeriu — Ou estão com medo que eu ganhe, eihm? — ela advertiu toda sorridente.

— Até parece! — Richard torceu a boca fazendo graça, indicando que não acreditou na ameaça da sogra. — Tá pra nascer quem me vai ganhar neste jogo. Eu aposto: Se eu perder eu me visto da “Princesa Léia” e saio pela rua.

— Ah, tá... Então venha jogar logo, bonitão. – Katherine entrou na sintonia da brincadeira e todos riram e retornaram para seus respectivos lugares e o jogo recomeçou.

Ao final da partida Johanna ganhou como ela própria avisara e ao olhar para a expressão do genro de quem parecia não acreditar naquele resultado, não conseguiu evitar zoar com ele — Então, Rick, você vai se vestir da “Princesa Léia” hoje ou no próximo final de semana quando você conseguir as roupas e a peruca com aquelas tranças enroladas.

— É... Bem... – Richard ficou sem palavras.

Percebendo que ele não esperava aquele resultado, muito menos a cobrança da dívida, Johanna não conseguia parar de rir e o provocou — Fique tranquilo, meu jovem, que eu vou poupar meus vizinhos de te verem andando pelo Condomínio fantasiado da “Princesa Léia”.

Todos riam à mesa — Que cena triste seria eu ver você com aquelas tranças laterais enroladas na sua cabeça, meu amor.  – Katherine ria muito só em pensar na cena.

— Podem me zoar à vontade... – Richard se fingia de magoado, mas ele próprio começou a rir da zombaria.

— Você quem inventou a brincadeira, filho. – Martha ria e também participava da zoação que o próprio filho dera azo.

— Meu jovem, o seu programa poderia trocar de nome, poderia ser “Conversando com a Princesa Léia”. – Johana comentou e levou todos à gargalhada, inclusive Rick.

Enquanto as cartas eram embaralhadas para uma nova partida, Katherine se levanta e vai ver as crianças. Minutos depois ela retorna — Gente, eu vou botar as crianças no chuveiro. O esguicho já parou há mais de quinze minutos e elas estão imundas. Não vou demorar. Podem ir distribuindo as cartas que eu retorno. Ou então, joguem esta partida sem mim.

E assim aconteceu.

Katherine retornou à sala de jogos e assim que se sentou para começar uma nova partida, explicou fazendo graça — Eu coloquei os dois emporcalhadinhos juntos no chuveirão do quarto de hóspedes e eles próprios tomaram banho sob minha orientação... Eu fechei a porta de vídeo do box e como o vidro é transparente, fiquei só de olho e indicando o local onde eles deveriam lavar, tipo... Lava ali... Ainda tá sujo... Esfrega direito... – Katherine narrava as cenas e reproduzia os gestos e as falas dela e das crianças — Foi uma folia na hora que um lavava as costas do outro com o esfregão e para eles foi uma continuação da farra do gramado. A mesma resistência para sair da grama eles fizeram na hora que eu disse que deveriam terminar o banho...... Só faltou o Pirata que, se eu tivesse permitido, com certeza estava ali no chuveiro também... – todos riram com a cara engraçada que Kate fazia descrevendo os meninos no banho — Mas depois vestiram suas roupas. Eu apenas penteei os cabelos deles depois que eu usei o secador para evitar que peguem resfriado.

— Onde eles estão? – Martha perguntou.

— Eles escolheram um filminho e estão assistindo lá no quarto dos meus pais esparramados nas almofadas da cama.

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A nova partida iniciou e a conversa agora era sobre o programa de Richard.

— Em que pé está o processo de escolha dos convidados para a próxima temporada do seu talk-show, Rick? – Jim quis saber.

— Nossa Senhora! Depois de muitas reuniões chegamos finalmente a uma lista e por um milagre, todos aceitaram participar do programa.

