Minha vida em pequenas Escalas escrita por Iset


Capítulo 25
Quase Inapropriado


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas com saudades?
Ja vou avisando que estou sem ceIuIar, e eu usava pra digitar as fics, ai as postagens vao demorar um pouco mais! No meu not é horriveI de digitar!
Ahhh estamos em 97 comentarios!!!! uhuhhh Vamos chegar a 100 nesse capituIo pra deixar essa autora nas nuvens??



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Quase Inapropriado 

Joseph me fita de cima a baixo com um olhar bem intimidador, tipo os que eu recebia do pai da Carolina toda vez que aparecia na casa dela, depois dele saber do meu incidente com narcóticos.

— Antiácido? Lacey disse que foi buscar aspirinas… - Ele fala voltando o olhar para Lacey.

— Então vamos pai, a mãe e o Nate já devem estar cansados de esperar. - Diz Lacey colocando Emma no meu colo.

—  Achei que fossem demorar ainda. - Digo sem entender.

— Nate não quis ficar no único restaurante vegano da região, porque a garçonete usava um cordão de couro.

— Que “boiolice”! - Exclama Lacey revirando os olhos.

— Que nada eu tenho amigos homosexuais e eles não são chatos assim… - Falo enfiando a sacolinha com os preservativos dentro da gaveta do aparador.

— Não vai tomar? - Questiona Joseph.

— O que?

— O antiácido, aspirinas ou seja lá o que for que você foi comprar. - Diz ele me encarando.

— Eu lembrei que tomei uma cerveja, acho que não é bom misturar. - Falo rezando para que acredite.

— Então vamos Lacey.  Boa noite baixinha do vovô. - Ele diz dando um beijo na testa da Emma. _ Se cuida. - Ele fala dando dois tapas mais fortes do que os de costume nas minhas costas.

Me despeço com um sorriso forçado e respiro aliviado.

— Nossa Emma já pensou se ele demora mais quinze minutos, ufa seria muito inapropriado. Porque os pais são tão possessivos com as filhas? Credo… - Digo e ela fica me encarando.

— Eu vou deixar você namorar, depois dos trinta, com um bom moço cristão que fez votos de castidade. E isso não é porque eu sou um pai possessivo, é porque se a minha geração já tá bem estragada, a sua vai ta pior. - Falo aninhando minha garotinha no meu ombro. m Eu te amo tanto.

Na sexta, Derek inventa um ensaio fotográfico de gestante, para nos dar tempo de preparar a festa.

— Definitivamente isso não parece um chá de bebê. - Diz Giulia vendo minha decoração em preto vermelho e dourado.

Pego a boneca da Emma e coloco sob um pacote de fraldas.

— Pronto.

— Isso vai ser um desastre. - Ela fala revirando os olhos.

— Deixa de ser pessimista, bom  já que sou o mais simpático, vou receber os convidados e garantir que ninguém entre sem trazer um pacote de fraldas e um engradado de cerveja. - Falo vendo o novo sócio do meu irmão, Sebastian estacionando o carro.

Arrasto uma mesa até a porta e assim que a tarde começa a cair os convidados e curiosos começam a aparecer, lá pelas sete já tem cerca de cinquenta pessoas perambulando pela casa, conversando, bebendo e o canto da sala está lotada de fraldas e artigos para bebês.

— Sam… Finalmente, eles tão quase chegando. - Falo gritando por conta da música alta.

— A babá se atrasou. - Diz.

— A Emma ficou bem?

— Estava dormindo quando sai. Olha só, fraldas e tequila, esquisito né?

— Olha só os O’Connor chegando. - Digo e assim que os apresento a Samuel, me sinto incomodado com o olhar dele sobre a Lacey, que por acaso estava muito sexy, em um vestido preto curtinho com um ziper frontal.

— Desculpa, mas não era um chá de fralda? - Pergunta Corine meio confusa, dito que lá dentro mais parecia uma festa de faculdade.

— É tipo um “Barfralda”. - Explico e adentro a casa chamando a atenção de todos. _ Gente vamos todo mundo calar a boca e pegar leve na bebida ou daqui a nove meses vocês podem acabar na mesma situação da grávida que ta chegando. Então sabem como funciona, luz desligada, boca fechada, gritem surpresa e atire as camisinhas neles, porque o bebê vai deixar o lugar vago e o pacote de fraldas tá caro, ou não teríamos que aturar vocês sujando a casa…- Falo e alguns caem na risada outros parecem ofendidos.

Desligo as luzes e ficamos aguardando, cerca de cinco minutos depois, Derek e Vick adentram a porta e quando ligam a luz, recebem uma chuva de camisinhas e confetes.

— Bem vindos ao barbaby da Katherine. - Digo os cumprimentando com um abraço.

— Noah acho que você não entendeu muito bem o conceito de chá de bebê. E quem são essas pessoas? - Sussurra Derek confuso.

— Gente da sua firma, meus colegas, colegas da Vick e mais um monte de estranhos. Mas relaxem ninguém entrou sem pacote de fralda. - Falo em tom baixo.

