Minha vida em pequenas Escalas escrita por Iset


Capítulo 23
Tão igual, tão Diferente


Notas iniciais do capítulo

Bom dia lindos e lindas, mais um capítulo quentinho pra vocês! Espero que curtam a leitura! Chegamos a 3k acreditam? Muito obrogado a todos pelas leituras e carinho
Agora vamos ao capítulo:



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Tão igual, tão diferente

Volto para casa já com um encontro marcado com Amber, precisava conversar com ela, não queria parecer um idiota que se aproveitou de uma garota bêbada. Se bem que aparentemente eu estava mais bêbado que ela. De qualquer forma, uma parte de mim sentia - se culpado, por projetar a minha frustração de ter perdido a Carolina, e de alguma forma me aproveitado de alguém que se preocupou em vir me amparar num momento difícil. Eu não lembrava direito do que havia acontecido, mas ir para cama com ela certamente teve muito mais a ver com Carolina, do que com Amber e isso devia ser frustrante para qualquer garota. Principalmente se ela tivesse algum tipo de sentimento por mim. Ela teria? A minha Carolina jamais se entregaria a algúem que não amasse, o que pode ser antiquado pros padrões sexuais atuais, mas não deixa de ter sua beleza. Amber sendo tão parecida, pensaria da mesma forma?

Eu não sei, mas o que posso dizer é que meus últimos “enlaces sexuais” ou “quase” sexuais, eram assustadores. Minha quase irmã, uma maluca que droga bebês e agora a ex babá da minha filha, se isso não parece a lista de um pervertido eu não sei o que parece.

Minha mãe já havia entregado minha mala, então eu tomo um banho demorado na pequena banheira enquanto lembro de mim e Carol disputando espaço dentro dela.

“_ Droga Noah, você parece aquelas criancas chatas que andam grudadas nas mães, será que posso tomar um banho sozinha? - Ela reclama enquanto eu tiro a cueca e me enfio na banheira.

— Lamento futura sra Johnson, mas banhos conjuntos fazem parte do pacote pré - nupcial. - Eu falo entregando a esponja para ela esfregar as minhas costas, ela faz uma careta mas logo se põe a me ensaboar.

— Precisa ir no mercado comprar, bife, batata e molho…

— Quer que eu compre absorventes?

— Não.

— E remédio para dor de cabeça?

— Não porque?

— Uhuuu, não tá menstruada nem com dor de cabeça é hoje que o Noah jr. tira o atraso. - Digo e ela enfia a esponja ensaboada na minha cara.

— Hey, me fez comer sabão.

— Como posso ser a futura senhora Johnson se…. Ai meu Deus, tá me pedindo em casamento?

— Droga! Achei que você não perceberia. - Digo e ela lança água na minha cara.

— Mas você disse que… Isso não importava, que eram apenas protocolos idiotas e…

— Se importa para você, importa para mim… Carolina Smith, quer se casar comigo?

— Sim, nossa! Meu Deus, cadê o anel?- Ela pergunta toda feliz.

— Precisa de um anel? Você falou pra s suas amigas que achava ridículo esses anéis.

— Eu disse porque achei que nunca me pediria em casamento! É claro que precisa de um anel!

— OH… Vai ter que esperar um mês porque eu já gastei todo o meu salário, mas eu ainda posso te dar o melhor sexo de noivado que já teve.

— Bom levando em consideração que eu nunca estive noiva…

— Viu? Conteste que não será o melhor… - Falo a beijando. ”

Balanço a cabeça sorrindo para parede, aquele apartamento era cheio de recordações, talvez não fosse a hora de vendê -lo.

Vou ao cemitério e agora sem todo aquele circo armado, finalmente posso me despedir do meu pai, choro por um bom tempo e peço perdão a ele por todas as vezes que o magoei. Deixo a bola no seu mausoléu e depois vou ao túmulo da Carol, deixo flores e falo um pouco com ela. Antes de ir converso com o recepcionista que informa que as flores no túmulo de Carolina são entregues por uma floricultura uma vez por mês, mas não sabe dizer que contratou o serviço.

Na cafeteria, onde marquei com Amber e fico esperando durante um tempo, ela aparece atrasada num vestido rosa floral, um casaco de lã por cima e botas.

