Elements : Apocalypse battles escrita por Aguerosan


Capítulo 13
Capítulo 13 : Águas passadas


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE CAPÍTULO NOVO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Demorou muito, porque eu estava realmente sem tempo, e fui escrveendo de pouco em pouco.

Espero que gostem, boa leitura



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Algumas horas se passaram desde que Kouma e Kaito haviam terminado sua luta, que resultou num empate, e ambos já estavam de volta em casa, tendo deixado Koji no laboratório no caminho. Os dois se encontravam no sofá da sala, Kaito sentado e Kouma deitado, devido à exaustão que o poder se sua espada lhe causara anteriormente, vendo um programa de televisão que passava naquela noite, enquanto falavam da luta.  
 
 Kaito – Aquela hora que sua espada começou a brilhar e aquela aura dourada começou a emanar de você, eu fiquei muito surpreso. Não sabia que aquela espada tinha tal poder. – falou Kaito, olhando para Kouma, que mexia-se bem pouco, pelo fato de a cada movimento, um de seus músculos doer.
 
 Kouma – É, não é à toa que ela é minha favorita. Esse poder já me concedeu muitas vitórias quando mais jovem, mas eu sempre usava o poder em quantidade mínima, para não perder tanta resistência e durar em combate, mas na nossa luta eu liberei o poder dela desenfreadamente. Por isso estou nesse estado. – falou, Kouma, tentando rir, mas sendo impedido pelo cansaço.
 
 Kaito – Me explica melhor isso que você roubou essa espada do Koji, porque eu boiei.
 
 Kouma – Claro. Como você já sabe, eu e o Koji somos velhos conhecidos. Ele era muito próximo a mim, você lembra do estado que eu fiquei no hospital. Mas, eu estava na melhor idade, lá pelos 19 anos, quando roubei a espada. Ele a guardava em cima de uma espécie de bigorna, que brilhava em dourado, igual seus símbolos.
 
 Kaito – E como ele não percebeu o roubo?
 
 Koji – Essa eu mesmo respondo. – Falou Koji, do dispositivo no ouvido de Kaito. – Esse salafrário de uma figa trocou a espada que carregava pela espada sagrada, e como eu não costumo mexer nos artefatos, fui descobrir a falta dela 4 anos depois. E sabe como eu não desconfiei dele? Eu não desconfiei dele, porque pela sorte dele, várias pessoas haviam passado na montanha depois dele naquele período de 4 anos. Então, nem desconfiei.

 Kouma – Exatamente. Ele, depois de perceber que ela havia sumido, apenas a deu por perdida, pois seria muito trabalhoso recuperá-la.
 
 Kaito – Entendo. Mas são só duas espadas sagradas?
 
 Koji – Eram três. A terceira estava com meu irmão, Droy. Mas ela foi destruída em vários pedaços quando lutamos pela última vez, há mais de 30 anos.
 
 Kaito – Espera, mas então se ela se quebrou, aquela espada que o Kuro usa não é uma sagrada?

 Koji – Claro que não. Por que pensa isso? Ele deve ter moldado-a a partir de algum metal com suas trevas, por isso tem tanto orgulho dela.
 
 Kaito – Ah, entendo, é que quando ele luta com ela parece que ele se liberta. Dai pensei que poderia ser alguma habilidade das espadas.
 
 Koji – Ah, poderia fazer sentido, mas não faz, infelizmente.
 
 Kaito -  Pai, vai ficar aqui no sofá mesmo ou quer que eu te ajude a ir lá pra cima?
 
 Kouma – Pode me deixar aqui. O jeito de recuperar a fadiga é dormindo, então, desliga a tv e boa noite – falou Kouma, se aconchegando em uma almofada a qual estava escorado.
 
 Kaito – Ok. Ah, antes de mais nada, amanha eu vou visitar meus amigos, porque eles ainda não sabem que eu voltei.
 
 Kouma – Tá, tá. Vaza daqui, deixa eu dormir. – falou Kouma, fazendo um gesto de “Xô” com dificuldade com a mão direita. 
 
 Kaito – Tá, só avisei. – falou Kaito, subindo as escadas.
 
 Kaito – Koji, você tá aí? – falou o garoto, já no quarto.
 
 Koji – Tô sempre aqui. Que foi?
 
 Kaito – Nada acontecendo por enquanto?
 
 Koji – Estou recebendo imagens de vários satélites, e até agora nada.
 
 Kaito – Entendo. Então, vou dormir.
 
 Koji – Vai me deixar sozinho mesmo?
 
 Kaito – Cara, são 1 da manhã. Eu tive uma batalha bem árdua com meu pai hoje. Quero descansar.
 
 Koji – Tá bom, tá bom. Boa noite.

 Kaito – Boa.
 
   Já de manhã...
 
 Kaito – hmm, que horas são? – falou Kaito, abrindo os olhos sonolento, e olhando em seu relógio que ficava em seu criado-mudo.
 
 Kaito – Eita, já passam das 10, dormi feito uma pedra. Vou descer pra ver como tá o velho.
 
 koji – Que tem eu? – falou Koji, do dispositivo.
 
 kaito – Não você, o outro velho.
 
 Koji – Ah, o Kouma.
 
 Kaito – Sim, se aquieta aí. – falou Kaito, vestindo uma calça jeans e descendo em direção à cozinha.
 
 Kaito – PAAAAAAAI, TÁ ACORDADO? – Gritou Kaito, descendo as escadas, não obtendo resposta. – Hmm, deve estar dormindo ainda. Bom, não vou incomodá-lo. Vou sair.
 
 Koji – E o café da manhã?
 
 Kaito – Virou minha mãe, é? Se bem que eu tô com a maior fome, vou pegar algo e sair.
 
 Koji – Tá, né. Vai pra onde? – Perguntou Koji, parecendo interessado.
 
 Kaito – Eu falei ontem. Eu vou ver o Keiji e a Kiyomi, para fazer uma surpresa pra eles. Eles ainda não sabem que eu voltei. Primeiro vou na casa do Keiji, e arrastar ele junto comigo até a casa da Kiyomi. – falou Kaito, enquanto passava por Kouma, que dormia profundamente na sala, indo em direção à cozinha, pegando um onigiri que estava na geladeira e saindo com ele na boca.
 
 Koji – Ah sim., você mencionou mesmo. – falou Koji, com um tom de voz recordativo.
 
   Kaito logo depois de sair da cozinha, saiu trancando a porta e colocando a chave por baixo da fresta da mesma, para caso Kouma acordasse. Então, espreguiçou-se ao sol, e foi para a calçada, começando sua caminhada até a casa de Keiji. A casa de Keiji era a 3 quadras da casa de Kaito, então ele foi rapidamente. Quando virou a esquina para a rua de Keiji, notou que 3 pessoas conversavam na calçada, em frente à casa de Keiji. Eram eles, o próprio Keiji, Kiyomi e uma outra garota loira, que Kaito não conhecia.
  Kaito foi se aproximando lenta e cuidadosamente, e chegou por trás dos 3, e disse:
 
 Kaito – E aí, sentiram saudades? – falou Kaito, aparecendo de surpresa atrás dos 3, que se viraram rapidamente com um susto.
 Keiji – MAS QUEM É- ESPERA... KAITO?! KAITOOOOOOOOOO – Gritou  Keiji, vendo que era seu querido amigo, e pulando em cima dele com lágrimas jorrando de seus olhos exageradamente, não sabendo se chorava ou abraçava o amigo.

 Kiyomi – KAITOOOOOOOO. – gritou a adolescente, fazendo o mesmo que Keiji, e derrubando finalmente o jovem ruivo contra o chão, enquanto o mesmo começava a rir de seus amigos agarrados à ele.
 
 Kaito – Ei, vão com calma – faou Kaito, ainda rindo.
 
 Kiyomi – Calma nada, você demorou muito pra voltar. Não sabia que esse treinamento duraria tanto.
 
 Keiji – É, nos deixou preocupado.
 
 Kaito – Bem, ele podia ter durado bem mais, mas eu não consegui mais avançar porque as fases do treinamento estavam muito difíceis e eu não consegui suportar.  
 
 Kiyomi – Ah, entendo.
 
 ??? – Err... Kiyomi, Keiji, quem é ele? – falou a menina de cabelos loiros, que aparentava estar hesitante e envergonhada quanto à presença de Kaito, tanto que olhava pro chão quando fez a pergunta.
 
 Kiyomi – Ah, sim, claro. – falou Kiyomi, se levantando do chão. – Kaito, essa aqui é a nossa nova amiga que mudou pra cá recentemente.
 Keiji - Ela se chama Akata. Akata, esse é o nossos amigo que estava fora por um tempo, o Kaito. – disse Keiji, se levantando e apresentando a moça.
 
 Akata – M-Myasaki A-Akata, p-prazer. – falou a menina, levantando a cabeça, e exibindo um rosto angelical, com olhos azuis como uma safira e uma pele brilhante, enquanto estendia a mão para Kaito, que ainda estava no chão deitado.
 
