Minha vida em pequenas Escalas escrita por Iset


Capítulo 26
Ninguém segura esse bebê! 


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Bom obrigada a mih que comentou no cap anterior e foi tao fofa em avisar que ficaria off por uns dias, porque cêis nao sabem a agonia que da quando um Ieitor amado desaparece sem avisar, ja pensando besteira!
Espero que gostem!



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Ninguém segura esse bebê! 

A apresentação de Franccesco segue, devo admitir que o projeto dele era muito bom, mas segui confiante no meu. Enquanto ele finaliza a apresentação, enviava mensagens para Lacey, na esperança que ela pudesse vir buscar a bebê e desamassava minhas folhas e Emma tentava esmagar outras.

— Excelente Franccesco, tem muito potencial, Gardner sua vez! - Diz o diretor Fellacio e eu olho ansioso pro relógio.

Quando chega a minha vez, sinto um frio na barriga e fico um tanto atrapalhado.

— Está pronto, Noah? - Diz ao me ver enrolado tentando tirar os papéis das mãozinhas ágeis da Emma.

— Um minuto. - Peço e termino de me organizar, coloco Emma no chão e dou um pirulito, pelas minhas contas o doce a manteria entretida até eu terminar de apresentar meu projeto.

— Hoje em dia só usamos carburadores em carros de alto desempenho, quando a gente quer velocidade e não se importa com o consumo de combustível certo? E se eu dissesse que podemos ter os dois? Eu vou distribuir essas folhas, estão um pouco amassadas, mas têm planta do projeto e os mecanismos todos bem definidos.

— Noah desculpa, mas estamos fazendo um carburador para um carro esportivo que custa meio milhão,, acha que os compradores vão se importar em economizar uns litros de gasolina? - Diz Franccesco com um riso debochado e recebe a risada e concordância de alguns dos outros funcionários.

— Provavelmente não, se ainda vivêssemos nos anos setenta. As pessoas se preocupam ou fingem se preocupar com o meio ambiente. As vendas de carros eléctricos sobem a cada ano, alguns deles custam mais que uma Ferrari, a única desvantagem deles é a falta de potência.  Eu não sou nenhum ativista, mas acredite se oferecermos um ”meio termo”, que possa dar a mesma potência, mas que tenha um bom marketing voltado ao quantos seus proprietários estão preocupados e engajados com o futuro do planeta, sem deixar de ostentar uma Ferrarri na garagem, vai vender igual água no deserto.

— Eu gostei, me explique como vai fazer isso funcionar? - Diz o diretor da empresa.

— Bom eu aumentei a rótula da…- Faço uma pausa a ver Emma engatinhando para baixo da mesa. _ Da entrada de ar, facilitando pro circuito de…- Digo e vejo o rosto do presidente da franzir.

— Eu acho que sua filha está enfiando o pirulito dela na minha perna. - Diz ele com aquela voz rouca, se afastando da mesa me pegando a bebê que dá uma risada e estende o pirulito na direção da boca dele.

— Não obrigado, sou diabético. Continue meu jovem.- Fala assentando Emma em seu colo.

Continuo a apresentar a mecânica do projeto, sob o olhar atento de todos e de Emma, que risca desordenadamente os papéis usando a caneta do presidente. Quando termino, recebo  palavras de aprovação do diretor e é comunicado que se reuniriam e dariam a resposta final em algumas horas. Pego Emma, compro alguns chocolates na máquina de doces, improviso um tapetinho embaixo da mesa e a deixo brincando e se lambuzando, enquanto aguardo a decisão e adianto alguns desenhos para segunda feira.

— Oi, Noah. - Diz karen se debruçando sobre a minha mesa com um sorriso.

—Oi. - Digo voltando a atenção pro computador.

— Ouvi comentários que sua apresentação, foi a melhor e parece que a promoção é sua! - Diz entusiasmada.

— Eu acho que fui bem, mas o  projeto do Franccesco era muito bom. - Digo e abro um sorriso quando vejo Lacey adentrando a sala desconfiada, mas logo sorri ao me ver.

— Tenho certeza que o seu era melhor, olha aquele dia foi um tremendo mal entendido, não quero que fique pensando que sou uma doida irresponsável. - Ela fala.

