Elements : Apocalypse battles escrita por Aguerosan


Capítulo 9
Capítulo 9 : Esclarecimentos e proposta


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorou pra sair, mas em compensação, esse cap tá bem grandinho. Espero que gostem.
O próximo já é o capítulo 10, que emoção.
Obrigado por lerem ♥



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  Dois dias depois do ataque de Kuro, Kaito acorda no hospital, em um quarto mediano, que continha sua cama, um banheiro, duas janelas, alguns banquinhos e uma poltrona, onde se encontrava Kouma, de pernas cruzadas lendo uma revista, ao modo que a perna que estava por cima, se balançava frequentemente, como sinal de preocupação.
 
 Kouma – Ah, graças à Deus, finalmente acordou. – Falou Kouma, vendo que o filho havia aberto os olhos e largando a revista na poltrona indo em sua direção, o abraçando.
 
 Kaito – Oi pai, o que está fazendo aqui? – perguntou Kaito, meio sonolento ainda, devolvendo o abraço.
 
 Kouma – O QUE ESTOU FAZENDO, VOCÊ PERGUNTA? TALVEZ EU ESTEJA AQUI PREOCUPADO COM MEU FILHO QUE FOI ATACADO POR UM CABELUDO MANÍACO E QUASE MORREU.  – Gritou Kouma, dando um soco na cabeça de Kaito, que cambaleou. – Sério, não me preocupe desse jeito.
 
 Kaito – Ai, não precisava desse cascudo. E aliás, como você descobriu? – perguntou Kaito, colocando a mão sobre o local do golpe, em sinal de dor.

 Kouma – Seus amigos, logo após você chegar aqui, me ligaram desesperados, dizendo que você havia sido atacado e que eu precisava vir pro hospital imediatamente. Sério, você tem amigos de ouro. Na minha época, meus amigos me deixariam agonizando no chão e ririam da minha cara. – falou Kouma, lembrando de uma cena onde ele havia levado um chute em suas partes íntimas e seus amigos realmente fizeram o que ele havia relatado.

 Kaito – Sério? Que belos amigos você tinha, ein. Mas enfim, onde estão Keiji e Kiyomi? – perguntou Kaito, confuso e olhando aos arredores.
 
 Kouma – Na casa deles, talvez. Eles estavam aqui há duas horas atrás, no horário de visitas, enquanto você ainda estava dormindo. – respondeu Kouma, escorando-se na borda da cama.

 Kaito – Então eles devem ter te contado os detalhes, não é mesmo? – Perguntou Kaito, que agora estava sentado na cama.

 Kouma – Sobre aquele maníaco com espada curvada que te atacou? Sim, eles me contaram tudo que aconteceu. – respondeu, com olhar meio distante.

 Kaito – Kuro o nome dele.
 
 Kouma – E eu lá me importo com o nome dele?

 Kaito – Você tem razão. Ah, antes de qualquer coisa, tenho que perguntar uma coisa pra Kiyomi e pro Keiji, será que eu posso falar com eles? – perguntou Kaito, alongando o braço direito por cima da cabeça.

 Kouma – Claro, mas como você vai falar com eles ao mesmo tempo sendo que o horário de visitas acabou? – perguntou Kouma, desconfiado.

 Kaito – Se eu conheço aqueles dois, eles estão juntos agora, conversando sobre minha luta. – falou Kaito, lembrando da personalidade animada dos amigos.
 
 Kouma – Bom, verdade, eles não paravam de me contar o quão incrível você foi contra ele antes dele ativar aquele tal 100%. Até fizeram um teatrinho para mim aqui no quarto me mostrando algumas cenas. – respondeu Kaito, rindo ao lembrar da cena.

 Kaito – Bem a cara deles mesmo. – Confirmou Kaito, caindo na risada.

 Kouma – Pega, liga com meu celular. – falou Kouma, entregando o aparelho pro garoto, que pegou e começou a digitar o número de Kiyomi, que rapidamente atendeu, com Kaito colocando no viva-voz.

 Kiyomi – Alo? Senhor Kouma? O que houve? O Kaito está bem? – perguntou Kiyomi, atendendo o telefone preocupada.

 Kaito – Calma, Kiyomi, sou eu, o Kaito. Eu estou bem, acabei de acordar. – respondeu Kaito, com uma expressão feliz.

 Kiyomi – AI MEU DEUS, KEIJI, LARGA ESSA TORRADA E VEM AQUI, O KAITO ACORDOU. – Berrou Kiyomi ao telefone, surdificando o ruivo por um breve momento.

