Elements : Apocalypse battles escrita por Aguerosan


Capítulo 19
Capítulo 19 : Uma luta de generais? A floresta dos esquecidos.


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE CAPÍTULO NOVO, EIN.
Ah, eu nem demorei tanto dessa vez, vai?
Mas enfim, capítulo 19 pra vocês, espero que gostem.

~~ATENÇÃO ~~
Então gente, eu não costumo pedir isso, mas se você ler esse capítulo, se possível deixa um comentário ai pra apoiar. Não costumo pedir isso, mas quero saber quem lê minha história que me orgulho tanto. Temos um grupo no facebook também, se quiserem participar, vou estar deixando o link aí embaixo, junto do meu perfil pessoal. Se quiserem trocar uma ideia, ou perguntar algo diretamente pra mim, podem me perguntar, eu respondo o mais rápido possível.

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É isso, amo todos vocês que leem elements, boa leitura a todos ♥



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   Wyles, o hospedeiro da luz, junto com Azuka, hospedeira do veneno, se encontravam encurralados contra Kuro, que estava os atacando, querendo matar Azuka por tê-lo traído. Os dois lutaram bravamente, deixando Kuro atordoado, mas então, Wyles resolveu lutar sozinho, querendo resolver todo aquele problema no mano-a-mano, mas acabou perdendo, e então, quando Kuro ia finalizá-lo, Kaito e Hirako surgiram no local, lançando uma rajada de energia no hospedeiro das trevas. Após isso, todos lutaram contra Kuro, e a luta terminou quando ele lançou seu ataque mais poderoso com 100% do seu poder contra os 4 restantes, que responderam lançando um ataque quádruplo combinado, o que causou uma grande explosão, abrindo uma cratera no chão a qual os 5 ficaram até Kuro acordar após uma hora, e por não ter mais energias, se retirar do local. 3 horas depois, Kaito e seus amigos acordaram, e Kaito levou todos de volta ao hospital, onde Wyles reencontrou sua mãe, Nina. Após deixar eles lá, Kaito partiu novamente, indo em busca de saber mais sobre 3 pontinhos que estavam muito próximos no radar elemental.


  Voltando duas horas no tempo agora, quando Kaito e seus amigos ainda estavam desmaiados, vamos ao castelo de Kuro, onde algo estava prestes a começar.

     Sora – Cara, por que esse castelo tem que ser tão grande? A gente mora aqui faz quase dois meses mas eu ainda consigo me perder. – falava Sora, um dos 4 generais do apocalipse, que estava usando sua clássica roupa branca de Karatê, estando de pés descalços e com sua espada sendo segurada por sua faixa preta que se encontrava na cintura. Em sua companhia estava Koda, outro dos generais, um homem com cabelo verde um tanto grande, vestia uma regata branca a qual passava uma corda que segurava seu bastão preto em suas costas, um cordão que havia um dente de algum animal em seu pescoço, uma bermuda larga, um par de chinelos surrados e diferente de antes, estava com uma barba por fazer no rosto, a qual acariciava enquanto andava ao lado de Sora.

         Koda – Eu me pergunto o que houve com o Kuro. A azuka sozinha nunca faria algo nessas proporções com ele. Ela com certeza teve ajuda. – falou o general, pensativo.

       Sora – Ei, não ignore minhas reclamações. – disse Sora, um tanto irritado por ter sido ignorado.

Koda – Ah, claro, o castelo. A gente saiu do quarto do Kuro faz um tempo e eu pensei que só estivéssemos vagando aleatoriamente. Não pensei que você quisesse chegar em algum lugar.

 Sora – Pois é... eu quero.

 Koda – E onde é?

 Sora – Se lembra que eu falei quando saímos do quarto do Kuro que eu queria achar o Kizuro? Então, eu estou procurando ele. E você falou que ele está na máquina de treinamento dele, então pensei que você estivesse me levando lá.

Koda – Ah, sério? Você falou isso? Eu estou muito intrigado com o Kuro, por isso informações irrelevantes estão sumindo da minha mente.

 

 Sora – É o típico “Entra por um ouvido e sai pelo outro”, não é mesmo? – falou Sora, fazendo aspas com os dedos.

 Koda – Exatamente isso. Mas se você quiser achar o Kizuro, vamos à sala de treinamento. Tem 90% de chance dele estar lá.

 Sora – E os outros 10%?

 Koda – Nesses 10%, existe a chance dele estar dormindo ou comendo em algum canto do castelo.

 Sora – Então vamos logo acha-lo para podermos treinar, essa é uma oportunidade única, já que o Kuro não deixa nós treinarmos só nós, porque acha que podemos destruir o castelo.

 Koda – Verdade.

 Sora - Vamos andar rápido, para ver se ele realmente está lá.  

 Koda – Sora, até onde eu sei você é um hospedeiro, não é?

 Sora – Claro né, estou no mesmo posto que você.

 Koda – Então por que raios você não usa a droga de um portal pra chegar lá mais rápido?

 Sora – ...

 Koda – O que foi?

 Sora – Eu... esqueci que eu podia fazer portais. – falou Sora, fazendo uma feição engraçada, enquanto Koda começou a rir.

 Koda – Cara, sério, essa é nova. Esquecer que pode fazer portais é muito nova. – falou Koda, tirando uma lágrima do olho de tanto que havia rido. – Mas enfim, já que você tem perda de memória, vamos lá, eu te levo. – Disse Koda, abrindo um portal.

 Sora – Cale a boca. Mas vamos, estou com preguiça de abrir um portal. – disse Sora, entrando no portal de Koda, que teletransportou os dois para a sala de treinamento, e ao fundo, atrás do ringue de luta, podiam ser ouvidos alguns barulhos estranhos. – Que barulho é esse? É o Kizuro?

 Koda – Não... o Kizuro tenta fazer a maior gritaria sempre, mas está silencioso, não sei quem pode estar fazendo esse barulho.

 Sora – Bom, então eu vou ver do que se trata. – falou Sora, indo todo feliz para o local, enquanto Koda só colocou as mãos à sua frente, voltadas pra cima, e fez uma feição que dizia “Tá, né”.

 Koda – Enquanto você vê do que se trata, eu vou procurar o Kizuro.

 Sora – Você não tem certeza que não é ele. Vamos lá, deixa de ser medroso.

 Koda – Medroso, eu? SAIBA QUE EU-

 Sora – Tá, tá, toda aquele lenga-lenga do seu passado, eu já ouvi isso 50x, até decorei algumas partes. Não precisa repetir de novo. – falou Sora, interrompendo o homem de cabelos verdes, que se calou.

 Koda – Tá, vamos lá. – concordou Koda enfim com o convite de Sora, e então os dois se dirigiram ao fim da sala, onde, ao colocarem a cabeça atrás do fim da extremidade do ringue, viram que se tratava de Yummi, que batia em alguns bonecos com suas duas tonfas laminadas de aço com seus dois lados das lâminas extremamente afiados, mas diferente do normal, Yummi se encontrava apenas de camiseta verde, a qual deixava sua barriga à mostra, um short preto, e estava descalça, o que era raro de ver, pois a garota sempre se encontrava com seu casaco invernal azul de couro, calça jeans preta e seu tênis azul que haviam dois encaixes embaixo. Olhando um pouco pro lado, os dois puderam ver que essas roupas estavam todas dobradas bonitinhas e postas em cima de uma pedra com topo chato. Junto das roupas também estava as duas lâminas menores que Yummi sempre carregava uma em cada lado de seu cinto. Os dois ficaram observando por um tempo, até que Sora começou a falar baixinho:

 Sora – Cara, sem todas aquelas roupas de inverno, ela fica muito mais bonita, nunca tinha percebido isso. – Cochichou Sora para Koda que estava acima.

  Koda – Talvez seja porque ela nunca tira aquele casaco quando está junto conosco. Mas se tem algo que eu posso dizer, é que estas habilidades de combate são magníficas e graciosas ao ponto de parecer que ela luta como se estivesse dançando, isso é muito lindo. – cochichou Koda para Sora, que observou melhor os movimento de Yummi, que calada e distraída, pulava graciosamente de um boneco à outro, desferindo golpes, e após, começava a girar majestosamente para chutar o pescoço de outro boneco.

 Sora – Esses movimentos são dignos de uma dançarina profissional. Muito bonitos mesmo. – falou Sora, observando mais atentamente, e a sequência de golpes e danças continuou, até que de repente, Yummi fez um lindo movimento onde colocou a cabeça para trás, e com isso, viu que Sora e Koda a observavam. Ao ver isso, a garota se desequilibrou e caiu no chão, levantando rapidamente.

 Koda – Yummi. Você está bem? – perguntou Koda, saindo de trás do ringue.

 Yummi - ... – A garota, envergonhada pelos dois outros generais a terem visto treinando, apenas levantou-se rapidamente e respondeu um “Sim”, balançando a cabeça e indo de encontro com as roupas que ela havia deixado em cima de uma pedra, colocando o casaco por cima de sua camiseta, ato que a acalmou um pouco.