— Não, tá tudo bem. Pode me dar uma licencinha? - Falo e ela percebe a presença de Lacey, que chega sem cerimônias e coloca sua bolsa sobre minha mesa.

— Não temas Lacey está aqui, para resolver seu problema. - Diz ela com aquele sorriso lindo e olhos brilhantes, que me encantavam.

— Tá meio atrasada, o pai do ano aqui já, resolveu a situação. - Digo fazendo uma pistola com os dedos e simulo assoprar o cano.

— Com licença.- Diz Karen dando aquele olhar feminino de fuzilamento mental.

— Okay cadê a Emma? - Questiona Lacey vendo Karen se afastar.

— No parquinho particular. - Digo espiando embaixo da mesa e constatando que Emma não estava mais ali. _ Oh droga! - Falo vasculhando com o olhar o salão repleto de mesas sem resultado e já sinto meu peito disparar.

— O que foi Noah?

— Eu perdi a Emma! e ajuda a procurar, eIa tava aqui em baixo há dois segundos! - Digo e imediatamente começamos a vasculhar o salão, fico de quatro tentando avistar por baixo das esesa mesas e Lacey faz o mesmo.

Minutos mais tarde, ouço a voz do meu supervisor me chamando e levanto do chão meio constrangido.

— O que vocês dois estão fazendo? E quem é ela? Pergunta vendo a Lacey de quatro também.

— Sou a Lacey, vim buscar a bebê e perdi minha lente de contato. - Ela diz  disfarçadamente.

— Noah o Presidente quer te ver

— Me dá dois minutos? - Peço encarecidamente.

— Ele quer te ver agora. - Ele diz e  eu olho com desespero para Lacey, pedindo baixinho para ela continuar procurando enquanto sigo o supervisor pelo corredor.

Enquanto caminhávamos, eu olho pro chão atento a qualquer movimento da minha pequena fugitiva, quando dobramos o corredor  avisto Emma embaixo do carinho da manutenção,quando faço menção para chamar a atenção do técnico, ele adentra o elevador sem perceber a bebê passeando na parte inferior do carrinho.

— Algum problema? - Pergunta meu supervisor enquanto abre a porta e faz sinal para entrar.

— Não nenhum.- Digo pegando o celular e enviando uma mensagem para Lacey.

“Ela está no elevador, carrinho da manutenção”— Escrevo.

Volto a atenção pro supervisor que manda eu me sentar e aguardar, ele sai da sala e segundos depois o diretor e o presidente Aroldo entram e me cumprimentam. Depois de fazerem perguntas sobre meu projeto e uma breve “rasgação” de seda pelo fato de eu ser um pai solteiro jovem e responsável, eles me oferecem a promoção, porém tudo que eu conseguia pensar era se Lacey havia encontrado Emma e o que meus superiores pensariam se descobrissem que eu tinha perdido minha filha dentro da empresa.

— Ah eu meu Deus, eu não sei como agradecer, prometo que vou trabalhar… - Meu celular começa a tocar e todos me olham com reprovação. _ Desculpa, podem me dar um minutinho. - Digo já saindo da sala.

— Achou ela?

— Achei.

— Ah! Graças a Deus!

— Você vai ter que vir até aqui.

— Pode cuidar dela por só mais uns minutinhos, eu vou conseguir aquela promoção.

— Eu não acho que possa esperar, ela entrou na tubulação de ar, eu to segurando pelo cordão do tênis!

— Como ela entrou na tubulação?

— Eu não sei, eu acho que os caras estavam fazendo a manutenção ela entrou e não a viram e fecharam, estamos no terceiro andar corre aqui com alguma coisa para abrir isso! - Diz desligando.

Volto a sala, invento que preciso buscar uns papéis sobre outras ideias e saio desesperado em direção ao terceiro andar. Quando chego ao corredor, vejo Lacey debruçada sobre a grade da entrada de ar cantando uma música infantil.

— Até que enfim, o tênis saiu do pé estou tentando distrair para evitar que ela engatinhe para dentro.

— Nossa como esses imbecis prenderam ela lá dentro?

— Com certeza não imaginavam que alguém deixaria um bebê engatinhar sozinho dentro de uma empresa. - Retruca.

