Minha vida em pequenas Escalas escrita por Iset


Capítulo 30
Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Oii lindos e lindas, prontos pra mais um capítulo? Como estão as férias?
Gente estou com uma dúvida, entro na reta final ou sigo o plot que eu tinha pre -escrito... Sei lá acho que a história está ficando grande demais... o que acham?



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INESPERADO

Fico estático, com o telefone na mão sem qualquer reação até Amber me chamar várias vezes no outro lado da linha.

—  Você tem certeza? Nossa eu nem se quer me lembro do que aconteceu… Eu…

— Eu tenho certeza, fiz exames e… Noah, ele é seu. Eu não te ligaria se não tivesse plena certeza disso.

—  Eu não quis dizer isso... Eu só… Pode me dar um minutinho? Eu já retorno.

Desligo o celular, pago a conta em modo automático e no estacionamento tenho um ataque de nervos.

— Porra! Seu idiota! Burro, burro — digo dando uns tapas no meu próprio rosto, quando percebo um casal me olhando desconfiado. — Qual é? Até parece que nunca sentiram vontade de dar uma surra a si próprio! — digo e eles aumentam o passo, entrando no carro logo em seguida.

Respiro fundo e retorno a ligação para Amber.

— Amber?

— Oi. Noah, eu só liguei porque achei que deveria saber, e porque lidar com isso não tem sido fácil.

— Nós fomos irresponsáveis juntos, é claro que você devia me ligar…  Você precisa de alguma coisa? Eu nem sei o que dizer…

— Eu não vou ter esse bebê, eu tenho uma faculdade para terminar e não tô preparada para isso, mas eu também estou com muito medo. Teria como você estar aqui comigo? — Ela questiona e eu respiro fundo tentando processar tudo.

— Eu vou conversar com meu chefe, te ligo amanhã a noite. Tem certeza que é isso que quer?

— Porquê? Por acaso você quer mais um bebê?

— Não, mas sempre se dá um jeito. Eu vou ter de desligar, amanhã conversamos com a cabeça mais fria.

— Obrigado Noah. Boa noite.

Me despeço e vejo Lacey curiosa batendo o pé a alguns metros. Continuo recostado ao carro, sem saber o que fazer e o que dizer a ela.

— Você está bem?

—  A Amber, acabou de me ligar.

— E quem é Amber?

— Você lembra que eu falei sobre o lance no Canadá?

— Como esquecer? E o que o seu lance quer?

— Ela… ela tá grávida….

SIM, Lacey ficou furiosa, me deu alguns tapas, chorou e depois de me chamar de inconsequente, babaca, idiota, me fez levá-la a pizzaria, onde descobri algo em comum entre ela e a Carol.

O apetite voraz ao ficar nervosa.

— A gente pode conversar? — pergunto envergonhado.

— No momento essa pizza de calabresa sabe falar coisas muito mais prazerosas que você…  Olha só ela diz: Me coma Lacey, sinta suas papilas gustativas terem um orgasmo de sabor, enquanto você vai falar sobre ter um filho com outra garota… Advinha quem eu prefiro ouvir?

— Ela não quer ter o bebê — digo e ela solta os talheres e me encara.

— Isso não muda o fato de que engravidou uma garota!

— Não estávamos juntos, eu tinha bebido demais eu nem lembro daquela noite. Lacey, as coisas estavam indo tão bem… Essa noite, foi especial para gente.

— Bom, não precisaria lembrar de nada se tivesse lembrado de usar a porra da camisinha, Noah! E bota noite especial nisso… Perai? O fato de querer terminar tem a ver com isso?

— Não, eu não sabia! Ela me ligou enquanto você estava no banheiro. Olha… eu entendo, tem todo o direito de ficar chateada.

— Chateada? Chateada eu fico quando quebro uma unha, não quando meu namorado engravida outra garota! Agora cala a sua boca e me passa esse pedaço de pizza! — Ela fala enfurecida e eu empurro meu prato pro lado dela da mesa.

Como era de se imaginar, a noite terminou muito mais cedo do que o previsto. Volto para casa, dispenso a babá e fico olhando Emma dormir por um tempo. Penso em como foram difíceis os primeiros meses de gravidez, de quantas vezes me peguei desejando que ela não existisse e um aperto toma conta do meu peito.

Dizem que mães se tornam mães, no momento do positivo, mas que homens só se tornam pais no nascimento. Bem eu discordo dessa afirmação, pais se tornam pais quando querem se tornar pais,e isso pode acontecer a qualquer momento da gravidez, ou nunca acontecer na vida inteira dele. Porque ser pai é algo muito diferente de ter um filho.

Eu lembrava exatamente quando me senti pai pela primeira vez.

“ — Alô amor.

