La Doña escrita por Débora Silva


Capítulo 11
#LaDoña - Capítulo 10




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Frederico entrou na camionete que logo saiu e Cristina de sua janela o olhou ir e chorou mais ainda. Flor que ouviu toda a movimentação ao ver Frederico sair ela deixou a neném com a empregada e subiu para o quarto de Cristina, deu dois toques na porta e como não ouviu nada entrou.

Cristina estava deitada na cama toda encolhida como se fosse um pacotinho e Flor foi até a cama e deitou abraçando ela que tentou repelir não gostava de tanto contato assim mais Flor a segurou firme em seus braços a apertando dando a ela um conforto pelo qual nem sabia qual era, ou melhor, pelo modo como a ouviu gritar deduziu que Cristina tinha sofrido o mesmo que ela e a apertou mais ainda.

‒ Porque está chorando? ‒ colocou o cavalo dela para trás da orelha.

Cristina secou o rosto de imediato e fungou.

‒ Não estou chorando! ‒ Flor riu.

‒ Eu estou vendo que não, mas então porque não está chorando?

‒ É coisas minhas, Flor, me deixa sozinha, por favor! – Flor a apertou em seus braços e beijou seus cabelos e saiu da cama e logo do quarto a deixando sozinha.

Cristina secou o rosto não era mulher de ficar chorando e muito menos por um homem, mas Frederico era diferente e ela sabia disso, sabia e começava a sentir por ele o que um dia sentiu por Diego e isso a alertou e a fez levantar da cama de imediato, saiu do quarto e desceu saindo de casa. Cristina montou em seu cavalo e saiu pela fazenda cavalgando, precisava colocar sua cabeça no lugar e seguir o seu único propósito que era a vingança contra Diego.

[...]

ALGUNS DIAS DEPOIS...

Dez dias se passaram desde o incêndio na fazenda de Diego e os beijos e amassos que Cristina e Frederico trocaram, desde então os dois não se viram mais, mas ele sempre deixava com Flor uma flor para ela ou um chocolate, foi rotina para ele naqueles dez dias mesmo não a vendo ele se fez presente arrancando sorrisos escondidos dela. Cristina não admitia pra si mesma e muito menos para Flor que estava deixando Frederico tomar espaço em sua vida mais do que desejava.

Frederico estava amolecendo aquele coração de gelo aos poucos e mesmo não a vendo sabia que ela sorria sempre para a flor e comia os chocolates com gosto. Naquela tarde como de costume entregou para Flor um bilhete e uma rosa branca e saiu assobiando em cima de seu cavalo, ela entrou correndo para casa e foi direto para o escritório onde Cristina resolvia alguns problemas com Nico, ela entrou e parou ao ver a cara de Cristina.

‒ Perdão! – entrou. – É que chegou pra senhora madrinha! – entregou nas mãos dela e saiu sem deixar Cristina falar.

Cristina olhou a rosa branca e o bilhete ia sorrir mais lembrou que não estava sozinha e olhou Nico.

‒ É preciso se preocupar senhora? – ela se levantou com o bilhete na mão e foi ate a janela.

‒ Não tem nada que se preocupar Nico! – ela se virou para ele. – Quero que continue a destruir aquela fazenda ate que ela esteja à venda e eu a compre para jogá-lo na lama! Agora vá que por hoje já terminamos. – ele levantou a olhou e saiu da sala a deixando.

Cristina voltou a olhar pela janela e viu muitos trabalhadores passando, ela olhou o papel em sua mão e respirou abrindo com calma, sorriu ao ler...

“Eu tenho certeza que com esse bilhete te tirei um sorriso...” – era como ouvir a risada dele em seu ouvido e ela balançou a cabeça em negação... “Preciso te ver, meu espelho não me diz mais o quanto sou belo e preciso de seus olhos para poder sair dessa crise, me encontra aonde nos vimos pela primeira vez!”

‒ Maluco! – ela riu e leu mais a baixou.

“Obs: Se não vir eu vou ate sua casa, mesmo arriscando tomar um novo golpe ou ate mesmo um tiro... F.R.”

Cristina olhou novamente pela janela e ficou ali por minutos ate que virou e foi ate a mesa pesando a rosa e a cheirando, sorriu somente em imaginar o sorriso dele e não pensou mais, pegou seu chapéu e saiu de dentro do escritório saindo de casa. Flor que esperava para ver o que ela iria fazer sorriu deduzindo aonde ela iria com aquela rosa em meio aos dedos.

