—--- 7 meses----

 “Até que não é tão ruim cuidar de um bebê” pensou Marco enquanto olhava Luffy brincando com seus brinquedos. Marco tinha sido nomeado o cuidador oficial do garoto, com a desculpa de que como ele tinha feito a promessa, ele que tinha que arcar com as consequências. Quando ele foi explicar que não podia porque tinha trabalho dobrado já que o comandante da segunda divisão tinha morrido e não havia ninguém para substitui-lo todos os outros comandantes sumiram “misteriosamente"

 “Mas trocar as fraudas ainda é horrível” estremeceu e depois suspirou, voltando para as suas papeladas.

Fazia um mês que Luffy tinha chegado no navio e já tinha conquistado praticamente todas as pessoas da tripulação. Era um bebê calmo, só chorava quando estava com fome e sempre estava sorrindo para todos. Na primeira parada em uma ilha habitada praticamente todos foram correndo comprar roupas e brinquedos para o pequeno para a diversão de Barba Branca e desespero de Marco, que teve que dar uma palestra para seus irmãos sobre gastos excessivos. No fim, Luffy acabou com mais roupas que podia usar e brinquedos dos mais variados

Agora, Luffy estava sentado no chão do escritório de Marco, em cima de um tapete fofo e brincando com seu bichinho de pelúcia favorito, uma rena de pelúcia que os tripulantes apelidaram carinhosamente de Rein-chan. O menino levava esse brinquedo para qualquer lugar, mal se desgrudando dele. A rena já estava perdendo o nariz de tanto que o menino colocava na boca para morder, já que seus dentes já estavam começando a aparecer, e logo o primeiro comandante teria que pedir para Izou concertar o pobre boneco.

A porta do seu escritório abriu toda de repente e a fênix deu um suspiro já sabendo quem era. Somente Thatch abria a sua porta dessa maneira sem bater antes, não importava quantas vezes reclamasse com o chef de cozinha ele continuava fazendo isso.

“Hey Marco! Nos deixe brincar um pouco com Luffy! Não é bom para ele ficar preso aqui”

“Claro, Yoi” Tirou os óculos e assim que Thatch abriu um sorriso completou “Assim que você me entregar o relatório da semana passada, Yoi” O sorriso caiu e foi substituído por uma carranca

“Você não tem graça...” Murmurou o cozinheiro “Para que precisamos fazer toda essa papelada? Somos piratas! ” Marco olhou irritado para o irmão e logo começou um longo discurso da importância dos relatórios para manter um navio em ordem.

“Ok, ok, vou entregar isso hoje ainda” disse depois de alguns minutos escutando o discurso interminável “Só vou levar nosso irmãozinho para dar uma volta. Né Luffy vamos...” se virou para onde o menino devia estar, só para achar o cobertor vazio e nenhum sinal da criança “Ele não estava aqui a um segundo atrás? ”

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Luffy estava chateado. Os dois grandões estavam conversando e não dando nenhuma atenção para ele. Isso era chato. Olhou para a porta aberta e escutou barulhos vindos de lá. Devia estar acontecendo alguma coisa legal lá!

Pegou Rein-chan e começou a engatinhar para fora. Era a primeira vez que fazia isso e era um pouco desajeitado, mas logo pegou o jeito. Quando chegou no convés deu uma risada e começou a explorar. Talvez conseguisse achar o Grandão mais Grande que fazia cosquinhas!

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“ONDE ELE ESTÁ YOI? ”

“EU VOU SABER? ERA VOCÊ QUE TINHA QUE FICAR DE OLHO NELE”

“Bem, isso não teria acontecido se você não tivesse deixado a porta aberta, Yoi! ”

“Eu não sabia que ele já estava engatinhando, você não nos contou isso! ”

“Eu também não sabia, ele deve ter aprendido isso agora... Não devíamos estar indo atrás dele em vez de discutindo, Yoi? ”

“ENFIA ESSE YOI NO.…” Parou percebendo o que Marcos tinha acabado de falar “Tem razão! Vamos abacaxi! ”

“NÃO ME CHAME ASSIM YOI”

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Luffy continuava indo pelo convés. Haviam poucas pessoas ali e estavam todos muito ocupados e não perceberam a criança. Ao chegar perto do mastro principal o menino começou a ficar cansado. Sentou e olhou em volta. Onde estava Grandão mais Grande? Viu a cadeira dele e começou a engatinhar de novo para aquela direção, mas não tinha ninguém ali.... Onde ele foi?

O garotinho começou a ficar com sono. Deitou no chão em cima da Rein-chan e começou a rolar. Ele sabia que quando começasse a rolar o grandão brilhante ia aparecer para pega-lo. Ele sempre fazia isso! Chegou num lugar que era escuro e fresco e bocejou.... Estava com sono.... Onde estava todo mundo?... Sono...

