Elements : Apocalypse battles escrita por Aguerosan


Capítulo 11
Capítulo 11 : A alma no frasco.


Notas iniciais do capítulo

E DEPOIS DE UMA SEMANA, VOLTEI ♥
Estava meio desanimado com algumas coisas, mas estou de volta.
Peço que prestem bastante atenção aos detalhes neste capítulo, pois tem algumas coisas meio complexas de se entender sem prestar atenção.
Ah, terão alguns asteriscos pelo capítulo, eles representam alguma piadinha que estará nas notas finais.
Enfim, é isso, boa leitura



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   Duas semanas se passaram desde que Kaito foi treinar com Koji, e Kuro nomeou seu grupo como “os 11 apocalípticos”, e nesse tempo, não houve nenhum ataque nem nada do tipo. Em uma noite, No castelo de Kuro, se ouvia uma gritaria em uma sala, que pareciam ser 2 pessoas lutando, e adentrando o castelo, podia-se ver Kuro conversando com Koda, enquanto os outros 3 generais estavam escorados em uma parede. Kizuro olhando a luta de braços cruzados, Yummi olhando para o teto, fixando uma aranha que esperava sua presa e Sora com as mãos na cabeça, olhando pro alto assobiando, com as pernas cruzadas, pensando em algo.

 Kuro – Você está melhorando cada vez mais. O que mais eu poderia esperar dos meus generais? – falou Kuro, que escondia a face atrás de waning moon, por, pelo visto, ter recebido um ataque e estava se defendendo.
 
 Koda – Eu estou gostando muito desse treinamento especial para os generais que você criou, Kuro. Estou lisonjeado por estar entre os 4. – falou Koda, que estava com seu bastão preto em mãos, em posição de ataque, apontando para Kuro, arfando durante a fala, com uma gota de suor escorrendo pelo seu queixo, o que apontava cansaço.

 Kuro – Você não tem que estar lisonjeado, caro Koda. Você sabe que os generais são os 4 que mais me deram trabalho para trazer para o meu lado, e também meus servos mais poderosos. – respondeu Kuro, saindo de trás de sua lâmina com um sorriso um tanto sádico. – Você já cansou?

 Koda – Claro que não, só estamos treinando faz 5 horas. – respondeu Koda, arfando e girando seu bastão por cima da cabeça com as mãos e logo em seguida o chocando contra o chão.

 Kuro – Boa, garoto. Então vamos continuar, hein? – falou Kuro, ficando em posição de ataque.

 Koda – Claro, lá vou e- - antes de terminar sua frase, Koda foi interrompido.

 Kizuro – Que saco, quando é a minha vez? – perguntou Kizuro, durante um bocejo, exibindo em seguida um sorriso onde mostrava seus dentes pontudos.

 Kuro – Você teve o dia todo pra você ontem. – respondeu Kuro.

 Kizuro – AAAAAH, EU NÃO AGUENTO ESPERAR. – gritou Kizuro, que assustou Yummi, a fazendo olhar com cautela para Kizuro, enquanto instintivamente colocava a mão nas costas para pegar sua arma, parando o trajeto quando percebera que foi apenas um susto.

 Koda – Tenho uma ideia. – falou Koda, olhando para Yummi, querendo rir, mas se segurando.

 Kuro – Fale-a.
 
 Koda – Nestas duas semanas de treinamento, você só enfrentou eu, o Kizuro e o Sora individualmente. Que tal enfrentar nós 3 juntos? Já que a Yummi nunca tá afim de treinar. – falou, apontando para Sora, que voltou de seus pensamentos e olhou para Koda e Kizuro, que soltou um sorriso.
 
 Kuro – Olha, por mim tudo bem, não tinha pensado nisso. Boa ideia, Koda. – Podem vir. – falou Kuro, fitando os 3 que estavam na parede. – E você, Yummi, não vem? – perguntou Kuro para a garota, que só o olhou com um tom de raiva e balançou a cabeça em resposta de “não”, voltando a observar a aranha, que estaria agora comendo uma mosca. – Que seja, então, venham, vocês 3. – falou Kuro, dando de ombros para Yummi, e se voltando para os outros 3.
 
  Nem teve muita conversa. Quando Kuro terminou sua frase, Kizuro já estava a 2cm de Kuro, o acertando um soco no estômago, o fazendo voar na parede.
 
 Kuro – AAAAGH. Miserável. – falou Kuro, cuspindo um pouco de sangue.

  Então, depois de Kizuro soltar um sorriso maligno, partiu pra cima de Kuro novamente, mas dessa vez estava acompanhado de Koda em sua direita e Sora em sua esquerda.
  Os 3 chegaram em Kuro, que rapidamente sacou sua espada, e apenas pode se ouvir uma grande trocação de golpes, de Kuro com os 3, causando uma grande poeira, e os 4 se afastando.
 
 Kuro – Isso pode ficar interessante. – falou Kuro, limpando um corte que havia aparecido em sua bochecha.
 
 Kizuro – Lutar me faz bem. Vamos ver se você aguenta, Kuro. HAAAAA. – gritou Kizuro, partindo pra cima de Kuro com suas garras afiadas, desferindo vários golpes com sua mão direita, a quais Kuro defendia todos, recuando um pouco a cada golpe, então, em um ataque surpresa, Kizuro revelou sua mão esquerda vindo em direção de Kuro, com garras tão afiadas quanto a da outra maõ, fazendo Kuro modificar sua defesa colocando sua espada na horizontal, conseguindo parar as duas mãos de Kizuro simultaneamente e jogando seu próprio corpo para trás, para Kizuro não conseguir parar a potência de seu golpe, fazendo-o avançar, desferindo um forte chute em seu estômago antes de dar uma cambalhota se apoiando com as mãos no chão, e voltar a ficar de pé com uma estrela bem performada, fazendo Kizuro atravessar metade da sala em cambalhotas contínuas.
 
 Koda – Você sempre acaba assim, Kizuro. – Comentou Koda, rindo da situação, balançando seus belos cabelos verdes e esvoaçantes.
 