 Kaito – Ei, ei, calma, não quero ter que ficar aqui mais tempo por causa de um tímpano estourado. (Sabia que eles estariam juntos, conheço meus amigos) – Brincou e pensou Kaito, ouvindo sons de passos apressados vindo em direção do telefone.

 Keiji – KAITOOOOOO, VOCÊ TÁ LEGAL? – Gritou Keiji ao telefone, enquanto do outro lado da linha, Kaito abafava o grito do adolescente com a mão pelo som do celular.
 
 Kaito – Se acalmem, vocês dois. Sim, eu estou bem, novo em folha, apenas com alguns curativos, mas já me sinto inteiro. – respondeu Kaito, olhando para seu corpo enfaixado.

 Kiyomi – Que bom, seu fator de cura é realmente elevado, não acha? – perguntou Kiyomi, feliz pelo amigo ter acordado.

 Kaito – Sim, mas isso se deve com certeza ao meu poder, ele me cura aos poucos quando estou debilitado. – respondeu.

 Kiyomi – Falando nisso, senhor Ryuuma Kaito, não tá na hora de explicar pra gente porque  aquele cara te atacou e porque você estava com uma espada, lançando fogo por ela? – perguntou Kiyomi, em tom de voz de quem queria respostas.
 
 Kouma – Êêêêêêêêê, chamou pelo nome completo. – brincou Kouma
 
 Kaito – Cale-se. Posso deixar pra explicar isso depois, é que- - Antes de terminar de falar, Kiyomi interrompeu.

 Kiyomi – Nada disso, nada de depois, você já disse que explicaria depois há dois dias atrás, e teoricamente, aquele depois é agora, então vai falando. – exclamou Kiyomi.

 Keiji – É isso aí, ela tem razão, não é justo. – disse Keiji, que aparentava estar comendo algo.

 Kiyomi – Keiji, não fala enquanto mastiga. Eu vou fazer essa torrada entrar no seu corpo por outro lugar se você cuspir em mim de novo. – falou Kiyomi, dando um soco na cabeça de Keiji, enquanto Kaito, que escutava, começou a rir.

 Kaito – Eu juro que vou explicar, mas eu preciso que vocês me ouçam. Tenho que perguntar algo importante. – falou Kaito, mudando o tom de voz para um mais sério.

 Keiji – Ei, não fale nesse tom, está me assustando. – falou Keiji, depois de engolir um pedaço da torrada que comia, um pouco afastado de Kiyomi.
 
 Kaito – Desculpe, mas poderiam responder minha pergunta?

 Kiyomi – Claro, o que é? – perguntou Kiyomi curiosa.

 Kaito – Primeiramente, o que houve com aquele velho que saiu de dentro de mim? Perguntou Kaito, colocando a mão sobre o estômago.

 Kouma – Velho? – perguntou Kouma, antes da resposta dos dois jovens do outro lado da linha.

 Kaito – Sim, os dois não te contaram que a alma de um velho apareceu sobre mim enquanto eu estava desmaiado?

 Kouma – Ah, sim, eles mencionaram. Mas espera, se você estava desmaiado, como sabe disso?

 Kaito – Eu acordei brevemente e o vi sobre mim, afugentando Kuro. Mas logo depois eu desmaiei de novo. – explicou Kaito.

 Kouma – Ah, entendo.

 Kaito – E aí, Kiyomi, Keiji? O que houve com aquele velho? – perguntou de novo.

 Kiyomi – Ele meio que... – falou Kiyomi, e antes de terminar, Keiji completou.

 Keiji - ...Desapareceu.

 Kaito – Como assim desapareceu? Sem mais nem menos? Só puff? E sumiu?

 Keiji – Eu pensei no Didi agora. – falou Keiji.

 Kaito – O que isso tem a ver, Keiji? Você ta colocando produtos estranhos nessas torradas que come?

 Keiji – Não, é que Puff, sumiu, me lembrou de pão... morreu. – explicou Keiji, rindo dando uma última mordida na torrada que estava comendo.

 Kaito – Isso não é hora pra isso Keiji. Enfim, ele só desapareceu? – perguntou.

 Kiyomi – Sim, ele disse que ainda não era hora de você ver ele e desapareceu depois de estalar os dedos. – respondeu Kiyomi, contando passo a passo.

 Kaito – Hmm, ainda não? Então uma hora eu teria que vê-lo? – falou Kaito, pensativo.

 ??? – Exato, jovem. – falou uma voz, que apareceu do nada.

 Kaito – Que? Quem falou isso?