Espio pela grade e vejo o rostinho rechonchudo da minha filha que me da um sorriso e começa a engatinhar para dentro do ducto, assim que me vê.

— Não Emma, volta aqui! Droga! Temos que abrir isso rápido!

Tento puxar a grade com as mãos, mas logo desisto, em uma das salas encontro um abridor de cartas, o qual uso para retirar os parafusos.

—  Vai ter que entrar atrás da bebê, é muito estreito para mim.

— Tá de brincadeira né? Nem morta eu entro nesse buraco! Vai você, vai ser tipo um dejavu da concepção dela.

—Que? - Pergunto sem entender.

— Você num lugar quente, apertado e sem a devida proteção. Agora entra logo!

Tiro o paletó e adentro o ducto, vou rastejando até ouvir Emma arrastando os joelhos e dando risadinhas, comeco a segui la e percebo que quanto mais a chamo, mais ela ri e aumenta a velocidade. Vou me batendo nas laterais tentando aumentar a minha velocidade que era bem inferior à dela, até alcançar uma ramificação e não ter ideia de por onde seguiu. Respiro fundo e  fico atento a quaisquer barulho, escuto algo no túnel da esquerda e sigo imediatamente por ele. Me arrasto até chegar num ponto onde o ducto descia pro andar de baixo e já sinto meu coração acelerar de medo. E se Emma caiu? Certamente se machucou, e se machucou porque não estava chorando?

—Ai, droga! Exclamo apavorado e começo a descer tentando prender meus braços e pernas nas laterais, mas como eram muito lisos, óbvio que não deu certo e começo a escorregar em alta velocidade. Desço dois, três, quatro andares me debatendo contra as paredes de alumínio, até me espatifar contra uma grade que arrebenta e caio no piso cinzento da garagem no subsolo. Duas faxineiras me olham assustadas e assim que eu levanto, meio tonto, elas começam a me agredir com vassouras e esfregões, gritando “invasor, ladrão” e nem se quer ouvem minhas explicações, saio correndo abaixo de pancadas na direção dos elevadores. Adentro o elevador e aperto o numero três, tento me recompor enquanto repasso meus passos e percebo que Emma deve ter seguido pelo duto da direita.

— Carolina, desculpa cuida da nossa baixinha, eu sou um idiota! - Oro e o elevador para no segundo andar. Aperto o botão mais nada acontece, vejo a luz de emergência acessa e alguns segundos mais tarde, ouço vozes femininas apressadas e uma masculina, falando sobre um invasor preso no elevador. Procuro o meu crachá, mas certamente perdi dentro dos túneis e até eu explicar o mal entendido ao segurança, Emma ficaria correndo risco dentro das paredes do prédio. Sem pensar duas vezes, escalo até a grade superior do elevador e saio pelo acesso da manutenção. O fosso, era um lugar muito sujo, os cabos cheios de graxa e teias de aranha e insetos. Vejo a escada na lateral e começo a subir por ela, quando o elevador começa a se mover tenho que me espremer renta a parede, sinto a caixa de aço, passar rente ao meu rosto enchendo meus olhos de fuligem e minha roupa de graxa. Quando o perigo passa e finalmente alcanço o terceiro andar, faço o maior esforço para abrir a porta que por duas vezes esmaga meus dedos, assim que consigo sair do fosso vou correndo até o corredor e Emma está sorrindo em segurança nos braços da Lacey

— Obrigado, obrigado, obrigado! - Digo dando beijos na testa da minha pequena, enchendo ea de sujeira. Beijo também Lacey, num selinho bem duradouro que só termina com um empurrão gentil dela.

—O que houve com você? - Pergunta vendo meu estado.

— Nem queira saber, como tirou ela dali?

— Eu só chamei e ela veio engatinhando. Diz com naturalidade e eu olho para Emma com vontade de socar aquela carinha fofa, mas a gratidão por vê - la sem nenhum arranhão, superava a raiva de estar todo sujo e dolorido.

Desço até o primeiro andar onde encontro meu supervisor que se aproxima de mim intrigado.

— O que aconteceu? - Questiona ao me ver.

—Eu tive um pequeno acidente.