 Sora – Ei, Yummi. Seus movimentos são muito lindos. Parabéns. – afirmou Sora, o que fez a garota ficar mais envergonhada ainda, ato que a fez ficar um pouco vermelha.

 Koda – Bom, nós já estávamos de saída, mas você saberia nos dizer onde está o Kizuro? – Perguntou o jovem de cabelos e barba verde, e como resposta, Yummi apenas fez que “Sim”, com a cabeça. – Sério, onde? – Perguntou novamente, e então, a garota foi até a parede e apertou um botão secreto, que abriu a porta para um corredor, e apontou para o local.

 Sora – É sério que ele está aqui? O que ele está fazendo aí? – Perguntou Sora, e sem saber como responder, Yummi apenas abaixou a cabeça.

 Koda – Bom, acho que chega de perguntas, vamos deixar a Yummi treinando, certo, Sora?

 Sora – Ah, não. Eu queria ver a Yummi treinando mais um pouco. Eu raramente a vejo lutar. Na verdade, acho que nunca vi, pois sempre que o Kuro manda a gente treinar, ela fica na janela olhando o horizonte. Por que você faz isso, Yummi? E mais uma coisa, seu nome é Yummi mesmo? Quem disse que você se chamava assim foi o Kuro. Você nunca trocou uma palavra com todos nós. Poderia me explicar isso? – Falou Sora, que mudou seu humor enquanto falava, ficando bravo com a garota.

 Yummi - ... – A garota, ao ouvir a pergunta de Sora, simplesmente olhou para o chão, fechou o punho e balançou a cabeça como se estivesse dizendo “Não”.

 Sora – MALDITA. FALE CONOSCO. – Falou Sora, colocando sua mão em sua wakizashi, que estava em sua cintura.

 Koda – Espera aí, Sora. Não precisa partir pra violência também. Se ela não quer falar, você não pode obriga-la. Ninguém pode.

 Sora – Eu não me importo. Vou arrancar umas palavras da boca dela. – falou Sora, retirando sua lâmina de sua bainha, o que fez a garota se desesperar e começar a fazer uma espécie de letra “X” com os braços, como se estivesse dizendo para Sora esperar.

 Koda – Sora, até agora há pouco você estava observando a graciosidade da Yummi, e agora quer puxar briga com ela, o que deu em você?

 Sora – Koda, você sabe que eu sempre fui assim. E então, Yummi, você vai falar por bem ou por mal? – perguntou Sora, liberando uma imensa quantidade de pressão na sala, pressão digna de um general, que fez Yummi ficar sem reação.

 Koda – SORA. ABAIXE. ESTA. ESPADA. – Gritou Koda, pausadamente, o que fez Sora diminuir a pressão um pouco, mas nada além disso. – Então você está mesmo disposto a lutar com ela por algo tão fútil, não é? Que estúpido.

 Sora – Você não acha irritante o fato dela ficar calada tanto tempo? Eu nunca tinha parado para pensar até agora, mas realmente é irritante.

 Koda – Mas isso não é motivo para lutarem. E além disso, você é o único que quer lutar, ela só estava aqui treinando e nós que viemos atrapalhar. Nós queremos o Kizuro, lembra? E ela mostrou onde o Kizuro está, então, para com essa birra de criancinha e vamos deixa-la em paz. – discursou Koda, e nisso, os olhos de Yummi brilharam, como se ela estivesse feliz com o que havia acabado de ouvir.

 Sora – DROGA, KODA, PARE DE DEFENDÊ-LA. ELA É SÓ UMA IDIOTA QUE DEVE SE ACHAR MUITO SUPERIOR A TODOS NÓS, ENTÃO NEM SE DÁ O TRABALHO DE FALAR COM QUEM ELA ACHA INFERIOR. – Gritou Sora, que aumentou a pressão em sua volta novamente.

 Koda – Esse argumento não faz sentido.

 Sora – E eu poderia saber o por que?

 Koda – Você, por algum acaso, já a viu falando com o Kuro? Ele certamente é superior a ela – disse Koda, e nisso, Sora suspirou, como se toda a sua motivação para puxar briga houvesse acabado.

 Sora – Droga. Verdade. Mesmo quando o Kuro fala com ela, ela não responde. QUAL A DROGA DO SEU PROBLEMA, YUMMI? – Gritou Sora, e a garota apenas colocou o capuz de seu casaco em resposta ao grito.

 Koda – Ela deve ter motivos para nunca falar. O Kuro também se irrita, mas ele releva, então ele deve saber do que se trata. Que tal perguntarmos? – Indagou Koda, e quando a garota ouviu isso, abaixou a cabeça, deixando seus olhos cobertos por seu capuz, e então uma grande aura de energia emanou de seu corpo, fazendo toda a sala de treinamento tremer.

 Sora – Ei, ei, ei, eu acho que você falou algo que não devia. – falou Sora, tremendo junto com a sala.

 Koda – TUDO BEM, Me desculpe, Yummi. Não vamos perguntar nada ao Kuro sobre você. – prometeu Koda, se curvando e desculpando perante a garota, que se acalmou.

 Sora – Fale por você. Eu ainda vou perguntar. – Falou Sora, e então, a aura de energia voltou a aparecer, tremendo cada vez mais. – ESSA SUA AURA NÃO ME ASSUSTA. PODE ELEVÁ-LA AO MÁXIMO, VOCÊ NÃO VAI ME IMPEDIR DE PERGUNTAR AO KURO O PORQUE VOCÊ ESTÁ SE FAZENDO DE MUDA. – Ao ouvir isso, a garota apenas sumiu do local onde estava, levando consigo sua energia, deixando a sala calma novamente. – Parece que ela fugiu.

 Koda – Cara...

 Sora – O que foi?

 Koda – Não... faça... nenhum movimento desnecessário... – Falou Koda, baixinho, e Sora, não entendendo o que o homem de cabelos verdes havia dito, virou-se espontaneamente para trás, onde o mesmo estava, e ao se virar, deu de cara com Yummi atrás de si, e ao vê-la, Yummi apenas desferiu um golpe extremamente poderoso com uma parte de sua tonfa que não tinha lâmina, acertando-o diretamente no queixo, o que fez o homem de cabelo branco voar dando várias cambalhotas, até bater na parede.

 Sora – AAAAAGHH. Droga, o que foi isso? – Perguntou-se Sora, e antes de conseguir levantar-se, Yummi apareceu em sua frente com um olhar completamente assassino, pressionando a lâmina de uma de suas duas tonfas contra o pescoço de Sora. – O QUE VOCÊ TANTO ESCONDE, MISERÁVEL? SEUS ATOS APENAS POR SABER QUE IRÍAMOS PERGUNTAR AO KURO SOBRE VOCÊ NÃO SÃO NADA NORMAIS. – Gritou Sora, indo com o pescoço contra a lâmina, ficando a pouco de se cortar.

 Yummi - ... – a garota, vendo que Sora não desistiria, continuou pressionando-o, até que em um descuido, Sora conseguiu alcançar sua espada e tentar desferir um golpe em Yummi, que obrigatoriamente teve que se esquivar.

 Sora – Sua maldita. AGORA QUE VOCÊ ME ATACOU, EU REALMENTE QUERO SABER SEUS SEGREDOS. – Gritou Sora, e Yummi, que estava apoiada no chão com um joelho, olhou para o garoto com feição de ódio, levantou-se lentamente e foi até onde havia deixado suas roupas, ou seja, a pedra antes mencionada. Chegando lá, Yummi recolocou o casaco na pedra, dobrando-o no processo. Ao terminar de fazer isso, voltou ao local de origem, ficando com seu par de tonfas laminadas em mãos, apontando-as para Sora.

 Sora – Então você vai lutar mesmo, não é- - Quando Sora falou, Yummi, em uma grande onda de pressão, atravessou toda a sala e desferiu um corte com sua tonfa no rosto de Sora, o qual o fez voar na outra parede da sala, com uma grande linha de sangue em sua bochecha, o que o fez gritar de dor. – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAGH, MALDITA.

 Koda – SORA, RETIRE O QUE DISSE SOBRE PERGUNTAR DELA PARA O KURO.

 Sora – NUNCA. AGH, - Gritou Sora, tapando sua bochecha com a mão, para tentar estancar o sangramento, e nisso, Yummi apareceu sobre o garoto que estava sentado no chão, contra a parede, prendendo seu pescoço com a garra que sua tonfa possuía, por ter duas lâminas, sendo uma para a parte exterior e outra voltada para a parte interior do braço, começando a formar uma espécie de raio azul, e prendendo o braço do garoto com a garra que as duas lâminas da outra tonfa formavam, imobilizando-o completamente.

 Koda – É SUA ÚLTIMA CHANCE. SE NÃO QUER QUE ELA TE MATE, É BOM RETIRAR O QUE DISSE.