 Kaito – R-Ryuuma Kaito, prazer. – disse o jovem ruivo, levantando rapidamente do chão, e apertando a mão da adolescente, mas com um pensamento desconfiado passando por sua cabeça.
 
 Kaito – ( Esses olhos azuis... eu já os vi em algum lugar...) – pensava Kaito, enquanto sorria para a menina.
 
 keiji – Bom, apresentações feitas, que tal irmos ao parque de diversões? Vai ser muito bom se todos nós nos divertirmos juntos. E também Kaito e Akata poderão conversar melhor.
 
 Kaito – Por mim, parece uma ótima ideia.
 
 Akata – Não tenho porque discordar. E também, como sou nova por aqui, já posso conhecer mais da cidade.
 
 Keiji – Não tem problema? Seus pais não- ah, esquece – falou keiji, travando sua frase na metade por algum motivo e tentando disfarçar.
 
 Kaito – Por que travou a frase, Keiji?
 
 Kiyomi – É que a akata é órfã. – respondeu Kiyomi, com uma mão na cintura.
 
 Kaito – Keiji, isso não se faz. – falou o ruivo, decepcionado.
 
 Keiji – Me desculpe, Akata, não foi proposital. – falou o jovem, se curvadno diante da menina.
 
 Akata – Não se preocupe, não tem problema. Mas enfim, vamos?
 
 Kaito – Vamos.
 
 Keiji – Mas e o Kouma? Está de acordo?
 
 Kaito – Digamos que ele está exausto e está dormindo como uma pedra.
 
 Keiji – Ah, entendo.
 
 Akata – Quem é Kouma? – perguntou a menina, confusa.
 
 Kaito – Meu pai.
 
 Akata – Ah, entendo.
   
   Os 4 jovens então, começaram a andar, rumo ao parque de diversões, enquanto conversavam.
 
 Kaito – Então, Akata, seus pais morreram de que? – perguntou o ruivo, enquanto andavam.
 
 Kiyomi – KAITO.
 
 Kaito – Que foi? Pra que esse berro?
 
 Akata – Não tem problema, Kiyomi. Meus pais morreram em um acidente de carro.
 
 Kaito – Ah... igual minha mãe... – respondeu Kaito
 
 Akata – Sinto muito. – disse a adolescente, que ficou triste por um momento.
 
 Kaito – Não se preocupe sobre isso. Eu que sinto muito pelos seus pais.
 
 Akata – Obrigado...
 
 Keiji – O clima de velório tá bem ruim, ein, galera, vamos mudar essas carinhas, afinal, estamos indo nos divertir. – disse Keiji, que pulou no ombro de Kaito e Akata, fazendo sua piadinha.
 
 Kiyomi – Você não sabe escolher suas frases, não é? – disse Kiyomi, decepcionada.
 
 Keiji – O que eu fiz agora? – perguntou Keiji.
 
 Kiyomi – Você falou “clima de enterro” enquanto eles falavam de seus parentes que morreram... você é uma decepção.
 
 Keiji – MEU DEUS, EU NÃO NOTEI. ME DESCULPEM. – Gritou o jovem, vendo o que tinha feito.
 
 Kaito – Não se preocupe, eu até que gostei da piada.
 
 Akata – Devo concordar.

 Keiji – E aí,? Vai fazer o que, Kiyomi? ELES ME ACHAM ENGRAÇADO.
 
 Kiyomi – Vou te ignorar.
 
 Keiji – EI.
 
    Logo após esse comentário de Keiji, os 4 amigos caíram na risada e continuaram sua caminhada até o parque, chegando lá 30 minutos depois.
 
 Keiji – E CHEGAMOS. – Gritou Keiji, que estava muito animado.
 
 Kaito – Nossa, faz muito tempo que eu não venho aqui. Acho que a última vez que estive aqui foi há 3 anos atrás.
 
 Kiyomi – É, eu também.
 
 Akata – Que parque lindo. Onde vamos primeiro?
 
 Keiji – Estou por vocês.
 
 Kiyomi – Vamos em todos.
 
 Akata – Apoio. Vamos primeiro ao tiro ao alvo, certo?
 
 Keiji – Estou dentro.
 
 Kiyomi – Vamos lá.
 
 Kaito – Tô com vocês.
 
   Nisso, os 4 jovens adentraram o parque e foram em diversos brinquedos, começando, como Akata sugeriu, pelo tiro ao alvo, onde Kaito, sem Akata entender nada, ganhou 4 prêmios. Um urso gigante, uma salamandra vermelha, uma aranha preta e um pônei amarelo, todos de pelúcia. Como Kaito havia conseguido 4 prêmios, deu 3 para seus amigos. Kiyomi ganhou o urso, Keiji a aranha e Akata o pônei amarelo, que combinava com seu cabelo. Kaito resolveu ficar com a salamandra vermelha pelo mesmo motivo de ter dado o pônei para akata. Logo depois, foram em carrinhos bate-bate, roda gigante, e vários outros brinquedos,  encerrando a ida ao parque com uma montanha Russa, onde Kaito foi com Kiyomi e Keiji foi com Akata. Os 4 se encontravam completamente cansados depois das voltas de montanha Russa finais, e ao olharem para o céu, viram que ele já estava todo estrelado. O dia tinha passado voando, e os 4 nem perceberam. Eles estavam conversando em um banco quando o seguinte aviso os alertou:
 
 Caixa de som : Atenção, todos que ainda estão no parque: Ele se fechará em 15 minutos. Obrigado por terem vindo, venham amanhaã novamente. O parque será fechado por enquanto, abrindo novamente amanhã à partir das 10:00 da manhã.
 
 Kaito – Aaaaahh, mas já vai fechar? O tempo voa quando você se diverte, não é? – falou Kaito, enquanto soltava um bocejo.
 
 Akata – É, me diverti muito. Obrigada por hoje.
 
 Kiyomi  Keiji e Kaito – De nada.
 
   Então, os 4 se retiraram do parque, começando a andar. Quando os 4 jovens andavam pela rua, voltando pra casa, de repente, Akata simplesmente saiu correndo para um beco, gritando, e logo em seguida uma multidão passou correndo por eles, se esbarrando e os separando em duas duplas, deixando Keiji e Kiyomi em meio à multidão, sendo arrastados, e jogando Kaito para onde Akata tinha ido correndo, por causa do empurra-empurra.
 
 Kaito - Agh. Mas o que houve, pra essa galera toda sair correndo destrambelhada pelo meio da rua? - perguntou o garoto, olhando o resto da multidão passar. – Aliás, o que houve? Você está bem? Por que você saiu correndo daquele jeito?

Akata – S-Sim, estou bem, não se preocupe comigo. Eu apenas odeio o som de explosões. – respondeu a menina, se agachando e ficando apoiada em suas pernas enquanto ficava escorada na parede. - N-não sei o que houve para essa multidão toda correr, mas deve ter sido algo sério.
 
 Homem - UMA CAIXA D'AGUA ESTOUROU, A ÁGUA ENTROU EM CONTATO COM A FIAÇÃO E GEROU UM INCÊNDIO NO PRÉDIO AO LADO, FUJAM ENQUANTO OS BOMBEIROS NÃO CHEGAM, O CURTO-CIRCUITO ESTÁ SE ESPALAHANDO RAPIDAMENT,E BOTANDO FOGO EM TUDO. – Gritou um homem que passava em meio à multidão, e viu os dois jovens na entrada do beco.
 
 Kaito – Meu Deus, que horrível. Espera, fogo, hã? – disse Kaito, soltando um sorrisinho.
 
 Akata – O que? O que pretende fazer Kaito? Por acaso seu pai é bombeiro?
 
 Kaito – Não, mas fique aqui. Eu volto logo.
 
 Akata – T-Tudo bem. – falou a menina, se encolhendo ao sentar no chão.
 
 Kaito – Eu volto já. – disse Kaito, que saiu correndo do beco, e de onde Akata estava, uma luz vermelha pôde ser vista. Akata então resolveu olhar da onde vinha a luz, e viu Kaito, envolto por um manto de chamas, absorvendo todo o fogo do incêndio pra si com uma espécie de espada.
 
 Akata – Hmm... então... – falou a menina, voltando rapidamente à posição inicial.
 
 Kaito – Voltei. Você está bem?
 
 Akata – Sim, eu estou bem. O que você fez?
 
 Kaito – Bem, digamos que eu sei lidar com fogo.
 
 Akata – Ah, entendo. Mas enfim, como vamos voltar pra casa?
 
 Kaito – Pela rua, ué
 
 Akata – Creio que não será possível.
 
 Kaito – Por que?
 
 Akata – Olhe, aquela multidão saiu destruindo tudo, e deixou a rua cheia de escombros, não dá pra passar lá. – disse Akata, se levantando e apontando pra uma pilha de escombros.
 
 Kaito – Na verdade, dá pra passar sim, escalando
 
 Akata – Só vamos achar outro caminho, ok?
 