 Kizuro – Cale-se, Koda. – Falou Kizuro, que havia parado de dar cambalhotas e estava apoiado sobre um joelho enquanto levantava.
 
 Kuro – Eu pensei que vocês iam me enfrentar juntos, mas parece que quem quer levar a diversão toda por aqui é o Kizuro, não é mesmo? – brincou Kuro, chamando Koda e Sora pra lutar com um movimento dos dedos da mão.

 Sora – Tem razão, Kuro. Koda, cerque-o. – falou Sora, movimentando o braço, com Koda obedecendo e indo rapidamente para trás de Kuro.

 Kuro – Ataque em conjunto, hãn? Vejamos o que me espera. – comentou Kuro, observando os dois, enquanto se preparava pro ataque.

 Sora – AGORA. – Falou Sora, sumindo em um segundo do lugar onde estava, e aparecendo na frente de Kuro, o atacando com uma espada um tanto pequena, uma Wakizashi, que se consistia em uma Katana um pouco menor que as outras normais.
 Kuro – O qu- - Antes de Kuro conseguir terminar sua pergunta, foi obrigado a se defender da wakizashi de Sora, recuando um pouco, e no ataque, sora sumiu novamente, deixando Kuro um pouco desnorteado, mas antes de conseguir pensar, foi jogado contra a parede por um golpe de bastão de Koda, que havia ficado atrás, esperando uma brecha.
   Logo depois que Kuro saiu da parede e se virou, Sora apareceu diante dele novamente o atacando com um sorrisinho maligno e de olhos quase fechados, desferindo outro golpe contra waning moon, que fez Kuro ficar com a guarda aberta por um segundo, tempo em que Sora sumiu novamente e por surpresa, não foi Koda quem apareceu, mas sim Kizuro, dando um soco no rosto de Kuro, fazendo-o voar contra uma mesa que havia na sala, caindo sentado nos escombros.

 Sora – E aí? O que achou? – perguntou Sora, ainda com seu sorrisinho, passando a mão no cabelo e deixando sua mão por entre os olhos.
 
 Kuro – Belos golp-. Antes se sua frase se completar, Koda fez seu bastão aparecer por trás de Kuro, que estava ainda sentado, enfiando o bastão na terra e o fazendo se alongar percorrendo um caminho subterrâneo, o atingindo e o jogando pra cima com bastante impacto (*1). Nesse instante, Kizuro deu um salto pegando impulso, chegando na altura de Kuro e posicionando suas garras à frente do mesmo, o atacando rápida e furiosamente múltiplas vezes, até juntar suas mãos e fazer meio que um movimento de martelo e jogar Kuro novamente contra o chão, onde Sora o esperava, e antes de atingir o chão, recebeu um soco no rosto, que o fez voar contra uma das paredes de pedra da sala.

 Sora – Quem disse que tinha acabado? Isso é só o começo, Kuro. – falou Sora, posicionando a mão sobre sua espada e balançando seus cabelos brancos.

 Kuro – Agh, droga. Vocês são bons. Quando treinaram isso? – falou Kuro, saindo da parede com sangue em várias partes do corpo, por causa dos ataques de garra de Kizuro, e todo sujo devido ao impacto com a parede.

 Kizuro – Eu e o Koda treinamos essa técnica naquele dia que você saiu pra ir em uma montanha, ou não sei o que. Mas como sempre estávamos descoordenados, pedimos uma ajuda do Sora, e voalá. – respondeu Kizuro, se agachando e ficando apoiado em seus joelhos enquanto falava.
 
 Kuro – Entendo. Então vamos continuar. – falou Kuro, limpando um pouco de sangue do canto da boca e apontando sua espada curvada para os 3, que sorriram.

 Koda, Kizuro e Sora – É CLARO. – responderam os 3, enquanto Yummi que estava distraída, olhou para o trio, saindo da parede onde estava escorada e indo em direção a janela da sala, abrindo-a e sentando escorada na borda da janela, olhando para o horizonte além da cidade fantasma.

 Yummi - ...
 
 Kuro – Err... tá... enfim. Venham logo. – disse Kuro, olhando para Yummi, que havia passado, e chamando os outros 3 generais.

 Koda, Kizuro e Sora – Pra já. HAAAAAAAA – responderam, partindo pro ataque, enquanto Kuro abria um sorriso e partia pra cima dos 3.
 
     Já em outro lugar, a sala branca, se encontravam Kaito e Koji, sendo que Kaito estava deitado no chão com os braços abertos, cheio de ataduras pelo corpo, conversando com Koji, que estava em sua forma de alma sobre o corpo de Kaito.
 
 Kaito – Agh. Nossa. Esse treinamento quase me matou, LITERALMENTE, VELHO MALDITO. – Gritou, querendo levantar a cabeça, mas falhando. - Eu não consigo nem me mexer, agh. Eu ia te estrangular se você fosse tangível. – comentou, enquanto Koji ria do jovem.
 
 Koji – Esse foi o último estágio do meu treinamento para monge, Kaito. Eu também tive dificuldades para sobreviver aqui. Fiquei em um estado quase como o seu, mas, o diferencial nosso é que... Meio que eu terminei o treinamento, você só passou 50 dos 100 níveis. – comentou Koji, sacaneando o jovem, enquanto sua risada ecoava pela sala branca.
 
 Kaito – Grrr, eu não tenho culpa que você era um super-humano. Se você não estivesse morto eu te matava, por ter feito eu passar por isso, agh. – falou Kaito, enquanto sentia algumas dores.
 
 Koji – Gostaria de ver você tentar. – falou Koji, mudando seu tom por um momento, arrepiando Kaito, mas voltando ao seu tom normal novamente.
 
 Kaito – Mesmo como uma alma você consegue meter medo.
 
 Koji – Minha mãe sempre disse que eu tinha um talento. – disse Koji, rindo.
 
 Kaito – Agh, esse treinamento foi tão intenso que eu posso até chamá-lo de tortura. Em quanto tempo você terminou esse treinamento?
 
 Koji – Humm, vejamos... 2, 3...
 