— Achei que não vinha. - Digo a cumprimentando.

— Na verdade eu não ia vir, estava muito envergonhada depois da noite passada. Olha eu não costumo sair com meus ex-chefes e muito menos ficar bêbada… Deve ta pensando com quem foi deixar a sua filha...

— Não, você sempre foi maravilhosa com a Emma e se alguém tem que ficar envergonhado sou eu. Eu não deveria ter misturado whisky com mais catorze doses de whisky.  E eu briguei com minha mãe, e devo ter falado um monte de merda, tudo isso depois de ter enterrado o meu pai.  Deve me achar um imbecil e acho que tá certa.

— Sei que não deve estar sendo fácil. Que tal a gente esquecer daquele incidente? - Ela fala.

— Acho uma boa ideia. - Respondo e brindamos com café.

Conversamos durante um bom tempo e depois ela se oferece para ir comigo no depósito, pois comentei que queria levar algumas coisas para casa nova.

Quando chegamos lá,  eu vasculho as caixas e pego alguns álbuns de fotos, documentos, jóias e bijuterias da Carol que decidi guardar para um dia dar para Emma.

— Acho que a Emma vai demorar para usar isso. - Ela fala.

— Eu posso usar esse lindo cordão de pérolas falsas, como prendedor de chupeta. - Falo rindo, mas logo perco a graça. Sento num caixote e folheio o álbum da gravidez e Amber se senta ao meu lado.

— Ela parecia muito feliz.

— Ela estava radiante, falava o tempo todo do bebê. Desde que ela descobriu a gravidez, tudo que fez foi se preparar para ser uma boa mãe… Mas eu passei boa parte do tempo pensando que eu ficaria preso ao meu emprego, tendo que adiar os meus sonhos e aguentar todas as chatices sem poder reclamar… Emma estaria muito melhor se fosse eu que tivesse morrido.

— Não fala isso.. Tem sido um ótimo pai para Emma. Ainda se culpa pela morte dela?

— Não, não mais… Entendi que foi uma fatalidade, poderia ter acontecido agora ou daqui a dez anos.

— Que bom. Às vezes não entendemos os caminhos do destino, mas tudo acontece como deve acontecer. - Ela fala colocando a mão sobre a minha e sinto um arrepio percorrer a espinha, Carolina adorava falar sobre destino, cosmos, estrelas cruzadas e toda essa baboseira que inventam para vender livros com romance de pessoas que nunca terminam juntas.

— Você me lembra muito a Carolina, e eu não to falando do seu rosto bonito ou do seu cabelo. Tudo em você me lembra ela.

— Foi por isso que me contratou?

— Ah não, se visse as outras babás… Na verdade você foi a única que achei que não a mataria ou transformaria numa ditadora sanguinária.

— Vai mesmo voltar para Roma?

— Bom a Emma está lá.

— Acho que deveria voltar para casa, ficar com a sua mãe. Ela parece uma mulher forte, mas deve estar desmoronando. Devia ficar com ela, essa é sua casa, a casa da Emma...

— Minha mãe falou com você? - Pergunto já desconfiado.

— Não.

— Não mesmo?

— Porque ta pensando isso? - Ela questiona aparentemente surpresa.

— Porque eu conheço a minha mãe, ela mexe os pauzinhos quando quer algo,  te disse para ir no enterro não foi? Disse para dormir comigo também?  

— Você é um babaca. - Ela fala se levantando irritada, certo talvez eu tenha pegado pesado.

— Desculpa, é que ultimamente a única pessoa que não tem mentido para mim é meu bebê, então desculpa por desconfiar se do nada você aparece no enterro do meu pai, usando roupas iguais a da Carolina, agindo como a Carolina e agora me pedindo pra ficar nessa merda de cidade! Quanto foi que ela te pagou enh? O que ela achou? Que eu substituiria a Carolina por você?

— Você tá agindo feito um maluco! É o meu jeito, são as minhas roupas, você sabe disso, eu trabalhei para você! Se eu falei da sua mãe é porque o que eu acho que um filho deveria fazer. Adeus Noah, manda um beijo para Emma. - Ela diz pegando a bolsa.

