La Doña escrita por Débora Silva


Capítulo 21
#LaDoña - Capítulo 20




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736193/chapter/21

− Olha... – ela suspirou. – O fato de você ter me ajudado não muda o que eu sinto por você e não vai ser por isso que iremos virar amigas. – Cristina engoliu em seco aquelas palavras. – Eu não gosto de você e não vou te aturar! – foi pra sair.

Cristina sentiu uma fúria dentro de si e não permitiria que aquela mimada, presunçosa falasse assim com ela e antes que ela saísse por completo de perto ela a segurou pelo braço.

− Você pode até não me aturar, mas vai ter que me respeitar porque eu sou a sua mãe!

Acácia paralisou no mesmo momento ao ouvir aquela frase e seu coração acelerou tanto que ela podia senti-lo quase sair pela boca, ela olhava para Cristina que tinha a mirada fixa na dela sem reação alguma. Não pareciam mãe e filha, mas sim duas inimigas prontas para arrancar a cabeça uma da outro.

− O que está dizendo? Não seja tão baixa e não jogue com uma coisa tão seria de minha vida! – bufou puxando o braço.

Cristina tinha sentimentos encontrados naquele momento em que ela tanto esperou para dizer que era a mãe dela, mas Acácia não facilitava em nada na convivência delas e ela jogou, apenas jogou a verdade na cara dela, pois não iria permitir tanta afronta, arrumou a bebê em seus braços ainda sem tirar os olhos dela.

− Acha mesmo que ia brincar com algo tão sério? Que tipo de ser humano acha que eu sou? – falava baixo para não alarmar ninguém.

− O tipo de ser humano que chegou para destruir a minha vida! – falou entre dentes com ódio nos olhos. – Se acha que eu vou te abraçar e te beijar e dizer o quanto senti a sua falta está enganada!

− Eu não espero isso de você! – Cristina a afrontou.

— Ainda bem porque eu te odeio... – virou para sair mais voltou. – Agora eu entendo o porque dele fazer isso comigo. – Cristina esperou que ela terminasse, pois não entendeu. – A culpa é sua agora eu sei, ele sempre dizia que eu era como você e se ele fez o que fez era porque queria você! – os olhos se encheram de lagrimas.

− Não me culpe por seu pai ser um doente! Diego sempre foi assim um porco como homem e de verdade eu pensei que poderia chegar antes de algum mal te acontecer, mas não foi assim e eu não vou me sentir culpa por isso!

− Eu te odeio! – Acácia declarou e saiu andando rápido para longe dali.

Cristina sentiu os olhos se encherem de lagrimas e fechou os olhos respirando fundo não ia chorar e muito menos ir atrás dela para tentar conversar, não era hora e nem lugar para tal feito, Leticia se agitou um pouco no colo dela e ela a olhou sabia que ela tinha sentido a tensão no ar e a acalentou em seu peito e caminhou com ela para o jardim de rosas que sempre ia para ter paz.

Nem parecia que era dia de festa já que Cristina tinha "roubado" a neném da festa e se isolado em um mundo que era somente delas duas, caminhou com calma e sorrindo, pois, a neném tinha os olhos cravados nos seu enquanto segurava seu colar entre as mãozinhas.

− Espero que cresça num ambiente estável meu amor porque a vida adulta não é nada fácil! – suspirou sentindo o peso do ódio de sua filha.

Frederico que estava a observar as duas ouviu as palavras dela e suspirou sentia tanta falta dela, mas em todos aqueles dias em que ele ficou de recuperação ela não permitiu que ele chegasse perto dela em nenhum momento e ele somente a viu de longe sentia tanta falta do cheiro de seu amor. Ele ficou ali mais alguns minutos vendo e ouvindo ela cantar uma cantiga a neném e logo se fez presente.

− Que horas a dona da festa iria dar o ar da graça? – ele falou e Cristina deu um pequeno pulo pelo susto e o olhou.

− Já estamos indo não precisava vir atrás da nós! – falou secamente.

− Cristina... – ela o cortou.

− Não me chame assim, não tem mais esse direito! – caminhou para sair de perto dele e quando ela passou por ele a segurou por trás. – Me solta! – ele cheirou o pescoço dela.

− Você pode ficar brava o quanto quiser, mas depois vamos conversar e não adianta fugir. – ela sentiu o corpo arrepiar e quando ia dizer algo Júlia apareceu.

− Até que enfim te achei, Fred... – o sangue de Cristina ferveu e ela saiu bufando sem nem ao menos dizer um "oi".