 Sora – DROGA, TUDO BEM. EU NÃO VOU PERGUNTAR NADA SOBRE VOCÊ PARA O KURO. – Gritou Sora, e assim, o raio azul que havia na lâmina de uma das tonfas se dissipou, Yummi libertou o braço do garoto, e guardou suas duas armas em suas costas, sorrindo. Logo após, correu até seu casaco e pegou algumas bandagens que havia no bolso do mesmo e correu de volta até Sora, para tratar de seu ferimento no rosto. Yummi passou a mão sob o machucado que havia causado anteriormente bem calmamente, deixando o garoto, que já estava confuso, vermelho igual um tomate. Yummi continuou passando a mão no ferimento de Sora, até que a dor diminuiu, então a garota colocou um curativo na bochecha do jovem de cabelo branco, dando um beijinho em sua outra bochecha para completar o serviço. Após isso, Yummi olhou para Sora e Koda, sorrindo, pegou as roupas que estavam na pedra, abriu um portal e desapareceu daquela sala.

 Sora – O que diabos... ACABOU DE ACONTECER AQUI? – Perguntou Sora, colocando a mão no curativo que Yummi havia colocado em sua bochecha. – Primeiro ela me corta e depois me dá curativos? Não entendo mais nada.

 Koda – E eu então. Cara, acredite, assistir a isso também foi bizarro.

 Sora – Bom, enfim... mesmo isso sendo estranho, não devíamos ir atrás do Kizuro?

 Koda – Você tem razão. Mas algo que eu posso te dizer, é que a Yummi consegue ser assustadora, mesmo sem dizer uma única palavra. E também, pude sentir que ela não estava usando nem 10% do verdadeiro poder dela.

 Sora – Droga, agora entendi porque ela é uma general. Mas enfim, foco no Kizuro, vamos?

 Koda – Está na hora do meu banho. Volto em alguns minutos.

 Sora – Você e seus rituais de horário. Vai lá, vou ficar tentando entender o que aconteceu aqui.

 Koda – Provavelmente será em vão, mas tudo bem. – falou Koda, abrindo um portal e saindo da sala de treinamento.

 Sora – Cara, o que a Yummi esconde? Ela com certeza teria me matado se eu não tivesse voltado atrás na minha palavra. Acho que vou ter que viver com essa curiosidade pelo resto da minha vida, ou até eu esquecer disso, o que não deve demorar, pois minha memória é bem ruim. – Falava Sora pra si mesmo, tentando entender os mistérios que rodeavam a garota de cabelo azul. – Aliás, o que é essa porta secreta que ela abriu? – indagou-se Sora, levantando-se do chão e indo investigar a porta secreta que Yummi havia aberto mais cedo.

  Alguns minutos se passaram, e Koda finalmente voltou de seu banho, chegando na sala de treinamento através de um portal, apenas vestindo um short azul, seus chinelos de dedo e estando também sem camisa, mostrando seu porte físico forte, com seus cabelos molhados, seu bastão negro em suas costas, segurado por um fio que passava por seu peito e uma toalha de banho no pescoço.

 Koda – E aí, o que eu perdi? – Falou Koda, passando a toalha em seu cabelo.

 Sora – Nada demais. Só estava investigando esta porta. Como a Yummi sabia disso e nós não?

 Koda – Ela é uma caixinha de mistérios. Mas, enfim, por que não entramos?

 Sora – ótima ideia. Ei, espera um pouco...

 Koda – O que foi, Sora?

 Sora – Ah, nada. (Por que ele está sem camisa? O Koda não tem cara de ser exibicionista) – Falou e pensou Sora, entrando enfim na porta secreta junto de Koda, a qual levava a um corredor. – Ué, onde será que esse corredor nos leva?

 Koda – Boa pergunta. Só descobriremos checando, meu caro Watson.

 Sora – Passou o banho todo pensando nessa piada, né?

 Koda – Sim.

 Sora – Imaginei. Bom, vamos andando. – falou Koda, tomando a frente e seguindo pelo corredor.

 Os dois andaram mais um pouco, até que finalmente o corredor deu um indício de luz, o que significava o fim do corredor. Os dois correram para a luz, e quando chegaram na luz, se deram conta que estavam em uma sala relativamente grande em ambiente completamente isolado, e ao olhar mais a fundo na sala, viram um homem forte e musculoso, que vestia um colete acinzentado, uma bermuda branca, possuía cabelos pontudos, também cinzas, só que um pouco mais claros que seu colete, garras extremamente afiadas e usava sandálias marrons nos pés, ninguém mais ninguém menos que Kizuro, que estava parado, olhando para frente.  

 Koda – Aquele é o Kizuro? O que ele está fazendo?

 Sora – Vamos observar. Espera, o que é aquilo um pouco à sua frente? Que máquina é aquela?

 Koda – Ah, a máquina preferida dele, eu falei que ele estaria em algum lugar treinando com ela.

 Sora – E o que ela faz?

 Koda – Você já vai ver.

  Os dois então, começaram a observar Kizuro e a máquina. Então, Kizuro, apertando um botão de um controle remoto que tinha na mão, se afastou, e os canos da máquina começaram a girar. Kizuro então se preparou, e os canos da máquina começaram a girar insanamente rápido, inciando então uma sequência de alta velocidade de disparos.

 Sora – O que é aquilo que a máquina está disparando? Estão muito rápida, não consigo ver.

 Koda – Bolas de tennis.

 Sora – Bolas de tennis? Como ele treina com bolas de tennis?

 Koda – Veja por você mesmo. – falou o jovem de cabelos verdes, apontando para Kizuro, que, após as bolas terem sido lançadas, começou a mexer os braços à sua frente em movimentos lentos e preparatórios, e então, quando as bolas iam finalmente acertá-lo, Kizuro começou a se defender de todas ao mesmo tempo usando seus braços, jogando todas dentro de dois cestos que haviam ao seu lado. Kizuro fazia movimentos tão rápidos e precisos que mal era possível ver seus braços contra-atacando as bolas de tennis.

 Kizuro – TOMEM ESSAAAAAAAAAAAAAAAAAA. – Gritou Kizuro, defendendo-se ainda mais de todas as bolas de tennis, não deixando nenhuma acertar o alvo que havia atrás de si. Kizuro continuou defendendo toas as bols até que finalmente, a máquina parou.

 Sora – Nossa. Que velocidade incrível, eu mal consegui ver as mãos dele rebatendo as bolas de tennis. Espera, por que a máquina parou?

 Koda – Acabou a munição.

 Sora – E ele tem que recolocar toda vez?

 Koda – O Kizuro tem tudo planejado. Enquanto ele treina defesa dele, ele também treina sua precisão de golpes, tentando acertar as bolinhas dentro dos dois cestos ao seu lado. E fazendo todo esse treinamento com defesa, ele também consegue achar brechas para contra-ataques. Se fosse uma luta real, Kizuro estaria atacando o inimigo agora.

 Sora – Entendo. Ele é o tipo de guerreiro defensivo.

 Koda – Pelo contrário. Eu diria que ele é um guerreiro de extremo ataque, mas diferente de muitos hospedeiros, que tem vários ataques à distância com seus respectivos elementos, ele prefere batalha de curta distância, por isso suas principais armas são suas garras afiadas.

 Sora – Entendo. Nossa, esse cara é incrível, não é à toa que ele é o general mais forte entre nós 4.

 Koda – Sem sombras de dúvida. Ei, olha, ele já recolocou as bolas na máquina, acho que está preparando o 2º round.

 Sora – Sim, vamos assistir. – propôs Sora, olhando atento para Kizuro, que estava respirando fundo, para recomeçar seu treinamento.

 Kizuro – Nível 50 já não me satisfaz, vamos aumentar isso. Nível 60, hora de me mostrar o que sabe. – falou Kizuro, pegando o controle que estava em seu bolso e regulando o nível da máquina de 50 para 60.

 Sora – Ele pula de 10 em 10?

 Koda – Claro. Ele acha assim mais divertido e desafiador.

 Sora – Entendo. Bom, vamos voltar a assistir. – falou Sora, que estava entretido com as habilidades do general mais poderoso.

 Kizuro – VAMOS COMEÇAR. – Gritou o homem de grandes garras e cabelos acinzentados, que guardou o controle no bolso de sua bermuda branca e começou a fazer movimentos com os braços, enquanto a máquina começava a girar os canhões em velocidade superior à anterior. – START. – Gritou Kizuro, e nisso, várias bolinhas de tennis saíram da máquina, ainda mais rápidas e potentes de da última vez.

 Sora – Minha nossa, parecem projéteis de armas.

 Koda – Cala a boca e assiste.

   Kizuro, repetindo os movimentos de antes, começou a enfrentar as bolinhas, mas, logo de início, percebeu que sua força básica não seria suficiente para deter todas, tanto que não estava conseguindo acertar quase nenhuma nos cestos ao seu lado.