Cristina cavalgou com calma queria que ele a esperasse ou achasse que ela não iria mais, e ao mesmo tempo não queria que ele fosse embora e apressou um pouco mais seu cavalo e foi vista por um dos capangas de Diego que correu para avisar o patrão onde a tinha visto. Cristina deixou seu cavalo um pouco afastado da cachoeira e seguiu andando com a rosa nas mãos e ao chegar o viu de frente para a água.

Frederico fumava um cigarro enquanto a esperava, estava ansioso e nem sabia o porquê, ria sozinho de seus pensamentos, Cristina o admirava ele era realmente lindo e ela estava rendida. Foram minutos ali apenas o olhando sem fazer um ruído se quer, mas o vento bateu trazendo para ele o cheiro dela e sem precisar virar ele disse:

‒ A já me sinto com as forças para seguir vivendo e detalhe mais lindo ainda! – ele virou justo no momento em que ela sorria. – Esse é o meu melhor presente vindo de você, “sereia”. – ele caminhou ate ela parando em sua frente.

‒ Definitivamente você não tem medo de morrer! – ele riu alto e segurou as mãos dela.

‒ Se for pra morrer olhando esse lindo par de olhos que me vicio, eu morro agora! – levou a mão ao rosto dela e acariciou sentiu que ela estava menos arredia e se aventurou em se aproximar mais.

‒ Eu não posso deixar que morra! – o olhava nos olhos. – Não posso... – Frederico sentiu ainda mais o perfume dela e a segurou pela cintura, mas Cristina não se moveu.

‒ Estas me convertendo em um homem maluco! – tirou o chapéu dela e pegou a rosa para por atrás de sua orelha.

‒ Você é maluco há muito tempo só esta tomando consciência agora! – ele ajeitava a rosa na orelha dela com calma enquanto ela o olhava quase sem piscar.

Frederico desceu a mão e a segurou pela cintura sem perder o contato com os olhos dela, sorriu ela era ainda mais linda assim com o olhar pleno sem fúria ou aquela tristeza que trazia nas outras vezes que a olhou, Frederico estava apaixonado e disso ele não tinha mais duvida alguma.

‒ O que quer de mim Frederico? – o coração dele saltou.

‒ Um beijo pra começar? – aproximou seus lábios dos dela e de leve capturou apenas o lábio inferior para ver se ela se afastava, mas não ela apenas tocou o peito dele com as duas mãos espalmadas. – Você é a mulher que eu sempre sonhei pra mim... – ele subiu a mão direita ate o pescoço dela e a puxou mais para ele beijando seus lábios como se o mundo fosse acabar.

Cristina não se negou apenas se deixou sentir ele a queria e ela o queria, era uma menina que acabará de provar seu primeiro beijo de amor e ela passou os braços pelo pescoço dele e o beijou com mais agressividade girando seus lábios nos dele enquanto puxava seus cabelos e naquele momento ar não era preciso para nenhum deles. Frederico deu dois passos para frente e ela foi acurralada entre ele e a arvore e ele a sentiu gemer pelo susto mais não parou, beijou ainda mais aqueles lábios que a levariam a ruína total.

‒ Eu estou apaixonado por você, Cristina! – falou assim que puxou o ar para seus pulmões e acariciou os lábios vermelhos dela pelo beijo.

Cristina ofegava o olhando não queria saber de paixão queria beijos e o puxou novamente pelo pescoço beijando seus lábios com mais desejo ainda, Frederico a suspendeu do chão a fazendo laçar sua cintura com as pernas e a manteve grudada na arvore. Os beijos se tornavam ainda mais intenso e os dois se perderam ali por minutos apenas parando para respirar ate que ouviram um grito vindo de não muito longe e ele pararam o beijo.

‒ Você ouviu? – ele perguntou e ela confirmou com a cabeça ouvindo mais gritos seguidos daquele e ele a colocou no chão para que pudessem ver o que tinha acontecido, mas antes que eles fossem ele a segurou e disse: ‒ Ainda não acabamos aqui “sereia”. – beijou os lábios dela e eles saíram apressados.

Não precisaram caminhar muito ate que viram um corpo estirado no chão se retorcendo enquanto gritava de dor, Cristina o reconheceu de imediato era Diego e tinha o rosto cheio de sangue. Frederico correu ate ele e abaixou ao lado dele sem acreditar no que seus olhos viam Cristina o olhou enquanto ele gritava...

‒ Meu olho... aaaaaa meu olho.... – Frederico olhou para ela que não tinha expressão alguma enquanto ele estava horrorizado por ver que Diego tinha um galho no olho...


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