Depois de inventar uma desculpa extremamente esfarrapada, sobre meus desenhos terem voado para dentro da tubulação de ar, a fim de explicar meu pequeno intempérie e receber oficialmente as atribuições do meu novo cargo, finalmente posso ir para casa tomar um demorado banho quente. Lacey faz alguns pequenos curativos enquanto Emma assiste Peppa Pig. Conversamos e rimos durante horas, era incrível como o tempo passava rápido perto dela, quando a noite chegou, pedimos comida chinesa e enquanto nos deliciamos com um yakissoba, Emma amassava os biscoitinhos da sorte.

— Se a minha mãe sabe o que aconteceu hoje, ela contrata a Interpol para sequestrar a Emma. E pior, que com razão! Ela podia ter morrido, se machucado, perdido um braço ou uma perna ou ainda, ter sido mordida por um rato e pego leishmaniose.

—Hey calma, tá parecendo aquelas mães neuróticas! Foi só um susto e se prepare que não será o último. - Ela fala colocando um pedaço de porco empanado na minha boca.

— Ela tá crescendo e não para mais quieta, eu achava que seria mais fácil. Mas parece vídeo game, cada fase pior que a outra e não tem safe point ou restart. Será que eu realmente consigo? E se a minha mãe tiver certa e se eu acabar deixando ela se machucar ou a matando?

— Noah, relaxa Isso não vai acontecer, eu espero mas de qualquer forma acidentes acontecem às vezes e são só acidentes! Vai dar tudo certo, você tá se saindo bem.

— Eu achava que estava, mas depois de hoje já não sei.

— Aposto que muitas crianças iam adorar ter um pai como o da Emma, que pode ser meio atrapalhado e falar muito palavrão, mas é completamente apaixonado por sua garotinha e isso Noah é muito mais importante do que fazer as coisas certas o tempo todo. - Ela diz com um sorriso terno.

Nos aproximamos lentamente e beijamos com calma, saboreei cada canto da sua boca, com carinho e malícia, perdendo a noção do tempo e só voltando a realidade quando Emma começa a soltar uns gritinhos e bater palminhas.
O resto da noite passamos entre brincadeirinhas bobas com a bebê e Netflix, até adormecermos os três no sofá da sala. As quatro da manhã, Emma desperta aos berros e como sempre, eu levanto em modo zumbi e me ponho a preparar a mamadeira e descobrir que Lacey tinha o sono tão leve quanto de uma pedra. E nem mesmo derrubar propositadamente tampas e panelas no chão, foi capaz de acordá-la. A deixo dormindo no sofá e vou para cama com Emma.

— Gosta dela não é? - Digo olhando ela sugar a mamadeira com vontade. _ Eu também gosto, e não é só porque ela é linda, eu acho que gosto mesmo dela. O que acha disso? Ah... As vezes eu penso, se não to indo rápido demais, quer dizer, faz pouco tempo que a sua mãe se foi e eu já estar pensando em me envolver romanticamente com alguém... Acha errado? Acha que a sua mãe ficaria chateada? Ah, veja a que ponto cheguei, pedindo conselhos amorosos para alguém que fede a leite, sem ofensa.

No dia seguinte, acordo ainda bem dolorido Emma não está na cama e saio a procura dela pelo apartamento.

— Bom dia! - Diz Lacey colocando Emma na cadeirinha e em seguida dá um pedaço de melancia a ela. _ Emma e eu fomos a feira, compramos frutas e legumes para essa casa, de vez em quando faz bem algo que não seja batata.

—Batata é um legume, é saudável.

— Não é saudável quando você pica e frita. Ah eu fiz seu café. - Olho pro mesa e tem um pote de café instantâneo, uma chaleira com água quente e um pãozinho francês, sorrio ao lembrar que quando Carol preparava o café, com certeza eu encontraria pão quentinho, bacon e panquecas com calda de framboesa e estranhamente não sinto falta de nada.

— Sabe que isso não é “fazer café”, né?

Ai você é tão detalhista.Tem suco verde se quiser, couve e gengibre. - Diz me oferecendo o copo.

— Eca! Não obrigado e  não conhecia esse seu lado natureba.

— Não é natureba é mais para “quero caber naquele jeans até o natal”, mas mudando de assunto, a gente passou a noite juntos e não transamos?

— Eu até tentei te acordar, mas você dorme feito uma pedra! - Digo preparando o café.