No dia seguinte vou até a casa da minha mãe, me despeço e apesar das coisas ainda estarem estranhas, porque eu não cedi em voltar ao Canadá e nem ela de desistir da guarda da Emma. Tento não entrar em atrito, e nem menciono a minha suspeita sobre uma armação com a Amber, dou um abraço apertado, peço a ela que venha conhecer a minha casa e que a amo. Eu estava exausto de brigar e morto de saudade da minha pequena.

Quando chego na casa de Derek a primeira coisa que faço é agarrar minha baixinha e encher de beijos, ela por sua vez baba meu nariz e minha bochecha, antes de dar dois tapas na minha cara e puxar meus cabelos.

— Não, Emma não machuca o papai. - Falo desenredando seus dedinhos dos meus cabelos.

Não contei nada a Derek sobre o que descobri, decidi que deveria falar com Joseph e tirar toda aquela história a limpo antes de qualquer coisa. Vick, está enorme, com o rosto um pouco inchado, faltava muito pouco para Katherine vir ao mundo e eu podia sentir a ansiedade deles a léguas.

Derek estava pirando com todo o stress da firma, o novo sócio, mas de longe eu sabia que a maior causa da ansiedade era Victória e como as coisas ficariam depois do nascimento do bebê. Ele temia que a criança, aproximasse Thomas da ex-noiva e que ele acabaria sobrando na contagem.

Tento acalmá-lo, dizendo que Vick não faria essa cachorrada com ele, mas na verdade eu sabia que mulheres eram caixinhas de surpresa e não havia como saber o prever o que se passava na cabeça delas. Depois de descobrir que eu seria padrinho da pequena Katherine, e com isso ser incumbido de junto com a chata da Giúlia ter de preparar um chá de bebê em cima da hora, pego minha filha e vamos pro nosso cantinho. Ainda não tinha terminado de arrumar o nosso apartamento, mas tudo que eu não queria era me preocupar com a bagunça. Sento no chão com Emma e ela pega seu unicórnio e me entrega, eu o pego e faço ele galopar enquanto grito “Ai oh silver” e ela me olha intrigada e puxa a pelucia o envolvendo nos braços e ninando como se fosse um bebê.

Olho ao redor dela e percebi que seus brinquedos se resumiam em carrinhos, bolas, telefones e blocos. Não que eu achasse que eu devia entupi - la de bonecas e panelas, mas percebi que precisava encontrar um equilíbrio para aquilo.

No dia seguinte levo Emma a uma loja de brinquedos.

“Grande erro”

Foi lá que Emma aprendeu uma nova palavra e como usá - la o “não” e exatamente com uma boneca que custava ⅓ do meu salário. Ela simplesmente agarrou-se a caixa e não houve barganha que a fizesse mudar de ideia, quando tirei a força, minha adorável bebezinha de apenas oito meses, se transformou numa verdadeira fera, que gritava sonoros não e lançava seu pequeno corpo para todos os lados, ela gritou e chorou tanto que em menos de dois minutos a loja toda nos olhava com cara de desespero, envergonhado tasquei o “bebê realista” nos braços dela, parcelei em 10 vezes no cartão e voltamos para casa.

— Eu espero que você brinque com essa boneca até ter 18 anos, porque ela foi muito, mas muito cara. Acho que daria pra comprar um bebê chinês ou indiano por esse preço. - Digo meio irritado pela birra dela, mas Emma está mais preocupada em enfiar os dedos nos olhos da boneca caríssima.

— Papai! Pa-pai! - Ela fala com um sorriso e eu me derreto todo, sento no chão e começo a tentar brincar de boneca. Descobri que Emma não sabia andar ou falar mais que algumas palavras, mas ela sabia fazer carinho e dar beijo na sua boneca. Fico pensando se aprendeu a brincar de boneca na escolinha, até sorrir e me dar conta que eu vinha aprendendo a brincar de boneca há oito meses, e talvez ela tenha aprendido comigo. Emma balança a bonequinha com um sorriso terno e eu fico a admirando com seu bebê.  

Depois de um dia com o bebê o qual eu chamei carinhosamente de “prejuizo” e que Emma instintivamente nomeou de “iz”, ela estava totalmente apaixonada pelo brinquedo, do qual não se desgrudava um segundo e quando perdia o “iz” de vista, era aquele berreiro. A noite, preparo o jantar da Emma, quando ouço a campainha. Abro a porta e é Lacey com um prato de comida.

