La Doña escrita por Débora Silva


Capítulo 35
#LaDoña - Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora ♥



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E ASSIM O TEMPO SE FOI...

Flor estava na cidade ia comprar um presente para todos de casa ela estava tão feliz sua casinha estava quase pronta e seu casamento estava sendo pronto e ela reluzia uma beleza de amor que era o que mais importava para ela que já carregava em seu dedo a aliança de noivado que Nico tinha dado a ela em um jantar e que ela não cansava de olhar de tanta felicidade que tinha em seu coração. Ela caminhava distraidamente até que entrou em uma rua errada e nem se deu conta de que estava sendo seguida e só se deu conta quando ouviu a voz.

− Oi Florzinha! – a voz soou e ela se tremeu todinha conhecia aquela voz de longa data e ela se virou o encarando. – Como eu senti saudades Florzinha... – e Diego sorriu se aproximando dela que estava paralisada sem conseguir se mexer de tanto medo que tinha dele...

Flor sentiu que seu pesadelo retornava naquele segundo e sentiu como se aquela maldita noite voltasse e ela sentiu todos aqueles homens em cima dela e ela tremeu o encarando e Diego se aproximou mais ainda dela.

− Não chega perto de mim! – se afastou quando ele chegou perto.

− Não precisa ter medo, Florzinha, você vai gostar como da outra vez! – sentiu o pau tomar vida com aquelas palavras. – Sabe que eu fiquei surpreso quando descobri que você estava na fazenda de Frederico e ainda pior... – riu da cara dela. – É filha daquele filho da puta! – a segurou pelos braços.

Flor se debateu na mesma hora sentindo asco, nojo tudo de ruim ela sentiu naquele momento e sabia ali olhando nos olhos dele que ele iria fazer de novo e ela não iria permitir ser destruída por ele novamente não agora que sua vida estava andando para frente não iria regredir e ela o chutou bem no meio das pernas e ele a soltou no mesmo momento e ela o jogou no chão pisando no seu saco para que ele não tivesse chance de levar e pegá-la.

− Maldito! – cuspiu nele e saiu correndo dali e entrou no primeiro carro que encontrou e pediu que a levassem para a fazenda.

Diego ficou ali no chão se retorcendo e rindo iria fazer todos pagarem por ele sofrer...

[...]

NA FAZENDA...

Cristina estava sentada em sua cadeira de balanço acariciava sua barriga sorria o bebê era um bagunceiro e a deixava cheia de dores mais era tão maravilho, tão perfeito carregar o fruto de seu amor ali dentro dela que ela só conseguia sorrir enquanto acariciava sua barriga. Acácia que naquele momento saiu de casa a viu sentada ali acariciando a barriga e sentiu uma pontada de ciúmes queria uma aproximação, mas não tinha coragem e seu orgulho também gritava para que ela não o fizesse e ela ficou ali parada até que Cristina sentiu sua presença e a olhou com um lindo sorriso.

− Oi minha filha! – estendeu a mão para ela.

Acácia mordeu os lábios mais aceitou a mão de sua mãe e foi até ela e sentou ao seu lado.

− Está tudo bem com o bebê? – era a primeira vez em sete meses de gestação que ela perguntava.

Cristina sorriu e pegou a mão dela e colocou em sua barriga onde o bebê chutava e fazia “ondinhas” em sua barriga.

− Sim, ele é bem bagunceiro acho que já quer sair daqui! – falou sorrindo enquanto segurava a mão de Acácia.

Acácia sorriu de leve sentindo o bebê a barriga dela estava tão grande que ela levou a outra mão e tocou do outro lado.

− Comigo foi assim? – sentiu o coração disparar e Cristina a olhou sentindo o mesmo desespero dela.

Era a hora da conversa a hora em que as duas iram colocar os pingos nos “is”. Cristina se arrumou melhor na cadeira e disse com o coração disparado.

− Acácia...

− Você, não me queria né? – a cortou antes mesmo de ela começar.

− Eu não vou mentir pra você, mas preciso saber se você está preparada para me ouvir! – encarava.

− Eu preciso saber!