 Koji – Eu. – Na pronúncia da resposta, Koji surgiu sobre Kaito em formato de alma novamente, iluminando o quarto do hospital com uma forte luz branca.
 
 Kaito – O QUEEEE? – Perguntou Kaito, assustado.
 
 Kiyomi – O QUE TA ROLANDO AÍ, KAITO? – perguntou Kiyomi, assustada.
 
 Kouma – É ESSE CARA? – Falou Kouma, dando um pulo pra trás e se agachando, tirando uma faca de sobrevivência de dentro de um fundo falso da calça que usava.
 
 Koji – Acalmem-se, eu não sou uma ameaça. Aliás, olá Kouma. Tá bem fortinho, ein? – falou Koji, amigavelmente.
 
 Kouma – Velho Koji? O que está fazendo aqui em forma de holograma? Você não devia estar na sua montanha? – falou Kouma, abaixando a guarda e guardando a faca.
 
 Kaito – Espera, você conhece esse velho? – perguntou Kaito, apontando para Koji.
 
 Kouma – Digamos que conversamos bastante durante um tempo. – falou Kouma, parecendo evasivo.
 
 Koji – Sinto muito, Kouma, mas meio que isso não é um holograma. – comentou Koji, com um olhar triste.
 
 Kouma – Então... Você finalmente morreu, não é? – falou Kouma, virando de costas para Kaito e Koji e cerrando os dois punhos. – Se me dão licença, eu vou ao banheiro. – falou, saindo em passos lentos e constantes do quarto.
 
 Kaito – Claro... pai, vai lá. – respondeu Kaito, estranhando o comportamento de Kouma, mas antes de conseguir se preocupar, ele conseguiu ouvir um grito que ecoava pelo corredor, que dizia.
 
 Kouma – VELHO MALDITO, VOCÊ NÃO TINHA QUE MORRER AINDA.

 Kaito – Eita, ele está muito abalado, vocês eram muito próximos? – Perguntou Kaito para Koji, que respondeu:
 
 Koji – Desculpa, garoto, informações confidenciais. – respondeu, dando um sorriso amigável.

 Kaito – Entendo, vou ver como ele está. Você pode se desmaterializar por um momento? – Perguntou Kaito, descendo da cama depois de Koji se desfazer.
 
 Kiyomi e Keiji– EI, O QUE TÁ HAVENDO AÍ? – Gritaram Kiyomi e Keiji, do telefone.
 
 Kaito – Ah, verdade, eu estava falando com vocês. Depois eu ligo de novo, ok? – Falou Kaito.
 
 Kiyomi e Keiji – EI, ESPE- - antes de conseguir terminar a frase, Kaito terminou a ligação, saindo do quarto ao encontro de Kouma.
 
 Kaito – Ei, onde ele fo- mas o que? – perguntou Kaito confuso, vendo Kouma gritando e quebrando vários vasos do corredor do hospital, chorando descontroladamente, enquanto algumas enfermeiras o olhavam aterrorizadas.
 
 Kaito – Meu Deus. SEU VELHO IDIOTA, VOCÊ VAI TER QUE PAGAR POR ESSES VASOS, VOCÊ SABE DISSO NÃO É? – Gritou Kaito olhando para Kouma que continuava derrubando tudo que via pela frente.
 
 Kaito – Ah, lá vamos nós. HAAAAAA. – No grito, Kaito foi em direção de Kouma, correndo, e pulou na parede, desviando de um vaso que havia sido jogado, dando um golpe de mão aberta no pescoço de Kouma, que caiu ajoelhado e escorado em uma maca que havia no corredor, socando o chão, e escorrendo lágrimas pelo rosto.
 
 Kaito – Se acalma, cara. Isso não é do seu feitio. – Falou Kaito, tentando levantar Kouma. – Vocês estão bem, moças? – Perguntou Kaito, se dirigindo às enfermeiras.
 
 Enfermeira: Sim, estamos, ele só passou aqui quebrando tudo, mas não nos atingiu. – respondeu.
 
 Kaito – Desculpem por isso, ele provavelmente acabou de descobrir que perdeu um grande amigo. – respondeu Kaito, com olhar de pena.
 
 Enfermeira: Provavelmente?
 
 Kaito – É que eu meio que não sei a relação deles.
 
 Enfermeira: Ah, entendo, de qualquer forma, faça ele voltar com você para o quarto, certo? Nós nos resolvemos quanto à decoração mais tarde. – Falou a enfermeira, pegando um bloquinho de pacientes que ela havia deixado cair.