 Kizuro – Droga, preciso aumentar a potência. Minha adrenalina ainda não está alta o bastante, droga, preciso aguentar mais um pouco, agh... – Falou Kizuro, se defendendo das bolinhas com dificuldade, até que de repente, uma das bolinhas passou direto pela mão de Kizuro, o acertando no rosto, tirando sua concentração e o fazendo ser bombardeado por mais de 100 bolinhas de tennis, sendo jogado contra o alvo que estava atrás de si. Ao atingir o alvo, Kizuro levou um choque muito forte, e gritou muito alto.

 Kizuro – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAGGGGGGHHHHHHHHHHHH. – Gritou Kizuro, caindo no chão depois de ter recebido o choque, mas se levantando um pouco depois.

 Sora – KIZURO.

 Koda – Relaxa, Sora, isso é normal. Aquele alvo dá choque porque ele projetou assim. Ele acha que quando não está forte o bastante, merece ser punido, e o choque estático extremamente poderoso é a punição. Mas como você viu, isso só causa dores instantâneas a ele, pois ele ainda está de pé.

 Sora – Entendo. Ele disse algo como “adrenalina”, não é? O que ele quis dizer?

 Koda – Ah, é simples. O kizuro gosta de lutar com tudo o que tem desde o começo, e quanto mais ele luta, mais sua adrenalina vai aumentando, o deixando mais forte e insano em batalha.  

 Sora – Entendo, ele é mesmo um monstro.

 Kizuro – GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH – Gritou Kizuro, assustando Sora e Koda, que estavam conversando. – ESSE CHOQUE FOI DEMAIS, ACHO QUE EU ESTAVA COM UM POUCO DE SONO, MAS AGORA ESTOU COMPLETAMENTE DESPERTO. HORA DE DOMINAR ESSE NÍVEL 60. ESTOU PRESTES A EXPLODIR DE EMPOLGAÇÃO, AHAHAHAHAHAHA.

 Sora – Ele acabou de levar um choque e está animado? Como assim?

 Koda – Esse é o tipo de homem que ele é.

 Kizuro – PODE VIR, NÍVEL 60. – Gritou Kizuro, recolocando todas as bolinhas na máquina e religando-a. – AGORA VOCÊ ESTÁ NAS MINHAS MÃOS. – Gritou novamente, e assim, as bolinhas começaram a sair em alta velocidade, porém, desta vez, Kizuro, após fazer seus movimentos com os braços, começou a defender todas as bolinhas, ainda mais rápido do que da última vez, jogando todas elas nos dois cestos ao seu lado com grande mira e precisão. – HAAAAAAAAAAAAAAA, É SÓ ISSO QUE VOCÊ TEM? – Gritou Kizuro, pegando a última bolinha da máquina com a palma da mão, fazendo-a girar rapidamente e apenas parar depois de começar a sair fumaça de si. – Nível 60, concluído.

 Koda – Incrível, Kizuro. – falou Koda, escorando-se na parede e batendo palmas para o homem de cabelos acinzentados, que finalmente viu que os outros dois indivíduos estavam ali.

 Kizuro – Koda, Sora, o que fazem aqui? Aliás, há quanto tempo estão aí?

 Sora – Nós estávamos te procurando. Estamos aqui faz uns 15 minutos, vendo você treinar.

 Kizuro – Ah, entendo. Essa belezinha aqui me dá várias horas de diversão, então nem vejo o tempo passar. – falou Kizuro, dando vários tapinhas na lataria da máquina, e jogando a última bolinha de tennis para dentro de um cesto atrás de si. – Mas e então? O que querem comigo?

 Sora – (Se ser eletrocutado é diversão pra você, sinto te informar que você tem algum probleminha, Kizuro) – Pensou Sora, com uma feição preocupada, enquanto uma gota caía de sua testa.

 Koda – Viemos aqui treinar com você. O que acha da ideia?

 Kizuro – Opa, também querem experimentar minha máquina? – Falou Kizuro, com os olhos brilhando.

 Koda e Sora – Eu passo. – falaram simultaneamente.

 Kizuro – Tudo bem então. E como querem treinar? Estou pronto para qualquer desafio.

 Koda – Que tal um 2x1?

 Kizuro – Eu toparia, mas vejo que você, Sora...

 Sora – Eu o que?

 Kizuro – Vejo que lutou com a Yummi recentemente, estou certo?

 Sora – S-sim, mas como você sabe que foi com ela?

 Kizuro – Esse curativo em seu rosto já diz tudo. Só ela faz esse tipo de curativos por cima de ferimentos que ela mesma causou.

 Sora – Oh, entendo. Então quer dizer que por eu ter lutado com ela, você não pode lutar comigo?

 Kizuro – Poderia, mas seria injusto lutar contra alguém que não foi ferido por você e não está em condições completas, não é?

 Sora – Bom, vendo dessa forma, você tem razão.

 Kizuro – Sente-se e descanse. O que me diz, Koda? 1x1?

 Koda – Por mim tudo bem. E quais são as regras dessa vez? Não queremos destruir o castelo. – falou, retirando a toalha que havia em seu ombro e jogando-a perto de Sora, que a chutou pra um canto.

 Kizuro – Tudo bem então. A única regra é: Sem uso de seu respectivo elemento. Tudo bem pra você?


 Koda – Então será uma luta do meu bastão contra suas garras, no mano-a-mano? Interessante. Eu aceito. – Disse Koda, retirando seu bastão negro de suas costas e começando a girá-lo no ar, até batê-lo no chão. – Estou pronto.

 Kizuro – Vamos lá, minhas belezinhas? – Perguntou Kizuro para suas garras, enquanto começava a mexer seus braços e mãos com movimentos calmos e pacíficos.

 Sora – Cara, isso vai ser bom de assistir. Já que eu não vou participar, POSSO PELO MENOS DIZER ISTO. COMECEM. – Gritou Sora, que estava sentando-se em um canto da sala, mexendo em seu curativo e assistindo os dois, que se encaravam.

 Kizuro – Se me permite... Vamos... COMEÇAR. – Falou Kizuro, aparecendo em um segundo próximo a Koda, tentando o acertar com suas garras, mas Koda, que estava com guarda alta, conseguiu desviar do golpe de garra e se afastar.

 Koda – Tudo bem... VAMOS LÁ. – Gritou Koda, começando a girar seu bastão em sua mão direita, extremamente rápido, partindo para o ataque logo em seguida. Ele chegou próximo a Kizuro, e começou a girar o bastão enquanto mexia o braço para todos os lados, tentando acertar Kizuro, que apenas utilizava seus braços para desviar o bastão, tranquilamente. – Ah, qual é, vai ficar na defensiva mesmo?

 Kizuro – SE VOCÊ NÃO ME MOSTRAR UM GOLPE QUE VALE A PENA CONTRA-ATACAR, SIM, EU VOU. – Gritou Kizuro, segurando a ponta do bastão entre os dois dedos da mão direita, e fazendo Koda se afastar, indo para trás.

Koda, vendo que Kizuro estava se animando, começou a girar seu bastão com as duas mãos, acima da cabeça. Após isso, sorriu e correu em direção do outro, que começou a mexer os braços lentamente.

 Koda – Não usar meu elemento me limita bastante. Mas eu não sou um general só pelo meu elemento, AINDA POSSO LUTAR. – Gritou.

 Koda, ao chegar junto de Kizuro, posicionou seu bastão apenas em uma mão e começou a atacar com mais força que antes, e assim, se iniciou uma grande sequência de golpes. Koda começou a atacar seu adversário rapidamente com seu bastão na mão direita, e Kizuro, vendo que os ataques estavam mais fortes, começou a se defender rapidamente, ficando apenas várias imagens de vultos aparecendo durante seus ataques, por causa de suas velocidades extremamente elevadas. Os golpes cruzavam-se ferozmente, e a força dos dois era tanta que chegou a formar uma forte rajada de vento, que percorreu a sala, chegando até Sora, que recebeu o vento de frente e fez uma cara de felicidade. Os dois continuaram trocando golpes, até que de repente, os dois pararam com os dois colidindo-se, com Koda pressionando seu bastão contra o braço de Kizuro, que pressionava de volta com um sorriso no rosto. Os dois se olharam por um momento e cada um deu um pulo para trás, dando um suspiro.

 Koda – Não esperava menos de você, Kizuro. Não consegui te acertar nenhum golpe, continua excelente em combate. – Disse Koda, arfando.

 Kizuro – Digo o mesmo. Estou impressionado com o seu avanço, Koda. Até esse momento, das outras vezes que lutamos, pelo menos 3 golpes meus já teriam te acertado. – Falou Kizuro, que também aparentava estar cansado. – E sobre você não ter me acertado, você está errado. – Falou o homem novamente, deixando uma gota de sangue escorrer de seu ombro.