 Kaito – 3 DIAS, 3 SEMANAS, 3 O Q?
 
 Koji – Anos. – Falou Koji, colocando a língua para fora e coçando sua careca enquanto seus olhos aparentavam um tom de felicidade.
 
 Kaito – ANOS? E VOCÊ RECLAMA DE MIM? – falou Kaito, ficando muito bravo, querendo se mexer, mas estando ainda impossibilitado.
 
 Koji. – Exato. Mas eu vou te dizer. No meu tempo, para chegar no nível 50, onde você chegou em 2 semanas... Eu levei 4 meses.
 
 Kaito – TUDO ISSO? (*2) E POR QUE VOCÊ TÁ ME ZUANDO ENTAO? – perguntou Kaito, ainda furioso com o velho.
 
 Koji – Só estou seguindo a tradição. Meus mestres também me tiravam do sério. – Falou Koji, enquanto ria do jovem cheio de ataduras.
 
 Kaito – Ah, Koji, mais uma coisa. – falou Kaito, chamando a atenção de Koji, que ria desenfreadamente.
 
 Koji – Fala, fogueira.
 
 Kaito – Fogueira?
 
 Koji – É que seu cabelo é vermelho, e você controla o elemento fogo, ah, esquece.
 
 Kaito – Tá, enfim. Você me pegou desprevenido e só me jogou no meio do treinamento sem eu ter chance da falar qualquer coisa. Então, eu tenho algumas perguntinhas.
 
 Koji – Ah, claro. Estava estranhando você não ter perguntado até agora. Pois diga.
 
 Kaito – Bem, então... Onde droga a gente está? Que lugar é esse? Onde esse local fica?
 
 Koji – Calma, calma, calma, muita pergunta de uma vez só. Bom, basicamente, o lugar onde estamos se chama “ O nulo “. Como você pôde perceber no seu treinamento, ele é dividido em 100 níveis, sendo que você chegou apenas no 50 nessas duas semanas. E como você também viu, a cada nível passado, uma parede é destruída, revelando um novo nível. E assim vai, até chegar no último. Ele não está no mapa, por isso mais nenhum hospedeiro pode chegar aqui. Só se podem chegar aqui quem sabe da existência dele, ou seja, eu, você, e mais a legião de monges que existia há muito tempo. Hoje não existe mais nenhum, eu e meu irmão éramos os últimos. Eles todos morreram tentando dominar os elementos. Então,  sobra eu e você. Essa sala de treinamento fica localizada no subterrâneo do dojô onde eu costumava viver, mas ele não tem portas, só podendo ser acessado pelos portais. – explicou Koji, detalhadamente para o garoto, que ouvia atento. – Aliás, quando você estiver inteiro de novo, precisamos ir até meu dojô.
 
 Kaito – Entendi, espera, por que precisamos ir lá? – perguntou Kaito, confuso, depois de ter tirado suas dúvidas sobre o local onde se encontrava.
 
 Koji – Digamos que eu cansei de ficar no seu corpo, hehe. – falou Koji, dando uma risadinha um tanto estranha.
 
 Kaito – Err... tá né. Espera, o que isso significa, exatamente?
 
 Koji – Você verá quando chegarmos lá. Por hora descanse, seu treinamento te rendeu muita fadiga em consequência do poder adquirido.
 
 Kaito – Ok. – Falou Kaito, enquanto um travesseiro fofo aparecia embaixo de sua cabeça o confortando, o fazendo dormir alguns minutos depois.
 
 Koji – Faz tempo que eu não vejo uma criança tão promissora. Isso será bem divertido. – disse Koji sorrindo com um olhar amigável e se desmaterializando aos poucos até sumir.
 
  Já na casa de Kaito, se encontrava Kouma, no porão, e parecia que estava batendo em algo.
 
 Kouma – AAAAAAAHHH. DROGA, DROGA, DROGA, DROGA, DROGA, DROGA. – gritava Kouma, enquanto desferia vários socos em um boneco de treino com luvas de boxe. – O Kaito está se esforçando treinando com o Koji, mas... e eu? O que eu posso fazer para ajudar a deter esses caras monstruosos com poderes? Eu sou um mero humano. EU SOU UM INÚTIL, EU DEVERIA ESTAR PROTEGENDO MEU FILHO, ÚNICO MEMBRO DA MINHA FAMÍLIA QUE AINDA GOSTA DE MIM. MAS EU... VIREI UM ENCOSTO, QUE DROGA. – Gritava Kouma, com raiva, voltando a espancar o boneco com socos muito fortes, deixando várias marcas de soco no mesmo.
 
 Kouma – Eu quero ajudar o Kaito, mas... mas... O QUE UM VERME MEDÍOCRE COMO EU PODE FAZER CONTRA AQUELES CARAS? – Gritou Kouma, dando um último soco no boneco, fazendo sua cabeça voar pra fora do corpo, batendo violentamente na parede. – Acho que consegui descontar minha frustração nesse boneco. – disse Kouma, arfando e indo em direção às escadas para sair do porão. Quando saiu, se deparou com Lorc e Rouf, que estavam ouvindo atrás da porta, caindo de cara no chão.
 
 Lorc e Rouf – AAAAH. – Gritaram, enquanto se desequilibravam e caíam no chão.
 
 Kouma – Mas o q- QUE RAIOS VOCÊS ESTAO FAZENDO NA MINHA CASA A ESSA HORA DA NOITE? COMO ENTRARAM AQUI? – Gritou Kouma, vendo os dois no chão.
 
 Lorc – Ai, meu nariz. – Falou Lorc, se ajeitando e sentando no chão com as pernas cruzadas. – Você guarda uma chave embaixo do tapete, Kouma, esqueceu disso?  Você mesmo contou isso pra gente.
 
 Rouf – É isso mesmo.
 
 Kouma – Ah, sim. Mas enfim, o que querem aqui?
 
 Rouf – A gente viu que você não estava respondendo as mensagens que mandávamos, e viemos ver se estava tudo bem. Como a gente te conhece, sabia que estaria no porão treinando ou batendo em alguma coisa pra aliviar o stress. Por isso fomos entrando, e ficamos quietinhos ouvindo você espancar aquele boneco.
 