— Onde você ta?— Carol questiona naquele tom ao qual eu sei que estou encrencado.

— Fazendo horas extras, onde estaria?

— Que tal no meu exame de ultrasom?

— Ah! Eu esqueci, desculpa Carol. — Digo e ouço ela desligar a ligação.

— Droga! — Exclamo e olho pro relógio. Junto meus papéis e saio correndo, no estacionamento acelero o meu automóvel em direção a clínica. Quando chego no local tento pegar o elevador mas ele está lotando então quase caio correndo pelas escadas, chegando sem fôlego ao consultório.

— Por favor, eu sou o marido da Carolina Smith ela tinha um ultrassom — Falo ofegante.

— Ela está no consultório dois — responde a recepcionista e eu saio em desespero, Carol ia me matar se eu perdesse mais um ultrassom.

Corro pelo corredor e entro no consultório, vejo a silhueta do médico passando o aparelho pela barriga e um outro cara parado a frente deles e miro exclamo.

— O papai chegou! — Grito e sou fulminado pelo olhar dos três, que agora percebi que a gestante não era Carolina.

— Que história é essa? Eu sou o pai do bebê!— Diz o cara.

— Ops! Foi um engano, eu não sou o pai não. Minha grávida é outra. Felicidades  — digo recuando.

No corredor avistei carolina parada, com a mão na barriga admirando as fotos do ultrassom entre sorrisos e lágrimas. Me aproximo devagarinho e espio sobre o ombro dela.

— Desculpa não ter chego a tempo, eu juro que queria ter visto — digo a abraçando e depositando um beijo na bochecha dela.

— Se quisesse mesmo, não teria esquecido — ela fala me dando uma cotovelada no abdômen.

A sigo até o estacionamento e ela entra no carro com a cara emburrada.

—Desculpa, no próximo prometo não perder, posso ver as fotos?

—Ela lança o envelope no meu colo e continua a olhar pro nada visivelmente irritada. Pegos as fotos e um sorriso involuntário brotou no meu rosto, quando vejo a imagem nítida de um bebê, ele ainda tinha uma cabeça enorme, mas agora eu conseguia identificar um nariz pontudinho, orelhas, bochechas, mãos, dedos, tudo ali perfeitinho e incrivelmente lindo.

— É linda — Digo num suspiro sentindo meu peito aquecer.

— Linda?— Ela volta o olhar para mim.

— Tem cara de menina — digo vendo as bochechas aparentemente rechonchudas do bebê.

— Bom, coitado. Porque segundo o médico esse pontinho ai é um pênis. - Ela fala indicando uma pequena proeminência entre as pernas do bebê e eu sinto meu peito disparar.

— Um menino? Sério? Eu vou ter um rebatedor? Ah meu Deus!

— Bom o médico não deu certeza disse que é uns 80% de chance.

— Ora 80% é quase 100% é um menino, isso é demais, vou levar ele a jogos e ensinar a rebater e nossa vai ser demais. Não que menina não seja legal, mas garotos são muito mais fáceis…  Como vamos chamá lo,  Noah Jr.?  — digo entusiasmado.

— Nem a pau juvenal! - Vai se chamar Eduardo “dudu”. — Ela diz pegando a foto.

—“ Dudu”, o coitado já tem um pintinho de nada e você quer chamá-lo de Dudu? Não, nem pensar.

— Ah e que opção você tem?

— Sei lá um nome canadense e um brasileiro que tal Natan Carlos? Edgar Kane? Jack Daniel…? — digo e vejo a cara de desprezo aumentar a cada sugestão.

— Meu filho não vai se chamar Jack Daniel! Que significado tem Jack?

— Amor isso é américa do norte, nossos nomes não significam nada. Mas jack Daniel's é o melhor uísque do mundo se te consola.

— Pois então compra um cachorro e chama ele assim.

Como era de se imaginar não entramos num acordo sobre o nome do bebê, a noite acordo e vejo Carol adormecida ao meu lado, desde que a barriga e seios começaram  a crescer, eles se tornaram zona proibida para mim, ela simplesmente não gostava que eu acariciasse ou  mesmo tocasse. Meu colega de trabalho dizia que cada grávida tinha uma mania estranha e eu devia ficar feliz pois a esposa dele vomitava toda a vez que ele chegava perto, tinha enjôo do cheiro dele.

Com cuidado levanto a blusa dela e coloco a minha mão sobre a barriga redondinha, quando sinto um movimento ondular sob a minha mão, era a primeira vez que eu o sentia mexer. Meu filho, minha criança, penso com um sorriso bobo nos lábios”

Emma acorda e fica me olhando por um tempo e depois abre aquela risada linda que sempre me deixa bobo.

— Você é a melhor coisa que me aconteceu sabia? — Digo dando-lhe um beijo na testa.