 Kaito – Ok, você que sabe. – disse o garoto, dando de ombros. – Ah, espera, esse beco dá a volta. Podemos sair daqui e ir pra casa se passarmos pro ele. 
 
 Akata – Ótimo.
 
   Então, Kaito adentrou o beco, com Akata logo atrás. Andaram alguns metros, e quando já estavam completamente no escuro do beco, Akata começou uma frase com tom bonitinho:
 
 Akata – E então, Kaito, como eu dizia, a vingança...
 
 Kaito – Vingança? Do que você está falando? – falou Kaito, andando e respondendo sem olhar para a menina.

 Akata – Ah, nada... SÓ MORRA. – Gritou Akata, que mudou de um rosto amigável e gentil para um rosto psicopata e assassino em menos de um segundo, cravando uma lâmina no ombro de Kaito e dando um pulo pra trás para se afastar.
 

Kaito – AAAAAAAAAHHH. MAS QUE DROGA É ESSA, AKATA?– Gritou Kaito, enquanto colocava a mão sobre o seu ombro que estava sangrando devido ao golpe desferido.
 
 Akata – Akata, você diz, não é, esquentadinho? – disse Akata, enquanto, seu cabelo misteriosamente mudava sua cor amarela para um azul forte muito bonito lentamente, revelando sua verdadeira identidade.
 
 Kaito – Espera... esquentadinho? A única pessoa que me chamava assim... ISSO É IMPOSSÍVEL... VOCÊ DEVERIA ESTAR MORTA, O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? M-M-MIZUNO? – Gritou Kaito, ao olhar para o rosto da antiga Akata, e encontrar a garota de cabelo azul, a quem ele parecia conhecer há bastante tempo.
 
 Mizuno – Ah, priminho... então você lembra de mim? – Falou a menina, com um tom sarcástico, saindo da sombra do beco, e revelando ser Mizuno, uma subordinada de Kuro.
 
 Kaito – Como esquecer de você e o último dia que eu vi minha mãe? – disse Kaito, começando a lembrar de uma cena de seu passado, onde ele, Kouma, Kaya e Keima se encontravam em um clube de verão, com mais um casal desconhecido e Mizuno junto deles. Kaito tinha 7 anos, Keima 10, e Mizuno também 7.


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 ??? – Ah, finalmente chegaram, Kouma. Bom ver vocês. – falou um homem de 1,77 de altura, cabelos azuis, olhos amêndoa e corpo físico muito forte, pai de Mizuno, que trajava um calção azul e estava sem camisa, cumprimentando Kouma com um aperto de mãos muito mforte, que fez seus olhos lançarem um brilhinho amarelo.

 Kouma – E aí, Kaji. Faz 1 ano que não nos vemos, não é? – respondeu Kouma, que trajava uma bermuda vermelha e também estava sem camisa, com um sorriso, respondendo o aperto de mão, fazendo um brilhinho laranja sair de seus olhos.

 Kaji – Olá, Kaya, Keima, Kaito. – disse o homem, abraçando Kaya e passando a mão na cabeça dos dois meninos.

 Kaya – Olá, bom te ver, Kaji. – disse Kaya, que trajava uma camiseta florida amarrada com um top, deixando sua barriga à mostra, um chapéu de palha para proteção contra o sol e uma saia, com um sorriso.

 Keima – Ei, não passe a mão no meu cabelo. – respondeu Keima, que vestia uma camiseta branca e uma bermuda verde, juntamente com faixas brancas nas duas mãos, tirando a mão de Kaji de sua cabeça.
 
 Kaito – Olá, tio Kaji. – respondia Kaito, que trajava uma camiseta azul-turquesa, e uma bermuda laranja, com felicidade.

 Mizuno – E aí, dupla de trouxas. – disse Mizuno, que vestia um maiô da cor de seu cabelo, já implicando com Kaito e Kouma.

 Keima – Salve minha rainha. – disse Keima, se ajoelhando diante de Mizuno.
 
 Mizuno – O quê? Rainha do quê? – falou Mizuno, corando um pouco.
 
 Keima – Dos trouxas. – disse Keima, começando a rir descontroladamente, envolvendo Kaito na risada.

 Mizuno – Grr, EU VOU MOSTRAR O QUE ACONTECE COM QUEM RI DE MIM. – Gritou Mizuno, começando a correr atrás dos dois garotos, com inteção de bater nos mesmos.

 ??? – Hahaha, crianças... – falava a mulher, mãe de Mizuno, de 1,67 de altura, cabelos pretos e lisos, olhos azuis e um porte físico mediano, que trajava uma canga de praia amarrada na cintura e um sutiã preto que fazia parte de seu biquíni.
 
 Kaya – Ah, olá, Kizuha. Bom te ver. – disse Kaya, se aproximando e dando um abraço na mulher.
 
 Kouma – E aí, irmã, tudo bem? – falou Kouma, ainda apertando a mão de Kaji.

 Kizuha – Tudo. É muito bom rever a família, não é?

 Kouma – Com certeza. Bom, vamos nos sentar nas cadeiras à beira da piscina e conversar enquanto as crianças brincam, o que acham?  - falou o homem, usando a mão livre que tinha para apontar para a piscina do clube de verão.

 Kaji – Me parece uma boa ideia. Vamos lá então? – falou Kaji, finalmente soltando a mão de Kouma.

   Então os 4 adultos foram para as cadeiras e começaram a conversar sobre a vida naquela linda e ensolarada
tarde de sábado, que fazia 35ºC, perfeita para descansar em um clube.
  Mizuno, Keima e Kaito continuavam correndo pelo clube, mas já não era por causa de terem zoado Mizuno, mas por apenas estarem brincando de pega-pega normalmente.
 
 Mizuno – Ei, não vale Keima, suas pernas e as do Kaito são mais resistentes que as minhas. – disse Mizuno, que parava de correr, colocando as mãos sobre os joelhos, arfando. – O tio Kouma dá treinamentos especiais pra vocês, mas eu não sou assim.
 
 Keima – Não esquenta, Mizuno, a gente estava correndo rápido de propósito, sabemos que você não é preparada pra correr assim. Até seria injusto brincarmos de pega-pega com você correndo com tudo que temos, porque nunca seria nossa vez.
 
 Mizuno – É, tem razão. Às vezes eu queria ter a sorte de vocês de serem treinados desde a infância. – Disse Mizuno, ainda descansando com a mão apoiada no joelho.

 Kaito – Sorte? – Disse Kaito, cerrando o punho direito e abaixando a cabeça. - VOCÊ ACHA MESMO QUE ISSO É SORTE? TER QUE FICAR VÁRIAS HORAS EM TREINAMENTO FORÇADO, SÓ POR QUE SEU PAI É UM CARA DO EXÉRCITO QUE NÃO TOLERA FILHOS FRACOS? VOCÊ ACHA MESMO QUE ISSO É SORTE? – Gritou Kaito, com todas as suas forças, e pegando mizuno pela alça do maiô, como se estivesse pegando na gola da camisa de alguém, a soltando violentamente contra o chão e saindo de perto dos dois que ficaram no ambiente, indo para outra parte do clube, ainda de punho cerrado.

 Keima – KAITO, NÃO PRECISAVA DISSO. – Gritou Keima, olhando o irmão ir embora. – Você tá legal, Mizuno? Se machucou? – falou, ajudando Mizuno a se levantar.
 
 Mizuno – D-Desculpa, eu não sabia que era tão ruim assim. – disse a garota, levantando o rosto exibindo várias lágrimas.
 
 Keima – Não se preocupe, está tudo bem, ele só não gosta muito dessa rotina que nosso pai nos implementou. Você não precisa se desculpar. – disse Keima, tentando forçar um sorriso amigável, quando Mizuno simplesmente o abraçou.

 Mizuno – Obrigada, Keima. Já estou me sentindo melhor. Ele não me derrubou com tanta força, não me machuquei. – disse Mizuno, abraçada à Keima.
 
 Keima – É... pode ser, mas não tente se fazer de durona agora, eu vi você torcendo o pé. Se não, qual seria o outro motivo para você me abraçar? – disse o menino, devolvendo o abraço da garota, mas logo em seguida a afastando para examinar seu pé, que estava realmente torcido.
 
 Mizuno – I-Isso não é nada, eu consigo andar. – disse a menina, tentando ficar em pé, mas falhando e quase caindo de novo, sendo segurada por Keima.

 Keima – Não esquenta. – disse Keima, se baixando e virando de costas para Mizuno.
 
 Mizuno – O que você está fazendo, Keima? – perguntou a garota, que estava se equilibrando em um único pé, confusa.

 Keima – Sobe aí, vou te levar lá na tia Kizuha. – disse o garoto, com um sorriso gentil no rosto.

 Mizuno – O-O QUE? Você só pode estar brincando comigo, isso é vergonhoso. – disse a menina, com a cara vermelha.