 Kaito – Ok, obrigado moça. Vamos lá, pai. – falou Kaito.
 
 Kouma – Me desculpe por essa confusão, filho, mas saber disso realmente foi muito abalador. – Falou Kouma, se levantando e tentando fazer as lágrimas de seus olhos cessarem.
 
 Kaito – Imagino, ele deve ter sido um grande amigo. – falou Kouma, ajudando o homem a se levantar por completo.

 Kouma – Sim, ele foi. – falou Kouma, enquanto por algum motivo, passava o braço por trás da cabeça de Kaito e o agarrava, andando agarrado com ele até o quarto do garoto.

 Kaito – Pra que isso? – falou Kaito, chegando no quarto.

 Kouma – Não entendi também, mas me senti melhor fazendo isso. – falou Kouma, enquanto adentrava o quarto de Kaito e trancava a porta.
 
 Kouma – Kaito, se deite ali na cama de novo. – Ordenou Kouma, se escorando na parede.
 
 Kaito – Mas eu estou be- - Antes de terminar, Kaito foi interrompido.
 
 Kouma – Vai logo.

 Kaito – Tá, tá. – respondeu Kaito, deitando na cama. – Pode sair, velho. – falou Kaito.

 Koji – Opa, voltei. – Falou o velho, aparecendo novamente.

 Kouma – Você realmente morreu, não é? – perguntou Kouma, segurando as lágrimas.

 Koji – Sim, infelizmente eu fui morto pelo mesmo homem que atacou seu filho. – afirmou Koji. – Mas felizmente, ele, pelo menos ainda, não alcançou seu objetivo.
 
 Kaito – Ainda? E qual o objetivo dele? – Perguntou Kaito, confuso.
 
 Koji – O objetivo dele, bem resumidamente, é controlar os 14 elementos restantes e fazer um exército com os respectivos hospedeiros para tocar o terror no planeta.

 Kaito – Hospedeiros? O Kuro me falou algo sobre isso, enquanto lutávamos, mas não me deu nenhum detalhe, como se eu já devesse saber de tudo. – Comentou Kaito. – E tem mais, desde quando você está habitando o meu corpo? – perguntou Kaito, com uma expressão não tão amigável.

 Koji – Desde que você ganhou seus poderes.

 Kaito – Desde o QG?

 Koji – Desde o QG.

 Kaito – E por que você se revelou só agora, um mês depois? – perguntou, com olhar sério.

 Koji – Porque pra eu poder me materializar em forma de alma, os 14 elementos já tinham que estar ativados em seus respectivos hospedeiros, e por sua sorte, o último ativou seu poder 2 dias antes de Kuro te atacar. – Respondeu.

 Kaito – Mas, então por que você não apareceu antes?
 
 Koji – Porque não vi necessidade alguma de me mostrar. Você não correu perigo até ontem.

 Kaito – Então você não apareceu por preguiça?

 Koji – Não, por não ter necessidade. Eu iria esperar o momento certo para aparecer, mas Kuro adiantou o processo, e aqui estou.

 Kouma – Ei, Velho Koji. – chamou Kouma, olhando para Koji.

 Koji – Fale, Kouma. – falou Koji, virando para Kouma, que falou:
 
 Kouma – Me explique... – falou Kouma, olhando para baixo e cerrando os punhos, que tremiam.

 Koji – Ein?
 
 Kouma – Me explique como um monge elemental... – continuou Kouma, ainda na mesma posição.
 
 Kouma – ME EXPLIQUE COMO UM MONGE ELEMENTAL CONSEGUIU MORRER PARA UM CARA USANDO UM ELEMENTO? – Gritou Kouma, frustrado e olhando para Koji, de novo com lágrimas nos olhos.
 
 Koji – Desculpe, foi descuido meu. – Falou o velho, desviando o olhar, com feição de tristeza e arrependimento. – Eu estava perdido no ódio da vingança querendo vingar o Droy, mas ele acabou se aproveitando disso, e me partindo em dois. – explicou.

 Kouma – E se eu me lembro bem... O Kaito ganhou esse poder a um mês atrás, certo, Kaito?
 
 Kaito – Certo...
 
 Kouma – Então isso quer dizer que você morreu faz um mês, e ninguém sabe ainda? O TODO PODEROSO MONGE ELEMENTAL MORREU E NINGUÉM SABE, É ISSO O QUE ESTÁ ME DIZENDO, SEU VELHO IDIOTA?

 Koji – Sim, infelizmente. – respondeu, tristonho.
 