O dia seguinte segue numa vibe muito esquisita, queria contar tudo pro meu irmão e ter um dos seus conselhos sábios. Já que os dois minutos mais velho o fizeram muito mais maduro que eu, mas ele já tinha problemas demais para se preocupar com os meus, então decidi não derramar mais essa bomba em cima dele.

Sam, por sua vez, foi muito prático. Disse que eu devia me sentir aliviado por Amber ter decidido interromper a gravidez, afinal, nem eu, nem ela queríamos um filho e assim nossas vidas seguiriam normalmente. Bom, eu sabia o tamanho da responsabilidade que era um filho e tudo que ele engloba, mas mesmo assim alívio, não era o que eu estava sentindo no momento.

Consegui uma dispensa para semana seguinte, mentindo sobre ser um assunto referente a bens que meu pai deixou, ao qual somente eu poderia resolver. Desta vez, levaria Emma comigo para que pudesse ver a avó e também porque não poderia deixa-la com o Derek, Lacey ainda estava chateada e simplesmente não teria coragem de pedir para Joseph e Corine. Sem falar que a minha devoradora de frango frito e leite integral poderia causar um trauma psicológico no meu irmão vegano.

A semana passou exaustiva, mas agora não tinha nem mesmo as conversas com a Lacey para me distrair. Na sexta passei numa loja comprar roupas novas para Emma, não queria que minha mãe tivesse mais alguma coisa para reclamar e descobri que eu já era praticamente um perito em tons de rosa e peças de vestuário femininas.

— Ah meu Deus Emma, olha isso! — Digo balançando um tutu rosa bebê com plumas cor pérola nas barras na frente dela — Se alguém perguntar, você ganhou isso de alguém certo? Nunca vou admitir que achei isso uma fofura. Estamos entendidos?

Caminho até o caixa onde há algumas gondolas com peças na promoção (alias, você aprende a dar valor a uma boa promoção quando tem um bebê que perde pilhas de roupas a cada mês), reviro as roupinhas e quase sem querer pego um body de recém nascido, verde bebê escrito “papai em pequena escala”, sinto um aperto no peito e volto a olhar para Emma no carrinho.

— Será que achamos um do seu tamanho? — digo com um sorriso forçado tentando dissipar aquele sentimento dolorido.

No dia seguinte embarcamos e eu descobri que manter o bebê entretido por quase sete horas dentro de um avião é tarefa pro McGiver. Na primeira vez que viajamos, Emma tinha apenas quatro meses, dormia e mamava, mas agora ela era uma pequena criancinha, cheia de vontades e extremamente barulhenta. Até então eu nunca tinha reparado como uma viagem de avião é desgastante e como tudo dentro daquelas toneladas de metal não faz sentido algum. A começar pela passagem, pagamos uma pequena fortuna para ficar trancados numa lata durante horas com desconhecidos, há dez mil pés de altitude e ainda temos que pagar a tal taxa de embarque. Ai depois de você ter que passar até o ursinho de pelúcia da sua bebê pela máquina de raio x, adentra o avião e a primeira coisa que a aeromoça faz ê te ensinar a colocar o cinto, mostrar as saídas de emergência e ensinar a usar uma máscara de oxigênio… Até parece que se alguma coisa sair errada há dez mil pés eu vou pedir para descer do avião, e para que serve o cinto? Para manter os restos mortais presos a cadeira caso o avião caia ou exploda? E o pior de tudo! A máscara de oxigênio! Se eu tiver dentro de um avião caindo o que eu mais quero é perder a consciência antes dele se estatelar no chão. Não concordam? Ou por acaso já viram algum sobrevivente de desastre aéreo dizer “Ufa ainda bem que eu estava usando cinto e se não fosse aquela máscara!” Isso não acontece!

Okay, agora entendo porque a Carol tinha tanto medo de voar.

Mas voltando ao assunto, sobre voar com crianças, só existe uma pessoa que fica feliz viajando com elas. Elas mesmas, porque bastam quinze minutos de vôo para perceberem que seus pais farão qualquer coisa para que não chorem ou vomitem. E as comissárias também sabem disso, então elas param o carrinho de guloseimas, as quais não estão inclusas no preço da sua passagem, bem a frente da sua poltrona, porque sabem que você não vai querer ver seu filho(a) dando um show no avião.

E como se já não fosse incomodo o bastante pagar 10£ numa barrinha de 30g de chocolate, o açúcar desperta o poltergeist que vive dentro do seu filho, e se torna impossível mantê-lo na poltrona sem ter que entupi-lo de mais e mais açúcar que o farão ficar acordado a viagem toda.

Quando finalmente desembarcamos, estava em farrapos e Emma se embalava no meu colo batendo palminhas para tudo que via de novo no aeroporto. E pela primeira vez que me lembro, minha mãe estava me esperando no aeroporto  com um sorriso enorme no rosto.