 Koda – Você também disse que não tinha me acertado e que já teria me acertado 3 golpes normalmente, não é? Pois então, você acertou 2. – Disse Koda, apontando para seu rosto, que tinha um pequeno corte que sangrava algumas gotas, e seu tórax, onde havia uma grande marca de punho em sua barriga.

 Kizuro – Agora que eu notei...

 Koda – O que foi?

 Kizuro – Você está sem camisa...

 Koda – Ué, e o que tem?

 Kizuro – Espera, sem camisa você tem vantagem ao se mexer, vamos deixar isso justo, de acordo?

 Koda – Quer que eu coloque uma camisa?

 Kizuro – Não, pelo contrário, eu vou tirar meu colete. – Disse Kizuro, realizando o ato rapidamente, e então revelando uma grande tatuagem de rinoceronte em suas costas junto de várias cicatrizes que começavam dos ombros e percorriam todas as suas costas, indo até partes de suas costelas, e colocando o colete lentamente na extremidade da sala, para ninguém pisar. 

 Koda – É, não mudou muita coisa não. (Cara, que cicatrizes horríveis, o que esse cara passou pra ter tantas cicatrizes assim?) – Falou e pensou Koda, vendo que Kizuro só havia deixado suas costas e costelas à mostra, já que o mesmo vivia com o colete aberto, mostrando sempre seus músculos.

 Kizuro – Mas agora, sinto que posso me mover livremente.

 Sora – Gente, isso é uma luta, não um clube de strip-tease. – falou Sora, que comia um balde de pipoca.

 Koda – Cale-se, Sora. Espera aí, isso é pipoca?

 Sora – Sim, com manteiga, quer?

 Koda – Não, mas onde você conseguiu isso?

 Sora – Enquanto vocês estavam entretidos aí, eu abri um portal e fui comprar um balde ué.

 Koda – Nessas horas você lembra que pode usar portais, não é?

 Sora – Cale a boca, Koda. Você deveria mesmo estar conversando comigo?

 Koda – O que você quer diz- – Falava Koda, quando de repente Kizuro o interrompeu aparecendo do nada e desferindo um murro em seu rosto rapidamente, fazendo-o voar na parede com a potência do golpe.

 Sora – Eu avisei.

 Kizuro – Concordo com o Sora, não tire o foco da luta, Koda. Isso pode trazer sérias consequências.

 Koda – Ai, droga... – Disse Koda, sentando-se no buraco que havia aberto na parede e mexendo no maxilar com uma mão.

 Kizuro – Vamos, essa luta não acabou ainda.

 Koda – Tudo bem. Vamos voltar para a luta. – Disse Koda, fazendo movimento circular com o ombro e deixando seu bastão a postos, como se estivesse se preparando para um 2º round.

 Kizuro – VAMOS LÁ. – Gritou Kizuro, correndo em direção de Koda, que o atacou com o bastão frontalmente, mas Kizuro deslizou por baixo do golpe, levantando Koda com um chute no estômago. Koda, após receber o golpe e cuspir um pouco de sangue, enquanto ainda estava no ar, cravou seu bastão no chão, para evitar ser jogado muito longe. O general então, foi em direção de Kizuro, o atacando ferozmente com seu bastão, mas o mesmo se defendia com facilidade. Kizuro então, em um dos golpes de Koda, parou o bastão com a palma da mão e jogou Koda contra o chão em um instante, sem dar tempo do garoto largar o bastão.

 Koda – AAAAAAGH. – Gritou, enquanto era jogado no chão.

 Kizuro – Acho que temos um vencedor.

 Koda – Ainda... Não. – Falou, levantando-se com dificuldade.

 Kizuro – Pois bem, venha. Estou pronto. – Retrucou, fazendo um gesto com a mão a qual chamava Koda para a luta.

 Koda – Tudo bem. HAAAAAAAAAAA – Gritou, indo para cima de Kizuro, começando a atacar várias vezes com seu bastão, e obviamente, Kizuro se defendia sem nenhuma dificuldade, até que Koda mudou o curso de seus ataques e enterrou a extremidade de sua arma no chão, e Kizuro, sem entender nada, baixou a guarda por um momento e então Koda aproveitou para acertar seu queixo com um soco que fez o hospedeiro voar para trás com o impacto, e quando Kizuro levantou-se, tentando ver onde estava Koda, o garoto impulsionou-se para cima, forçando sua arma para baixo assim erguendo-se e conseguindo desferir um chute na lateral do rosto de Kizuro, enquanto se apoiava no bastão com uma mão, o que fez o general de cabelo cinza, que já estava um pouco atordoado, ser atirado alguns metros pela sala.

 Kizuro – Impressionante, não esperava por esse ataque.

 Koda – Eu notei que você percebeu que meus ataques estavam sendo repetitivos demais, e me aproveitei disso para ataca-lo de surpresa.

 Kizuro – Muito bom. Esse último chute doeu um pouco, isso não foi legal. Que tal acabarmos com isso agora mesmo?

 Koda – Eu apoio.

 Sora – Droga, minha pipoca acabou. – falou o garoto de cabelo branco, tirando todo o clima de tensão dos dois outros que se enfrentavam.

 Koda e Kizuro – CALE A BOCA, SORA.

 Sora – Minha nossa.

 Kizuro – Onde estávamos mesmo?

 Sora – Na parte final da luta.

 Kizuro – Você sabe que eu posso te esfolar vivo, né?

 Sora – Tá, estou quieto.

 Kizuro – Acho bom.

 Koda – AQUI VOU EU. – Gritou Koda, correndo em direção de Kizuro, girando seu bastão em sua mão esquerda, começando assim uma incrível sequência de golpes contra Kizuro, que impressionantemente não estava mais com tanta facilidade para se defender.

Em um dentre todos esses golpes, Koda tentou atacar Kizuro frontalmente com o bastão, tentando acertar seu braço direito, mas o homem de cabelos acinzentados, agora livre de seu colete, apenas girou seu braço para trás para evitar o golpe e voltou o braço para frente para prender o bastão do general de cabelo verde entre seu braço e seu corpo, e nisso, desferir um soco extremamente forte no rosto de Koda com sua outra mão que estava livre, e Koda, não querendo deixar aquilo daquele jeito, puxou Kizuro junto com seu bastão e deu uma cabeçada na testa do mesmo, que teve que se afastar devido à potência do golpe.

 Kizuro – Por uma cabeçada eu não esperava mesmo. – Falou, colocando a mão em sua testa, e vendo que ela estava sangrando.

 Koda – Para últimas cartadas, tudo é válido. – Falou o garoto, caindo sobre seu joelho direito, ainda tonto pelo soco que recebera.

 Kizuro – Pois bem, esta luta está acabada.

 Koda – M-mas, eu ainda consigo lutar. – Falou, tentando levantar-se, mas se ajoelhando de novo.

 Kizuro – Não se force. Você foi ótimo, me acertou vários golpes que eu realmente não esperava. Está virando um verdadeiro guerreiro. – Falou, indo até o canto da sala onde estava seu colete e recolocando-o. – Agora, Koda, vá tirar um cochilo, curar esses ferimentos, o mesmo pra você, Sora.

 Sora – Entendido.

 Koda – Tudo bem, mas e quanto à você?

 Kizuro – Eu? Vou voltar a treinar com minha máquina.

 Koda – Você ainda tem energia depois da nossa luta?

 Kizuro – É claro. Quando você treina 12 horas por dia, apenas uma luta não é suficiente para te fazer cansar.

 Koda – Entendo. – falou Koda, abrindo um sorriso. – Tudo bem, vou descansar. Até mais, vocês dois.

 Sora – Até mais também, Já vou indo, Kizuro.

 Kizuro – Ok. – Falou, enquanto os dois abriam portais e saíam da sala. – (Na verdade eu resolvi parar a luta por aqui mesmo pois, se ela continuasse um pouco mais, eu provavelmente perderia o controle e ativaria meu elemento, e essa luta poderia tomar proporções incrivelmente destrutivas, então, acredito que tenha sido a melhor decisão). – Pensou, enquanto olhava para os locais que estavam com os vestígios da luta. – Bom, parece que é só eu e você. – Falou, sorrindo para sua máquina e indo em direção à ela, para retomar seu treinamento.

   Agora, voltando mais um pouco no tempo, enquanto Kaito ainda enfrentava Kuro, junto de seus amigos, vamos à leste de onde essa luta ocorria, em uma floresta em uma cidade de interior. Essa floresta é conhecida como Floresta dos esquecidos, onde se encontram várias ruínas de civilizações antigas. Agora, andando nessa floresta, estavam Ryota e Masato, segurando um radar elemental.

 Ryota – Cara, que fria. Por que bem o nosso alvo tinha que estar escondido nessa floresta? Nós viajamos a noite toda para chegarmos aqui nesse fim de mundo, e só agora que amanheceu nós estamos podendo fazer algo. E esse algo é andar na floresta sem rumo, nossa, que caça ao fugitivo legal. E além do mais, parece que quanto mais andamos, mais longe o pontinho dele fica, isso está ficando chato. – Reclamou Ryota, que andava com as duas mãos atrás da cabeça.