— Quem em sã consciência se recusaria em participar? – Johanna declarou— Rick, eu sou sua fã de carteirinha – ela riu e todos a acompanharam e depois continuou a falar — Bem, eu li que o “Conversando com Richard Castle” é o melhor talk-show da atualidade e que o formato que você criou o difere dos demais e isso agradou a todos. – Johanna elogiou o genro.

— Eu também li no jornal que ele foi líder de audiência durante toda a temporada. Parabéns, meu rapaz! – Jim vibrava com o sucesso do moço.

— A segunda temporada do Talk-Show tem tudo para superar a primeira. – Martha afirmou e não escondia como estava feliz com o êxito do filho e isso deixava Rick muito contente.

 — Obrigado, gente. – Rick agradeceu os elogios — Esse talk-show era um sonho antigo. Durante todo o tempo em que eu fui Correspondente Internacional, eu planejei cada detalhe do talk-show e graças a Deus a emissora gostou do meu projeto e estamos juntos nessa. Quando eu fui fechar o contrato com a emissora, deixei bem claro que eu aceitaria o convite para ser o Diretor Geral do Jornalismo e o Âncora do Jornal das 22 Horas e que eu também apresentaria o meu talk-show por dez anos, renováveis por mais dez anos, mas ficou bem especificado no contrato que eu não venderia o programa, muito menos a ideia. O programa é completamente meu, registrado em cartório, e com isso, todos os anunciantes que procuram a emissora para fazer parte do projeto a comissão é em parceria comigo, entendem? Recebo comissão por cada anúncio feito nos intervalos comerciais do “Conversando com Richard Castle” e quando o anúncio é feito por mim em pleno ar, a comissão é muito maior.

Jim ficou entusiasmado com o genro— Rapaz, você está muito bem assessorado, viu...

— Taí, Jim ... Você pode nem acreditar, mas nisso eu estou completamente capenga. Todos os contratos que assino, eu faço tudo na base da intuição. Eu sou jornalista, por formação e profissão e tenho uma vivência muito grande. Eu saí pelo mundo com a cara e a coragem fazendo reportagens e documentários e os vendendo para a metade do mundo. Graças a Deus eu acertei na grande maioria das vezes, mas em outras eu quebrei a cara e nessas minhas mancadas, eu aprendi muito e sempre procuro não repetir os mesmos erros.

— Sério, amor!? – Katherine ficou pasma com aquela informação. — Sozinho, sem ajuda de um empresário ou advogado?

— Seríssimo!

A conversa estava tão boa que nem perceberam que haviam parado de jogar.

— Então, meu jovem, você está ainda mais de parabéns, pois fazendo tudo isso sozinho, você conseguiu ser um fenômeno na sua profissão e também como escritor...  — Jim falava quando foi interrompido pelo genro.

— Desculpe eu te interromper, Jim. Foi até bom você tocar neste assunto. Eu sei que não é hora nem local para falarmos sobre isso e se eu estiver sendo inconveniente, vocês avisam, tá? – o rapaz falava com sinceridade.

— Vá em frente, meu jovem.

— É o seguinte... Parece mentira, mas eu não sou assessorado por advogado... Eu sei que você e a Johanna têm um grande e prestigiado escritório de advocacia, então eu quero saber se vocês têm interesse em defender os meus direitos. Sim, eu quero contratar o escritório de vocês para representar a minha pessoa física e a minha pessoa jurídica diante da Emissora de TV e da Editora. Eu confesso que estou cansado de tratar destes assuntos... Acho que já chega! Mas sintam-se à vontade em dizer “não”, caso não queiram. E se tiverem interesse podemos marcar uma reunião para acertar tudo, inclusive honorários e comissão.

— Eu aceito de imediato, rapaz. – Jim informou. — Qual a sua opinião, amor? – ele perguntou para a esposa.