 Kaito – Monge elemental? Do que biroscas vocês estão falando? – Perguntou Kaito, não entendendo nada da conversa.

 Kouma – Bom, faz sentido você não saber, isso é ocultado para maior parte da população, mas basicamente, há muito tempo atrás, os elementos entraram em colapso, e se não fossem os dois irmãos monges que dominaram a magia elemental, provavelmente nosso planeta estaria em um caos completo, com muitas chances de extinção humana. – Explicou Kouma.

 Kaito – Espera, se é ocultado, então como você sabe? – perguntou Kaito, fazendo um olhar de desconfiança.
 
 Kouma – Por dois motivos. Primeiro, eu falei, pra maior parte da população. Mas os militares não fazem parte dessa grande maioria. – falou Kouma, com orgulho de seu posto. – E segundo, eu já falei que ele era meu amigo próximo, então, consequentemente, ele me contou sobre isso. – Falou Kouma, lembrando de uma cena onde ele e Koji compartilhavam bebida no dojô de Koji, quando Kouma era mais novo, e aparentavam estar muito felizes.

 Kaito – Ah, entendi. Espera, mas por que um ser tão poderoso é ocultado? Ele não poderia ser meio que um herói mundial? – perguntou Kouma, pensando em alguns heróis de HQs.

 Kouma – É exatamente por ele ter todo esse poder que ele é ocultado, Kaito. Pensa a quantidade de gente que tentaria matar ele pra roubar os poderes. O ser humano é uma raça que busca poder, de todos os tipos, da maneira mais fácil. A legítima defesa do Monge, aos poucos, poderia vir a se tornar um grande genocídio. – respondeu Kouma.
 
 Koji – Sim, verdade. Até teve casos em que alguns militares piraram por saber de meu poder, e vieram me confrontar, mas hoje eles não estão mais entre nós.

Kaito – Por que você os matou? Não era mais simples apenas imobiliza-los e prendê-los?

 Koji – Não importa se eu os deixasse vivos ou não, eles seriam executados pelo exército de qualquer forma por contrariar ordens de rank S.
 
 Kaito – Rank S?

 Koji – Kouma, você não ensinou nada pra esse moleque? – falou Koji, virando para Kouma

 Kaito – Eu tentei, mas ele pensou que não usaria na vida dele, então relevei. – falou Kouma, fazendo sua pose clássica. (¯_(ツ)_/¯)

 Koji – Enfim, o nosso exército tem uma série de ordens que variam de Rank D a Rank S. E cada uma, se for quebrada, tem sua própria punição. E se uma ordem Rank S for quebrada, o soldado que quebrou é executado no momento em que for pego. E atacar um monge elemental é quebrar uma regra Rank S.  Então eu só adiantei a morte deles.

 Kaito – Entendi, mas de qualquer forma voltando um pouco na conversa, nem mesmo toda a ocultação do mundo conseguiu deter aquele desgraçado de aura negra. – falou Kaito, cerrando o punho direito.
 
 Koji – O Droy sempre me disse que não sabia quanto tempo conseguiria aguentar o elemento Trevas dentro de si. Mas ele foi bravo, e aguentou por 50 anos. – falou Koji, respirando fundo.

 Kaito – Quem é Droy?
 
 Kouma – Antes de fazer perguntas bestas, pense no que foi falado, idiota. – falou Kouma, cruzando os braços, antes de Koji falar.

 Kaito – O que foi falado? Que? – perguntou Kaito, sem entender nada.

 Kouma – Você é burro ou faz cursinho?

 Kaito – Puxei meu pai.

 Kouma – Ora seu... enfim, isso que foi dito. “, e se não fossem os dois irmãos monges que dominaram a magia elemental...” – falou Kouma, repetindo uma parte da frase que havia falado antes, fazendo aspas com os dedos enquanto falava.

 Kaito – Ah, esse tal Droy é irmão do Koji. – falou Kaito, batendo uma mão na outra.

 Kouma – Demorou pra cair a ficha, hein? – falou Kouma, voltando a cruzar os braços.
 
 Kaito – Não seria mais fácil só me dizer que ele era irmão do Koji? – perguntou Kaito, um tanto quanto indignado com o pai.

 Kouma – Tá, tá, enfim. Você não tinha que falar com seus amigos?
 
 Kaito – Verdade, mas eles podem esperar mais um pouco. Koji, fale mais sobre Kuro. – pediu Kaito.