 Masato – Relaxa, cara. Uma hora ou outra nós temos que acha-lo.  Essa floresta é grande, mas nada que a gente não consiga explorar.

 Ryota – Você sabe como eu odeio ficar à toa. Só quero achar esse cara logo. – Resmungou Ryota, bocejando.

   Os gêmeos então, continuaram andando pela floresta, até que de repente, no meio do caminho, acharam uma trilha.

 Masato – Ei, Ryota, dá uma olhada. Ela parece bem pisoteada, muitas pessoas devem passar por aqui diariamente.

 Ryota – Você quer dizer que a gente veio pelo meio do mato sem precisar?

 Masato – Não se esqueça que essa ideia foi sua.

 Ryota – Nem me lembre, estou me sentindo um idiota. Mas enfim, vamos segui-la, ela com certeza dá em algum lugar.

 Masato – De acordo. – Concordou Masato, seguindo Ryota, que já estava indo na frente.

  15 minutos depois de seguirem a trilha, os dois chegaram em uma vila.

 Ryota – O que? O que uma vila faz no meio da floresta dos esquecidos?

 Masato – Não faço a mínima ideia.

 ??? – Ei, vocês, parecem perdidos, precisam de ajuda? O que vocês fazem aqui tão cedo?  – Perguntou um velho, que parecia ter em torno de 50 anos, que carregava uma cesta cheia de maçãs e viu os gêmeos chegando na vila naquele início de manhã e olhando a vila.

 Ryota – Sim, estamos perdidos, obrigado. Você poderia nos dizer o que essa vila faz aqui, se tem uma cidade antes da floresta?

??? – Bom, na verdade, todos que estão na vila agora estão apenas trabalhando. Nós fundamos essa vila faz mais ou menos 1 mês e meio. Nós na verdade, moramos na cidade, mas viemos até aqui todo dia para trabalhar nas plantações, já que o solo aqui é mais fértil que na cidade.

 Masato – Entendo. Isso explica o porquê da trilha estar tão desgastada. Quantas pessoas trabalham por aqui?

 ??? – Em torno de 50 pessoas.

 Masato – E onde elas estão? Só vejo o Senhor.

 ??? – Jovem, você é engraçado. São 6:45 da manhã, estão todos dormindo.

 Ryota – Entendi, faz sentido. Ei, senhor, qual seu nome?

 ??? – Meu nome é Ichiro, jovem. E o de vocês?

 Ryota – Me chamo Mitawashi Ryota, Senhor.

 Masato – Me chamo Mitawashi Masato, senhor.

 Ichiro – Entendo. Ei, agora que eu respondi uma pergunta de vocês, vocês podem responder uma minha?

 Ryota e Masato – Claro. O que o senhor quer saber?

 Ichiro – Por que vocês dois tem espadas na cintura? – Falou o velho, olhando para os dois com um olhar desconfiado.

 Ryota – Espera, espera, espera, a gente não vai fazer mal à esta vila, só estamos de passagem.

 Masato – Isso mesmo.

 Ichiro – Tudo bem, então. É bom não estarem mentindo. Vocês tem mais alguma dúvida?

 Masato – Eu não-

 Ryota – Eu tenho. – falou Ryota, cortando a fala de Masato.

 Ichiro – Fale, Ryota.

 Ryota – Bom, a cidade a qual vocês vem todo dia para trabalhar, é uma cidade onde a agricultura se destaca, não é? Então, por que vocês deixaram de plantar lá para plantarem aqui? O que ocorreu nessa floresta de 1 mês e meio pra cá? – Perguntou Ryota, olhando fixamente para o velho, que sentiu uma aura estranha vinda do jovem.

 Ichiro – Me pegou, garoto. Pensei que você não ia perceber esse detalhe. Mas, você percebeu, então vou ter que falar. Há um mês e meio atrás, do nada, todo dia em um certo horário do dia e da noite, uma música muito agradável começou a tocar na floresta. Nós viemos investigar depois de uma semana com a música sempre tocando, e por mais que ela seja agradável, ela estava amedrontando os moradores da cidade, que estavam pensando que era uma música hipnótica criadas por demônios.

 Masato – Ryota... 1 mês e meio atrás... os elementos...

 Ryota – Sim... Continue, Ichiro.

 Ichiro – Claro. Bom, então, na nossa primeira exploração à floresta, achamos este local, que estava completamente lotado de árvores frutíferas, legumes e todos tipos de vegetais. E quanto mais perto da música, mais qualidade tinham os alimentos. Essas maçãs aqui que eu carrego, são da maior qualidade possível, provem. – Falou o velho, jogando duas maçãs, uma para Ryota e outra para Masato.

 Ryota – Não estão envenenadas, né?

 Ichiro – Que besteira. Coma logo.

 Masato – Nossa, deliciosa. – falou Masato, provando a maçã.

 Ichiro – Eu falei. Então, depois de descobrirmos este local, nós continuamos nos aproximando da música, mas quando nós estávamos perto de chegar até ela, pareceu que algo nos ejetou pro início da caminhada de novo, ou seja, aqui. E não importa o quanto tentávamos, sempre parávamos aqui nesse mesmo ponto. Então, resolvemos criar aqui nossas hortas e aproveitar do solo, que já estava com vegetais.

 Ryota – Deliciosa mesmo esta maçã. Mas enfim, você está me dizendo, basicamente que esse som estranho deixa os alimentos mais “felizes”, o que faz eles crescerem melhor?

 Ichiro – Exato. Também não faz sentido para nós, mas nós estamos aproveitando. A riqueza da cidade aumentou consideravelmente depois que viemos cultivar nossos alimentos aqui.

 Masato – Mas e os campos da cidade? Vocês deixaram largados?

 Ichiro – Claro que não, garoto, não seríamos tão ingênuos. Por isso que apenas um membro de cada família vem aqui. Nós deixamos nossas famílias cuidando das hortas e plantações da cidade, para ninguém desconfiar, e viemos para cá. Todos aqui passam a semana aqui nos acampamentos e casebres que construímos e voltamos na sexta-feira à noite, para passarmos os finais de semana com nossas famílias.

 Masato – Entendo. Ei, você pode nos dizer de onde vem esse som agradável?

 Ichiro – Claro, garotos, mas não sei se vocês deveriam ir até lá, é inútil. Vocês vão acabar aqui novamente, como qualquer um que tenta se aproximar.

 Ryota – Não se preocupe conosco.

 Ichiro – Tudo bem então. A partir da saída da vila, tem dois caminhos, o da direita leva de volta à cidade e o da esquerda leva floresta à dentro, onde tentamos encontrar a origem do som, que foi em vão.

 Masato – Bom, Obrigado, Ichiro, nos ajudou muito, de verdade.

 Ryota – Obrigado.

 Ichiro – Disponham. – Disse o velhinho, dando um sorriso. – Se conseguirem entrar lá, voltem e contem como foi, certo? Se não, voltem para tomarmos um chá, o que me dizem?

 Ryota – Tudo bem, então.

 Masato – Vamos lá, Ryota. Até mais Ichiro. – Falou Masato, indo em direção à saída da cidade com seu irmão.

 Ichiro – Até mais.

   Ryota e Masato, então, ao saírem da cidade, se olharam de um jeito estranho e começaram a correr igual loucos, até chegarem ao ponto onde a estrada se dividia.

 Masato – Ganhei. – Disse o garoto, arfando de cansado.

 Ryota – Maldito, Não vou perder na próxima corrida. – Falou Ryota, que sentou-se no chão para descansar.

 Masato – Mas e então, Ryota, você acha que nosso alvo está escondido nessa floresta?

 Ryota – Tudo indica que sim. Pelas informações que aquele velho nos deu, sempre eles se aproximavam da tal música misteriosa, eles simplesmente acordavam no local de origem novamente. Isso pode ser algum truque com portais.

 Masato – Você tem razão... Mas para um hospedeiro deixar um portal aberto assim, deve ser extremamente habilidoso.

 Ryota – E poderoso.

 Masato – Não necessariamente, Ryota. Ele pode ser extremamente fraco em habilidade de lutas, mas pode ter, de algum modo, treinado com os portais, pra fortalece-los.

 Ryota – Parando para pensar, não é algo tão absurdo.

 Masato – Obrigado.

 Ryota – Bom, vamos ir em direção dessa música, certo?

 Masato – Certo.

  Os irmãos então, depois de conversarem e descansarem de sua corrida, seguiram o caminho para a floresta, e após andarem 2 quilômetros floresta a dentro, começaram a escutar a tal música, que começou já em um volume relativamente alto, já que estavam mais próximos.

  {Agora, se possível, insira aqui a seguinte música: https://www.youtube.com/watch?v=RqQDu65_Ckk }

 Masato – Ryota, escute... essa música... como o Ichiro disse, ela é realmente agradável... Espera... que horas são? – perguntou Ryota, um tanto preocupado.