— Derek disse que você tinha voltado, mas como não respondeu nem as minhas e nem as ligações do papai resolvi aparecer. Trouxe comida - Diz ela com um sorriso.

Dou espaço para ela entrar e imediatamente ela correu na direção da Emma e a pega nos braços.

— Hum não me diga que já é avô? - Diz olhando para boneca.

— É. Acho que sim.

— Tá tudo bem?

— Meu pai morreu Lacey, é óbvio que não tá tudo bem.

— Desculpa, eu nao … Como foi tudo? Sua mãe como está?

— Tenho que te mostrar uma coisa. -  Digo e vou até meu quarto e pego o papel e entrego a ela que le intrigada e me olha com espanto.

— Joseph, ele não assinou isso… Eu cresci ouvindo ele falar do Derek, se soubesse sobre você ele teria comentado.

— Ele não sabia, mas tudo indica que o pai dele sabia.

— O vovó Joh, meu Deus…  Vai mostrar isso pro pai?

— Não sei.

— Ele idolatra o pai dele, vai ficar arrasado, porque eu te garanto que ele não contou isso pro papai, ele não sabia sobre você até conhecer o Derek. Eu não acredito que o vovô fez isso, porque ele esconderia do papai?

— Por grana, minha mãe deu parte do dinheiro que recebeu do meu pai adotivo para ele. - Digo e ela recebe a notícia como um soco, fica pasma sem reação.

Conversamos durante um tempo e ligamos para Joseph, cerca de meia hora depois ele está a minha porta. Mesmo com a garantia da minha mãe biológica e de Lacey, de que ele não sabia de nada, desta vez decidi não confiar e quando ele tenta me receber com um abraço, apenas me afasto deixando ele com uma expressão intrigada.

— Lacey? Que faz aqui? - Ele questiona ao ver a filha.

— Bom vocês precisam conversar, eu vou por a Emma na cama. - Ela diz pegando a minha filha e se retirando.

— Okay o que está acontecendo?

— É melhor sentar. - Digo indicando o sofá. E em seguida entrego o papel para ele, que analisa e me olha parecendo não muito surpreso.

— Não é a minha assinatura. - Ele fala largando o papel sobre a mesinha.

— Eu sei, é do seu pai. Mas parece que você já sabia disso.

— Sim, ele me contou, quando eu liguei para falar que Derek tinha um gêmeo. Depois que eu conheci vocês.

— E porque não me disse nada? Porque mentiu para gente?

— Meu pai tem alzheimer, primeiro eu achei fosse só uma confusão mental dele, depois eu liguei os pontos e percebi que tinhamos raspado as nossas contas para pagar o tratamento pro câncer dele naquela época, só que algumas semanas depois que vocês nasceram ele pagou a hipoteca da casa.  Juntei A e B e meu pai tinha ganhado dinheiro com você, eu liguei para ele tentei brigar com ele, mas ele disse que um garoto de seis anos não devia falar assim e eu ia ficar sem sobremesa. Aí eu percebi que não adiantava brigar com ele, nem mesmo ficar zangado. Eu não contei, porque as únicas pessoas que sofreriam com isso seria eu e voce, e não precisávamos de mais drama.

— Tem ideia do que eu pensei quando eu vi isso.

— Eu imagino e eu sinto muito, mas eu to falando a verdade. Se quiser eu posso provar que eu tava na Austrália quando vocês nasceram.

— Não precisa, eu falei com a Chloe.

— Como ela está?

— Bem, para alguém que viveu mais tempo na cadeia do que fora dela. Onde tava com a cabeça quando fez um filho naquela mulher. Quer dizer você já tinha uma carreira, tava cuidando do seu pai…

— Sinceramente? Eu era jovem e ela era muito gata. - Ele fala e eu não consigo controlar o riso.

— É eu acho que eu posso te entender.

— Então, tá tudo bem?

— Eu acho que sim, mas eu vou ter que contar pro Derek e então ja vai se preparando.

— Certo, eu vou chamar a Lacey… Ele fala se levantando e indo a direção ao quarto. Ele demora um pouco e eu vou ao encontro dele, ele esta parado a porta az sinal de silêncio e eu vejo Lacey e Emma dormindo tranquilas.