 Lorc – Isso. E pelo jeito a coisa tá feia. Afinal, deixa eu te perguntar uma coisa.
 
 Kouma – Fala.
 
 Lorc – Como você tá vivo?
 
 Kouma – O que? Que raio de pergunta é essa?

 Lorc – Você sabe. Aquele tanque tinha que ter te feito em pedacinhos. Como você tá aqui inteiro ainda?
 
 Kouma – Ah, sim, vocês estão se referindo àquilo. Faz tanto tempo já, nem lembrava mais disso. Quando o tanque saiu de controle vocês fugiram, por isso não viram o que aconteceu. – falou Kouma, lembrando da cena.
 
 Rouf – Eu que não ia morrer à toa. O alvo era você, não a gente.
 
 Kouma – É, você tem razão. Tive uma ideia.
 
 Lorc – E qual seria?
 
 Kouma – Que tal irmos beber um pouco lá na cozinha? Daí eu conto tudo que aconteceu.
 
 Rouf – Me parece bom.
 
   Então os dois se levantaram do chão, onde anda estavam, e se dirigiram à cozinha, com Kouma, que estava com uma expressão um tanto feliz que seus amigos estavam ali preocupados com ele. Então os 3 pegaram bebida e começaram a conversar alegremente sobre coisas aleatórias, o dia do incidente com o tanque, sobre Kaito, etc. Ficaram assim até caírem dormindo bêbados sobre a mesa da cozinha, de madrugada.
 
 
   Já de manhã, de volta à Kaito,  que havia dormido como uma pedra, o mesmo acordou de seu sono profundo, com Koji em cima de si, olhando-o de perto.
 
 Kaito – Hã... o q- MAS O QUE RAIO VOCÊ TA FAZENDO, VELHOTE? TÁ MUITO PERTO. – Gritou Kaito, assustado, e se afastando deitado do velho, caminhando para trás com os braços e pernas.
 
 Koji – Ah, desculpe. É que seu cabelo me lembra alguém. Mas não sei exatamente quem. – falou Koji, rindo da atitude do jovem.
 
 Kaito – Ah, que susto. Deve lembrar o do meu pai, são praticamente iguais.- falou Kaito, bagunçando o cabelo.
 
 Koji – É... enfim. Vejo que já pode se mexer, estou certo? Ou foi só adrenalina do susto mesmo? – falou Koji, dando uma risadinha irônica.
 
 kaito – É, consigo, estou novo em folha. Acho que eu estava com excesso de fadiga.
 
 Koji – Ah não me diga. Sério? Você só dormiu por 15 horas.
 
 Kaito – Acredite, eu já dormi mais.
 
 Koji – Jovens...
 
 Kaito – Velhos... e seus bingos logo cedo.
 
 Koji – COMO É QUE É?
 
 Kaito – Toquei no ponto fraco né? – Falou Kaito, rindo descontroladamente.
 
 Koji – Ora seu... cale a boca. Vamos logo para o dojô. – falou Koji, desconfortável.
 
 Kaito – Você que manda. – falou Kaito, saindo um pouco da sua crise de riso.
 
    Então, depois de Kaito se acalmar, Koji abriu um portal e os dois saíram da sala chamada de “O nulo”, e saíram no pé da montanha do dojô de Koji, mas antes de Kaito adentrar o portal, viu que a sala estava se reconstruindo e voltando  ao normal, até o nível 1 novamente.
 
 Kaito – EEEEEEEII,O QUE FOI AQUILO, POR QUE AQUELA SALA SE RECONSTRUIU? – Gritou Kaito, saindo do portal junto a Koji.
 
 Koji – Ah, eu não te falei? Quando alguém que vai treinar lá para em qualquer que seja o nível, sem completar, ele volta ao normal. Como se nada tivesse acontecido.

 Kaito – AH, E SÓ AGORA VOCÊ ME FALA ISSO? Todo meu trabalho foi em vão T-T. – disse Kaito, deprimido em um canto fazendo um círculo no chão com os dedos.
 
 Koji – Relaxa garoto. Quando você voltar lá, você pode escolher de que nível quer ir. Claro, respeitando a regra de escolher um nível ao qual você já tenha chego, no seu caso, o 50.
 
 Kaito – Ah, menos mal. – Disse Kaito, abrindo um sorriso instantaneamente.
 
 Koji – Você muda de emoções bem rápido. – Falou Koji, colocando a mão na boca para evitar gargalhar. – Mas quer saber de uma coisa? No meu treinamento, sempre que um monge falhava, ele era obrigado a recomeçar. Por isso eu demorei tanto tempo.
 
 Kaito – Meu pai do céu, você sabe ser estraga-prazeres ein? – disse Kaito virando com cara de decepção para Koji.
 
 Koji – Pai do céu? Mas o Kouma não está aqui no planeta? E sobre ser estraga-prazeres, esse é meu dom, jovenzinho.
 
 Kaito – Ah, esquece. Enfim, estamos no dojô?
 
 Koji – Você vê algum dojô?
 
 Kaito – Err... não...
 
 Koji – Ok, pergunta respondida.
 
 Kaito – E eu sei lá, vai que seu dojô é invisível. Você não é o todo poderoso?
 
 Koji – Tá, eu era forte mas... espera, isso não faz sentido nenhum Kaito.
 
 Kaito – Eu sei, é só pra te confundir. Mas enfim, onde é esse dojô então?
 
 koji – No alto da montanha.
 
 Kaito – Você tá falando sério?
 
 Koji – Por que não estaria?
 
 Kaito – POR QUE VOCÊ NÃO TELEPORTOU A GENTE PRA LÁ DE UMA VEZ? NÃO ERA MAIS FÁCIL?
 
 Koji – E que graça teria? Quero ver você mexer essas pernas um pouco. Caminhada pós-despertar é bom pros músculos. Suba a montanha
 
 Kaito – Você e seus papos de velho de novo. Você deve estar maluco que eu vou subir essa montanha.
 