 Ryota – São 8 da manhã agora, Masato, por que? – Respondeu Ryota, olhando o relógio que havia em sua espada.

 Masato – Hmm... se eu considerar que esse som toca todos os dias no mesmo horário, e que o horário normal que pessoas comuns começam a trabalhar é por voltas 08:00, esse cara que estamos atrás deve servir de despertador para eles que moram naquela vila.

 Ryota – Que análise estranha, - falou Ryota, rindo.

 Masato – Só estou usando lógica.

 Ryota – Eu não duvido de mais nada.

 Masato – Enfim, vamos ir logo atrás desse cara... essa música é agradável até demais, está me dando nos nervos.

 Ryota – O que a deixa mais linda, é que seu som ecoa pela floresta, como se fosse uma parte natural dela. Enquanto ela toca, as brisas que passam pela floresta nos dão a ilusão que as árvores querem dançar no ritmo, parece que a floresta se enche de vida. Agora entendo o porquê dos vegetais daquela vila serem de tão alta qualidade.

 Masato – Nossa, não sabia que você apreciava tanto músicas e as belezas da natureza.

 Ryota – Digamos que eu não goste da música, mas sim da sensação de paz que ela e a natureza me trazem. Essas brisas leves que vem de encontro ao meu rosto me fazem ficar extremamente feliz.

 Masato – Você desde criança gostou mais na natureza.

 Ryota – Isso é verdade.

 {Pare a música}

    De repente, enquanto Masato tentava falar para algo para seu irmão, a música simplesmente parou de tocar.

 Ryota – Parou do nada...

 Masato – Lembre-se que o Ichiro disse que ela toca um pouco e para.

 Ryota – Verdade. Vamos continuar seguindo, se a música, nesse ponto onde estamos, já está neste volume médio, significa que não estamos tão longe de acha-lo.

 Masato – Exato. Vamos.

    Os dois então, seguiram caminho, até que, depois de uns 10 minutos andando pela trilha, Masato parou bruscamente, fazendo Ryota esbarrar nele.

 Ryota – Ei, por que você parou? – Falou Ryota, com a mão no nariz.

 Masato – Ryota, vá na frente.

 Ryota – Por que? O que tem aqui? – Perguntou o garoto, indo olhar para frente, mas então, Masato empurrou-o e o garoto foi sugado para dentro de um portal. – Assim como eu imaginei, era uma barreira de portais. Mas por enquanto, eu preciso ir pegar o Masato, que deve ter aparecido na vila. PORTAL CONTACT – Gritou Ryota, abrindo um portal e aparecendo novamente na vila, só que no portão de saída. – Onde está aquele embuste?

   Ryota então, começou a andar pela vila, vendo que ela já estava mais cheia de vida, com várias pessoas trabalhando nas hortas e colhendo frutas.

 Ryota – Parece que só chegamos cedo demais. – Falou o garoto, sorrindo.

  Após sorrir, continuou andando pela vila, olhando em volta, olhando as casas simples de madeira, barracas, feiras e tudo o que aquela vilinha agrícola havia a oferecer, quando de repente, no meio da rua, viu Masato deitado.

 Ryota – Masato. – Falou o garoto, correndo até o irmão. – Cara, o que você tá fazendo aí deitado? – Perguntou, tentando encostar em Masato, só que nessa tentativa, o corpo deitado de Masato desapareceu do local e por trás de Ryota, surgiu o garoto, dando-o uma voadora na região das costelas.

 Masato – HAAAAAAA. – Gritou, desferindo o golpe, fazendo Ryota ser arrastado pela rua por alguns metros.

 Ryota – AAAAGH. Droga, maldito. Não precisava usar esse maldito truque.

 Masato – E VOCÊ NÃO PRECISAVA TER ME EMPURRADO NAQUELE PORTAL, SEU DESGRAÇADO. EU PODIA TER MORRIDO – Respondeu Masato, extremamente furioso.

 Ryota – Agh, então estamos quites. – respondeu Ryota, tirando onda, tentando dar um sorrisinho.

 Masato – Tsc. Já que tudo acabou bem, tá de boa. Eu sabia que você voltaria aqui, então nada mais justo que usar minha técnica de clonagem para te pegar de surpresa.

 Ryota – Admito que foi uma ideia extremamente boa. – Disse Ryota, ainda com a mão na região onde havia levado o chute.

 Ichiro – Ora ora, parece que os gêmeos voltaram. – falou Ichiro, que ouviu a voz dos garotos e veio encontra-los, saindo de uma horta de temperos.

 Ryota – Ah, e aí Ichiro. Veio zombar da gente por termos voltado tão rápido?

 Ichiro – Pior que não, mas poderia fazer isso. – falou o velho, dando uma risada. – Mas e então, vejo que chegaram no negócio que ejeta todo mundo de lá. Viram como eu não estava mentindo?

 Masato – Sim, foi uma experiência interessante. Mas nós só voltamos para testar se funcionava mesmo, não é, Ryota?

 Ryota – Exato.

 Ichiro – Então vocês vão voltar lá?

 Masato – Mas é claro. E tenho certeza que conseguiremos chegar até o som dessa vez.

 Ichiro – E como têm tanta certeza?

 Ryota – Relaxa, confia na gente. – falou Ryota, fazendo um Brofist junto de Masato.

 Ichiro – Tudo bem então. Vão lá. (Espadas na cintura e insistem em achar a origem do som, hã? Eu sabia que vocês eram suspeitos desde que vi vocês pela manhã.) – Falou e pensou o velho, fazendo uma feição séria e desconfiada enquanto os garotos davam as costas à ele para voltarem de onde vieram.

 Masato – Ok, vamos lá, Ryota. – falou Masato, que saiu correndo até a saída da vila junto de seu irmão. – Ok, vamos andar até não ter mais ninguém nos olhando, então vamos utilizar os portais para voltar até onde estávamos.

 Ryota – Ok, eu já iria fazer isso de qualquer forma. Vamos. – respondeu, abrindo um portal e desaparecendo junto com Masato.

 Ichiro – Interessante... Pelo que posso ver, vocês realmente não são flor que se cheire. Mas eu não tenho com o que me preocupar... se eles acharem mesmo a origem do som, vão se arrepender. – Falou Ichiro, que viu os jovens abrindo o portal através de um binóculo.

 Masato – Ok, aqui de novo. Vamos ver do que esse portal é capaz. – Disse Masato, após chegarem novamente ao local de antes, e colocando sua mão através do portal que o levou de volta à vila e retirando-a rapidamente para não ser sugado.

 Ryota – E aí, pode cancelar?

 Masato – Posso, mas vai demorar um tempinho. – Respondeu Masato, colocando as mãos próximas ao portal, e começando a emanar algumas rajadas alaranjadas das mesmas. – Cancelar portais, quem diria que eu teria que usar essa habilidade aqui?

 Ryota – Demorar? Vamos ter que ficar à toa aqui? Que droga. Você sempre cancelou portais rapidamente, por que dessa vez que a gente tem pressa o processo tem que ser demorado?

 Masato – Não coloca a culpa em mim. – Ele fez um trabalho muito bom cercando essa área toda da floresta com portais, formando uma espécie de cúpula. Vou ter que cancelar um por um, e infelizmente, isso demora. Além do mais, esses portais são mais resistentes que o normal. Para criar portais desse nível, o hospedeiro tem que ser extremamente forte.

 Ryota – Espera, por que você não cancela apenas alguns, para ser o suficiente para passarmos? E o forte que você se refere é no nível de um dos generais?

 Masato – Eu tentei de início apenas cancelar alguns, mas após senti-los melhor, pude perceber que se eu deixasse apenas um que seja, ele automaticamente reestabeleceria os outros, e meu trabalho todo seria em vão. E eu diria que, pelo poder desses portais, esse hospedeiro está entre a Yummi e o Koda.

 Ryota – Tanto assim?

 Masato – Por incrível que pareça, sim. Mas isso não importa, nós quase derrotamos o próprio Kuro com nossas combinações, ele não deve dar nem pro cheiro.

 Ryota – Você tem razão. Ainda mais que o Kuro falou que, enquanto lutavam, esse cara simplesmente fugiu dele, dizendo que “Não estava interessado em lutar”.

 Masato – Exato. Ele deve ser apenas um covarde que não quer enfrentar a realidade que o espera, que é trabalhar pro Kuro, assim como todos nós. Ele deve ter achado que com essa barreira de portais, ficaria à salvo no seu pequeno casulo pra sempre. Que ridículo. Mal sabia ele que existe um hospedeiro como eu, que tem a capacidade de cancelar portais, que por muito tempo, eu achei que seria inútil.

 Ryota – Quanto tempo ainda?

 Masato – Preciso de cerca de 15 minutos.

 Ryota – Meu deus, 15 minutos à toa é muita tortura.

 Masato – Caramba cara, para de reclamar. Se não quer ficar boiando ai parado, faz algum exercício, tipo flexões, sei lá.