Keima – Prefere que eu te carregue nos braços então, mocinha? De um jeito ou de outro eu vou te lavar lá.

 Mizuno – Ok, ok, eu subo nas suas costas. Me pegar no colo seria muita humilhação. – disse a garota, ainda vermelha, mas indo em direção às costas de Keima e se acomodando, para Keima carregá-la.

   Keima então fez o que disse e carregou Mizuno, que recostou sua cabeça sobre o ombro de Keima com um sorriso sincero, como se estivesse gostando daquilo, até onde os adultos se encontravam, chegando neles com um comentário de Kizuha.
 
 Kizuha – MEU DEUS, O QUE HOUVE, KEIMA? POR QUE A MIZUNO ESTÁ NAS SUAS COSTAS? – Perguntou a mulher, já em desespero.

 Keima – Calma tia, ela só torceu o pé. Não é nada grave. – falou o menino, soltando delicadamente a menina sobre uma cadeira do clube.
 
 Mizuno – É, eu tô bem.
 
 Kizuha – Ah, que alívio.

 Kaya – Ué, o Kaito não estava com vocês? – perguntou Kaya, mãe de Keima e Kaito, que notou a falta do outro garoto.
 
 Keima – O Kaito derrubou a Mizuno no chão, por isso ela torceu o pé. Depois disso ele saiu andando muito bravo pra outor canto do clube. Não sei onde ele se meteu.
 
 Kaya – Esse menino... Não se preocupe Mizuno, vou fazer ele pedir desculpas pra você depois. – disse Kaya, dando um sorriso e levantando-se da cadeira onde se encontrava. – Keima, me ajuda a encontrá-lo?

 Keima – Claro, vamos lá. – falou o menino, animado.
 
 Mizuno – Não precisa, aposto que ele não fez de propósito, foi no calor do momento, está tudo bem. – disse Mizuno, tentando encerrar o conflito.

 Kaya – Sim, mas-
 
 Kouma – Mas mesmo assim ele te deve desculpas. Não criei filho pra fazer burrada e sair por cima. – disse Kouma, que assistia a cena junto de Kaji, que permaneceu calado.

 Kaya – Exatamente. Venha Keima, vamos achá-lo.
 
 Keima – Tô lá.
 
    Então os dois se retiraram do local, deixando Kizuha cuidando do pé de Mizuno, e foram em busca de Kaito. Depois de darem uma volta pelo clube à procura do menino, Keima o viu sentado em posição fetal em cima de uma rocha que havia no clube.

 Keima – Olha lá ele, mãe.

 Kaya – Onde?

 Keima – Na rocha.

 Kaya – Ah, sim. – disse Kaya, avistando o garoto e indo na direção do mesmo, apressada. – EI, KAITO. – gritou, enquanto o menino ouviu e tirou sua cabeça do meio das pernas, para olhar para Kaya, apresentando algumas lágrimas em seus olhos.
 
  Kaito – MÃÃÃÃÃEEE. – Gritou o garoto, chorando, enquanto Kaya chegava e o abraçava fortemente.

 Kaya – Tá tudo bem, Kaito. Tá tudo bem. – disse a mulher, acariciando o cabelo vermelho do garoto.

 Kaito – Eu sinto muito. Não queria ter feito aquilo com ela. – disse o garoto, ainda envolvido pelos braços de Kaya.

 Kaya – Não é pra mim que você tem que dizer que sente muito, é pra Mizuno. Mas isso não importa agora, por que você ficou tão bravo? Ela te xingou, ou algo do tipo? – perguntou.
 
 Keima – Pior. Ela comentou das sessões de treino que o papai obriga a gente a fazer diariamente. Você sabe como o Kaito odeia ter que treinar só por causa que ele apanhou aquela vez. – respondeu Keima, chegando com suas mãos enfaixadas atrás da cabeça.
 
 Kaya – Ah, faz sentido a raiva. – disse Kaya, olhando para Keima. – Kaito, você tem que entender que esses treinos são pro seu próprio bem. Um dia você vai agradecer seu pai por eles.

 Kaito – Mas eu não gosto disso. Acho que é tempo precioso gasto à toa, acho desprezível. – disse Kaito, já um pouco mais calmo.

 Kaya – Acredite, ficar mais forte para se proteger e proteger aos outros não é nada desprezível. Apenas aguente o treinamento, ok? – falou Kaya, com calma, abraçando Kaito novamente.
 
 Kaito – Ok.

 Kaya – Agora vamos voltar pra onde a Mizuno e os outros estão, certo? Não Esqueça de se desculpar com a sua prima.
 
Kaito – Ok, farei isso.
 
    Com a conversa terminada, Kaito, Keima e Kaya voltaram para onde os outros estavam, e Kaito, logo ao chegar, já foi na direção de Mizuno.
 
 Kaito – Mizuno, me desculpe ter ficado bravo com você. Não queria te machucar. – falou o menino se desculpando.
 
 Mizuno – Não tem problema, esquentadinho. Também falei coisas que não devia. Me desculpa também.
 
 Kaito – Tá tudo bem. Pera, esquentadinho? Bom, enfim, Você se machucou muito?
 
 Mizuno – Não, eu só torci o pé mesmo, mas isso cura rapidinho.

 Kaito – Você não pode brincar mais hoje?
 
 Mizuno – Na verdade, eu sei uma brincadeira. Keima, Kaito, me carreguem nessa cadeira pelo clube. – falou a menina, animada com a ideia.
 
 Keima – E por que eu faria isso?

 Kaito – Faço das palavras dele as minhas.

 Mizuno – Talvez porque TEM UMA PRIMA MUITO FOFA PEDINDO PRA VOCÊS.

 Kaito – Ah, sério, e onde ela está? – Perguntou Kaito, olhando aos arredores, enquanto os adultos que assistiam começavam a rir da cena.

 Mizuno – EUZINHA AQUI.

 Kaito – Ah. Enfim, Keima, o que me diz? – Disse Kaito, olhando pra Keima com um sorrisinho.
 
 Keima – Claro. – respondeu Keima.
 
 Mizuno – ISSO. ME CARREGUEM, SERVOS. – Gritou Mizuno, enquanto os dois garotos pegavam a cadeira onde Mizuno estava e começavama a carregá-la.

 Kaito – Quase lá, Keima. – disse Kaito, indo em direção da piscina com Keima.

 Keima – Entendido.

 Kaito – Pronto. JOOOOOGA. – Gritou Kaito, jogando Mizuno da cadeira pra piscina do clube, com Keima.

 Mizuno – AAAAAAAH, O QUE VOCÊS ESTÃO FAZEN- Gritou Mizuno, antes de ser jogada contra a água da piscina, desmaiando com o impacto e batendo de cabeça no fundo da mesma.  

Kaito – Isso, bate aí Keima. – comemorava Kaito, contente com a brincadeira aplicada. – Isso que acontece com quem nos dá ordens.

 Keima – Ei, Kaito...
 
 Kaito – O que foi?

 Keima – Ela já não devia ter subido de volta?

 Kaito – AH NÃO, EU ESQUECI QUE A MIZUNO NÃO VAI CONSEGUIR NADAR COM O PÉ TORCIDO. DROGA. ESPERA, OLHA LÁ, ELA DESMAIOU, AH NÃO.

 Kouma – DEIXA COMIGO. – Gritou Kouma, mergulhando na piscina rapidamente, e pegando Mizuno, que estava desmaiada no fundo, a trazendo de volta pra superfície. Alguns minutos depois, Mizuno acordou histérica, gritando coisas sem sentido do nada.

 Mizuno – AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH, KA... TAR, MA... ITO...
 
 Kizuha – KOUMA, O QUE ISSO SIGNIFICA? – Gritou Kizuha, que via sua filha falar coisas aleatórias e se assustava.
 
 Kouma – Os meninos a jogaram com muita força na piscina, ela bateu a cabeça no fundo. Ela deve ter, digamos, perdido um parafuso.

 Kizuha – ISSO NÃO É HORA DE BRINCAR, KOUMA, OLHA O ESTADO DA MIZUNO.

 Mizuno – KAITOOOOOOOOOOOO. – Berrou Mizuno, com todas as suas forças, enquanto, de sua cabeça que descia sangue, se revelava um grande ferimento aberto, e ela olhava para o menino ruivo com ódio.

 Kaito – Que? Por que ela tá gritando meu nome desse jeito? – falou Kaito, se assustando um pouco.

 Mizuno – Kaito... matar...
 
 Kaito – O QUE? – Gritou o menino, caindo no chão de medo das falas da menina.
 
 Kaya – KIZUHA, NÃO PODEMOS DEIXAR ELA AQUI, ELA ESTÁ EM ESTADO INSANO. ELA VAI ATACAR O KAITO A QUALQUER MOMENTO. – Gritou Kaya, que estava com medo do que a menina poderia fazer com seu filho.

 Keima – (Eita, se a mamãe gritou, é porque a coisa tá ficando tensa) – pensou Keima, olhando para Mizuno, em estado furioso

 Kizuha – Mas Kaya, ela não pode se mover por causa do pé.