 Koji – Por que louco? Nunca subiu uma montanha na vida?
 
 Kaito – Já, com meu pai, mas não estou disposto agora. Estou com preguiça. 
 
 Koji – Você é manhoso assim ou fez cursinho?
 
 Kaito – Curso. E além do mais, eu não tenho nenhuma refeição decente desde que entrei lá naquela sala maldita. Sempre que eu tinha pausa pra comer, aquele lugar materializava uns negócios horríveis. Mas como eu estava com fome, eu enfrentava. Eu quero comer algo que preste.
 
 Koji – Ora, era só pedir pra sala do nulo que ela providenciaria pra você.
 
 Kaito – Sério?
 
 koi – Sm, aquela é a comida padrão dos monges antigos. É bem ruim mesmo, mas se você pedisse algo diferente, ela com certeza faria pra você.
 
 Kaito – E só agora... VOCÊ ME FALA? VELHO DESGRAÇADO EU QUERIA MUITO MORDER SUA JUGULAR ATÉ ARRANCAR SUE PESCOÇO.
 
 Koji – E que culpa eu tenho que você não reclamou?

 Kaito – E EU IA SABER QUE TINHA COISA MELHOR? E tem mais, pra quem tá com fome, qualquer coisa serve.
 
 Koji – Então para de reclamar.
 
 Kaito – Não to afim.
 
 Koji – Lá em cima tem comida.
 
 Kaito – Ok, chegamos. – falou Kaito, chegando na linha de vista do dojô.
 
 Koji – Mas o q- COMO ASSIM?
 
 Kaito – quando se trata de comida eu viro o Usain Bolt.
 
 Koji – ISSO NÃO É NEM POSSÍVEL.
 
 Kaito – Tá, ta, eu abri um portal e fiz a gente subir mais um pouco. Satisfeito?
 
 Koji – Mas eu não te ensinei a usar portais.
 
 Kaito – Eu aprendi vendo você.
 
 Koji – Ah, faz sentido. Bom, enfim, vamos até lá. – falou Koji, apontando ro dojô.
 
 kaito – Tá. – falou Kaito, se dirigindo pro dojô. – Nossa, por que está tudo destruído por aqui? Teve alguma luta? – perguntou Kaito, vendo o estado deplorável da montanha.
 
 Koji – Sim, aqui foi minha luta com Kuro, mas, não estava tão revirado assim. Aposto que ele veio aqui procurando alguma coisa, mas não achou. – explicou Koji, olhando em volta.
 
 Kaito – Nossa, que cheiro é esse? – perguntou Kaito, tapando o nariz enquanto avançava.
 
 koji – Ah, deve ser meu corpo, faz bastante tempo que ele está aí, então é normal que tenha esse mau cheiro no ar. – respondeu Koji
 
 Kaito – E você fala como se fosse a coisa mais normal do mundo.
 
 Koji – Fazer o que? Ah, olha lá ele. – falou Koji, avistando seu corpo.
 
 kaito – Eca, por que me mostrou ele? – falou Kaito, mostrando a língua enquanto fazia uma cara feia.
 
 Koji – Para de nojinho e se aproxima. – ordenou Koji
 
 kaito – Por que deveria?
 
 koji – Só vai logo.
 
 Kaito – Ah, tá bom. – falou Kaito, indo em direção ao corpo de Kuro.
 
 Koji – Observe. Vê aquela bainha na minha mão? Essa frase ficou estranha, mas enfim, está vendo?
 
 kaito – Sim, estou, o que tem?
 
 Koji – Calminha.
 
 Kaito – O que vai acont- ei, o que foi isso? – falou Kaito assustado, quando um brilho cegou seus olhos por um momento.
 
 Koji – Ela está brilhando.
 Kaito – Tá, isso eu vi, o que tem de mais?
 
 Koji – Nada, só para fazer você ficar olhando igual um pateta.
 
 kaito – ISSO LÁ É HORA DE BRINCAR? – gritou Kaito, furioso
 
 koji – Jovem, eu fiz piada mesmo diante da morte, então, sim, esse é um bom momento. – comentou Koji, rindo
 
 kaito – Entendi. Enfim, vamos andando.
 
 koji – Espere. – Falou Koji, chamando a atenção de Kaito novamente.
 
 Kaito – O que foi? Fala logo.
 
 Koji – Pegue a bainha.
 
 Kaito – C-C-COMO É? MEXER NO SEU CORPO? MAS NEM A PAU, JUVENAL. – Gritou Kaito, fazendo um x com os braços em sinal de negação.
 
 Koji – Mas meu nome não é Juvenal. – respondeu Koji, confuso.
 
 Kaito – ( AAAAAAAAHHHH MEU SARCASMO E MINHAS GÍRIAS NÃO FUNCIONAM NELE, SOCORRO). AAAAAAAHHH, TÁ, TÁ, EU PEGO. – Pensou e gritou Kaito, que foi lentamente em direção à bainha.
 
 Kaito – Devagar, movimento de pinça, devagar e constan-AHAHAHAHA, MEXEU. – gritou Kaito, quando a mão do corpo de Koji saiu do lugar por causa da bainha estar sendo puxada.
 
 Koji – VAMOS LOGO, KAITO, ISSO NÃO É JOGO DA VARETA NÃO. – Gritou Koji de volta para Kaito
 
 Kaito – Tá bom, tá bom, mas dá uma sensação estranha. Vamos, lá, devagar, PUXEI. – disse Kaito, pegando a bainha da mão do corpo.
 
 Koji – Ótimo. Vamos prosseguir para o dojô. Carregue meu corpo até lá.
 
 Kaito – Claro... ESPERA AÍ, CARREGUE O MEU CORPO UMA PINÓIA. EU NÃO VOU LEVAR ESSA COISA LÁ PRA DENTRO. – Gritou Kaito, apontando pro corpo. 
 
 Koji – Kaito, confia em mim. Eu sei o que eu tô fazendo.
 
 kaito – É, EU TAMBÉM SEI, EXPLORAÇÃO DE TRABALHO INFANTIL.
 