— Isso mesmo, Jim, eu também concordo. – Johanna ratificou a resposta do marido e depois, se dirigindo ao genro, ela avisou — Também sou da opinião que depois a gente podia marcar um horário lá no nosso escritório de advocacia para conversarmos mais profundamente sobre o assunto, sem interferência externa, e aí você leva todos os seus contratos para nós analisarmos. A gente vai esmiuçar tudo para ver se tá tudo certinho com você ou se tem algum furo que você não atentou... Vamos examinar se você corre algum risco ou algo assim... Se encontrarmos algum problema, combinamos o que fazer... E daí em diante, com a nossa orientação jurídica, você fechará todos os contratos com maior segurança e sem riscos de cair em armadilhas.

— Família é isso! Que maravilha! – Martha estava feliz.

— Ok, Johanna! Eu vou dar uma olhada na minha agenda e... – Castle falava, mas foi interrompido pelo sogro.

— Meu rapaz, para um cliente especial como você, que trabalha o dia todo, nós abrimos exceção e te atendemos no horário que for mais conveniente para você, mesmo que seja final de semana. – Jim explicou. — E já que você é da família, você escolhe..., ou nos reunimos lá na Sala de Reunião do nosso escritório ou, se você preferir, no escritório daqui de casa, à portas fechadas para as crianças não atrapalharem.

— Mas aí eu ficarei constrangido. – Richard confessou.

— Pois não fique constrangido, Rick. Não há motivo. Meu rapaz, nós temos grandes clientes iguais a você, acredite, que só podem se reunir com a gente nos finais de semana. Só que com eles, como não são da família, as reuniões sempre são no nosso escritório.

— Ah, tá. Sendo assim, já que não é somente comigo, então eu fico mais à vontade. E quando ao local, gostei da opção de ser aqui. Acho que seria melhor aqui mesmo. Obrigado.

— Não precisa agradecer. – ela piscou para o genro.

— Então, tá tudo certo, mas, enquanto isso mate aí nossa curiosidade com relação aos convidados. Como vocês conseguem tantas coisas e fotos deles, eihm?

— Deus me ajuda muito em tudo o que eu faço. Minha equipe de assessores é muito competente. Eu entrevistei um a um antes de contratá-los para o meu talk-show e todos eles têm um interesse enorme em acertar e eles comemoram quando dá certo e eu acho isso maravilhoso. Eles conseguem os fatos e as fotos com os convidados, pois na maioria das vezes não são divulgados na imprensa e assim o nosso trabalho sempre é um sucesso o que facilita muito a formulação do roteiro referente aos assuntos e perguntas a serem abordados durante as entrevistas. Se a pesquisa for vaga eu tenho que elaborar planos extras para a entrevista ser interessante e a audiência não cair e, claro, eu continuar no ar.

— Aproveitando que estamos conversando sobre o seu talk-show... Uma pergunta que não quer calar. – Martha o imprensou e deu um sorriso maroto para o filho.

— Mamãe! – Castle advertiu a mãe— Estou de olho nessa sua carinha marota, mãe. Veja bem o que você vai perguntar. – ele a repreendeu de forma bem leve e divertida com receio do que a mãe iria falar.

— Deixe disso, filho! – ela sorriu e piscou para Johanna, como se estivessem tramando algo. – Pois é, filho: Uma pergunta que não quer calar...

O jornalista fez bico de quem esperava uma piadinha da mãe.

— Então, meu filho, eu já sei desta história, mas conte aí para seus sogros como foi o dia em que você entrevistou a Katherine. Como é que você ficou no dia em que a viu no estúdio? Nem sei se você já contou pra ela... Como foi que você conseguiu se concentrar no roteiro do programa, eihm? Como você conseguiu fazer os comentários e as perguntas que você havia preparado, mesmo diante de tanta beleza, eihm?

 

 

Continua...

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo?
Comentem para eu saber como vocês estão vendo esta família.
Favoritem e recomendem também.
Beijinhos e até os comentários.
Gente, eu respondi a todos os comentários. Caso eu tenha deixado de responder algum, me avisem que eu vou corrigir a falha. Obrigada!!!



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