La Doña escrita por Débora Silva


Capítulo 6
#LaDoña - Capítulo 5




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Do meio da mata do lado oposto de onde Cristina veio, vinha um homem correndo dentre as muitas arvores parecia fugir de alguém, mas ele ria alto e quando se deu conta estava dentro da água com roupa e tudo com Cristina em seus braços. Ela levou um baita susto e os dois se olharam profundamente nos olhos e ele disse sem conseguir piscar para a beleza dela.

‒ Acho que pesquei uma sereia...

Cristina semicerrou os olhos com ódio quem aquele desgraçado pensava que era para segura-lá daquele modo, logo do meio do mato apareceu uma menina que aparentava ter no mínimo uns dez anos e atrás dela uma moça que deveria ter seus quase vinte anos.

‒ Tio Fred você roubou e ainda pulou na água antes de nos! – os dois olharam em direção a mais nova que reclamava.

Frederico ainda tinha Cristina presa em seus braços e sorriu para a menina.

‒ O tio pescou uma sereia minha linda! – ele riu alto. – Vem pula, mas ela gosta de nadar nua! – Cristina voltou seus olhos para ele e num acesso de raiva deu um soco em seu rosto e ele a largou.

‒ Abusado! – se afastou dele.

‒ Toma tio! – Lola caiu na risada e pulou na água.

‒ Boa de esquerda e um bumbum maravilhoso! – Cristina tapou os seios e o encarou e depois olhou sua arma.

‒ Cale a boca seu estrume e saia de minhas terras ou eu vou te acertar um tiro! – ele riu.

Frederico ria dela o que a deixava ainda mais furiosa e ela não se importou em ficar nua na frente dele e saiu da água deixando que ele a admirasse de cima a baixo. Cristina tratou de vestir rapidamente seu vestido e os olhou na água e seus olhos logo foram na jovem que a olhava com desdém ou seria inveja? Cristina sorriu a ela como se o olhar dela não importasse em absoluto a ela e sentou calçando suas botas.

‒ Tio que sereia linda! – a menina falou e ele gargalhou tirando sua camisa e jogando na direção de Cristina.

‒ E arisca também Lola! – ele foi ate a ponta e a olhou. – Adoro calcinha branca! – piscou e começou a tirar suas botas.

‒ Você é um ser muito do inconveniente sabia? Porque não sai das minhas terras antes que eu mande te tirar daqui! – pegou sua arma.

‒ Sinto te informar mais essas águas aqui são para todos desfrutarem dela e mesmo que a sereia ai seja dona o antigo dono deixou bem claro que aqui era para todos! – Cristina sorriu a ele.

‒ Eu sinto lhe informar mais eu não sou o antigo dono e se essas águas eram para todos... – o olhou só de cueca. – Agora não será mais! – ela se virou e saiu em direção a seu cavalo.

‒ Eu adoro sereias bravas! – ele riu e foi ate Lola e a pegou a enchendo de beijos e começou a brincar sobre os olhares de Acácia. – Vem Acácia brincar com a gente! – ela se negou e sentou apenas os olhando e pensando quem era aquela mulher "descarada".

[...]

A noite chegou à casa de La Doña e com ela chegou flor e sua pequena bebê de três meses, Cristina a olhou e não podia acreditar que depois de tanta coisa que tivesse vivido ela tinha uma bebê praticamente recém nascida e já sofria abusos novamente. Ela levantou da mesa em que estava jantando sozinha e foi ate ela e pegou o pequeno bebê em seus braços e a olhou.

‒ Meu Deus flor... – olhou a neném novamente que sorriu para ela.

Cristina não gostava muito de crianças, ou melhor, nunca tinha convivido muito com elas tinha receio e medo mais ao ter aquela pequena "criatura" em seus braços sorriu pela primeira vez em todos aqueles anos com gosto, aproximou a bebê de corpo e puxou Flor para a mesa e sentaram.

‒ Você tem feito controle depois que teve ela? Foi ao medico? – ela negou com a cabeça.

‒ Eu a tive aqui por uma parteira da fazenda! Eu nunca sai se quer para ir a cidade, não conheço nada aqui senhora!