 Koji – Você tem 18 anos, cara.
 
 kaito – Ah, é. Droga, essa desculpa não cola mais T-T.
 
 Koji – Vamos, pegue as duas partes do corpo e leve.
 
 Kaito – Já disse que não. Pera, duas?
 
 Koji – Sim. Eu falei, não falei? O kuro me partiu no meio.
 
 Kaito – Ah, verdade. Mas eu não vou pegar seu corpo não. Me recuso. – falou Kaito, indo em direção ao dojô.
 
 Koji – KAITO, ESPERA, KAITO, KAITOOOO. – gritava Koji no ouvido de Kaito, que o ignorava completamente, com as mãos nos bolsos e indo em direção a porta.
 
 kaito – Beleza. Porta do dojô. Vamos abrir e... Uma casa revirada? – falou Kaito, vendo a bagunça em que se encontrava a residência, após abrir a porta.
 
 Koji – Droga, agora eu tenho certeza. O Kuro voltou aqui mesmo, procurando algo, mas eu não sei o que foi.
 
 Kaito – Talvez ele queria “ O nulo”. – falou Kaito, botando aspas com os dedos, enquanto falava.
 
 Koji – Acho meio impossível. Eu te falei agora há pouco que só nós dois temos conhecimento sobre aquele lugar.
 
 Kaito – Verdade. O que ele queria aqui então?
 
 Koji – Boa pergunta. Não faço ideia.
 
 Kaito – Enfim, deixando ele de lado, por que você pediu pra eu pegar a bainha da sua espada?
 
 Koji – Ah, sim. Siga-me. – disse Koji, guiando Kaito pelo dojô. – Aqui, coloque a base da bainha contra a parede.
 
 Kaito – Assim? O que vai acont- EITAAAAA. – gritou Kaito, quando, em contato com a bainha, a parede se abriu, formando uma passagem secreta.
 
 Koji – Pra isso. Venha, me siga. – Disse Koji, chamando o jovem com a mão.
 
 Kaito – Tá, calma, você tá ligado ao meu corpo, eu tenho que ir de qualquer forma.
 
 Koji – Bom ponto. – falou Koji, enquanto guiava o garoto por um caminho um tanto longo. – Bem, chegamos. – falou Koji, de braços abertos pro céu, enquanto apresentava um grande laboratório tecnológico circular, cheio de telas de computadores e um painel, também circular, cheio de teclados, encaixes, quinquilharias e o mais estranho, um tubo de água ao qual parecia caber uma pessoa inteira.  
 
 Kaito – Uau, onde estamos? – perguntou Kaito, impressionado.
 
 Koji – Esse é o laboratório secreto do dojô. Aqui, eu testava alguns experimentos com os elementos e treinava alguns ataques combinados com minha espada, mas em primeiro lugar é um laboratório.
 
 Kaito – Entendi. Ele é super tecnológico, gostei. Mas afinal, por que você me trouxe aqui? – perguntou Kaito, confuso.
 
 Koji – É aqui que eu me separo de você, Kaito.
 
 Kaito – Como assim? Você vai se matar ou algo do tipo, mesmo já estando morto?
 
 Koji – Claro que não, besta. Eu vou me separar de você. Minha alma vai.
 
 Kaito – Ah, sim, entendi agora. Poxa(*3), você não me explica. E como pretende fazer isso?
 
 Koji – Simples. Eu apenas vou transferir minha alma para outro recipiente. – explicou Koji.
 
 Kaito – Tá, MAS COMO?
 
 Koji – Já vai ver. Você vai ter que me ajudar agora, porque eu meio que estou morto, e não consigo tocar nada.
 
 kaito – Ok, o que tenho que fazer?
 
 Koji – Ok, então... vê aquele frasco tecnológico em formato de pílula gigante que está sobre aquele balcão? Então, posicione-o em posição vertical naquele encaixe em cima do painel. Após isso, aperte o botã-
 
 Kaito – Calma, calma, uma coisa de cada vez se não eu queimo meus neurônios. Ok, ajustar a pílula gigante na vertical, feito. – disse Kaito, mandando uma mãozinha com o dedão levantado para Koji.
 
 Koji – Ótimo. Agora, está vendo aquele botão vermelho à esquerda do frasco? Pressione-o.
 
 Kaito – Prontinho. – falou Kaito, apertando o botão, e no pressionar uma grande cápsula oval subiu do chão, abrindo uma porta de vidro.
 
 Kaito – Eita, o que é isso?
 
 Koji – Entre aí.
 
 Kaito – Por que eu faria isso?
 
 Koji – Você quer se livrar de mim ou não?
 
 Kaito – O que eu tenho que fazer agora? – falou Kaito, se abraçando à parede tecnológica cheia de cabos da cápsula.
 
 Koji – Maldito. – disse Koji, soltando um sorrisinho. – Enfim, vê aquele botão ali? Pressione-o
 
 kaito – Pra já. – Disse Kaito, pressionando um botão que se encontrava ao lado da porta de vidro.
  Após pressionar o botão, a porta se trancou e as luzes do laboratório começaram a piscar, enquanto descia umas espécies de canos que grudaram nas costas de Kaito, o enchendo de dor.
 Kaito – AAAAAAAAA, O QUE É ISSO? – Gritou Kaito, com muita dor.
 
 Koji – AGUENTA FIRME AI.
 
 Kaito – AAAAAAAA.  – No grito de Kaito, o cano começou a sugar algo de dentro dele, como se estivessem arrancando algum órgão interno com as mãos, e no meio da gritaria, os canos simplesmente o largaram, o jogando contra a porta de vidro da cápsula, que entrou em curto circuito e explodiu, jogando Kaito contra o chão violentamente, o fazendo se arrastar por alguns metros.
 
 Kaito – Agh. O que droga foi isso? Foi como se alguém tivesse jogado mil facas nas minhas costas e arrancado todas elas de uma vez. – falou Kaito, ainda jogado contra o chão enquanto ouvia a voz de Koji ao longe
 
 Koji – Kaito, alô, tu tá bem? Kaitoooo?
 
