10 Desejos escrita por 4ever Happy


Capítulo 4
8.


Notas iniciais do capítulo

Olha quem esta aqui novamente?? Isso mesmo!! Demorei muito?? Ok ok, talvez um pouco...

Antes de tudo, vamos agradecer essas pessoas lindas que sempre estão acompanhando e comentando a fanfic:

* Veh Marano (Essa viagem promete hein)
* Mundinho Pequeno (Dedos cruzados para Auslly)
* Ally Rocket (Coração preparado para a carta?)

Vocês são incríveis e não me canso de dizer isso!! Esse capitulo é inteiro dedicado a vocês!

Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736009/chapter/4

Ally

— Essa é a sua mala? – Austin aponta para a mala azul em cima do sofá. Respondo que sim e ele a pega, sabendo que não posso carregar peso. – Vou levar para o carro. Quando você terminar tudo – Ele olha em direção ao papel e caneta em cima da mesa. – Vá direto pro carro, que estamos te esperando.

Austin fecha a porta, me deixando sozinha. Encaro aquela folha em branco, pensando nas palavras certas para preenche-la. O interminável barulho do relógio me lembrava que eu precisava ser breve, e eu ainda não havia escrito nada. 

Meus pais não precisarão ler essa carta, vou revê-los e falarei tudo pessoalmente, uma voz de dentro de mim sussurrou. Por mais difícil que seja, eu precisava acreditar e confiar nessa voz. Por isso peguei a caneta, decidida a escrever algo simples e rápido.

Ouvi a buzina de um carro, só podia ser Dez. Que outro carro estaria buzinando as 2:03 da manhã? Em seguida escuto a porta da frente se abrindo, era Trish.

— Ok Ally, sei que é difícil para você fazer tudo isso, mas Dez esta pirando lá fora dizendo que temos hora para chegar ao hotel e tudo mais. – Outra buzina. – Desculpa mesmo te apressar, é só que eu estou...

— Tudo bem. Acho que terminei. – Levantei o papel, sorrindo. Dez buzinou novamente. Vi que a latina fechou as mãos e respirou fundo, ela sempre fazia isso quando perdia a paciência. – Eu só vou deixar isso no meu quarto.

Quando Dez buzinou de novo, Trish saiu pela porta da frente pisando forte no chão.

— Seu insensível! Não consegue esperar dois minutos a menina se despedir da família! – Os gritos de Trish ecoavam pela rua deserta. – E para de buzinar porque são duas da manhã seu ruivo idiota!

— E você para de gritar no meio da rua porque são duas da manhã! – Reconheci a voz/grito de Dez. Comecei a rir, eles sempre tiveram essa relação cão e gato.

Subi para o meu quarto, e antes que eu pudesse colocar a carta em meu armário li novamente:

Pai e Mãe,

Percebi – depois de ficar quinze minutos encarando esse pedaço de papel – que palavra alguma criada pelo homem seria capaz de expressar o amor e a gratidão por ter vocês presentes na minha vida. E aguardo ansiosamente alguém descobrir uma palavra capaz de dizer o que sinto por vocês.

Eu espero, de coração, ter de alguma forma retribuído ao longo da minha vida, o amor que vocês me deram. Sei que não seria capaz de tal, mas cada pequena atitude minha demonstrava o amor que sentia pela nossa família:

Todos os sorrisos que dei, todos os beijos no rosto de vocês, todas as discussões, todas as brincadeiras, todas as vezes que eu acordava vocês às sete da manhã de um domingo com café da manhã na cama com torradas queimadas e todos os abraços foram a forma que eu encontrei de dizer: Eu amo vocês.

Obrigada por abrirem mão de ficar esse mês comigo, e me deixarem aproveitar ao máximo esse tempo que me resta.

Se estão lendo essa carta, sabem o que aconteceu.

Apenas quero dizer que, onde quer que eu esteja agora, vou amar e cuidar de vocês, sempre.

De sua eterna filha,
Ally Dawson.

Feliz com o resultado final, a deixo em meu armário.

Decido passar no quarto dos meus pais para vê-los, antes de ir. Eles dormiam tranquilamente, com respirações pesadas. Deposito um beijo na testa de cada. Eu prometo voltar sussurro antes de fechar a porta, pronta para seguir viagem.

***

— Pensei que íamos de limousine. – Comentei frustrada assim que entrei no carro.

— Não temos dinheiro para alugar uma limousine por dois dias, quem dirá um mês. – Austin respondeu rindo, me olhando pelo retrovisor.

— Então meu primo emprestou essa belezura. – Dez deu tapinhas no volante, antes de começar a dirigir.

— Como assim seu primo emprestou a caminhonete dele para você durante um mês? – Trish se debruçou sobre o assento do ruivo, esperando uma explicação.

— Digamos que ele estava me devendo um favor...

Trish recostou no banco com um olhar desconfiado. Ela não estava contente com a resposta dele.

— Quem diria? Allicia Dawson, a filha perfeita, uma aluna exemplar; fugindo de casa com os amigos. – Coloco meu cinto, pois já havíamos chegado na estrada. – Desrespeitando os pais.

— Você não está fugindo... Tecnicamente Lester e Penny sabem de tudo. – Austin estava sério. Reviro os olhos, porque tão estraga prazer? O ignoro e continuo:

— Estou vivendo uma vida perigosa e rebelde. – Rio comigo mesma.

***

— Cadê a menina perigosa e rebelde agora?

— Eu não consigo fazer isso. – Respondo a provocação de Dez. Minhas pernas estavam tremendo, e minhas mãos suadas. – Não posso. – Dou um passo para trás.

— Observe e aprenda. – Trish foi até a porta do avião, respirou fundo e saltou. O ruivo não demorou para acompanha-la.

— O que está acontecendo, Ally? Achei que esse era um dos seus desejos. – Austin estava ajeitando seu paraquedas.

— Eu tenho medo de altura. – Digo rápido, torcendo para que ele não tivesse entendido. Pela sua cara soube que mesmo com o barulho do avião ele havia escutado.

— O medo nos impede de viver momentos incríveis. Como esse, por exemplo. – Ele me olha, chegando mais perto. – Segure em minha mão. Vamos pular juntos.

Pensando em suas palavras, fecho os olhos e respiro fundo. Eu não poderia deixar um medo me impedir de fazer aquilo que eu mais queria. Sem antes pensar, seguro em sua mão.

 Contamos até três e pulamos.

No segundo seguinte, soltamos as mãos. Eu estava desesperada. Estava caindo a mais de 200km/h e não sabia o que pensar. O medo tomou conta de mim, mas foi embora no minuto seguinte. A adrenalina era liberada pelo meu corpo inteiro e eu senti uma imensa satisfação. Por que não fiz isso antes? Me perguntava enquanto a Terra ficava mais próxima de mim.

Uma sensação de liberdade me invadiu.

Eu não estava viva, eu estava vivendo.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM - Ah, eu sou apaixonada por esse gif, serio. To pensando em colocar Gif em todos os capítulos, o que acham?

FAVORITEM - Isso me deixa taooo feliz, de verdade!!

RECOMENDEM - Sei que ainda estamos no começo, mas já temos 3 mil palavras!!

Seja happy, e não esqueça: O medo nos impede de viver momentos incríveis.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "10 Desejos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.