Deixo o pessoal confraternizar e quando tudo parecia mais calmo, Lacey e eu organizamos o torneio de poker do qual obriguei Vick a participar e numa bela surpresa a barrigudinha da vez foi a campeã do torneio levando toda a grana das apostas, inclusive a minha.

— Devo dizer que foi o primeiro e com certeza o melhor chá de fralda que eu estive. - Fala Joseph com um sorriso.

— Ah você tinha que ver o chá da Emma, na época era Davin, a gente fez num pub perto de casa… - Paro ao ver Samuel conversando e sorrindo com Lacey num canto da sala. _ Me dá um minuto? - Pergunto já me afastando.

— Vejo que já conheceu o Sam. - Falo olhando para ele com uma cara de “que merda é essa?”

— Você nos apresentou na entrada, esqueceu? - Fala Lacey um tanto confusa.

— Claro, eu apresentei. Sam, que tal dar um pulinho ali na cozinha?

— Com licença mademoiselle. - Ele diz se despedindo com um beijo na mão dela.

Vamos até a cozinha e ele me olha um tanto confuso por conta da cara de reprovação que eu estampava.

—O que pensa que tá fazendo? - Questiono já irritado.

— Nada, estávamos apenas conversando, ela é uma gata e muito legal também.

—É eu sei que ela é legal, mas sabe o que não é legal, azarar a garota do seu amigo.

— Se eu me lembro bem a última vez que você falou sobre ela, disse que manteriam as coisas na amizade. Não foi?

— Foi, mas não foi… E mesmo se fosse, nós somos amigos, você não pode dar em cima de uma garota que seu amigo ficou. São as regras!

— Essas regras de heteros são tão chatas.

— Que?! Não acha inapropriado dar em cima da garota do seu amigo? Sinceramente para com esses olhares e essa crise hétero que já esta me dando nos nervos!  - FaIo.

— Noah, relaxa nossa que ciumento. Eu não estou dando em cima dela, só sendo simpático. Tá gostando mesmo dela não é?

— É, eu acho que sim. - Digo 

— E você sabe que eu não sou gay, não é?

— Eu sei, mas como dizia a Carol, "vai ciscar em outro terreno"  - Falo e ele me dá um sorriso e um tapa no ombro antes de se afastar.

Volto para sala, reponho as bandejas com os salgados e confiro as bebidas. Derek e Vick sorriam, enquanto conversavam com Sebastian e Giulia, e tirando Nate que olhava com desdém para toda a comida carnívora que via, todos pareciam estar se divertindo.

— Bom gente chegou a hora do streep tease baby! As regras são as seguinte, se a grávida errar, ela tira uma peça, se acertar o convidado tira uma peça. - Digo e sinto um beliscão de Vick.

— Você enlouqueceu? Eu só to usando uma bIusa, uma saia e roupas íntimas!

— Então não erre.. - Digo dando os ombros.

— Você quer fazer disso uma orgia? - Diz Derek com cara de pavor.

— Relaxa, não somos tão sortudos, todo mundo só trouxe dois presentes, ninguém vai ficar pelado e o dia que eu quiser uma orgia, minha família não será convidada. Pode ter certeza. - Respondo voltando a atenção pro pessoal que começava a se aglomerar.

Victória começou a adivinhar os presentes, a maioria eram fraldas, o que fazia a missão ser muito mais fácil. Só perdeu a blusa e para suspiro aliviado do meu irmão, ela usava um top por baixo. Quando chegou na hora do presente de Lacey rezo para Victória errar, pois Lacey usava apenas um vestidinho preto.

Quando Victória acerta, Derek me cutuca e solta um:

— Parece que o feitiço, virou contra o feiticeiro. - Ele fala rindo e eu fecho o rosto.

Lacey olha confusa e vejo Joseph dar um gole enorme na bebida se controlando para não ir lá e acabar com a brincadeira. A essa altura eu tava rezando para ele perder o controle.

— Tá bem. - Fala Lacey com um sorriso levando a mão ao zíper do vestido. Eu olho a cara de animação dos caras e sinto ódio de mim mesmo, mas depois da insinuação muito sensual, a morena tira o par de sapatos e uma exclamação decepcionada ecoa pela sala, enquanto eu respiro aliviado.

A festa continuou animada e mesmo sem beber uma gota de álcool, estava me divertindo e conhecendo pessoas novas. Porém antes das duas, guincho Sam que já está meio e bêbado e o levo para casa, afinal, nosso “happy hour”, terminava junto com o horário da babá.

O novo apartamento dele ficava bem próximo ao Branch, no Parolli mesmo, antes de abrir a porta, já ouço o choro retumbante de Emma e assim que a Samuel a abre, a babá descabelada e toda suja de tinta, enfia a neném no meu colo e se volta para Sam.

— Seu filho é o diabo! E a sua tem pulmões de aço, eu nunca ví um bebê chorar tanto. Nunca mais ousem ligar para minha agência! - Ela grita pegando a bolsa e saindo desesperada pela porta.