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Depois de duas horas todos estavam procurando por Luffy. Não havia sinal dele em nenhum lugar e Marco estava ao ponto de arrancar seus cabelos e os de Thatch, que considerava culpado por toda essa bagunça. Todos estavam reunidos em volta da cadeira do capitão

“Meu Deus, e se ele caiu no meio do mar, yoi? E se ele caiu em algum compartimento de armas, yoi? E se ele...”

“Calma Marco, ele não deve ter ido muito longe” Izou tentou acalma-lo, já que a fênix já começava a soltar pequenas chamas azuis a cada segundo de nervosismo. “Oyaji, você não viu ele? “

“Não, meu filho, estava na enfermaria conversando com Bay até meia hora atrás. Se ele não está no convés ele pode estar na cozinha ou em algum quarto. Temos que... o que foi Stefan? ” Perguntou Barba Branca. Stefan era o cachorro de guerra do navio. Ela era muito maior que um cão normal, era branco e tinha um bigode muito parecido com o do capitão. Ele estava olhando para baixo do banco do capitão enquanto tentava entrar lá embaixo, mas era muito grande para isso.

“Você derrubou a sua bola ai de novo? Deixa que eu pego...” Disse Haruta enquanto se abaixava para pegar a bola enquanto os outros comandantes continuavam discutindo sobre o que fazer. Quando olhou para onde devia estar a bola por um segundo ficou surpresa e depois segurou uma risada “Hey pessoal, olhem isso aqui”

Luffy estava dormindo embaixo da cadeira. Estava usando Rein-chan como travesseiro e estava usando o dedo como chupeta. Devia ter pego no sono depois de engatinhar até ali. Todos olharam para a cena por alguns segundos em silencio sem acreditar.

“HAHAHAHA Não acredito, ele estava aqui o tempo todo” Riu Thatch alto e levou um soco na cabeça de Marco por ser alto demais.

“Não acorde ele, Yoi ”, mas foi tarde demais. Luffy acordou com o barulho e olhou para todos com seus olhos grandes e redondos. Talvez por ter sido acordado ou talvez pela risada ter sido muito alta e assustado ele, o menino começou a chorar. O primeiro comandante o pegou nos braços e começou a sussurrar para ele para acalmá-lo.

“Calma, está tubo bem, Yoi” Começou a dar batidinhas nas costas do bebê, que parou de chorar e agora estava só soluçando

“Gurarara pelo jeito ele está bem. Temos que tomar cuidado com esse pestinha” Riu Barba Branca enquanto observava seus filhos se aglomerarem em volta de Marco e Luffy

“Você nos deu um baita susto, nunca mais faça isso, Yoi! ” Falou serio olhando nos olhos da criança que olhava com curiosidade de volta com os olhos ainda vermelhos de choro

“Ma” Luffy falou baixinho e todos olharam para ele surpresos “Ma! Ma! ” Repetiu ainda olhando para Marco enquanto batia a mão gordinha na bochecha do primeiro comandante “Ma! ”

“Ele está tentando falar” Disse Izou com um sorriso “Acho que ele está dizendo seu nome Marco”

“Ou está chamando ele de mamãe” brincou Thatch com um sorriso de orelha a orelha “Mama Marco, um ótimo apelido para uma mãe galinha como você” começou a rir junto com os outros comandantes

“Calem a boca, Yoi! ” Tentou parecer irritado, mas o seu grande sorriso o entregava. Abraçou o menino que agora sorria também e continuava balbuciando algumas silabas aleatórias “Vamos ter que comprar um cercado para você, pelo jeito daqui em diante você não vai querer mais parar quieto, Yoi”

“Ma! ”

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“Luffy! Para de se mexer! Estamos quase terminando eu só tenho que.... NÃO NO MEU CABELO MOLEQUE” Thatch gritou com o bebê que só riu de volta jogando mais agua para cima na direção de Thatch. Estava tentando dar um banho na criança. A palavra em destaque era “Tentando”, porque toda vez que Thatch tentava fazer qualquer coisa era premiado com um jato de agua na cara. Agora o chef de cozinha estava totalmente ensopado da cabeça aos pés e o cabelo que antes tinha um penteado “estiloso” estava “totalmente arruinado” em suas palavras. Se virou para Marco que olhava para a cena da porta e parecia estar se divertindo bastante “Como você faz isso todo dia e não sai molhado? ”

“Pratica. Você provavelmente vai pegar o jeito depois desses 2 meses dando banho nele. Acho que é uma boa punição por ter feito ele sumir por quase 2 horas, Yoi”

“Isso não é justo! Não foi minha culpa! ”

“Quer trocar as fraudas dele então, Yoi? ”

“…Eu ainda te odeio”

“Eu imaginei, Yoi”