Frederico veio até Júlia que agarrou ele pelo braço e os dois foram para o jardim da festa e não demorou muito e o padre chegou e todos que ali estavam para celebrar o batismo de Leticia se encaminharam para a cabeça e a cerimonia de apresentação começou e tudo foi magnificamente lindo, Frederico e Cristina por um momento deixaram suas diferenças e apenas curtiram o momento de sua mais nova consentida.

Flor sorria para os dois e vez ou outra olhava para Nico que estava no fundo da igreja apenas a observar e protege-las, não gostava de igrejas, mas estava ali por ela e sempre que podia sorria para sua amada e ela para ele, Frederico fazia questão de segurar Cristina pela cintura e os dois paparicavam a neném.

Tudo foi absolutamente lindo e quando por fim terminou todos foram para a festa, Cristina estava sentada na mesma mesa em que Frederico, Severiano e Flor, ela olhava a todos comendo enquanto analisava cada pessoa que ali estava sabia que era apenas fachada e que todos aqueles fazendeiros estavam ali apenas por interesse próprio.

− Será que agora podemos conversar? – ele falou somente para ela ouvir.

− Não tenho nada pra falar com você! – o encarou. – Vai com sua amiguinha! – empurrou ele para sair de perto dela.

Frederico riu e se levantou indo até Júlia e a chamou para dançar, Cristina ao ver aquela cena sentiu tanta raiva que seu instinto foi pegar a arma para dar um susto naqueles dois não se dava muito bem com aquelas cenas e Severiano tomou a arma dela no mesmo momento.

− Ficou doida? – ela o olhou e se levantou sem falar nada e saiu entre as pessoas sumindo para dentro de casa. – Ela não muda! – Flor que estava ali sorriu negando com a cabeça.

− Ele também não ajuda! Olha lá ele indo atrás dela. – Flor riu mais e levantou para tirar foto com a filha.

[...]

Cristina tomou duas doses de conhaque mesmo e andou pela sala segurando a barra de seus vestido estava com suas botas e bufava falando sozinha, Frederico veio tirando aquele terno e abrindo um pouco a camisa e ao vê-la ele riu fingindo que não sabia que ela estava ali.

− É a tal que não quer me ver, mas vive me seguindo! – ela o encarou bufando e arremessou o copo contra ele. – O que é isso Cristina? – ela pegou a garrafa e mirou nele. – Para com isso sua louca, já me deu um tiro e agora quer o que?

− Sai daqui! Sai! Eu não quero te ver, some da minha casa e vai para o diabo que te carregue! – gritou com ele que tirou a tipoia do braço e foi até ela.

− Eu não vou pra lugar nenhum! – arrancou a garrafa dela e deixou sobre a mesa e a puxou para ele. – Você é muito marrenta.

− Me larga ou eu vou te dar um tiro! – ele riu e como pode a pegou em seus braços a jogando por cima do ombro. – Me larga seu demente! – dele deu dois tapas na bunda dela e a levou em direção a cozinha.

− Você precisa é esfriar essa cabeça isso sim! – ele saiu da casa enquanto ela se debatia nos braços dele.

Frederico pegou o primeiro carro que viu e a colocou dentro mesmo ela querendo fugir ele não permitiu e arrancou com o carro, o braço doía mais ele não ligou apenas dirigiu enquanto ela sentava o tapa nele que já sem paciência freio o carro bruscamente e como ela estava sem cinto bateu a testa no painel.

− Aiiii... – deu um grito de dor e susto ao mesmo tempo.

− Está vendo o que me faz fazer? Me tira do sério! – falou furioso e a puxou pelo pescoço e olhou a testa dela que tinha um pequeno corte. – Me desculpe, eu não queria te machucar! – ele a olhou nos olhos e depois nos lábios tinha tantas saudades dela que nem pensou mais apenas atacou seus lábios e a devorou.

Cristina até tentou resistir mais pegava fogo somente em estar ali junto dele e o puxou pela camisa rasgando as mangas tamanha a força que usou para mantê-lo ali junto de seu corpo.

− Minha fera! – ele riu e ela o encarou com os olhos ainda fervendo raiva e o empurrou.

− Idiota! – ela saiu carro e começou a caminhar para voltar para a casa e tocou a testa sentindo dor.

Frederico suspirou a mulher era pior do que ele pensava, desceu do carro e correu até ela e ao puxa-la para ele ela pisou em seu vestido e ela caiu por cima dele e o olhou gemer de dor pelo impacto.

− Você adora me machucar! – falou sofrido e a olhou sobre seu corpo.

− Você... você nem deveria estar aqui! – olhava para ele como se estivesse hipnotizada.

Frederico acarinhou o rosto dela com calma adorava admirar aquela beleza tão única que ela tinha e sem conseguir conter seu desejo disse:

− Me deixa fazer amor com você?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La Doña" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.