 Kaya – VOCÊ ACHA MESMO QUE QUANDO ALGUÉM FICA EM ESTADO INSANO DESSE JEITO, ESSA PESSOA LIGA PRA UM FERIMENTO? PRECISAMOS TIRÁ-LA DAQUI, IMEDIATAMENTE, SE NÃO ELA VAI ATACAR O KAITO.

 Kizuha – Kaya...
 
 Kaya – KOUMA, AS CHAVES DO CARRO.

 Kouma – Mas querida...
 
 Kaya – AGORA.

 Kouma – Ok, toma – falou Kouma, obedecendo Kaya sem nem pensar duas vezes.
 
 Kaya – Obrigado. Agora, Kaji, Kouma, coloquem-na no banco do passageiro.
 
 Kaji – Kaya, o que planeja fazer com a Mizuno?

 Kaya – Não vou fazer nada com ela, apenas levá-la para bem longe do Kaito.

 Kaji – Entendido. Kouma, vamos pegá-la.

 Kouma – Vamos.

   Kouma e Kaji se aproximaram de Mizuno, que estava olhando fixa para Kaito sentada no chão à beira da piscina, quando Kaji tentou pegá-la, mas foi mordido fortemente, então, Kouma aproveitou que Kaji a distraiu, para pegá-la e imobilizá-la, a levando até o carro, a prendendo no cinto de segurança, onde Kaya, trancou as portas do carro e saiu do clube rapidamente com o automóvel.

 Mizuno – AAAAAAAAAH, ME SOLTA, EU QUERO MATAR O KAITO, ME SOLTA, AAAAAAHHHH – Gritava Mizuno, enquanto se debatia e era levada para dentro do carro, e ia embora com Kaya, presa ao banco.
 
Kizuha – Mizuno, desculpe. – dizia Kizuha, chorando.

 Kaito – A-Alguém me explica o que está acontecendo aqui? – falou Kaito, ainda perplexo com a cena.

 Kaji – Esse fenômeno se chama insanidade. Ele ocorre quando uma pessoa é levada à um estado de stress, dor, pressão ou sofrimento muito elevado, e ela simplesmente para de pensar, virando uma besta selvagem em pele humana, que só quer destroçar quem lhe causou tudo isso, célula por célula. É bem raro isso ocorrer em crianças, mas não impossível, como você acabou de presenciar. – falava Kaji, que voltava do lugar onde Kaya havia saído com o carro, para explicar a situação para o garoto.

 Kaito – Ah, entendi. Então, se ela tivesse ficado aqui mais um pouco...
 
 Kaji – Sim, ela teria te matado. Como? Eu não sei, mas uma mordida de leão direto no pescoço mata na hora, então existem algumas possibilidades.

 
 Kaito – Obrigado pelas palavras, tio, me reconfortam muito saber que ela teria pulado na minha jugular.

 Kaji – Ah, de nada.

 Kaito – Foi ironia, idiota.
]
 
 Kaito – (É... aquele foi o dia em que minha prima enlouqueceu, mas... a pior notícia viria 1 hora depois, onde ligavam pro meu pai, dizendo que minha mãe havia se acidentado e capotado o carro, com o mesmo tendo explodido, e carbonizado completamente tudo que havia lá, inclusive as duas pessoas no carro. Além de enlouquecer minha prima, eu, indiretamente, fiz ela e minha mãe morrerem. Os policiais envolvidos disseram que os dois corpos que estavam no carro estavam completamente irreconhecíveis por causa do fogo. Esse foi o pior dia da minha vida. Um ano depois daquilo, meu irmão, Keima, já não aguentando nosso pai nos tratar mal e só pensar em bebida, fugiu de casa. Eu pensava que tinha perdido quase todos os membros da minha família, pois meu tio Kaji e minha tia Kizuha se afastaram da gente quando descobriram da morte de sua filha, mas, na verdade, ela está aqui na minha frente.) – pensava Kaito, voltando à vida real.
 
 Mizuno – Ah, então você só lembra de mim por causa da sua mãe, não é? Que meigo, me faz querer vomitar. – disse Mizuno, em tom extremamente sarcástico.

 Kaito – Mizuno, me explique... COMO VOCÊ ESTÁ VIVA?

 Mizuno – Isso não importa, Kaito. O que importa, é que eu vou finalmente fazer o que eu disse que faria lá naquele clube. Prepare-se... PARA MORRER. – disse Mizuno, transformando a lâmina que estava em sua mão em uma outra lâmina, que parecia normal, mas sua ponta era curvada, remetendo a um gancho, e na parte externa do gancho havia outra parte laminada, em sua empunhadura havia outra lâmina em formato de meia-lua e na parte de baixo, o resto do cabo, podia se ver um fim arredondado e pontudo.

 Kaito – COMO VOCÊ FEZ ISSO?

 Mizuno – Posso ver que continua burro, meu caro priminho. Sua ficha ainda não caiu? EU SOU UMA HOSPEDEIRA ELEMENTAL, ASSIM COMO VOCÊ. – disse Mizuno, fazendo finalmente, Kaito entender a situação. – Eu sou uma subordinada do mestre Kuro. Ele me mandou te capturar, mas, os planos vão ter que mudar... CONSIDERE-SE MORTO. – Gritou, dessa vez aparecendo outra espada em sua mão esquerda, com as mesmas características da primeira.

 Kaito – Antes de me matar... tenho algumas perguntas...
 
 Mizuno – Terei o maior prazer em responde-las, mas seja breve, eu esperei 8 anos para fazer isso.

 Kaito – Como você conheceu meus amigos? Se você sabe o bairro que eu moro, por que você não me atacou? E o mais importante... se você era você o tempo todo, e não a Akata, por que não me atacou antes, considerando seu ódio por mim. Você foi amigável e riu comigo. Eu não entendo isso.

 Mizuno – Muitas perguntas de uma vez, calma aí. Vou respondê-las respectivamente. Eu os conhecia desde a infância, quando você me apresentou eles, quando éramos mais novos, já se esqueceu? Eu não te ataquei na sua casa porque eu simplesmente estaria em desvantagem em território inimigo. E por que eu não te ataquei mais cedo, você pergunta? Bom, eu não ataquei mais cedo, PORQUE ESTAVA CHEIO DE TESTEMUNHAS. Eu queria fazer meu trabalhinho com calma, sem pressa, para me vingar de você, esquentadinho. Eu entrei mesmo naquela personagem chamada Akata. Eu usei tudo que sobrou de parte feminina frágil em mim, o que foi muito pouco, e transferi para aquela casca. Eu sabia que seria mais fácil se aproximar de você me fazendo de amiga dos seus amigos, já que você se enturma com as pessoas muito facilmente.

 Kaito – Entendo, então você usou minha personalidade contra mim. – disse Kaito, ainda segurando o ombro. – Mizuno, escute, me desculpe por quase ter te matado aquele dia, eu era uma criança, eu não entendia as consequências. – falou o garoto, tentando se desculpar.

 Mizuno – O que aconteceu, aconteceu, Kaito. Pedidos de desculpa medíocres não vão me fazer parar minha vingança contra você. – falou a garota, apontando uma de suas lâminas curvadas na direção de Kaito, que cerrou seu punho e olhou para baixo.
 
 Kaito – Ok, eu te entendo... mas primeiro me fale... por que você ainda está nisso, depois de 8 anos? Você nem deveria mais lembrar disso.

 Mizuno – Ah, não? Kaito, você, além de machucar minha cabeça, me jogando naquela piscina, você fez eu perder boa parte da minha sanidade, e quase me matou. Eu sei que eu não vou me curar te matando, MAS É QUESTÃO DE HONRA MANTER A PALAVRA – Gritou Mizuno, finalmente indo pra cima de Kaito com suas duas lâminas de pontas curvas.
 
 Kaito – Me desculpa Mizuno... mas... EU TENHO UM DEVER A CUMPRIR E NÃO PRETENDO MORRER AGORA. DRAGONBORN. – Gritou Kaito, fazendo sua espada e manto aparecerem, se defendendo do ataque de Mizuno. Logo após se defender, Mizuno, que estava com um braço para trás, o trouxe para frente rapidamente, atacando com sua outra espada, e Kaito, com seus reflexos rápidos, colocou sua Dragonborn no caminho da outra espada, a jogando de uma mão para outra, para conseguir se defender, dando um pulo para trás, para evitar mais ataques.

 Mizuno – O QUE? COMO OUSA RESISTIR? VOCÊ QUASE ME MATA, E NÃO QUER DEIXAR EU REALIZAR MINHA VINGANÇA?

 Kaito – PRA SUA INFORMAÇÃO, O MUNDO NÃO FUNCIONA COMO VOCE QUER. Eu pensei que você já estivesse curada... mas ao que parece, você só piorou. Você acha mesmo que eu vou deixar você me matar, por um motivo banal desses?