− Ótimo! Eu vou te contar tudo que aconteceu comigo! – Acácia assentiu e esperou que ela começasse. – Eu era louca apaixonada pelo seu pai, eu fugia de casa para que nós dois pudéssemos nos ver, nos beijar e passar um tempo juntos, meu pai sempre dizia que ele não prestava e o único que queria era minha pureza, mas eu estava louca apaixonada por ele e nada que ele dissesse poderia mudar... Então em uma noite eu fugi para que pudéssemos ir à festa da cidade e foi ai que tudo mudou... – os olhos encheram-se de lágrimas. − Seu pai ficou agressivo quando eu recusei a fazer amor com ele, eu tinha a ilusão de fazer amor em uma noite linda e preparada, mas ele queria ali dentro do carro e foi quando eu disse não e eu levei o primeiro soco na cara, fiquei tão atordoada que sai correndo do carro mais ele me pegou e... – as lágrimas rolaram pelo rosto de Cristina como se ela sentisse em carne viva ali naquele momento.

− Ele te fez o mesmo que fez comigo? – Acácia também tinha os olhos cheios de lágrimas.

− Ele fez, mas fez muito pior... - ela tirou os dois braceletes que usava para esconder os cortes que Diego havia feito para deixá-la morrer e ela mostrou para Acácia. – Depois que saciou sua vontade ele me cortou e me deixou ali para morrer... Mas Deus é bom e meu pai me encontrou e me levou para o hospital.

− Assim como eu fui parar em sua fazenda e em seus braços... – as duas relatavam o mesmo sofrimento.

− Mas meu sofrimento estava longe de terminar, além de lutar para sobreviver porque eu não queria ainda descobri que estava grávida! – respirou fundo contendo o choro. – Eu não queria, eu nunca quis, mas também não te abortei eu levei a gravidez até o fim e você nasceu, eu estava destruída não te vi, não te cuidei uma vez se quer até que um dia você chorava muito e eu fui até você e te peguei, mas era pra te calar para sempre...

− Você... – Acácia não conseguiu nem terminar.

− Eu queria, mas eu não tive coragem eu desistir e foi quando o maldito do Diego apareceu novamente e levou você depois de me estuprar novamente, ele me destruiu e ainda te levou te levou sem nenhum direito porque você é e sempre vai ser minha filha! – passou a mão no rosto secando as lágrimas.

Acácia se levantou secando suas lágrimas era uma realidade tão dura para as duas e seu algoz era o mesmo e ela olhou para Cristina que se levantou também.

− Você, nunca me amou.

Cristina a puxou para ela e mesmo com a barriga dificuldade que as duas ficassem próximas ela segurou em seu rosto e disse com a verdade que tinha em seu coração.

− Quando eu te olhei de verdade aquela ultima vez eu entendi que independente de como você tinha sido gerada você era metade minha você era feita da minha carne do meu sangue e entendi que você era quem mais precisava de mim e eu de você eu te amei a partir daquele momento e tirei forças de onde não tinha para estar aqui hoje em sua frente pedindo perdão por ter deixado você com aquele monstro. Me perdoe por deixar que você fosse vitima de seu próprio pai, eu cheguei antes, mas não pude impedir! – as duas olhavam-se uma nos olhos da outras. – Você é a minha fortaleza, você é tudo pra mim Acácia e eu preciso que me de a chance de entrar em seu coração porque eu não te quero mal nunca te quis eu apenas quero que você enxergue a felicidade mesmo depois de tudo de ruim que você passou!

Cristina abraçou sua filha um pouco de lado para que pudesse mostrar a ela que apenas queria que ela fosse feliz e Acácia a abraçou pela primeira vez com vontade de deixar o passado para trás, mas o inferno delas apenas estava começando com a volta de Diego e naquele momento Flor subiu as escadas chorando desesperada e Cristina a soltou e olhou sua menina.

− O que foi? – Cristina sentiu o coração disparar e Flor agarrou ela chorando mais. – Meu Deus não me assusta assim o que aconteceu?

Flor soluçou e disse quase sem conseguir.

− Ele está de volta! Ele voltou.

Cristina sentiu dor nas costas no mesmo momento e a agarrou mais sem saber o que fazer.

− Ele quem, minha filha?

Flor se soltou dela desesperada.

− Diego, o pai da minha filha!

E tudo ficou escuro naquele segundo para Cristina...


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