Talvez eu deva esperar um pouco para contar o real motivo da minha visita repentina” — Penso, enquanto ela toma Emma nos braços visivelmente emocionada.

— Ela se parece tanto com você. — ela diz acariciando o rosto da neta — Você também era gordinho quando bebê, senti tanta falta de vocês dois — completa me enredando num abraço.

Na manhã seguinte acordo cedo, havia combinado com Amber de tomarmos um café e conversarmos. Para minha mãe, disse que teria de resolver uns assuntos do apartamento que eu ainda mantinha em Toronto e ela se ofereceu prontamente para ficar com a Emma. Antes de sair ela me obriga a tomar café, fico surpreso em descobrir que minha mãe ainda sabia fazer panquecas, sem esquecer do rostinho feliz, que eu a fazia desenhar com chantilly nas poucas vezes que tínhamos oportunidade de tomar café em família.

— Tenho uma surpresa para você.

— Desistiu da guarda da Emma? — Falo esperançoso.

— Não, mas eu pedi pro meu advogado ir com calma no processo, para mim me certificar de que você está conseguindo se virar com tudo. Mas não é isso, seu aniversário está chegando, então comprei um presentinho… Vem. — Ela me chama e eu a sigo até o jardim dos fundos onde o meu Corvette 67, que eu havia vendido para “fugir” para Europa estava estacionado, brilhando com uma pintura nova e interior em couro branco novinho.

— Ah meu Deus, é o meu carro! — falo me aproximando e abraçando o meu “bebe”.

— Eu sabia o quanto você gostava dele, então eu o comprei de volta e mandei fazer umas melhorias.

— Ah mãe… Ficou incrível… Mas, eu não posso aceitar… — Digo constatando.

— É um presente, é claro que vai aceitar.

— É, e quanto isso vai me custar? Vai querer que eu fique no Canadá, eu eu te entregue a Emma? O que?

— Não vai te custar nada, eu só quero ver você feliz. Perder seu pai, me fez repensar muita coisa filho. Uma é que de nada adianta ganhar tanto dinheiro se ele não tá fazendo ninguém feliz. Além do mais, você merece esse carro, a Emma é o bebê mais alegre e cheio de vida que eu já vi… Você é um ótimo pai, e uma excelente mãe também. Melhor do que eu fui.

— Nossa… — fico estático por uns instantes — Na verdade ela tá tão “cheia de vida” porque ficou quase sete horas comendo doces e assistindo desenhos com cores psicodélicas. — digo já esperando a bronca.

— Quando te levamos pro japão você tinha três anos, não havia smartfones e wifi, então comeu quase dois quilos  de alcaçuz, passou dois dias sem dormir e mais quatro vomitando. Vamos esquecer disso certo?

— Certo. Ai eu senti tanto a sua falta — falo abraçando o carro.

Dá para imaginar que sai atrasado da casa da minha mãe, e nem a alegria do presente deixou aquele momento menos pesado. Quando cheguei a cafeteria avistei Amber mexendo no celular e em seguida olhava pros lados preocupada. Me aproximo com um sorriso amarelo e me sento à frente dela.

— Oi.

— Oi, como está?

— Bem, eu tô legal. Obrigado por ter vindo.

—  Eu acho que vou pedir um café.

— Eu já pedi, ainda gosta de mocaccino?

—E alguém não gosta? — forço um sorriso — Eu quero dizer que eu te apoio, no que decidir.

— Leu essa frase em algum panfleto de paternidade planejada?

— Para falar a verdade... Sim… Eu não tenho idéia do que te dizer…

— Só diz o que pensa, sem se preocupar em ser politicamente correto. Até porque você não faz muito esse estilo.

— Qualquer coisa que eu falar agora se não “eu te apoio no que decidir” pode ser usada contra mim no tribunal, então… — Digo e ela esboça um leve sorriso.

— Eu sei que não quer esse bebê, eu sou babá esqueceu? Qualquer um que tenha e cuide de um bebê não quer outro tão cedo. E tudo bem, isso também não estava nenhum pouco nos meus planos. Mas eu estou feliz que tenha vindo, sei o que eu quero mas isso não torna o que eu vou fazer algo fácil. — Ela diz e o garçon serve nossos cafés.

— Pelo menos você sabe o que quer….

— Porquê? Você quer que eu tenha o bebê?

— Eu não sei o que eu quero, só sei que eu tava muito enganado sobre o que devíamos fazer, quando a Carol decidiu ter um bebê ao invés de comprar um apartamento novo como eu queria. E desde que eu peguei a Emma nos braços, eu soube o porque que vale a pena viver... Então, eu já nao tenho certeza do que eu penso sobre isso...


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