 Mizuno – BANAL? AH, CLARO, NÃO FOI VOCÊ QUE QUASE MORREU AFOGADO.

 Kaito – JÁ CHEGA, MIZUNO. VOCÊ PODE CONTINUAR ME JOGANDO ISSO NA CARA PRO RESTO DA VIDA, MAS EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ ME MATAR.
 
 Mizuno – Então, o procedimento é simples. – disse a menina, abaixando suas duas espadas.

 Kaito – E qual é esse procedimento?
 
 Mizuno – EU MATO VOCÊ SEM SUA PERMISSÃO. – Gritou a garota, apertando a mão no cabo de suas espadas, e atacando com a lâmina externa do gancho que se encontrava em sua espada.
 
 Kaito – ISSO TAMBEÉM NÃO SERÁ POSSÍVEL. – Disse Kaito, se defendendo do golpe da garota, a fazendo recuar.
 
 Mizuno – MALDITO, POR QUE VOCÊ NÃO ME ATACOU ATÉ AGORA? – gritou Mizuno para Kaito, notando que ele só havia se defendido até então.

 Kaito – Eu não vou lutar com você por causa dessa bobagem, Mizuno. Eu sei que fui eu que tirei sua sanidade, mas, minha morte não vai curar isso. Sua situação só vai piorar.

 Mizuno – Ou melhorar, com eu cortando todo o mal pela raíz.
 
 Kaito – Fale o que quiser... eu não vou te atacar. Vou me defender até você cansar dessa palhaçada.

 Mizuno – ENTÃO VOCÊ VAI TER QUE SE DEFENDER PARA SEMPRE. – Gritou Mizuno, começando a rir descontroladamente, mostrando completamente seu lado insano, e indo violentamente ao encontro de Kaito.
 
   Mizuno avançou rapidamente com suas espadas com ponta curvas, atacando sem descanso com as duas, alternadamente, enquanto Kaito apenas dava alguns passos para trás, para se defender das duas espadas, com grande cuidado para não contra-atacar e também não ser atingido.
   Mizuno, então, em um ataque, envolveu a Dragonborn de Kaito com o gancho de sua espada e a jogou para cima, a envolvendo no ar com o gancho de sua outra espada, a jogando longe, graciosamente, e aproveitou, para, no resto desse movimento, cravar os dois ganchos nos dois ombros de Kaito, e o jogar contra uma caçamba de lixo que havia naquele beco onde estavam.
 
 Mizuno – Finalmente, Kaito, de volta ao habitat natural, hein?

 Kaito – Cale a boca, agh. Eu posso não ter nenhuma arma, mas eu sei me defender contra espadas muito bem.
 
 Mizuno – E quem disse que eu vou atacar com as minhas espadas agora? ESTÁ NA HORA DE EU REVELAR MEUS PODERES. TWIN MERMAID: – Gritou Mizuno, proferindo o nome de suas espadas. – SABRE AQUÁTICO. – Ao falar isso, suas espadas se envolveram com um pequeno redemuinho de água em volta das mesmas.

 Kaito – Então você controla água, hein? Que irônico, não? – disse Kaito, ainda jogado no lixo, se levantando lentamente.

 Mizuno – Sim, muito irônico da parte do destino me conceder o poder para controlar o que uma vez, quase me matou. Mas isso pode ser um sinal da minha vingança também.

 Kaito – Como assim? – falou Kaito, já quase de pé, mas um pouco tonto ainda.
 
 Mizuno – Simples. O que quase me matou, agora... VAI TE MATAR. PAREDE DE ONDAS. – Gritou Mizuno, fazendo aparecer várias paredes aquáticas ao redor das rotas de fuga do beco.
 
 Kaito – Espera... aquele prédio que a caixa d’agua estourou, foi você?
 
 Mizuno – SIM, demorou para cair a ficha, hein. Tudo fazia parte do meu plano. Te separar dos seus amigos em uma grande confusão, e te matar na surdina, rapidamente. A primeria parte do plano foi um sucesso, mas a segunda você está resistindo muito bem, mas isso não importa, ISSO ACABA AQUI.

 Kaito – Mizuno... o que pretende?
 
 Mizuno – VEJA POR SI MESMO, PRIMINHO. PRISÃO AQUÁTICA. – Disse Mizuno, jogando um jato de água através das espadas para o redor de Kaito, e o jato se fechou em uma bolha de água, obrigando Kaito a prender sua respiração, ficando preso.

 Kaito – (Droga... Ela quer me matar do mesmo jeito que eu quase a matei... preciso fazer algo... Já sei...) – Pensava Kaito dentro da bolha, e nesse pensamento, começou a tentar soltar chamas de seu corpo, sendo em vão. – (droga, é muita água, eu não consigo utilizar minhas chamas, elas estão sendo anuladas).
 
 Mizuno – Não tente resistir, Kaito. Você finalmente vai saber como eu me senti lá em baixo, sem poder sair, nem voltar pra superfície. SUFOQUE ATÉ A MORTE. – disse Mizuno, vendo Kaito tentando lançar chamas dentro da bolha de água.
 
 Kaito – (Droga... pense... pense... o que eu faço?)
 
 Mizuno – Vejo que está entrando em desespero. Então, para você morrer desesperado e agoniado, eu vou te contar uma breve historinha.
 
 Kaito – ( Do que essa louca está falando agora, droga... eu não vou conseguir manter minha respiração trancada por muito tempo).
 
 Mizuno – FUI EU QUE MATEI A SUA MÃE, KAITO. Sim, isso mesmo que você ouviu. Eu a matei. Sabe como? EU FIZ ELA CAPOTAR O CARRO. Vou te contar em detalhes. – Começou a dizer Mizuno, contando sua história. – Logo após sairmos daquele clube, meia hora depois, eu ainda estava completamente louca, gritando que iria te matar, mas eu recobrei a consciência, e notei que estava indo para longe junto com ela. Então, eu, rapidamente, me soltei do cinto, e pulei no volante do carro, a fazendo perder o controle, mas antes dela capotar, eu saltei do carro, e ela capotou sozinha, e desmaiou lá dentro. Você deve estar se perguntando porque acharam dois corpos naquele carro, não é? Então, tinha uma moradora de rua lá perto, e eu a matei e a coloquei no meu lugar, com bastante dificuldade, pois ele era bem pesada. Então saí correndo de lá, pois vi que tinha gasolina vazando, e a explosão estava prestes a acontecer. Eu apenas corri e sumi por todo esse tempo, planejando a vinganças perfeita para aplicar em você, e há mais ou menos 2 meses atrás, esse poder caiu sobre mim, e eu sabia que meu momento tinha chegado. Ah, não posso esquecer, sabe qual foram as últimas palavras da sua mãe antes dela desmaiar? “Diga ao Kaito, ao Keima e ao Kouma, que eu os amo”. – Dizia Mizuno, começando a rir insanamente. – QUE RIDÍCULO, HAHAHAHAHA, ELA SIMPLESMENTE ABRAÇOU A MORTE. – disse Mizuno, para finalizar, virando de costas para a bolha de água onde Kaito se encontrava, já aparentando estar inconsciente.
 
 Mizuno – E foi assim que sua mãe morreu de verdade, Kaito. Agora, MORRA VOCÊ, SUFOCADO POR ESSA ÁG- Quando Mizuno estava prestes à ir embora, já virada pro outro lado, uma grande explosão pôde ser ouvida atrás de suas costas, e quando ela virou, viu Kaito, todo molhado, com uma aura flamejante ao seu redor, com os olhos sendo tampados pelos cabelos enquanto arfava e olhava pro chão. Mizuno tentou dizer algo, mas a Dragonborn de Kaito, que estava no outro canto do beco, passou raspando seu rosto, fazendo um arranhão surgir em sua bochecha e parar na mão de Kaito.

 Mizuno – ISSO É IMPOSSÍVEL. NÃO TEM COMO ESCAPAR DA MINHA PRISÃO DE ÁGUA.

   {(Se possível, colocar a música “UNDERTALE SONG (ASRIEL) "Couldn't Save" by TryHardNinja a partir de agora)}


 Kaito – Então... foi você... que a matou...Mizuno? Entendo. – Disse Kaito, que havia saído da bolha de água e estava escorrendo água, mas, de seus olhos, no entanto, saíam lágrimas.
 
 Mizuno – COMO VOCÊ ESCAPOU?
 
 Kaito – Eu não escapei. Eu vaporizei a sua prisão. – falou Kaito, ainda na mesma posição anterior.

 Mizuno – Miserável, e como conseguiu isso? Não tem como criar fogo dentro d’água.

 Kaito – Eu apenas concentrei todo o fogo dentro de mim e expeli ele de uma só vez, pulverizando sua prisão em várias gotinhas de chuva e neblina com uma explosão.

 Mizuno – JÁ QUE O MÉTODO PRISÃO NÃO FUNCIONOU, ENTÃO VOU VOLTAR AO PLANO ORIGINAL. TWIN MERMAID. – falou Mizuno, invocando suas espadas, que apareceram em um instante, fazendo ela já avançar contra Kaito.