 Koji – Claro, sem problemas. Como eu estava falando, O Droy, aguentou a escuridão no corpo dele por 50 anos, mas ele faleceu devido a uma doença feita pelo próprio elemento, que sugou sal energia vital e o deixou com várias marcas negra no corpo. Mas além de drenar sua força vital, ele drenou sua capacidade de pensar. E assim, Kuro, que estava livre, possuiu algum homem aleatório e tomou conta do corpo dele, e está perambulando com essa casca por aí.

 Kaito – Entendi. Aquele maldito. E além dele e de mim, existem mais 13 elementos?

 Koji – Exato.

 Kaito – Poderia me dizer quais são todos os 15?
 
 Koji – Mas você já não sabe o seu e o dele?

 Kaito – Não importa, quero ouvir todos.

 Koji – Pois bem, os 15 elementos são: Fogo, terra, água, vento, trevas, luz, natureza, trovão, gelo, tempo, espaço, som, veneno, aço e por fim, espírito.

 Kaito – Wow, são vários mesmo. – falou Kaito, surpreso.

 Koji – Sim, e muitos deles já estão sob o comando de Kuro. – falou Koji, sério.
 
 Kaito – Quantos, exatamente? – perguntou Kaito, também com cara séria.

 Koji – Não posso te dar certeza, mas parece que ele tem 10 subordinados no momento.

 Kaito – 10 SUBORDINADOS? E VOCÊ QUER QUE EU LUTE COM TODOS ELES? – Perguntou Kaito, gritando.

 Koji – Exatamente por isso que eu estou aqui. – falou Koji
 
 Kaito – Você vai me ajudar a combate-los? – perguntou Kaito, já mais aliviado.
 
 Koji – Não, eu não posso lutar por muito tempo com esse formato espiritual.
 
 Kaito – O que? Então por que está aqui? E como afugentou Kuro? – perguntou Kaito, que não havia gostado no “não”      que havia acabado de receber.

 Koji – Primeiramente, Kuro não sabia que eu não podia lutar, e como ele sabe que me venceu por astúcia, e não habilidade, ele ainda tem um certo medo de mim. E por que eu estou aqui? Para te treinar, Kaito. Você está ridiculamente fraco. – Disse Koji, apontando pros machucados de Kaito.

 Kouma – Opa, opa, opa. Aí eu tenho que discordar de você, Koji. Meu filho bateu de frente com aquele tal Kuro a maior parte do tempo. – ressaltou Kouma.

 Kaito – Verdade, isso não faz sentido. – reforçou Kaito.

 Koji – Kuro brincou com você a maior parte do tempo. Ele é o tipo de pessoa que gosta de brincar com a presa antes de devorar por completo. Você mesmo o que aconteceu com você após ele ativar o 100%. E sim, para a força humana, você é bem forte mesmo, mas o nível de força de um hospedeiro elemental ultrapassa e muito a força de um humano normal. – Explicou Koji, falando em um tom de seriedade tremenda.

 Kouma – Então um humano normal não poderia vencer um hospedeiro? – perguntou Kouma.
 
 Koji – Existe essa possibilidade, mas só se o hospedeiro for que nem o Kuro, que vai mostrando seu poder aos pouquinhos, e explodir tudo em um golpe só no final. Aí existiria a chance de um humano lutar de igual pra igual, como o Kaito fez com o Kuro, lutando de mãos nuas no começo, antes de invocar sua espada. Mas se um hospedeiro utilizar tudo o que tem logo de início, um ser humano talvez morresse com um único golpe. – Explicou Koji novamente

 Kaito – Dragon blade... – resmungou Kaito, que estava pensativo.

 Koji – O quê? – Perguntou Koji.

 Kaito – Ah, nada, eu estava nomeando minha espada.

 Koji – Por que?

 Kaito – Porque o Kuro também nomeou a dele, e fica mais fácil pra mim invoca-la dando um nome pra ela.

 Koji – Entendo. Enfim, Kouma, preciso te pedir uma coisa.

 Kouma – Em que posso ajudar Velho Koji? – Perguntou Kouma, de prontidão para ajudar.
 
 Koji – Ryuuma Kouma, você me dá a permissão para treinar seu filho? – Preciso de sua permissão, para eu não levar o filho de meu amigo comigo sem mais nem menos.

 Kouma – L-Levar? Como assim? – perguntou Kouma, apreensivo.
 
 Kaito – Eeeeei, e eu, não tenho voz aqui não?? E se eu não quiser ir com você? – Perguntou Kaito, com um tom de ignorância.

 Koji – Bom, então provavelmente, Kuro e seus subordinados virão te espancar novamente, e com sua força atual, você provavelmente morrerá J. – falou Koji, dando um sorrisinho amigável, que naquela situação, se tornou muito assustador.
 