— Eu sei, mesmo assim foi divertido. Bom eu tenho que ir, antes que papai veja que eu não dormi em casa e surte.  Ela diz se aproximando e me dando um beijo.

— So para eu entender, qual é a nossa atual situação?

— Estamos curtindo o momento, mas agora, eu tenho que dar o fora. Até mais, Noah.

A semana passou tranquila, Lacey e eu estivemos juntos quase todos os dias, nem que fosse para um almoço rápido no intervalo do trabalho. Na firma, eu tentava me organizar com a nova dinâmica, ganhei uma sala exclusiva e um assistente, um garoto gordinho de dezessete anos, muito tímido, porém eficiente.

— Senhor Johnson, o gerente de operações enviou os desenhos do carburador para montagem e não esqueça da reunião com o diretor no fim do dia.

— Já disse para me chamar de Noah e eu não esqueci, já conseguiu os relatórios para me inteirar de tudo?

— Sim estão na sua mesa, ah ligaram da creche da sua filha disseram que teve febre, mas já foi medicada.

— Quando ligaram?

— No meio da manhã.

— E porque ta só me avisando agora?

 

Depois de ligar para escola e a professora ter dito que ela estava bem, fico mais tranquilo, mesmo assim o resto do dia passa com a tal febre martelando na minha cabeça. Quando meu turno acaba, sou convidado por alguns dos executivos para um happy hour depois do trabalho, claro que recusei afinal,mesmo com a promoção, eu precisava economizar cada centavo para dar conta das contas e ainda ter algum de reserva para qualquer imprevisto com  Emma, ela era minha prioridade. Pego o metrô e por minutos me perco nas lembranças.

" _ Quer de Baunilha ou de Negresco? - Pergunto olhando o cardápio de milk shake

— Milk shake de doze dólares, a gente pode comprar um macacão ou quase dois bodys com esse valor, vamos tomar suco de dois dólares. Temos que economizar pro bebê. - Diz Carolina séria.

—  Economizar pro bebe, arrumar o apartamento pro bebe, ler livro chato para saber cuidar do bebê, comer direito pelo bebê, trocar de carro pelo bebê, é sempre o bebê, bebê, bebê! E a gente? E o que nós querermos?

— Quando a gente decidiu ter um bebê, as coisas deixaram de ser sobre nós Noah. - Ela fala séria.

— Nós decidimos? Você decidiu, e ferrou com todos os nossos planos por conta de uma escolha sua! - Digo me levantando e indo até o balcão fazer o meu pedido que incluiu um milkshake de doze dólares.

Quando volto para mesa, Carolina não está mais ali, corro o olhar pelo local e pela vidraça a vejo entrando no carro. Peço para embalar os lanches para viagem e vou até o carro, vejo ela limpando as lágrimas séria e eu sento no banco do motorista.

— Desculpa, eu não devia ter dito aquilo. Carol… Desculpa, eu quero o que você quiser, tá difícil aceitar todas essas mudanças, só isso. Eu não estou pronto para ser pai, eu estou com muito medo.

— E acha que eu não  estou? Acha que ta sendo fácil passar metade do dia com a cara enfiada no vaso, ter que esconder no meu emprego porque sei que serei demitida assim que souberem? Encarar a sua mãe me olhando como se eu tivesse dando o golpe da barriga na grande família Johnson? Não está Noah, eu tô apavorada, mas eu não posso simplesmente fugir disso e eu não fiz essa criança com o meu dedo, então começa a agir feito adulto e põe essa criança como prioridade ou eu faço isso sozinha!

— Desculpa, você tem razão eu sou um idiota mas eu te amo, eu não vou mentir que vou achar essa gravidez a partir de agora uma maravilha e o melhor que poderíamos estar fazendo, mas prometo que vou me esforçar, esse bebê vai ser minha prioridade, eu prometo. Não desiste de mim, por favor...”

Sinto uma lágrima salgada alcançar meus lábios, e aquele nó se formar na minha garganta, a saudade apertava o peito, mas respiro fundo e desço na estação, coloco um sorriso no rosto e vou encontrar a minha pequena.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoas? Noah ta apaixonado? Sera que Iacey ta na mesma vibe? Como sera que vai ser quando Emma andar? ConciIiar carreira e um bebê vai ser faciI?