 Ryota – E por que você não me acompanha?

 Masato – Porque eu estou meio ocupado TENTANDO CANCELAR ESSES PORTAIS.

 Ryota – Tá bom, tá bom. Vou subir uma árvore e tirar um cochilo rápido em um dos galhos. Não dormi muito bem na viagem de trem até aqui.

 Masato – Tá bom, só para de encher o saco e me deixa trabalhar. Pode não parecer, mas isso requer concentração, e você reclamando no meu ouvido não é uma grande fonte de concentração.

 Ryota – Ok, ok, já entendi que sou chato. – falou, começando a escalar a árvore que havia dito, deixando Masato cancelando a barreira de portais, que ia se desintegrando em vários farelos brilhantes a cada instante que passava.

   Então, depois de 15 minutos, Ryota, que estava deitado em um galho da árvore, ouviu um barulho estranho vindo do chão, e ao olhar o que era, viu Masato caído no chão.

 Ryota – MASATO. – Gritou o garoto, descendo em um só pulo do galho da árvore, para ajudar o irmão. – Cara, você tá legal? – perguntou, sentando Masato para ele não desmaiar.

 Masato – R-Relaxa, eu tô legal. – Respondeu o garoto, com uma mão no rosto, como se estivesse simbolizando dor.

 Ryota – Cara, você caiu duro no chão. O que houve?

 Masato – Digamos que eu tive que usar energia demais para cancelar todos esses portais de uma vez. – falou, apoiando-se no ombro de Ryota para levantar-se.

 Ryota – Ah sim, deve ter sido bem puxado pra você.

 Masato – Nem me fale. Fazia muito tempo desde que eu usei essa habilidade pela última vez, então estava enferrujado.

 Ryota – Mas vejo que já consegue se manter em pé.

 Masato – Sim, foi só uma tontura.

 Ryota – Então vamos logo atrás desse fugitivo maldito para podermos ir embora. – falou Ryota, passando pelo local onde antes havia a barreira de portais normalmente. – Esse cara não é tão bom assim.

   Os dois irmãos, Ryota mais à frente e Masato mais atrás, andando mais lentamente por estar um pouco cansado, continuaram adentrando a trilha que havia na floresta, até que Ryota se deu conta de uma coisa.

 Ryota – Espera aí...

 Masato – O que foi agora, Ryota?

 Ryota – Você percebeu que a gente continua andando sobre uma trilha?

 Masato – E o que que tem?

 Ryota – Se existe trilha, pessoas andaram nela. E PELO QUE O VELHO ICHIRO NOS FALOU, ELES NÃO CONSEGUIRAM PASSAR, ENTÃO COMO DIABOS ESSA TRILHA PODE EXISTIR?

 Masato – TEM RAZÃO. TEM ALGO MUITO ERRADO AQUI.

 Ryota – Sinto cheiro de armação... Mas como nos descobririam?

 Masato – Lembra daquela pergunta do Ichiro, sobre nossas espadas? Ele nos olhou com uma cara bem desconfiada, não acha?

  Ryota – Não me diga... que aquele velho miserável nos enganou?

 Masato – Acho pouco provável, pois quase tudo na história que ele contou batia com o que vimos... mas essa trilha existir foi um furo e tanto.

 Ryota – Ou o hospedeiro fez uma ele mesmo, para as pessoas normais pensarem que a trilha continua e irem parar de volta na vila sem perceber o fim do caminho.

 Masato – Acho essa uma ótima possibilidade. Esse desgraçado realmente pensou em tudo para fazer um esconderijo perfeito, mas ele realmente não contava que nós destruiríamos o planinho dele facilmente.

 Ryota – Não é à toa que nosso conhecimento sobre estratégia é tão vasto.

 Masato – Exato.

 Ryota – Vamos continuar, ainda temos um longo caminho a percorrer até encontrarmos esse maldito fugitivo.

 Masato – Sim. E com essa trilha, ele só deixou mais fácil para encontra-lo.

   Os dois, após verem que seu inimigo era tão esperto quanto eles, continuaram a andar pela trilha, até que do nada, os dois ouviram uma grande explosão vinda de vários quilômetros oeste a fora.

 Ryota – O que foi isso? A pressão dessa explosão está chegando aqui.

 Masato – Eu posso sentir... o poder do Kuro? Espera, o Kuro não tinha dito algo sobre lidar com a Azuka um pouco antes de sairmos ontem pela madrugada?

 Ryota – Sim. Espera, eu sinto mais 4 energias diferentes além da energia do Kuro. O que está acontecendo?

 Masato – Não faço ideia, mas com certeza essa luta foi além do que devia ter ido.  

 Ryota – Você tem razão. Para essa explosão ter todo esse poder, eles devem ter usado tudo o que tinham em um único ataque. Coitada da Azuka...  

 Masato – Coitada nada. Traidores não merecem perdão.

 Ryota – Ui, friozão. – disse Ryota, para provocar o irmão.

 Masato – Cale a boca.

 Ryota – Tá, tá. Mas enfim, cara, para uma massa de poder dessa magnitude chegar até nós, que estamos tipo, 150 quilômetros longe deles, o Kuro com certeza não estava enfrentando só a Azuka. Ela não teria tanto poder. E ainda mais, arrisco dizer que o Kuro estava usando mais poder que o normal.

 Masato – Também sinto isso. Será que ele liberou o tão temido 100%?

 Ryota – Contra a Azuka e mais 3 hospedeiros aleatórios? Duvido...

 Masato – Espera...

 Ryota –  O que?

  Masato – AZUKA E MAIS 3? ESPERA, OS FUGITIVOS NÃO ERAM 4? COMO ASSIM ESTAVAM TODOS OS 3 REUNIDOS? O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

 Ryota – VERDADE. DROGA, APOSTO QUE AQUELE CARA DO FOGO COMEÇOU A JUNTAR ALIADOS. MALDITO... DROGA... ISSO SIGNIFCA QUE ESSE CARA QUE ESTAMSO CAÇANDO É O ÚLTIMO DOS FUGITIVOS... PRECISAMOS ENCONTRÁ-LO. E RÁPIDO.

   Ao gritar isso, os dois começaram a correr pela floresta até que chegaram em uma área completamente limpa e arredondada no meio da floresta, que havia várias árvores em volta, e uma caverna de civilizações antigas com várias pedras na frente da entrada.

 Masato – Mas o que? Que droga de lugar é esse?

 Ryota – EU NÃO ME IMPORTO COM ESSE LUGAR, NÓS JÁ ESTAMOS ANDANDO HÁ MUITO TEMPO, ONDE ESTÁ ESSE MALDITO FUGITIVO? – Gritou Ryota, furioso.

  Após o grito, as árvores ao redor daquele local começaram a balançar seus galhos e folhas por causa de um vento extremamente forte que começou naquele local, e no topo de uma árvore, um vulto negro apareceu e desapareceu em um instante. Depois disso, o vulto começou a passar de árvore em árvore, descendo do topo rapidamente, até chegar em um galho alto relativamente próximo dos gêmeos, mostrando ser a silhueta de um homem. Os dois, então, sentindo uma aura assassina vindo de algum lugar, ficaram um de costas para o outro para se defenderem de qualquer ataque surpresa.

 Ryota – O que foi isso? Parece que uma fera está nos observando com muita raiva.

 Masato – Sinto uma aura assassina extremamente forte nessa área. EI, SABEMOS QUE VOCÊ ESTÁ AÍ, APAREÇA. – Gritou Masato, enquanto uma gota de suor escorria por seu rosto.

 Ryota – Espera... EU SEI QUE É VOCÊ, FUGITIVO. APAREÇA DE UMA VEZ, DESGRAÇADO. – Gritou Ryota, furioso.

  Após gritar, o vulto que observava os dois de um galho de árvore, em uma piscada de olhos que os gêmeos deram juntos, apareceu no chão, na frente dos dois, revelando um homem com uma máscara extremamente feia e desgastada, que era estampada por um couro marrom esfiapado com vários arames entrelaçados no lugar da boca e um couro preto e velho segurava a mesma em seu rosto, cabelo preto e bagunçado, possuindo um brinco em sua orelha direita. O homem trajava uma espécie de xale marrom feito do couro de algum animal peludo, e por baixo uma camiseta marrom velha. Vestia também uma calça que ia até seus tornozelos e se encontrava descalço, carregando uma espada que tinha apenas uma lâmina no cabo, mas se dividia em duas lâminas em formato de “U” na metade do caminho. No ombro contrário ao xale, tinha uma pequena corda que levava a uma pequena bolsa que ficava na altura de sua cintura.

 ??? – Então quer dizer que... vocês estavam me procurando? – falou o homem, olhando para os dois com um olhar sério. – Então... vocês acharam.


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Notas finais do capítulo

A imagem do capítulo se refere à trilha que Ryota e Masato seguiram para acharem a vila.



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