 Kaito – Vê se não enche, velho. – falou Kaito, se sentando com uma mão no rosto. – Aliás, onde você tá? Não deiva estar sobre mim? – perguntou Kaito, olhando pro lugar onde normalmente Koji se encontrava, acima de sua cabeça.
 
 Koji – Aqui. – falou Koji, de dentro do frasco que Kaito havia colocado no painel mais cedo. Eu falei que minha alma se separaria de você, só que eu esqueci de dizer que o processo é doloroso.
 
 Kaito – Droga, eu odeio esse seu Alzheimer. – falou Kaito, ainda com a mão no rosto, como se estivesse com dor. – Aliás, o que você tá fazendo aí? Me explica o que houve.
 
 Koji – Bem resumidamente, aqueles canos sugaram minha alma do seu corpo e me transferiram para este frasco. Ah, e tem mais, aqui, deste frasco, eu posso controlar todos os computadores do laboratório como se fosse uma super inteligência artificial.
 
 Kaito – Ah, você é tipo uma placa mãe viva, que controla tudo?
 
 Koji – Sim, e eu poderei auxilia-lo daqui de agora em diante, com informações de satélite e várias outras coisas, tudo em tempo real.
 
 Kaito – Isso vai ser ótimo. Mas espera, e se eu te tirar desse frasco? Abri-lo ou quebrá-lo? Você morre ou algo assim?
 
 Koji – Não, eu volto pra onde estava anteriormente, ou seja, você.
 
 Kaito – Ah, pode ficar aí então. Não mexer em você. E como você vai se comunicar comigo? Via WiFi? – perguntou Kaito, brincando.
 
 Koji – Não. Está vendo aquele dispositivo que parece um fone de ouvido sem fio que está sobre aquela mesa lá? – apontou Koji, de dentro do frasco.
 
 Kaito – Não vejo nada lá.
 
 Koji – Aqui ó. – com as palavras de Koji, um fio desencapado desceu do teto, apontando para o lugar onde o suposto “ fone “ se encontrava.
 
 Kaito – Ué, o que foi isso?
 
 Koji – Eu não controlo só os computadores, eu controlo todo esse ambiente. Então digamos que esses cabos sejam as extensões de meus braços.
 
 Kaito – Ah, entendi – falou Kaito, levantando do chão, e indo até a mesa onde o fone se encontrava, o pegando e colocando no ouvido direito, e quando o colocou, ele se ajustou e ficou com a mesma forma do ouvido de Kaito.
 
 Koji – Ok, assim que conversaremos a partir de agora. Não se preocupe com nada. Ele ficará invisível a outras pessoas com uma tecnologia de camuflagem, e não atrapalhará sua audição em nada.
 
 Kaito – Mas e se eu quiser ouvir música com um fone normal?
 
 Koji – Não se preocupe, ele é maleável, então sempre que você colocar algo no ouvido, seja um fone, um dedo, qualquer coisa, ele vai se moldar e dar espaço pra coisa, deixando-a passar, com uma tecnologia de sensor de movimentos.
 
 Kaito – Entendi. Ela só serve pra me comunicar com você, né?
 
 koji – Basicamente sim, e eu vou ouvir tudo que você falar no dia a dia, mas não se preocupe, eu só vou encher seu saco quando algum ataque elemental ocorrer, ou quando eu estiver com tédio mesmo. Mas em hipótese alguma tire-o do ouvido.
 
 kaito – Por que? Nem na hora do banho?
 
 koji – Porque um ataque pode ocorrer a qualquer momento, e como eu sou uma alma que não dorme, vou ficar atento aqui 24h por dia, e ele é à prova d’água.  
 
 Kaito – Entendo. Bom, mas voltando um pouco, por que você queria que eu trouxesse seu corpo pra cá?
 
 Koji – Ah, bom questionamento, é para eu restaurá-lo. – falou Koji, passando de uma cara feliz para uma cara um tanto séria.
 
 Kaito – R-Restaurá-lo? C-Como assim restaurá-lo?
 
 Koji – Acho que já viu aquele tubo com líquido ali no canto, não viu?
 
 Kaito – Vi, o que tem ele?
 
 Koji – Bom, ele é um líquido um tanto diferente, um liquido encantado que serve para restauração. Por que você acha que um velho como eu viveu tanto tempo?
 
 Kaito – Entendi. Então você quer restaurar seu corpo. Mas pra que, exatamente?
 
 Koji – Não é óbvio, Kaito? EU VOU REVIVER. – Profanou Koji, em alto som.
 
 Kaito – R-REVIVER? D-DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? – perguntou Kaito, desacreditado no que havia ouvido.
 
 Koji – Eu sou o monge responsável pelos elementos, eu preciso dar paz a este mundo. E por isso eu preciso da sua ajuda. O único modo de eu reviver, é com algumas condições.
 
 Kaito – E quais seriam elas?
 
 Koji – Primeiramente, colocar meu corpo neste líquido, para ele se restaurar. Depois, eu precisaria do poder dos 15 elementos.
 Kaito – Dos 15? Por que?
 
 Koji – Bom, digamos que juntando todos os 15 elementos, o ser humano consegue um poder divino. Com os 14 que eu tinha posse, eu quase conseguia, mas faltava as trevas, que estavam em posse do meu irmão. E com um poder divino, você ultrapassa qualquer barreira do ser humano, não é? Nesse caso, seria reviver.
 
 Kaito – Sei. E o que mais?
 
 Koji – Bom, todos os 15 elementos teriam que ser colocados junto com meu corpo, para entrarem em harmonia. Após isso, eu renasceria.
 
 Kaito – E como eu conseguiria colocar todos lá?
 
 Koji – Agora você chegou na parte que eu estava esperando. Então, aproxime-se.
 
 kaito – O que foi? – falou Kaito, indo em direção do frasco que continha Koji.
 
 Koji – Abra esta gaveta à minha direita. Está vendo esse equipamento? Pegue-o.
 