 Kaito – Err... Ok. Pai, por favor aceita. – falou Kaito, mudando de uma cara meio desajeitada para uma cara séria.
 
 Kouma – Se isso for te deixar mais forte, eu não tenho escolha. Pode ir com o Koji, filhão.
 
 Koji – Okay, Kaito, então, vamos? – Perguntou Koji.

Kaito – Obrigado por todas as informações, Koji. Já me sinto situado do que devo fazer. Vou treinar com você e ficar forte o suficiente para bater de frente com qualquer hospedeiro. – falou Kaito, confiante. – Mas antes, eu preciso terminar aquela conversa com meus amigos. – Falou o ruivo, pegando o celular de novo e ligando para Kiyomi.
 
 Koji – Ok, eu espero. – falou Koji, colocando as duas mãos espectrais por trás da cabeça.

 Kaito – Alô? Kiyom- antes de Kaito terminar de falar, foi recebido com vários gritos de Kiyomi.

 Kiyomi – COMO VOCÊ OUSA DESLIGAR NA MINHA CARA, KAITO? ISSO VAI TER VOLTA, TÁ OUVINDO? – Gritou Kiyomi furiosa, ao atender o telefone.
 
 Kaito – Eita, desculpa, mas eu meio que tive que ir atrás do meu pai que pirou. – falou Kaito, olhando com olhar mortal para Kouma, que só fez sua pose em resposta. (¯_(ツ)_/¯).
 
 Kiyomi – Sério? O que houve? – perguntou.

 Kaito – Não vem ao caso agora. Mas eu tenho uma última pergunta pra vocês dois, aliás, o Keiji ainda está aí? – perguntou Kouma, dando falta do amigo.

 Kiyomi – ele tá sim, só que eu enchi ele de porrada porque ele começou a rir de mim quando você desligou na minha cara. – falou Kiyomi, olhando para Keiji, que estava num cantinho com vários galos na cabeça, fazendo um círculo no chão com o dedo repetidamente.

 Kaito – Ahn... tá bom... Acho melhor não desligar mais enquanto voc~e estiver falando. – falou Kaito, começando a rir.

 Kiyomi – Eu vou te esfaquear, Kaito.

 kaito – Calma, não precisa dessa violência toda, mas eu tenho uma última pergunta sobre a luta, vocês poderiam responder? – perguntou Kaito.
 
 Kiyomi – Fala. Keiji, vem cá. – falou Kiyomi, chamando o amigo, que hesitou um pouco, mas foi.

 Kaito – Então... a luta foi bem barulhenta, alguém além de vocês viu ela? Porque se vazar a minha forma transformada, eu estou completamente ferrado.

 Keiji – Ah, relaxa cara, a gente deu a sorte de ser bem no fim da tarde, e ninguém além da gente passa naquela rua naquele período de tempo. Mas depois da ambulância te levar, brotou mais gente em volta do que quando você tem bala e alguém descobre. – falou Keiji, se recuperando das pancadas de Kiyomi para responder.
 
 Kaito – Ah, que alívio. Estava com medo de minha identidade ser revelada. Não quero gente se aproximando de mim pela fama que isso geraria. – falou Kaito, expirando como sinal de alívio.
 
 Kiyomi – AGORA, ANTES DE DESLIGAR, TRATE DE NOS FALAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO. – exigiu Kiyomi, gritando.

 Kaito – Koji, temos tempo? – perguntou o jovem para o ancião, que apenas balançou com a cabeça e respondeu.

 Koji – Todo o que precisar, jovem.

    Então, depois de uma longa inspirada e expirada, Kaito contou todo o ocorrido, desde quando ele ganhou o poder, desde o ataque de Kuro, e até falou sobre Koji. Então, após explicado, Kiyomi e Keiji, apenas respondeu:
 
 Kiyomi – Uau. Que história louca, meu Deus.
 
 Keiji – Uau. Sério, isso daria um filme.

 Kaito – Kiyomi, Keiji, não espalhem isso pra ninguém, eu confio em vocês mais do que qualquer um, então, não me decepcionem. – falou Kaito.

 Keiji – Você que manda, hospedeiro do fogo. – respondeu Keiji

 Kiyomi – Pode deixar conosco. – falou Kiyomi.

 kaito – Então, como eu já falei na explicação, agora eu vou treinar com o Koji por um tempo, então, acho que por enquanto é Adeus.
 
 Kiyomi – Nem um abraço de despedida?