— Estou com pena de acordar ela. - Ele fala.

— Deixa ela aí, eu durmo no sofá. - Digo e ele me olha com um ar desconfiado.

— Tá bem. Até mais então. - O levo até a porta e depois retorno ao quarto.

— Ele já foi pode parar de fingir que está dormindo. - E ela se levanta.

— Como foi a conversa?

— Como se você não tivesse escutado tudo atrás da porta.

— Talvez eu tenha escutado um pouco…  

— Um pouco… Bom tudo tá bem, eu acho. - Digo.

— Porque nunca o chamou de pai?

— Porque fica arranjando desculpa para ficar perto de mim ao invés de assumir logo o nosso lance. - Falo me aproximando.

— Talvez porque não haja um lance. - Ela fala com uma risadinha cínica.

— Bom já que não há um lance e estamos no dia da sinceridade em família, eu fiquei bêbado depois do enterro do meu pai e posso ter tido um “lance” com alguém. - Falo e o riso dela se desfaz.

— Um lance de que tipo? - Questiona.

— Do tipo que se acorda pelado. - Respondo sinceramente.

— E porque ta me contando isso? Acho que quando eu dirijo bêbada eu ligo pra polícia para contar?

— Achei que não tivéssemos um lance, então não vi problema em contar, já que estamos brincando de irmãozinhos… - Digo e confesso que me divirto com o olhar de “vou arrancar o seu pênis” que ela me dirigiu. _ E então como foi com o seu ex namorado? - Concluo, mostrando que eu não fui o único a pisar fora do nosso lance ou quase lance.

— Não foi, ele é um idiota. E já que você é novo nesse lance de irmão, a gente não sai contando com quem transou ou deixou de transar para “irmazinha”? Eu vou para casa. Ela diz dando um beijo na Emma e passando por mim e eu a sigo em direção a sala.

— Qual é Lacey, dorme aqui. Ou ta chateada demais porque eu transgredi o lance que a gente não tem?

— Não tô chateada, porque estaria? Eu já te disse, você só foi o premiado. É tão difícil pros caras aceitaram que garotas também gostam de sexo sem compromisso? Não tem nada romântico acontecendo entre a gente. Ta bom?

— Okay, eu não achava que havia algo propriamente romântico rolando, mas agora que você falou, A gente tem se falado muito mesmo e alias eu já te contei coisas que nem contei pro Derek e eu botei um apelido fofo no lugar do seu nome no whats, Estamos sendo românticos...

— Não! Não estamos sendo românticos.

— Então deixa eu ver como tá meu nome no seu whats.

— Não.

— Hum… Pela sua resposta, já sei que não está como Noah Johnson…

— Já te falaram que você é irritantemente insistente.

— A culpa não é minha, meu pai foi repórter investigativo, minha mãe traficante e meus pais adotivos, corretores de imóveis… - Falo chegando mais perto com um sorriso e ela me encara e quando estamos prestes a trocar um beijo se afasta.

— É só questão biológica. Só tensão sexual. Nós vimos pelados, somos saudáveis e aptos para reprodução. E agora o nosso cérebro fica trabalhando para tentar dar continuidade a espécie.

— Uau… foi um jeito científico de dizer que ta doida para transar comigo.

— Não. Será que não entende que isso só complicaria as coisas? Se a gente ficar junto vamos ter que conviver com um clima chato pelo resto das nossas vidas. Então porque você não banca o adulto e para de insistir no lance que não tivemos e nem vamos ter. - Ela responde pegando a bolsa visivelmente irrirada.

— Eu só te convidei para dormir aqui, tá tarde… Mas você venceu, temos que ser adultos responsáveis, é loucura, afinal,  é filha do meu pai e irmã do meu irmão vegetariano…

— Vegano…

— Vegano, isso. Eu poderia ser vegano… Se bacon crescesse em árvores…

— É uma fase… Que eu espero que passe logo, porque não aguento mais ser chamada de assassina toda vez que ponho um bife no prato. - Ela fala e ouço Emma chorar.

— Acabou o recreio.

— Vai lá papai. Até mais… - Ela se despede com um beijo na minha bochecha.


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Notas finais do capítulo

Lacey resistindo fortemente ao charme do Noah, mas por quanto tempo?