 Kaito – Eu disse que não contra-atacaria, certo? – disse Kaito, recebendo o golpe de Mizuno com sua Dragonborn, friamente, enquanto suas lágrimas evaporavam.

 Mizuno – Sim, você disse. – respondeu Mizuno, recuando e atacando com as duas espadas de uma só vez em seguida.

 Kaito – EU MUDEI DE IDEIA. – Gritou Kaito, fazendo uma grande aura de fogo aparecer ao seu redor, contra-atacando as duas espadas de Mizuno de uma só vez, a jogando para trás com brutalidade.
 
 Mizuno – O que? Mas que força absurda é essa?

 Kaito – (Eu não queria mostrar isso agora... Eu queria deixar para mostrar isso apenas quando eu enfrentasse Kuro novamente, mas vejo que vou ter que mostrar agora.) – pensou Kaito, olhando para sua espada. -  Mizuno, você, além de matar minha mãe... está tentando me matar. MATÁ-LA NÃO FOI O SUFICIENTE? – Gritou o garoto, começando a chorar novamente, com suas lágrimas evaporando ao passo que saíam.

 Mizuno – Não. Só vou me satisfazer quando matar você. Você é a causa de todos os meus problemas. Digamos que ela foi só o aperitivo.

 Kaito – Aperitivo? Ok... você foi longe demais.  Eu vou te parar, aqui e agora. FLAMEJAR, HAAAAAAAAAAAAAA. – Gritou Kaito, fazendo sua aura de fogo se intensificar cada vez mais, fazendo-a então envolver-se nele, criando um vórtice flamejante ao seu redor.
 
 Mizuno – Mas o que? – Disse Mizuno, sentindo uma grande pressão vinda do ruivo. - Eu não sei o que você fez... MAS VOCÊ NÃO TEM CHANCE CONTRA A MINHA ÁGUA, HOSPEDEIRO DO FOGO. MORRA. RAJADA TSUNAMI – Gritou Mizuno, apontando suas duas espadas para Kaito, criando um círculo de água na frente das duas, e lançando um grande e descontrolado canhão de água em direção de Kaito.

 Kaito – Pois bem, se quer mesmo combater poder com poder, QUE SEJA. SINTA MEU MAIS NOVO GOLPE. DEVASTAÇÃO FLAMEJANTE. – Gritou Kaito, fazendo sua espada criar uma enorme quantidade de chamas, e abrir um círculo de fogo na frente da lâmina, lançando uma enorme quantidade de fogo em um só golpe.

   Os dois golpes então, se chocaram, criando grande impacto e pressão de ambos os lados, com os dois persistindo fortemente. Enquanto a água do tsunami apagava o fogo, o fogo revidada e vaporizava a água.

 Kaito – POTÊNCIA MÁXIMA, HAAAAAAAAA – Gritou Kaito, lançando todo o seu poder no ataque, fazendo-o crescer em quantidade de força e tamanho.

 Mizuno – EU NÃO VOU PERDER. HAAAAAAAA. – Gritou a garota, fazendo a mesma coisa que Kaito.

    Os dois golpes continuaram se chocando, até que, de repente, uma grande explosão ocorreu, jogando os dois hospedeiros longe, para lados opostos. Os dois então se levantaram, cansados e arfando, pela quantidade de poder utilizado nos golpes.
 
 Mizuno – ISSO NÃO FAZ SENTIDO. A ÁGUA SEMPRE VENCE O FOGO.

 Kaito – Creio que não. Quando o fogo é muito poderoso, não há água que apague facilmente. Eu vou evaporar toda a água que você mandar em mim.

 Mizuno – Droga. Fogo e água são inimigos naturais que se anulam. MAS ISSO NÃO IMPORTA, EU VOU TE MATAR DE QUALQUER JEITO. – bradou Mizuno, já colocando suas espadas em posição de ataque.

 Kaito – Será que vai conseguir?  - falou Kaito, fazendo o mesmo.

 Mizuno – Aliás, o que é esse negócio chamado “flamejar“, que você utilizou?
 
 Kaito – Eu não sei porque deveria te contar isso mas, eu aprendi essa técnica treinando. Ela me permite aumentar meus poderes de luta e poderes elementais consideravelmente. Como você viu, ela me envolve em um manto de chamas e com isso, minha força aumenta. Digamos que seja uma espécie de liberação máxima de poder.

 Mizuno – Entendo. Obrigado pela explicação. Agora, onde estávamos? Ah, sim, SUA MORTE. – Gritou a jovem, indo pro ataque novamente de braços abertos, com os ganchos de suas lâminas para frente.
 
   Mizuno atacou com suas espadas, Kaito, como sempre, se defendeu do primeiro golpe, e então, Mizuno começou uma série de golpes sem pausa, onde Kaito contra-atacou com dificuldades por ter que lidar com aquele par de espadas estranhas de uma só vez. Mizuno, depois de vários golpes chocados entre as 3 espadas, jogou uma das suas para cima e atacou ferozmente apenas com uma. Kaito estranhou a ação, franzindo a testa, mas seguiu contra-atacando, e então, os dois chocaram suas duas pesadas uma na outra, se encarando por um breve momento, onde Kaito estava com um olhar sério e Mizuno estava com um olhar raivoso. Kaito aproveitou o momento, para fazer sua espada deslizar até o gancho na ponta da espada de Mizuno, obrigando-a a soltar, e nisso, fez um corte na manga da camiseta da garota, que revelou uma tatuagem de tubarão em seu braço. Depois do golpe, a outra espada que Mizuno havia jogado pra cima, caiu entre Kaito e a menina, que fez o garoto ruivo se afastar dando um pulo para trás, com um arranhão no nariz.

 Kaito – Mizuno, que tatuagem é essa?

 Mizuno – Você é tão ingênuo assim? Não sabe nem dos guardiões elementais?
 
 Kaito – Guardiões... elementais?
 
 Mizuno – Ah... você não sabe mesmo. MAS EU NÃO SOU PROFESSORA DE NINGÚEM PARA TE EXPLICAR QUALQUER COISA. MEU DEVER É TE MATAR.
 
    Kaito então, abaixou a cabeça, fazendo seus cabelos taparem seus olhos, e olhou fixamente para Mizuno com um olhar furioso.

 Kaito – EU CANSEI DESSA LADAINHA. FLAMEJAR – Gritou Kaito, se envolvendo novamente em um vórtice de chamas, ficando mais forte. VAMOS ACABAR ISSO AQUI E AGORA. ROTAÇÃO FLAMEJANTE – Gritou, começando a rotacionar sua lâmina em alta velocidade em sua mão direita, criando uma roda de fogo na espada.

 Mizuno – Quer acabar isso em um ataque giratório, então? ESTOU DE ACORDO. ROTAÇÃO AQUÁTICA. – Gritou a menina, começando a girar suas duas espadas ao mesmo tempo, o que gerou dois redemoinhos de água nas lâminas
 
   Os dois se encararam por alguns segundos, rotacionando suas respectivas armas, e avançaram, um contra o outro, impactando suas armas com grande poder. Quando as duas armas se impactaram, uma grande exposão ocorreu, gerando grande barulho e enorme quantidade de fumaça, que saiu pela parte de cima do beco. Diferente da outra explosão, dessa vez, os dois hospedeiros não foram repelidos para cantos opostos, mas sim, quando a poeira abaixou, podia-se ver os dois, forçando suas lâminas, um contra o outro, com olhares determinados. Por causa da explosão, como muita água havia sido direcionada para cima, começou uma leve chuva no beco, que molhou os dois guerreiros, desgrenhando os cabelos de Mizuno e Kaito, que estava seco por antes ter evaporado a água. Os dois, na chuva, se olharam novamente, os dois tremendo as mãos para empurrar suas espadas, e então, Kaito, já quase inconsciente, se ajoelhou, e Mizuno, aproveitou a chance para usar o resto da força que tinha para vencer o confronto de espadas, mas, ao fazer isso, impulsionando sua força para baixo, Kaito largou a espada, dando uma cambalhota para trás, fazendo a garota se desquilibrar, e quando ela estava prestes à cair, Kaito antes de perder a consciência devido à fraqueza, apenas falou:
 
 Kaito -  DEVASTAÇÃO FLAMEJANTE. – Gritou, soltando o golpe dessa vez, pelas mãos, acertando Mizuno em cheio, a jogando violentamente contra a parede do beco, onde, ali ficou, desacordada. Quando Mizuno desmaiou, as paredes de água que cercavam o beco se dissiparam, só deixando algumas poças pelo local.
 