 Kaito – Tá bom. O que esse treco faz? – falou Kaito, pegando algo que parecia uma espiral.
 
 Koji – Ele tira os poderes dos hospedeiros elementais, ou seja, ele retira o elemento do usuário.
 
 Kaito – Então é só eu mostrar isso pros meus inimigos que eles ficam fracos? Que fácil. POR QUE EU TIVE QUE TREINAR IGUAL UM CONDENADO ENTÃO? – gritou Kaito, olhando para Koji.
 
 Koji – Calma lá. Eu não falei que era só mostrar pra eles, não funciona assim.
 
 Kaito – E como funciona então?
 
 Koji – Basicamente, ele só funciona quando o hospedeiro está debilitado. Ou seja, você terá sim que derrotar seu oponente para ativá-lo. Por isso treinou tanto. Quando seu oponente estiver derrotado, encoste-o sobre ele, o poder dele será drenado, o elemento será transformado em uma esfera e virá direto para este ambiente, onde eu o colocarei junto com meu corpo.
 
 Kaito – Entendi. E como eu vou carregar esse troço pra lá e pra cá?
 
 Koji – Simples, coloque-o como bracelete. Ele se ajustará ao seu braço. Você pode fazê-lo ser parte da sua transformação, como a sua espada e seu manto.
 Kaito – Legal, mas como eu faço isso?
 
 Koji – Seguinte, se transforme.
 
 Kaito – Ok. APAREÇA, DRAGON BLADE. – gritou Kaito, e no grito, apareceram seu manto enrolado em seu pescoço e sua espada embainha em sua cintura, mas agora, ao fim de sua bainha, se encontrava uma cabeça de dragão. – Pronto, e agora?
 
 Koji – Coloque o bracelete e se destransforme, ele sumirá junto.
 
 Kaito – entendido. – Disse Kaito, seguindo as ordens do velho monge. – Wow, sumiu mesmo. Beleza então, agora é só eu conseguir derrotar os outros 14 elementos, não é?
 
 Koji – Sim, mas primeiro, vá lá fora e pegue meu corpo. Você teria que fazê-lo mais cedo ou mais tarde.
 
 Kaito – Ah, tá bom, tá bom. – disse Kaito abrindo um portal em um instante, e voltando alguns segundos depois com a parte de cima do corpo de Koji, e a colocando dentro do tubo com líquido com cuidado, abrindo-o por cima, e repetindo o processo, voltando a com a parte de baixo do corpo. – Pronto.
 
 Koji – Ok, tudo certo então. Agora...
 
 Kaito – Agora?
 
 Koji – Bom, como você já sabe a localização deste lugar, volte e retire a bainha do lugar da chave. Com isso a porta se fechará e você poderá entrar aqui com o portal.
 
 Kaito – Ok. – falou Kaito, correndo em direção à porta, tirando a bainha e voltando com um portal. – Prontinho, o que eu faço com a bainha?
 
 koji – Coloque-a junto com meu corpo. Os elementos que vierem para cá virarão partes da lâmina da minha espada novamente.
 
 kaito – Ok. Pronto – falou Kaito, jogando a bainha dentro do tubo, com ela caindo exatamente na mão do corpo de Koji.
 
 koji – Ok, seu trabalho aqui acabou.
 
 kaito – Espera aí, você ainda não me falou como vai reviver.
 
 koji – Ah, sim. Então, depois que os 15 elementos estiverem no tubo, você puxará uma alavanca que está oculta agora. E ela será a responsável pelo poder dos elementos me conceder a vida novamente.
 
 Kaito – Entendi. Então, se meu trabalho acabou... eu posso ir pra casa?
 
 Koji – É claro. Vai lá. Qualquer coisa eu te chamo pelo comunicador.
 
 Kaito – Feito. Até mais velhote. – falou Kaito, abrindo um portal e entrando, mas antes de se teleportar, olhou para o tubo, onde o corpo de Koji estava aos poucos se reconstruindo, ligando a parte de cima com a parte de baixo. – Bizarro. – falou Kaito novamente, dessa vez indo embora e aparecendo na porta de casa.
 
 Kaito – Ah, enfim em casa. O que será que meu pai está fazendo? – falou Kaito, procurando a chave que havia embaixo do tapete, mas não achando-a. – Ué, espera, a porta está aberta, como assim? – falou Kaito, cnfuso, virando a maçaneta e abrindo a porta facilmente.
 
 Kaito – (Estranho. Será que ele esqueceu de trancar? Mas por que a chave reserva não estava no lugar de sempre?) – pensava Kaito enquanto entrava na casa, e subia as escadas, procurando Kouma. – ( Hmm, aqui em cima ele não tá, talvez na cozinha.) – pensou Kaito, indo em direção à mesma.
 
 kaito – Paaai, cheg- QUE MERDA É ESSA? – Gritou Kaito, ao ver Kouma, Lorc e Rouf dormindo sobre a mesa da cozinha com bebida sobre a mesa.
 
 Kouma – Ah, bom dia, filho. – falou Kouma, acordando com o grito. – Voltou agora?
 
 Kaito – Sim, acabei de chegar. ESPERA, BOM DIA NADA, QUE QUE TA ROLANDO AQUI? – Gritou Kaito, brigando com Kouma, que voltava a dormir.
 
   E assim continuou, com Kaito gritando com os 3 que haviam bebido, e no laboratório de Koji , se encontrava o mesmo gritando loucamente, de dentro do frasco, em meio a estrutura tecnológica e cheia de computadores do ambiente:
 
  Koji – ISSO, ISSO, MEU RENASCIMENTO ESTÁ PRÓXIMO, HAHAHAHAHAHAHA, MAL POSSO ESPERAR. ESSE MUNDO PRECISA DE MIM, HAHAHAHAHA. 
 
 


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Notas finais do capítulo

A Imagem do capítulo se refere ao dispositivo que Kaito está utilizando como bracelete.

*1 Mas tem que ser um cepo bem duro.
*2 Você fala demais amigo, acabei de me aborrecer.
*3 Crush, por que não me nota?



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