‒ Negligencia do ex dono dessa fazenda! Você poderia estar morta e se não tiver grávida de novo se aquele desgraçado te pegou mais de uma vez flor! – a menina se assustou e quis chorar. – Eu vou cuidar de você e não precisa chorar que nunca mais ninguém vai chegar se quer perto de você!

‒ Porque você esta fazendo isso por mim? A senhora não me conhece e mesmo assim quer me ajudar? – secou a lágrima que queria escorrer por seus olhos.

‒ Porque eu vejo em seus olhos a pureza que um dia eu já tive e que hoje não tenho mais e mesmo depois de tudo que aconteceu a você, você esta ai de pé e amando essa criança que você deveria odiar! – as duas olharam a menina que prestava atenção nelas.

‒ O nome dela é Letícia!

‒ Eu vou cuidar de vocês! – Cristina a olhou nos olhos prometendo a ela que nunca mais ninguém as tocaria e que a partir daquele momento elas viveriam ali junto a ela.

Cristina chamou uma das empregadas e pediu que arrumasse um quarto para as duas e que cuidasse da menina enquanto as duas jantavam e foi prontamente atendida e as duas jantaram enquanto conversavam algumas coisas sobre a vida de Flor e seu passado.

[...]

DUAS SEMANAS DEPOIS...

Todos sabiam dos feitos da Doña mais ninguém além dos funcionários da casa conhecia seu rosto e estavam proibidos de dizer a quem perguntasse como ela era. Cristina tratou de conseguir o visto de Flor e a fez ir ao medico e tirar todos seus novos documentos, comprou roupa para ela e para a filha e montou um quarto para a bebê mesmo Flor não querendo, estava dando a elas a oportunidade de ser alguém.

O homem no qual Cristina atirou, não prestou queixa e nem disse quem havia feito aquilo com ele, tinha medo de levar um novo tiro e assim sumiu da cidade deixando Cristina insatisfeita por ele não ter sido preso, mas ela mandou seus homens atrás do homem e quando o encontrassem o levassem direto para a delegacia e o deixassem preso. Naquela noite em questão a fazenda estava cheia de gente e naquela noite seria o momento em que todos daquela cidade conheceriam La Doña e a curiosidade de todo o povo estava além do que os olhos poderiam ver.

Cristina estava frente ao espelho e passava seu batom de cor vermelha, não chamava atenção por suas vestes e sim pela mulher que era mesmo daquele modo como estava vestida e sim por sua beleza, Cristina sabia que não precisava de muito para chamar atenção apenas precisava ser ela mesma que os homens caiam aos seus pés. Flor apareceu na porta e a olhou de cima a baixo, vestia uma calça preta justa com bota de salto alto e uma blusa na qual delineava bem seus seios.

‒ Esta ruim Flor? – virou e olhou a jovem que tinha um vestido ate o joelhos de cor clara e sapatilhas nos pés.

‒ Esta perfeita! – sorriu. – Pediram para avisar que todos já chegaram! – Cristina sorriu.

‒ Avisa que La Doña esta chegando! – Flor assentiu e saiu do quarto.

Cristina olhou-se mais uma vez no espelho e foi ate a porta de sua sacada e abriu, andou ate a ponta e olhou a festa, todos estavam ali para conhecer a grande senhora que atirava e despedia homens que achavam que poderiam mandar mais que mulheres. Mas Cristina tinha apenas um alvo naquela festa e ela sabia que ele estaria ali e que seria uma presa fácil e se não fosse ela o caçaria e o comeria vivo depois de beber seu sangue, apertou o colar contra seu peito e mordeu os lábios lembrando mais uma vez do que foi vitima e mais uma vez jurou que o comeria vivo.

Ela se virou e voltou ao quarto e desceu as escadas e apareceu na entrada da casa e todos viraram par virar aquela bela mulher. Frederico que estava no bar ao fundo a olhou e sorriu a "sereia" estava mais que perfeita naquela noite, Cristina desceu e sempre tinha um capanga atrás dela, não tão perto mais sempre de olho cuidado de sua senhora, ela foi parada logo de cara por um homem alto que por mais que tivesse envelhecido ela conhecia o cheiro de enxofre que exalava dele.

‒ Boa noite! – ele sorriu. – Quero ter o prazer de cumprimentá-la primeiro! Meu nome é Diego Hernandez... – estendeu a mão a ela que o olhou de cima a baixo...


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