 Kaito – Boa ideia. Koji, como você me levaria para esse tal treinamento?

 Koji – Com um portal transportador, por que? – perguntou Koji, curioso.

 Kaito – Então me leve até meus amigos antes.
 
 Koji – Você que manda, vamos lá.

 kaito – Espere.
 
 Koji – O que foi agora?

 Kaito – Eu tenho que abraçar a pessoa que eu mais amo antes.

 Koji – Quem?

 Kaito – Pai, me abraça.

 Kouma – Q-Que? P-Por que? – falou Kouma, desajeitado.

 Kaito – Não importa, só abraça. – faou Kaito pulando da cama onde ainda estava, e abraçando seu pai, que sorriu, devolveu o abraço, e chorou de felicidade.

 Kouma – Se cuida lá, filhão. – advertiu Kouma, aina abraçando o garoto com algumas lágrimas nos olhos.

 Kaito – Pode deixar, pai. Até logo.

 Kouma – Até.
 
 Kaito – Vamos, Koji.

 Koji – Tá na mão. PORTAL CONTACT. – no que Koji disse tais palavras, um portal se abriu, e ao entrarem, saíram na casa de Kiyomi, que se assustou por Kaito aparecer lá de repente, acompanhado da alam do velho.

 Kiyomi – Eita, o que é isso? – perguntou assustada.

 Keiji – Oloco, tá se teleportando agora?

 Kaito – Na verdade, sim. – falou Kaito, que começou a rir.

 Kaito – Enfim, me abracem. – falou Kaito, abraçando os dois amigos bem forte.

 Kaito – Então, era isso, até mais. Vamos Koji.

 Koji – PORTAL CONTACT. Vamos.

 Keiji e Kiyomi – Até mais, Kaito. – falaram os dois, se despedindo do amigo.

  Então, Kaito e Koji entraram no portal e logo saíram em uma sala branca completamente deserta, e Koji falou:
 
 Koji – Tá pronto para sofrer?

 Kaito – Sofrer?

 Koji – Hahaha, você vai entender logo, logo. Enfim, invoque sua espada.

 Kaito – Ok, APAREÇA, DRAGON BLADE. – Ao falar tal frase, a espada de Kaito se materializou em sua mão, junto com o manto em seu pescoço e a bainha em sua cintura.

 Koji – ATIVAR TREINAMENTO LVL 1. – ao gritar isso, a sala começa a tremer como se estivesse ocorrendo um terremoto, e Kaito se viu na mira de vários canhões.

 Kaito – MAS O Q- antes de terminar a frase, Kaito fora atingido por várias balas de canhão, sendo jogado longe, gritando.

 Koji – Eu falei que você ia sofrer. VAMOS AUMENTAR ESSA POTÊNCIA, HAAAAAAA. – ao falar isso, os canhões começaram a disparar sem descanso contra Kaito, que só conseguia gritar.

    Já em outro lugar, só se via um monte de escombros, e dois homens conversando dentro de uma cratera, provavelmente criada a partir de uma explosão. Um possuía cabelos pretos quase compridos, utilizava um manto negro e tinha em mãos uma espada curvada. Ninguém menos que Kuro. A sua frente, se via apenas um homem mascarado, de cabelos também negros com uma espada um tanto estranha na mão, a qual parecia ter 3 lâminas em uma só, sendo duas em cima de uma terceira, que se ligava ao cabo da espada.
 
 Kuro – Você é bem forte mesmo, Hahaha, Vou te tornar em meu subordinado custe o que custar.

 ??? – Você não vai me vencer, seu ser das trevas.

 Kuro – Por que você não prova suas palavras?

 ??? – Porque cansei de ficar aqui com você. PORTAL CONTACT. – ao dizer tais palavras, o homem mascarado apenas sumiu diante de Kuro, que gritou:
 
 Kuro – MALDITO. EU DEMOREI MAIS DE UM MÊS PRA TE ACHAR, E VOCÊ FOGE? QUE DROGA. AGORA PARA ACHÁ-LO NOVAMENTE SERÁ MAIS UM MÊS. Mas ele vai ser meu subordinado, custe o que custar. HAHAHAHAHA. PORTAL CONTACT. – Disse Kuro, sumindo com um portal negro que havia criado, saindo do local que estava em escombros, onde, logo após o mesmo ir embora, ruiu completamente.
 


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Notas finais do capítulo

ESTAMOS QUASE EM 10 CAPÍTULOS o/
A imagem do capítulo se refere à sala onde Koji e Kaito aparecem para o tal " treinamento " de Kaito.



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