   Kaito, 10 minutos depois de ter caído desacordado, abriu os olhos, sentou-se com grande dificuldades e viu sua prima, ainda desmaiada na parede. O garoto apenas, levantou-se, cambaleando, e em seu pulso, apareceu uma espécie de pulseira dourada em formato espiral. Kaito se aproximou da garota, e encostou o artefato em sua testa, removendo assim, seu elemento, que foi transferido para o tanque onde o corpo de Koji se recuperava. Quando o elemento chegou, o cabo de espada que estava na mão do corpo brilhou e ganhou um pedaço de lâmina.
   Voltando à Kaito, ele se encontrava agora, abraçando a garota, dizendo as seguintes palavras.

 Kaito – Eu te perdôo por ter matado minha mãe. Mas por favor, me perdoe por aquele acidente no clube, eu jamais faria aquilo de propósito. Por favor, me desculpe. – disse o garoto, soltando lágrimas, que dessa vez não evaporaram, mas sim caíram continuamente de seus olhos, atravessando o rosto, e caindo em uma pequena poça de água que havia ali.

 Mizuno – Tudo bem. Eu te perdôo. Eu fui idiota. Me desculpe por tudo isso. – Disse Mizuno, que acordou com o abraço, e o devolveu, fechando os olhos, e acariciando os cabelos de Kaito, que carinhosamente se recostou sobre seu ombro, e desmaiou, com um sorriso feliz.
 
 Mizuno – Primo. Me desculpe. – falou a garota, ainda acariciando os cabelos do ruivo, até perder a consciência também.

   Mizuno e Kaito passaram a noite toda desmaiados naquele beco, que por sorte, era deserto. Pela manhã, Kaito acordou, vendo Mizuno ainda dormindo profundamente, com uma diferença do resto de toda a noite anterior: ela estava sorrindo. Kaito então, levantou-se, espreguiçou-se e quando olhou para a garota de novo, ela estava acordada, com uma cara um tanto vermelha.
 
 Mizuno – K-Kaito... eu não acredito que vou pdir isso pra você, mas...
 
 Kaito – O que foi?

 Mizuno – V-Você poderia me carregar? Não consigo mexer meus pés, eu os torci durante o seu último golpe.
 
 Kaito – Claro.

    Kaito então, delicadamente pegou Mizuno no colo, e saiu do beco, com um raio de sol vindo em seu rosto, que tinha os olhos tapados pelo cabelo, enquanto a garota que estava sendo carregada, colocava sua mão em volta do pescoço de Kaito, para não cair.
    Kaito a levou no colo por alguns metros, mas achou melhor leva-la nas costas, e assim foram, até o hospital, onde receberam atendimento e Mizuno foi designada à um quarto, para repousar. Ela foi enfaixada nos dois braços, nos calcanhares, na cabeça, pescoço, e ainda ganhou um band-aid na bochecha.


 Mizuno – O-Obrigada, Kaito. – disse a garota, virando o rosto, que estava vermelho.

 Kaito – De nada. É melhor você melhorar logo hein. – disse Kaito, quando de repente, seu celular, que estava em um bolso fechado, tocou.

 Kaito – Já falo contigo, Mizuno. Alô?

 Kiyomi – KAITO, ONDE VOCÊ ESTÁ? – Gritou Kiyomi, que havia sumido junto à multidão de pessoas na última noite.

 Kaito – No hospital, por que?

 Kiyomi – COMO ASSIM NO HOSPITAL? É SÓ EU TIRAR O OLHO DE VOCÊ UM INSTANTE E VOCÊ JÁ APRONTA?

 Kaito – Nossa, pra que tanta agressividade logo cedo?

 Kiyomi – A Akata está está com você? Eu não vejo ela desde aquela confusão.

 Kaito – Sim, ela está comigo. Depois a gente te conta os detalhes do porque estarmos aqui. Até logo.

 Kiyomi – ESPERA, KA- - tentou falar Kiyomi, sendo interrompida pelo fim da ligação.

 Mizuno – Seus amigos não ficam bravos com você por você cortar o que eles querem te falar?

 Kaito – Sim, eu faço de propósito. – Falou o ruivo, começando a rir, envolvendo a garota na vibe, onde ficaram rindo por alguns segundos.
 
 Mizuno – E agora? Você vai ficar aqui, cuidando de mim?

 Kaito – Não bem eu. Espere, preciso fazer uma ligação. – falou o garoto, saindo do quarto.
 
 Mizuno – Hã? Tá né.

 Kaito – Sim, sim, no hospital. Venha, você vai gostar do que vai ver. – falava Kaito, ao telefone.

 Mizuno – Com quem você estava falando?
 
 Kaito – Espere e verá.

    Mais ou menos uma hora depois, Kaito e Mizuno estavam conversando no quarto, quando de repente, alguém bateu à porta.

 Kaito – Eles devem ter chegado.
 
 Mizuno – Eles quem? Me fala.

 Kaito – Calminha, calminha. – falou Kaito, indo atender à porta. – Ah, são vocês mesmo, que bom que vieram.

 ??? – Por que nos chamou aqui, Kaito? Está machucado?

 Kaito – Não, mas eu tenho uma supresa para vocês.

 ??? – Supresa? No hospital?

 Mizuno – (Essa voz... poderia ser? Kaito, você é o melhor). – pensou Mizuno, abrindo um sorriso.

 Kaito – TIO KAJI, TIA KIZUHA, LHES APRESENTO, SUA FILHA, AKAMASHI MIZUNO. – Gritou Kaito, saindo da porta, revelando seus tios, Kaji e Kizuha, que viram sua filha na cama, sorrindo e acenando para eles.

 Kaji e Kizuha – M-M-MIZUNOOOOOOOO. – Gritou o casal, correndo em direção à menina, a abraçando, chorando desesperadamente.
 
 Mizuno – Ei, ei, calma, vocês vão me esmagar.
 
 Kaji – EU SABIA QUE VOCÊ NÃO TINHA MORRIDO, EU SABIA, EU SABIA. – Gritava o homem, aos prantos.
 
 Mizuno – Estou de volta.
 
 Kizuha – Obrigada Kaito, de verdade. – disse sua tia Kizuha, que largou Mizuno para abraça-lo fortemente, enquanto chorava.

 Kaito – Que isso, era o mínimo eu eu podia fazer.
 
 Kizuha – Espera, como ela está viva?

 Kaito – Ela pulou do carro antes dele capotar.
 
 Kizuha – Mas foram encontrados dois corpos no carro.

 Kaito – Err, uma ladra tentou roubar o automóvel, mas acabou sendo explodida junto.

 Kizuha – Entendo. Então... se foram dois corpos... a sua mãe... eu sinto muito. – falou Kizuha, abraçando o garoto mais uma vez.

 Kaito – Eu já superei isso, tia, mas obrigado pela preocupação.
 
 Kouma – A MIZUNO ESTÁ VIVA? – Gritou Kouma, chegando rapidamente no quarto onde os outros 4 se encontravam.
 
 Kaito – Pai, o que faz aqui? E como sabia?
 
 Kouma – Você deixou a parte do dispositivo que faz o Koji te ouvir, caído no tapete da sala. Então, eu pude ouvir tudo o que aconteceu. Por isso vim o mais rápido que pude quando a Kiyomi me ligou dizendo que você estava no hospital com uma amiga.

 Kaito – Ah, o dispositivo. Eu nem dei falta dele. Me dá ele aqui.

 Kouma – Pega. – disse Kouma, jogando o dispositivo pra Kaito, que o guardou no bolso.
 
 Kizuha – Do que vocês estão falando?
 
 Kaito – Ah, nada não, não esquenta.
 
    Os 5 ali presentes, então, começaram a conversar entre si, como nos velhos tempos, com direito a aperto de mão com brilhinhos nos olhos por parte de Kouma e Kaji. Passaram a manhã e tarde toda naquele grupinho, conversando, rindo, se divertindo e comemorando à volta de Mizuno pra família.
 
    No castelo de Kuro, no entanto, Kuro já havia ficado sabendo da derrota de Mizuno, e se encontrava furioso, destruindo vários móveis de uma sala, com as espada.
 
  Kuro – MIZUNO, SUA MISERÁVEL, ALÉM DE PERDER A BATALHA, AINDA PERDEU SEU ELEMENTO E MUDOU DE LADO. MALDITA. – Falava, começando a arfar, com sua espada cravada em uma estante. – ESPERO QUE MEUS OUTROS SUBORDINADOS NÃO SEJAM TÃO IMPRESTÁVEIS.
 
  Já em uma cidade à oeste da cidade de Kaito, um homem misterioso aparecia na entrada dessa mesma, que era uma típica cidade de velho-oeste, ele deu um sorriso, e duas mini-foices que estavam amarradas em sua cintura balançaram enquanto ele andava, adentrando a cidade.

    No outro canto, um homem que estava deitado em uma cadeira, recostado na parede de um bar, acordou com um pressentimento ruim, mas apenas ajeitou seu chapéu de boiadeiro de cor marrom sobre o rosto, mastigou um capim que havia na boca, ajeitando suas botas de couro também marrons e voltou a dormir.


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Notas finais do capítulo

A imagem do capítulo se refere às espadas de Mizuno, nomeadas de "Twin Mermaid".



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