— Droga! Esqueci de avisar ela sobre o aspirador de pó. - Diz Samuel adentrando a casa meio cambaleante, enquanto Emma se aconchega no meu ombro.

— Bem tá entregue, posso ir com seu carro? Te entrego amanhã.

— Dorme aí, amanhã é sábado e vai ser bom ter um adulto responsável em casa quando eu estiver apagado e o Miguel acordar. - Ele fala com a voz enrolada.

— Nossa, ouviu isso Emma, papai é um adulto responsável. Como foi que eu deixei minha vida ficar tão chata?

Quando os raios da manhã atravessam a cortina do homem aranha do quarto do Miguel, onde Emma e eu nos esprememos em uma cama de solteiro. Levanto, e vou pro banho, enquanto minha pequena brinca sob o tapete do banheiro com alguns blocos. Ouço a campainha tocar diversas vezes, mas acho que Sam está apagado demais para ouvir, me enrolo na toalha e vou até a porta secando os cabelos.

Quando abro a porta, é Lucca. E ele me analisou de cima abaixo com ares de decepção.

— Noah? O que tá fazendo aqui a essa hora da manhã? - Ele questiona e pela expressão dele, notei que já estava tirando conclusões precipitadas.

— Lucca, entra. Não é nada do que tá pensando, eu só dormi aqui.

— Só dormiu aqui? - Diz adentrando e vasculhando o lugar com os olhos.

— O Samuel exagerou na bebida, ele tá desmaiado ainda, talvez consiga acordá-lo.

— Então vocês estão… - Ele fala levantando a sobrancelha.

— Não, pode ter certeza que não estamos… E ele sente muito a sua falta, deviam conversar. Acertar as coisas.

— Já não era fácil conviver com o Sam, e agora com o Miguel… Bom talvez você ache egoísmo, mas quero um cara para construir uma vida junto e não para assumir todos os problemas e responsabilidades dele.

— Você tem toda a razão, mas devia dar uma chance para ele provar que pode mudar. Todo mundo merece uma chance.

— E ele já recebeu a dele, mais de uma vez. Bom eu só vim entregar os papéis onde eu abdico das minhas ações no Branch. Entregue a ele por favor e até mais. - Ele diz se voltando a porta.

—Até. - Respondo e lembro da Emma esquecida no banheiro. _ Ai merda!

Corro até o banheiro e ela se diverte batendo a mãozinha na água do sanitário, já com boa parte do pijama molhado.

— Ai Emma, isso é nojento. - Termino de falar e ela enfia a mãozinha na boca.

— Eu vou ter que passar desinfetante na sua boca. - Digo.

Dou um belo banho nela e escovo seus quatro dentes.
Quando retorno a cozinha, Sam com a maior cara de ressaca, prepara o café enquanto seu filho pula de um sofá pro outro.  

— De onde tiram tanta energia? - Questiona Sam vendo o garoto saltitante.

— Não sei, mas se arranjasse uma forma de extrair isso delas, como fazem nos painéis solares, parte dos problemas ecológicos do planeta estariam resolvidos. Ah o Lucca deixou aquilo ali mais cedo.

— Eu vi, era a última coisa que tínhamos em comum. - Diz com um certo pesar.

— Você vai ficar bem?

— _ Acho que sim, eu entendo.  Não teria tido a paciência que ele teve comigo, com o Miguel. E tá sendo bom para mim e pro Miguel curtir esse tempo juntos. Acho que estamos indo bem, cada vez estou tendo que ligar menos vezes o aspirador e posso focar no trabalho, sem o Lucca dizendo que gastei milhares de dólares numa faculdade para servir café.

— Ah meu Deus trabalho! Tenho que apresentar meu projeto pro carburador em menos de uma hora, esqueci completamente! Pode ficar com a Emma?

— Ai cara, hoje tem inspeção sanitária no Branch e já vou ter que arranjar um lugar para deixar o miguel.

— Tá, eu vou deixar ela no Derek.

Saio desesperado até a casa do Derek, que resolveu sair para passear com Vick justo hoje. Corro até meu apartamento, deixo Emma brincando enquanto visto algo mais adulto e quando retorno a saa Emma espalhou todas as folhas com a cópias do projeto, amassou e babou algumas.

— Que merda Emma! Droga, eu tenho que apresentar isso hoje, olha que você fez!  Porque tem que destruir tudo? -  Grito irritado e ela me olha assustada e começa a chorar e me sinto um monstro.

— Desculpa, não chora, olha só papai ta desamassando, temos que ir provete que vai se comportar, precisamos daquela promoção, você é muito cara!

Chego na empresa com a Emma num braço, projeto no outro e a bolsa cor de rosa atravessada no ombro, bem no meio da apresentação de Franccesco.

— Desculpem o atraso, eu tive uns contratempos.

— Isso é um bebê? Não acha inapropriado?  -  Questiona um colega.

— Sim é um bebê, desculpem eu não tive com quem deixá - la, nem vão notar a presença dela. - Digo tomando o meu lugar.




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Notas finais do capítulo

Entao o que acharam? Deixem seus reviews!